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sexta-feira, 29 de abril de 2011
Energia: Preço no Brasil é o dobro da mundial
Fonte: A Tribuna
Na avaliação da comissão de energia da Abal, o custo da energia, descontada a inflação, dobrou em nove anos no país.
O Brasil tem geração abundante de energia. O problema, na avaliação de Eduardo Spalding, coordenador da Comissão de Energia da Associação Brasileira do Alumínio (Abal), é a carga tributária do setor, que ultrapassa 50%. Como consequência, o custo da energia no Brasil é o dobro da média mundial: cerca de US$ 60 o megawatt/hora (MWh), ante US$ 30, segundo a Commodities Research Union (CRU), consultoria internacional que acompanha preços de matérias-primas para diversos setores como mineração, siderurgia e energia elétrica. “Isso nos coloca em uma situação insustentável”, diz. “O custo da energia, descontada a inflação, dobrou em nove anos no Brasil.”
Para a produção de cloro e soda cáustica, a maior pressão vem de produtos dos Estados Unidos. “A tendência é o setor deixar de existir no Brasil”, afirma Manoel Carnaúba Cortez, vice-presidente executivo da Braskem. Segundo ele, o País já importa 1 milhão de toneladas de soda cáustica por ano, para um consumo total de 2 milhões de toneladas.
Outro problema, aponta o executivo, é o custo do gás, que corresponde a cerca de US$ 4,5 o milhão de BTU nos EUA, enquanto no Brasil já chega a US$ 14. Por essa razão, a companhia está construindo uma fábrica no México e avalia a abertura de novas unidades em outros países que excluem o Brasil Segundo Cortez, Estados Unidos e Peru podem ser locais “atrativos” para a companhia.
A Stora Enso vai abrir uma fábrica de celulose no Uruguai, onde a empresa sabe que não enfrentará diversos obstáculos encontrados no País, segundo Otávio Pontes, vice-presidente de comunicação da companhia. Além de energia elétrica por um custo bem mais baixo, o executivo pondera que a empresa não enfrentará “problemas” como a dificuldade de fazer a compensação de impostos ao longo da cadeia.
“Para fazer um investimento no Brasil, mesmo que seja para exportação, paga-se 17% de imposto e só se consegue compensar 5%”, queixa-se Pontes. Esses fatores, segundo ele, trazem insegurança para investimentos no país.
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