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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Aquecimento Global: O que você tem a ver com isso? (Parte II)
Mitigar o aquecimento global significa desenvolver ações para diminuir os efeitos das mudanças climáticas. Dentre as recomendações do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Cliimáticas) para a mitigação do aquecimento global estão: (i) o uso de energias renováveis; (ii) a utilização de veículos mais eficientes; (iii) fortalecimento do transporte público em detrimento do transporte individual; (iv) eficiência de aparelhos eletrodomésticos, ar-condicionados e iluminação; (v) redução do desmatamento; (vi) reciclagem e tratamento de esgoto; e (vii) máquinas mais eficientes na indústria.
O Brasil possui uma matriz energética em que as energias renováveis representam 47,3%. Desse total os produtos da cana-de-açucar correspondem a 18,1%, energia hidrelétrica 15,3% e a biomassa 13,9%. Nosso país tem uma grande vantagem em relação aos demais países do mundo que é sua atual matriz energética limpa e o enorme potencial a se explorar de energia eólica, solar e biomassa. O potencial brasileiro de geração de energia elétrica a partir dos ventos é de 272 TWh/ano, isso representa 64% do consumo nacional de energia elétrica. Esse potencial se concentra majoritariamente nas regiões litorâneas. No município de São Francisco de Itabapoana/RJ será isntalada uma usina eólica de 28 MW. Em relação ao Sol, cada metro quadrado do solo brasileiro tem capacidade de 250 W de eletricidade. Mesmo com essa riqueza energética as experiências de uso da energia solar fotovoltaica no Brasil estão restritas à regiões isoladas como na Amazônia. A Alemanha é líder mundial em energia solar mesmo com os seus céus nublados. A energia da biomassa, que está além da produção de etanol, é uma outra fonte de energia considerável. A geração de energia a partir de resíduos agroindustriais, esgoto urbano, etc, tem também o importante papel de tratar os dejetos. O processo da biodigestão anaeróbia produz o biogás, gás combustível constituído majoritariamente por metano, que utilizado para fins energéticos ajuda na mitigação do aquecimento global. Além disso, a lenha e o carvão vegetal tem um importante papel em muitas atividades econômicas com grande demanda energética como a siderurgia.
No nosso país a coqueluche energética do momento é sem dúvida o petróleo do pré-sal. Faz sentido falar de energia renovável nesse contexto? Mas é claro que sim. Como brasileiro e cidadão do mundo preocupado com um futuro sustentável tenho a seguinte palavra de ordem: O PRÉ-SAL DEVE FINANCIAR O PRÓ-SOL. Não devemos abrir mão de nossa matriz energética limpa e para aproveitarmos nosso potencial de energia renovável precisamos de investimentos na pesquisa e desenvolvimento de tecnologias. Continuaremos com esse assunto no próximo artigo.
Adriano Ferrarez, é professor de Física do IFF Campus Itaperuna
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Shopping economiza no Ambiente de Contratação Livre (ACL)
Fonte: Brasil Energia - 23.02.2011
Rio de Janeiro - O shopping Plaza Macaé, no Norte Fluminense, que ingressou este ano no mercado livre, já obteve uma economia de 27% em relação ao que pagaria pela energia se permanecesse no ambiente cativo. A estimativa é feita pela LGR, administradora do estabelecimento e responsável pela migração para o mercado livre.
Ao contrário do movimento tradicional do setor, em que as comercializadoras tentam sensibilizar potenciais clientes para migrarem ao mercado livre, dessa vez a iniciativa partiu da própria administradora. Anteriormente cliente da Ampla, o Plaza Macaé passou a comprar energia da própria controladora da distribuidora, a Endesa, por um período de dois anos renováveis por mais dois.
“Fizemos um estudo no início do ano passado porque o custo da energia estava muito alto. Contratamos um consultor e decidimos mudar para o mercado livre. E já tivemos uma economia financeira inicial significativa”, comemora o presidente da LGR, Dorival Regini. A decisão de migração para o ambiente livre foi acompanhada de uma política de ações de eficiência energética.
O executivo conta que a decisão não foi baseada apenas em questões econômicas, mas considerou também o desenvolvimento sustentável. “Se olhássemos apenas a economia, a utilização de grupos geradores a óleo no horário de ponta seria a alternativa mais barata. Mas temos que fazer nossa parte”.
A LGR agora vai estudar a possibilidade de replicar a experiência nos outros shoppings que administra no Brasil, em Mossoró (RN), Belo Horizonte (MG) e Santa Maria (RS). Além disso, a empresa cogita incluir no mercado livre um shopping ainda em fase de construção, em Rio Branco (AC). “Vamos verificar se vale a pena o shopping já ser construído consumindo energia no mercado livre”, adianta Regini.
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Novas publicações sobre o projeto Casa Eficiente são publicadas
Fonte: Procel Info - 25.02.2011
Santa Catarina - Recentemente, o Procel Info divulgou quatro novas publicações sobre bioclimatologia e desempenho térmico; consumo e geração de energia; uso racional de água e simulação computacional do desempenho termo-energético da Casa Eficiente, projeto desenvolvido para realização de pesquisas e demonstrações em eficiência energética. A Casa Eficiente, que é resultado de uma parceria entre a Universidade Federal de Santa Catarina, a Eletrosul e a Eletrobras, durante dois anos funcionou como laboratório, possibilitando pesquisas de doutorado, mestrado e iniciação científica, e centro de visitação, expondo novas referências de consumo racional e eficiente de energia.
A publicação de Volume 1, aborda o desempenho térmico da Casa Eficiente a partir de um monitoramento das estratégias recomendáveis para Florianópolis como ventilação mecânica e uso de telhado vegetado. O Volume 2, apresenta estudos sobre consumo e geração de energia na casa e revela que a energia solar apresenta um grande potencial de utilização em residências no Brasil, seja para geração, seja para aquecimento de água. No Volume 3, as estratégias de uso racional de água são relatadas, com ênfase em sistemas de aproveitamento de água da chuva, e no Volume 4, todas as simulações computacionais feitas, tanto na fase de projeto, quanto após a construção da casa, são apresentadas e possibilitam análises mais detalhadas sobre o desempenho termo-energético da Casa Eficiente.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Aquecimento Global: O que você tem a ver com isso? (Parte I)
As atividades desenvolvidas pelo homem têm alterado significativamente a biosfera. Atualmente ouve-se falar muito sobre efeito estufa, mudanças climáticas e aquecimento global. Parece que estes temas estão distantes e que não nos diz respeito. Mas as aparências enganam. O efeito estufa consiste na retenção de parte do calor que o Sol emite para a Terra e é o responsável por manter a temperatura média do planeta em torno dos 14°C. Esse efeito é produzido por gases como o dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), entre outros. Esses gases são chamados de Gases de Efeito Estufa (GEE). Quando a concentração desses gases aumenta na atmosfera uma quantidade maior do calor do Sol fica retida o que provoca a elevação da temperatura média dos oceanos e do ar próximo da superfície da Terra. Isto é o aquecimento global. O termo global se justifica uma vez que gases emitidos nos EUA podem provocar mudanças climáticas no Brasil.
Tem-se assistido a vários eventos climáticos extremos como tornados, tempestades, inundações, ondas de calor, seca e deslizamentos de terra. A catástrofe da Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro é um desses eventos extremos que ocorrem em decorrência das mudanças climáticas. No dia 12 de janeiro choveu o esperado para todo o mês de janeiro. Os resultados pudemos acompanhar ao vivo pela TV. Um outro episódio inusitado foi a formação de um tornado em Nova Iguaçu/RJ que causou muito estrago e provocou pânico na população. A secas que ocorrem na Amazônia e no Rio Grande do Sul são sinais desses tempos de aquecimento global.
Um problema em escala mundial como o aquecimento global é motivo de debates entre os líderes dos países. Em 2005 entrou em vigor o Protocolo de Quioto, tratado que obriga os países membros a reduzir, no período de 2008 a 2012, as emissões de GEE em 5,2% em relação aos níveis de 1990. O maior emissor de GEE do mundo os Estados Unidos não ratificaram esse tratado. Várias conferências estão sendo realizadas, a última ocorreu em Cancun/México, para discutir um acordo pós-Quioto. A pauta dessas reuniões tem sido truncada por países como os EUA que não abrem mão dos “seus” interesses diante de uma calamidade global. Os países pobres são os que mais sofrerão com as consequências do aquecimento global com efeitos como a diminuição da produção agrícola, diminuição da disponibilidade de água, aumento de doenças, desertificação e extinção de animais e plantas. Os EUA terão como primeira consequência das mudanças climáticas o aumento de sua produção agrícola. No próximo artigo trataremos das formas de mitigação do aquecimento global.
Adriano Ferrarez, é professor de Física do IFF Campus Itaperuna
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Vantagem Comparativa de Itaperuna/RJ: O Sol
Uma coisa é pública e notória: como faz calor em Itaperuna. De acordo com o Centro de Referência para Energia Solar e Eólica (CRESESB) nos meses de janeiro e fevereiro a radiação solar média sobre o solo itaperunense é de 22,7 MJ por m2 . Isso equivale dizer que cada m2 de Itaperuna é capaz de oferecer 2,3 banhos quentes de 0,5 hora.
A energia é um agente primordial na geração de riqueza, bem como um fator significativo no desenvolvimento econômico. Desde a antiguidade o homem vem utilizando a energia solar para seu benefício. Existem relatos de que o filósofo grego Sócrates (470-399 a.C.) ensinava aos gregos a como orientar corretamente as habitações a fim de ter conforto térmico em suas casas no verão e no inverno. Na pré-história o homem utilizava a energia solar para secar, preservar os alimentos e através da evaporação da água do mar produzir sal.
O chuveiro elétrico está presente em aproximadamente 70% dos domicílios brasileiros. A energia elétrica é uma forma de energia nobre e não deveria ser utilizada para aquecer água. No Estado do Rio de Janeiro, o consumo de energia elétrica para aquecimento de água chega a 13,5%. Famílias com renda até 2 salários mínimos têm, em média, 22,8% da sua despesa com energia elétrica comprometida com aquecimento de água. Utilizar a energia solar para o aquecimento de água é uma forma de apropriação direta de energia primária pela população. O uso do aquecedor solar nas residências de Itaperuna é uma solução para reduzir os gastos domésticos com energia.
O aproveitamento do enorme potencial de energia solar de nossa cidade deve ser feito por meio de políticas públicas. Poderíamos começar a discutir isso por meio de um Plano Municipal de Gestão da Energia. Sendo o Sol uma forma de energia limpa e considerando o aquecimento global, poderíamos nos tornar referência no uso dessa forma de energia.
Adriano Ferrarez, é professor de Física do IFF Campus Itaperuna
Cosan e Shell = Raízen
Eduardo Magossi, da Agência Estado
Raízen será a marca da joint venture entre Cosan e Shell. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 14, pelos executivos das duas companhias. Segundo o presidente da Raízen, Vasco Dias, o nome foi inspirado na união das palavras raiz (da cana-de-açúcar) e energia.
O conselho das empresas aprovou o plano que pretende, em 5 anos, elevar a produção de cana de açúcar da joint de 62 milhões de toneladas para 100 milhões. Dentro dessa estratégia, a produção de etanol deve passar dos atuais 2,2 bilhões de litros para 5 bilhões de litros.
As 23 usinas incluídas na Raízen devem elevar a energia produzida por cogeração de 900 megawatts para 1.300 megawatts. A produção de açúcar deve passar de 4 milhões de toneladas para 6 milhões de toneladas. Com isso, o faturamento anual da joint deverá ser de R$ 50 bilhões.
Segundo Dias, ainda está pendente a questão do açúcar utilizado para alimentos. "A tendência é que o açúcar para alimentos não fique na joint venture, mas na Cosan", disse ele.
Como foi previsto inicialmente que esse setor ficaria na joint, Cosan e Shell estudam no momento uma compensação para a saída dessa operação da parceria, estimada em 600 mil toneladas. O executivo também disse que a Raízen utilizará a grande capilaridade da Shell na Europa e na Ásia para elevar a penetração do etanol de cana de açúcar no exterior.
A operação da joint deve começar até o fim do primeiro semestre de 2011. Para o presidente o conselho de administração da Cosan, Rubens Ometto, a Raízen nasce com uma situação financeira confortável, pois da dívida de US$ 2,5 bilhões, a Shell deve aportar US$ 1,6 bilhão. Com a associação com a Shell, a previsão é de que a marca Esso deixe de existir em até 36 meses e os produtos devem passar numa "conversão organizada" para a Shell.
Foi informado também que já existe um memorando de entendimento para integralizar a recém-adquirida usina Zanin à Raizen. A usina foi comprada pela Cosan antes da oficialização da joint venture com a Shell.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Lâmpadas incandescentes mais próximas do fim
Portarias interministeriais publicadas na semana passada definem níveis mínimos de eficiência energética das unidades e aprovam programa de metas de modelos fluorescentes. Meta é economizar, de forma escalonada até 2030, cerca de 10 TWh/ano
Dayanne Jadjiski, para o Procel Info MME
Impactos significativos de economia de energia. Na avaliação do gerente da Divisão de Eficiência Energética em Equipamentos da Eletrobras/Procel, Rafael David, estes serão os benefícios provenientes das duas portarias, a 1.007 e 1.008, publicadas na semana passada pelos Ministérios de Minas e Energia, da Ciência e Tecnologia e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Uma das resoluções aprova a regulamentação específica que define os níveis mínimos de eficiência energética de lâmpadas incandescentes. Com a edição de ambas as portarias, segundo estimativas do MME, o país será capaz de economizar, de forma escalonada até 2030, cerca de 10 TWh/ano.
O indicador de eficiência energética a ser utilizado, de acordo com a portaria, é definido como a razão entre o fluxo luminoso da lâmpada e a potência elétrica consumida. Para obter o nível mínimo de eficiência energética de uma unidade incandescente, será considerado o método de ensaio adotado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), através do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE). Ainda de acordo com a portaria, os níveis mínimos de eficiência energética a serem calculados nos ensaios destas lâmpadas, quando completarem 75% da vida nominal, são de 72% para a potência de 25W e 85% para as demais potências.
De acordo com o MME, a regulamentação tem como objetivo incentivar a exploração de outras tecnologias que proporcionem um horizonte mais favorável e seguro aos recursos energéticos utilizados em território nacional, para fins de iluminação em geral. Aos consumidores será assegurado, ainda de acordo com o ministério, que os produtos comercializados atendam aos requisitos mínimos de eficiência energética e qualidade.
David lembra que, caso não haja mudanças nas tecnologias atualmente empregadas nas lâmpadas incandescentes, as unidades poderão ser retiradas do mercado a partir de 2016, quando apenas alguns modelos utilizados em finalidades específicas poderão ser fabricados e comercializados no país. "Esperamos ter impacto significativo de economia de energia com essa medida, uma vez que as lâmpadas incandescentes naturalmente serão substituídas por fluorescentes compactas, que consomem em torno de quatro vezes menos", explica.
Dados da Secretaria de Planejamento Energético do MME mostram que ainda são comercializadas cerca de 300 milhões de lâmpadas incandescentes por ano no Brasil. Para David, a substituição de lâmpadas incandescentes por modelos eficientes é uma tendência mundial. "Ao longo do tempo, temos notado que a utilização das lâmpadas incandescentes tem caído significativamente. Em contrapartida, o uso das lâmpadas compactas tem aumentado. Estamos seguindo passos que foram dados na Europa e nos Estados Unidos, por exemplo. O banimento das lâmpadas incandescentes é uma tendência mundial devido a sua baixa eficiência", acredita.
"O governo está estudando medidas de incentivo que propiciem condições de desenvolvimento a novas e eficientes tecnologias na área de iluminação. Acredito que, com isso, o Brasil dará um novo salto tecnológico em uma área que pode contribuir muito para a conservação de energia, meio ambiente e qualidade de vida”, segundo Isac Roizenblatt, da Abilux
A opinião também é compartilhada pelo diretor técnico da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux), Isac Roizenblatt. O executivo lembrou que na Austrália não é permitida a comercialização de lâmpadas incandescentes desde o final do ano passado e que há países, como o Japão, que subsidiam a aquisição de lâmpadas a LED. Para Roizenblatt, a eliminação gradativa das lâmpadas incandescentes é uma medida salutar. "Protege o bolso do consumidor na medida em que mais de 95% do custo da luz é o da energia que se consome ao longo da vida da lâmpada. O país ganha em conservação de energia e, se considerarmos a diferença de potência média instalada a ser retirada do mercado, que é da ordem de 45 watts por ponto de luz, teremos, sem considerar a demanda, algo da ordem de uma Itaipu", calcula.
Com 131 anos desde a sua invenção, Roizenblatt destaca que a lâmpada incandescente continua com uma baixa eficiência energética e vida curta. As lâmpadas fluorescentes compactas e as do tipo LED, segundo o diretor da Abilux, oferecem um nível de eficiência energética quatro a cinco vezes maior, além de uma durabilidade significativa. "Elas economizam cerca de 70% a 80% da energia oferecendo a mesma quantidade de luz. Enquanto a vida das lâmpadas incandescentes é de cerca de mil horas, a vida das fluorescentes compactas encontradas no mercado vai de três a dez mil horas e a das lâmpadas a LED vai de 25 mil a mais de 50 mil horas", diz Roizenblatt.
Boa parte dos consumidores brasileiros parece ter percebido o benefício das lâmpadas fluorescentes compactas. Segundo uma pesquisa de posse e hábitos realizada pela Eletrobras/Procel, nos anos de 1997 e 2005 cada residência brasileira tinha em torno de oito lâmpadas. Deste total, duas eram fluorescentes e seis incandescentes em 1997. Em 2005, eram utilizadas nas casas quatro unidades de cada modelo e, segundo David, este número já evoluiu. "Acredito que hoje a gente já tenha mais lâmpadas fluorescentes do que incandescentes nas residências", diz David.
O Programa de Metas de Lâmpadas Fluorescentes Compactas também foi aprovado numa outra portaria publicada na semana passada. De acordo com a regulamentação, os níveis mínimos de eficiência energética das lâmpadas a serem atendidos nos ensaios ao completar duas mil horas de funcionamento não podem ser inferiores a 80% daqueles medidos ao completar cem horas de funcionamento. O mecanismo de avaliação da conformidade da eficiência energética das unidades fluorescentes é o mesmo utilizado para a etiquetagem realizada pelo Inmetro no PBE.
David ressalta que o processo para se chegar às duas portarias foi extremamente participativo e contou com contribuições da sociedade, fabricantes, governo e entidades do setor. "Foi um processo construído com toda transparência e junto à sociedade". Para Roizenblatt, as medidas são de grande importância para o mercado. "O governo está estudando medidas de incentivo que propiciem condições de desenvolvimento a novas e eficientes tecnologias na área de iluminação. Acredito que, com isso, o Brasil dará um novo salto tecnológico em uma área que pode contribuir muito para a conservação de energia, meio ambiente e qualidade de vida”, finaliza.
Prefeitura de Lorca, na Espanha, consegue economia de 15% em energia em quatro anos
Fonte: ABC España - 13.01.2011
Espanha - A Prefeitura de Lorca obteve, em quatro anos, uma economia de energia de 15% nas infraestruturas públicas, na iluminação viária e nas instalações municipais, enquanto a potência energética contratada aumentou 30% no mesmo período. O secretário de Obras e Serviços, Ángel Meca, explicou que a prefeitura chegou a essa porcentagem de economia instalando relógios astronômicos em postes, o que permite o ligamento e o desligamento automáticos. Esses relógios facilitam a economia de até 18% no horário de inverno, atrasando em 35 minutos o acendimento e adiantando em 35 minutos o desligamento.
A instalação de 28 novos quadros elétricos de última geração incidiu na economia de energia da iluminação pública, de acordo com Meca. Ele também citou as sucessivas campanhas de conscientização realizadas em prédios e dependências municipais, que neste ano serão estendidas a áreas sociais e colégios. Meca não quantificou a economia financeiramente, mas destacou que só em 2008 foram economizados 800 mil euros em relação a 2007, ainda que em 2009 a economia tenha sido menor em virtude das novas contratações de potência e do aumento das tarifas, o que também ocorrerá neste ano, com um incremento de 10% na fatura de eletricidade.
IFS coloca em prática ações que reduzem consumo de energia elétrica
Fonte: Plenário - 04.02.2011
Sergipe - Duas importantes iniciativas estão impactando positivamente no consumo de energia elétrica no Instituto Federal de Sergipe (IFS). A primeira delas é a substituição dos aparelhos de ar condicionado antigos por outros mais modernos. A ação é fruto do Plano Nacional de Eficiência Energética, que determina que uma porcentagem da receita das concessionárias de energia elétrica de todo o país seja destinada a iniciativas que promovam a redução do consumo.
No IFS, já foram substituídos 40 aparelhos e, segundo o engenheiro Francisco Carlos Passos, coordenador de Eficiência Energética do Departamento de Obras e Projetos (Deop) da Pró-Reitoria de Administração (Proad), até a próxima semana devem ser trocados mais 16, totalizando 56 novos aparelhos. "Essa substituição está sendo feita a custo zero para a instituição. Já foram instalados novos aparelhos em diversos setores, como o Departamento de Gestão de Pessoas, a assessoria jurídica, a Coordenadoria de Registro Escolar (CRE) e a Coordenação de Licenciatura em Matemática (Colima)", afirma.
Outra ação realizada nesse sentido, esta idealizada pelo próprio Francisco, foi a mudança do sistema de tarifação de energia elétrica de convencional para tarifa verde, acompanhada do aumento da demanda contratada. "A conta de energia do IFS passou de R$ 32 mil, em novembro de 2010, para R$ 27 mil, no mês seguinte, o que representa uma redução de 16%", conta ele.
Segundo o engenheiro, a expectativa é que, durante todo o ano de 2011, haja uma redução nos gastos com energia elétrica na casa dos R$ 60 mil. "Com essa mudança, o resultado foi imediato. Esperamos que a diminuição nos custos este ano seja até maior", declara.
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Plano Nacional de Eficiência Energética
Descarte de Lâmpadas
Fonte: Jornal Hoje - Rede Globo - 28.01.2011
Paraná - Mais antigas e conhecidas do consumidor, as lâmpadas incandescentes iluminam 80% das residências de todo o país. Elas custam bem menos, um terço do preço das lâmpadas fluorescentes, mas gastam mais energia. Isto porque a iluminação gerada por uma lâmpada comum de 60 W é igual à produzida por uma fluorescente de 15 W.
Apesar de serem mais econômicas, as lâmpadas fluorescentes contêm mercúrio, um material tóxico, e por isso não podem ser jogadas em qualquer lugar. Atualmente, no Brasil, de cada 100 lâmpadas frias, apenas seis são descartadas corretamente. Se forem jogadas no lixão ou em terreno baldio, podem contaminar a água.
"O mercúrio, da mesma forma que os metais pesados, podem causar danos neurológicos", disse a engenheira química Eliane Train. O problema é aspirar o gás liberado quando a lâmpada se quebra. "O mercúrio pode causar uma infecção aguda três ou quatro horas após a inalação", complementou o médico Carlos Roberto Naufer Júnior. "Pode causar tremores, náuseas, vômitos, dores abdominais".
Em Curitiba (PR), um caminhão especial faz a coleta do lixo tóxico. Antes de ir para o lixo, as lâmpadas do tipo bastão devem ser embaladas com cartolina recortada. Assim, correm menos riscos de se quebrar e de machucar alguém. É importante que a pessoa sempre use uma luva. E as lâmpadas comuns também devem ser separadas do lixo orgânico, acomodando-as em caixas de sapato, por exemplo. E, mesmo em municípios onde não há coleta especial, é dever de cada morador separar o lixo perigoso.
Bogotá se destaca como uma das cidades mais verdes da América Latina
Fonte: Envolverde - 27.01.2011
Colômbia - A Colômbia se destacou como um dos países com melhor desempenho ecológico da América Latina, segundo o estudo Green City Index, elaborado pela empresa alemã Siemens em conjunto com a unidade de estudos da revista britânica The Economist, divulgado no World Mayors Summit on Climate (WMSC). O evento, realizado no México, recebeu prefeitos do mundo todo para discutir ações de combate às mudanças climáticas.
O estudo teve como objetivo analisar variáveis de 17 cidades da América Latina: eficiência energética, emissões de dióxido de carbono, uso do solo e edifícios, tráfego, resíduos, água, situação das águas residuais, qualidade do ar e agenda do governo para o meio ambiente. É a primeira vez que este levantamento é aplicado na América Latina.
Bogotá ficou entre as seis cidades mais bem colocadas, sendo reconhecida pelo seu bom desempenho no uso da terra. A capital se destacou pela grande importância que dá às áreas verdes, que alcançam 107 m² por pessoa, número mais alto entre as cidades de população média. Além disso, a revista The Economist concedeu um especial reconhecimento pela rede de transporte, a TransMilenio, que ao se unir à implementação de ciclovias, ajuda a reduzir o uso de veículos particulares em circulação.
Sobre a geração de resíduos, Bogotá registra 290 kg por pessoa - a segunda quantidade mais baixa do estudo -, o recolhimento de mais de 90% do lixo e o acesso de quase toda a população à água potável, em conjunto com o baixo consumo do líquido por pessoa - 114 litros em média -, ante a média geral de 264 litros. Estes são alguns dos destaques de Bogotá no Green City Index.
O estudo enfatizou a diminuição em emissões de dióxido de carbono produzidas na geração de eletricidade (produzida com hidroelétricas e não com termoelétricas, que usam carbono), o que se acrescenta um baixo consumo de energia. De acordo com os responsáveis pelo levantamento, este é o resultado de políticas voltadas a conscientizar as autoridades municipais sobre a necessidade de desenvolver políticas sustentáveis.
Os esforços da Colômbia, que aposta em um turismo responsável, servem como exemplo para toda a região da América Latina. O país se destaca na preservação do meio ambiente, não apenas por ser o maior em biodiversidade do mundo por km², se não pelas boas práticas que implementa. Mais uma razão para visitar o país e correr o risco de querer ficar.
Brasil é o 5º no mundo em selo verde para construção sustentável
Fonte: Estadão - 27.01.2011
Brasil - O Brasil ficou com o 5º lugar no ranking de maior número de certificações Leed (Liderança em Energia e Design Ambiental, na sigla em inglês) para construções sustentáveis em 2010. Com 23 selos verdes emitidos no ano passado pelo Green Building Council Brasil, o país ficou atrás dos Estados Unidos, dos Emirados Árabes Unidos, do Canadá e da China.
Além dos empreendimentos que já ganharam o selo verde, outros 211 terminaram 2010 em processo de certificação, entre eles estádios de futebol, shopping centers, bairros e escolas. Para 2011, a expectativa é de que 35 empreendimentos sejam certificados e outros 300 estejam em processo de certificação no Brasil.
Tem ocorrido um aumento da construção sustentável em que empreendimentos reutilizam a água, usam novas tecnologias de aquecimento e geração de energia, reduzem a quantidade de lixo gerado e usam materiais ecologicamente corretos nas obras.
De 1986 a 2006, apenas 500 empreendimentos eram considerados ecologicamente corretos em todo o mundo. Em 2010, eram mais de 100 mil edifícios comerciais e quase 1 milhão de residências. Numa construção certificada, o consumo de energia é 30% menor, em média, e o de água cai entre 30% e 50%.
Empresa americana cria placa solar no formato das telhas
A telha Solé é utilizada da mesma maneira que as placas solares tradicionais.
São Paulo - A empresa americana SRS Energy não somente investiu no desenvolvimento de tecnologia fotovoltaica, como inovou. A captação da energia solar não precisa mais ser feita através de placas grandes que cobrem o telhado, mas podem se “camuflar” em meio às telhas de barro.
A placa, chamada de Solé, possui as mesmas qualidades e é utilizada da mesma maneira que as placas tradicionais. O seu diferencial é basicamente no formato, que segue as ondulações de um telhado de cerâmica, só que ao invés da cor do barro a placa é azul.
As telhas ainda não são comercializadas no Brasil, mas já são usadas pelos americanos. Além de serem “fashion” elas também são muito resistentes, feitas de polímero de alta performance um material leve, inquebrável e reciclável.
O Brasil também tem demonstrado evolução considerável no setor de energia limpa. A primeira fábrica de painéis fotovoltaicos está sendo instalada em Pernambuco. A Eco Solar do Brasil terá capacidade para produzir anualmente 850 mil painéis fotovoltaicos.
As placas comercializadas aqui deverão custar cerca de R$ 320, com capacidade para armazenar até 150 watts. No entanto, para uma família média, com quatro pessoas, o ideal é que cada residência utilize seis placas. A fábrica será responsável por um barateamento considerável, já que atualmente uma placa de 135 watts custa R$ 1,5 mil.
Luiz Pinguelli Rosa, da Coppe/UFRJ: eficiência energética - do papel para o real
Segundo Rosa, o Plano Nacional de Eficiência Energética vai contribuir para as metas do Plano Decenal, no caso de as medidas de eficiência energética serem viáveis
Pinguelli: "É preciso implementar as medidas, que, por enquanto, ainda estão no papel"
Carolina Medeiros, para o Procel Info
A eficiência energética ganha cada vez mais espaço na pauta do setor elétrico. Dez anos depois do racionamento, quando a população se viu obrigada a controlar o consumo de energia, não por consciência ambiental ou para evitar o desperdício, mas sim porque a oferta não era capaz de atender a demanda, o governo está prestes a lançar o Programa Nacional de Eficiência Energética. O PNEf tem como meta uma redução de 10% do consumo de energia até 2030.
Para Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coppe/UFRJ, o PNEf tem um papel importante porque viabiliza o Plano Decenal de Energia 2019 (PDE 2019), elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Segundo ele, o PDE considera que a eficiência energética total vai permitir uma redução de 13,3 milhões de toneladas equivalentes de petróleo no horizonte do plano. "Acho que o PNEf vem para explicitar como serão feitas as ações de eficiência energética", avalia o professor. Confira abaixo a entrevista que Luiz Pinguelli Rosa concedeu ao Procel Info.
Procel Info - Com o PNEf, como a eficiência energética vai ser vista daqui para frente?
Luiz Pinguelli Rosa - Acho que viabiliza o Plano Decenal da EPE, que tem papel importante para a eficiência energética. Eles consideram que a eficiência energética total vai permitir uma redução de 13,3 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep), que é uma unidade de energia. Principalmente para o setor da indústria, que tem algumas áreas mais ligadas à energia elétrica, como os metais não ferrosos, alumínio e outros. É claro que eles tratam da parte de combustíveis em geral, inclui transporte, mas no caso da eletricidade é muito importante. Eu acho que esse Plano Nacional de Eficiência Energética vai contribuir para as metas do Plano Decenal, no caso de as medidas de eficiência energética serem viáveis.
Procel Info - Qual a importância de se colocar metas de eficiência energética no planejamento?
Luiz Pinguelli Rosa - Anteriormente, a eficiência energética era contemplada de uma maneira não explícita. De certo modo, nas projeções, havia as considerações que já contavam com a eficiência energética. Mas eu acho bom como está agora, explicitar a contribuição. Por exemplo, agora, já temos um número: esses 13 milhões de toneladas equivalentes de petróleo, reduzidas devido à eficiência energética em 2019. Eu acho isso importante.
"A eficiência energética permite gerar menos energia para a mesma finalidade. Não é que o consumo energético vai deixar de crescer, pois o país vai precisar ainda de mais energia", observa Pinguelli
Procel Info - A eficiência energética pode impactar na economia do país?
Luiz Pinguelli Rosa - Impacta porque a eficiência energética evita o desperdício de energia. Obtém-se o mesmo resultado com menos energia e também há a atividade econômica em torno disso - investimento, tecnologia, engenharia, que vão trabalhar para a eficiência energética. Então, impacta a economia.
Procel Info - O Brasil tem se destacado nas conferências sobre clima. Como a eficiência energética pode contribuir no combate às mudanças climáticas?
Luiz Pinguelli Rosa - É a melhor maneira de se evitar a emissão de dióxido de carbono, porque quando se economiza energia, gasta-se menos combustível. Mesmo na geração elétrica, que no Brasil, é predominantemente hidrelétrica, já há um crescente uso de combustíveis na complementação termelétrica. Então, a eficiência energética permite gerar menos energia para a mesma finalidade. Não é que o consumo energético vai deixar de crescer, pois o país vai precisar ainda de mais energia. Há uma distribuição de renda que está sendo feita, vai haver maior compra de equipamentos elétricos domiciliares, principalmente, mas a energia consumida é menor, o que é vantajoso. Diminui a emissão de gases do efeito estufa, reduzindo o consumo do combustível.
Procel Info - Esse tema da eficiência energética tem sido discutido nas conferências sobre clima? Outros países apresentam projetos relacionados à conservação de energia?
Luiz Pinguelli Rosa - Esse é um item importante. O famoso relatório de 2007 do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas dava destaque à eficiência energética como um meio de evitar emissões de gases do efeito estufa e esses assuntos foram discutidos nas Conferências de Copenhague, na Dinamarca, em 2009, e de Cancún, no México, em 2010. É um ponto internacionalmente muito valorizado.
Procel Info - Que esforços o Brasil ainda poderia fazer nesse campo da eficiência energética?
Luiz Pinguelli Rosa - Ele precisa implementar as medidas, que, por enquanto, ainda estão no papel. Tem que sair do papel e ir para o real. O Brasil é muito bom de papel, mas às vezes as coisas não vão para o real, é preciso fazer acontecer. O setor elétrico tem uma boa tradição passada, que é o Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica). Eu estou dizendo que temos um bom plano, mas é preciso que o plano saia do papel e vá para o mundo real. Esse é o esforço que o Brasil precisa fazer.
Campanha no MMA incentiva práticas socioambientais
Fonte: Aqui Acontece - 25.01.2011
Brasil - A característica de responsabilidade socioambiental da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) também vem sendo confirmada dentro do próprio Ministério do Meio Ambiente (MMA), onde 94,54% dos servidores apontaram que as ações da A3P vêm contribuindo de alguma forma para influenciar as atitudes no cotidiano, além do ambiente de trabalho.
Em 2010, o Ministério realizou a campanha interna "De Quem é a Responsabilidade?" com o objetivo de sensibilizar os gestores e mobilizar os servidores sobre os princípios da A3P. A ideia era incentivá-los a adotar práticas socioambientais em suas atividades cotidianas, como gestão adequada dos resíduos, uso racional dos recursos naturais e combate ao desperdício.
Com a campanha, realizada pela Comissão da A3P no MMA, as lixeiras individuais foram substituídas por pontos de coleta nas salas (plástico, não-reutilizável, papel reciclável e papel reutilizável); foram distribuídas canecas para os servidores adotarem copos duráveis; e as impressoras foram configuradas no modo frente/verso.
Além disso, a campanha de comunicação passou a incentivar a reciclagem e a reutilização do papel, a redução do desperdício de água e de energia com adesivos nas salas e nos banheiros e a coleta seletiva com cartazes informativos sobre a separação adequada dos materiais.
Depois dessas ações, com visita às salas de trabalho e aplicação de questionários, foi possível avaliar de que forma as ações da A3P no MMA têm influenciado mudanças de comportamento dos servidores e funcionários em geral para a adoção de práticas de sustentabilidade ambiental.
Os dados mostram que, no do edifício sede do MMA (Esplanada), 66% das salas conseguiram conceito "Ótimo" ou "É nesse caminho"; 91% delas colaboram com a reciclagem de papel; 66% reutilizam o papel antes de descartá-lo na caixa de reciclagem; 63% separam plástico no coletor específico; 56% separam o resíduo não reciclável; 98% têm preferência por canecas e copos duráveis em vez dos descartáveis; 86% mantêm as janelas fechadas enquanto o ar- condicionado está ligado; e 60% dos usuários desligam os monitores quando se ausentam da sala.
As respostas demonstraram que os servidores estão de acordo com a linha de atuação da A3P no MMA e dispostos a apoiar as medidas, mesmo que signifiquem revisão de padrões de consumo e de hábitos no cotidiano das atividades de trabalho.
A coleta seletiva também recebeu aprovação de 98,15% dos entrevistados e 84,91% respondeu que a substituição das lixeiras individuais por pontos de coleta seletiva nas salas contribuiu para a destinação adequada dos resíduos (papel, plástico e não recicláveis)
Reforma da estrutura - Com soluções simples e utilizando conceitos de arquitetura sustentável o prédio do MMA vem, ao longo dos últimos seis anos, conseguindo reduzir o consumo de energia elétrica e de água sem prejudicar o conforto dos servidores.
Em 2008 o Ministério investiu em mudanças na estrutura do prédio para reduzir o consumo de energia e água. Foi feita a instalação dos novos sistemas de ar-condicionado, gerando uma economia de 30% a 50% de energia.
A instalação de sensor de temperatura por sala e o uso racional de água e gás nocivo foram responsáveis pela economia mensal de até 70% de energia, comparada aos prédios vizinhos na Esplanada.
Também foi instalado um sistema pioneiro na Esplanada de aproveitamento de águas das chuvas. Para isso, o telhado do prédio foi reformado e a água captada vai direto para um reservatório de 120 mil litros, a fim de ser utilizada nas descargas e nas torneiras do jardim e da garagem. Além disso, em todos os banheiros foram instaladas válvulas redutoras de pressão e temporizadores.
Para diminuir a irradiação solar foram colocadas películas nos vidros das salas da fachada leste e telhas termoacústicas para otimizar o uso dos aparelhos de ar-condicionado. Os brises (aquelas lâminas de ferro verdes que ficam nas janelas) também foram reformados e as cortinas colocadas para aumentar a produção de sombras, diminuir a incidência solar.
As luminárias das salas e dos corredores ganharam calhas refletoras, o que permitiu diminuir a quantidade de lâmpadas nas áreas de circulação em aproximadamente 75% e em 50% nos ambientes de escritório, usando luminária de 40W e individualização dos interruptores.
O próximo passo o reaproveitamento das águas cinzas (aquelas que contêm sabão e matéria orgânica). Também está prevista a construção de central de tratamento de esgoto, utilização de energia solar e adoção de piso táctil para melhorar o deslocamento dos deficientes visuais.
Coleta Seletiva - Desde 2007, os órgãos públicos da Administração Pública Federal Direta e Indireta devem separar os resíduos recicláveis descartados e fazer a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis, como determina o decreto 5.940/2006.
Em 2010, o MMA destinou mais de 420 mil copos de plástico de 200ml e outros 220 mil copos de café (50ml) à cooperativa que recolhe os resíduos do Ministério. Além disso, foram encaminhadas para reciclagem aproximadamente 21 toneladas de papel; 4,8 toneladas de papelão; 3,36 toneladas de jornal; e 1,44 toneladas de papel misto. A cooperativa que recolhe o material reciclável do MMA tem 82 associados e eles recebem quinzenalmente remuneração pelo material recolhido, que chega a um salário mínimo.
No País existem aproximadamente 600 mil funcionários públicos, distribuídos por 10 mil prédios em 1.400 municípios, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Social, responsável pela coordenação da Comissão estabelecida no decreto.
A CGU, outro órgão do Executivo federal, é um bom exemplo de coleta seletiva solidária. Nos últimos dois anos, período que vêm destinando os resíduos à coleta seletiva solidária, já encaminhou 45,58 toneladas às cooperativas de catadores e deixou de despejar 136 m³ de resíduos nos aterros sanitários de Brasília, que foram convertidos em renda para 178 catadores associados às três cooperativas com as quais a CGU firmou parceria.
Fórum e Prêmio A3P - Em 2010, o MMA realizou o 5º Fórum da A3P, cujo tema foi resíduo eletroeletrônico na Administração Pública. Desde que o Fórum começou, em 2005, os gestores já debateram grandes temas sustentáveis, como licitações, construções, consumo e sensibilização de servidores.
"Fazemos sempre o Fórum sobre temas estruturantes para que eles abram portas sobre o assunto, levantando temas fortes da Agenda, mostrando o que está sendo feito e provocando o debate sobre soluções possíveis", explica Geraldo Abreu, o diretor-substituto de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental do Ministério.
Em relação ao último Fórum, a expectativa era avançar na busca de soluções para os resíduos eletroeletrônicos na Administração Pública, tendo em vista que no Brasil não existe nenhuma forma que trate o pós-uso de resíduo de forma mais resolutiva.
Existem casos de remontagem de equipamentos e doação a entidades mais pobres da estrutura do governo. Há também o reaproveitamento energético, mas o MMA não recomenda, porque a incineração acaba gerando outros problemas como as emissões de gases do efeito estufa.
A exemplo do que acontece na Holanda e em Cingapura, uma solução para o Brasil seria ter uma planta industrial que faça toda a separação dos recursos naturais presentes nos resíduos eletroeletrônicos. Com a regulamentação da Política de Resíduos Sólidos é um tópico que tem possibilidades de avançar.
Durante o Fórum, ainda foi realizada a premiação dos bons projetos de A3P nas áreas de gestão de água, energia, inovação e resíduos, implementados pelos órgãos que possuem termo de adesão.
Os bancos públicos vêm se destacando, como Caixa Econômica Federal, principalmente pelo estágio avançado que estão em termo de projetos de sustentabilidade.
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Copa Sustentável no Brasil
Juan Quirós: Para um legado sustentável da Copa de 2014
Fonte: O Dia - 01.02.2011
Rio de Janeiro - A Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, precisam viabilizar o resgate dos gargalos da infraestrutura e consolidar o conceito de construção verde. As duas metas devem ser contempladas pelos investimentos, pois o mais importante das duas competições é o seu legado.
Assim, é necessário fazer a lição de casa preparatória, a começar pelo cumprimento das exigências da Fifa, que estabeleceu a sustentabilidade como regra para a infraestrutura, em especial de estádios. Isto é importante, pois 40% das emissões mundiais de CO2 vêm dos edifícios. No Brasil, as construções são responsáveis por 44% da energia consumida (22% relativos ao uso residencial; 14%, comercial; e 8%, prédios públicos).
Segundo o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS), os prédios verdes podem gerar economia de até 40% de água e 30% de eletricidade. Para isso, é preciso investimento em tecnologias ambientais equivalente a cerca de 5% do valor da edificação. Segundo o Banco Mundial, a melhoria da eficiência energética nas construções pode diminuir em 25% o consumo de eletricidade no Brasil, Índia e China.
Está claro, portanto, o significado da Copa e da Olimpíada como marcos de um novo paradigma. Por isso, é preocupante o fato de a preparação estar incipiente. Quando se observam a pândega relativa ao estádio paulistano para 2014, o risco de colapso aeroportuário, dúvidas quanto ao trem-bala Rio-São Paulo e a falta de sincronia no cronograma das obras, fica evidente a necessidade de um planejamento eficaz.
Sem isso, o improviso até poderá prover estádios bonitos, mas o fundamental legado das competições seria catastrófico.
Calor faz consumo de energia disparar
Fonte: Cidinha Livre - TV Bandeirantes - 01.02.2011
Brasil - O forte calor no verão dispara o consumo de energia elétrica, principalmente por causa do ar condicionado e do ventilador. E esse aumento pode chegar a até 40%. Soma-se, ainda, que a tarifa de luz está mais cara. Mas alguns cuidados dentro de casa podem fazer com que a conta fique um pouco menor.
Nos dias mais quentes, deixar de usar o ar condicionado é quase impossível. Mas existem formas mais econômicas de utilizá-lo, como deixá-lo ligado somente até refrescar o quarto. Depois disto, é aconselhável utilizar o ventilador.
O engenheiro Luiz Antônio Cosenz dá dicas para reduzir ainda mais o consumo. Segundo ele, mesmo que a televisão seja utilizada cerca de três horas por dia, nas outras 21 horas ela fica ligada em modo stand by. Com isso, por mais que consuma apenas 3% da potência do equipamento, o longo período gera custos consideráveis. "E não é só a televisão, é o DVD, é o home theater, é o telefone sem fio. Tudo em stand by consumindo energia, e isto se reflete na conta do consumidor", explicou.
Para a iluminação, de acordo com ele, é aconselhável o uso de sensores de presença, que são acionados quando alguém passa e desliga as luzes quando não há movimentação. Já na cozinha: geladeira, freezer e microondas. "O microondas também consome mais energia pelo tempo que fica em stand by, e o ideal é tirá-lo da tomada", aconselhou. "A geladeira pode ficar uns 20 centímetros afastada da parede, para facilitar a refrigeração, e nunca se deve secar roupas atrás do equipamento", disse.
Na lavanderia, o melhor é juntar toda a roupa e lavar de uma vez só. E máquina de secar apenas em último caso, segundo o especialista. "O consumo é muito grande", justificou.
Dicas de Economia de Energia no Verão
Fonte: EPTV - 29.01.2011
Brasil - Devido ao calor, o consumo de energia aumenta. E a razão é que todo mundo busca alternativas para se refrescar: ventiladores, ar condicionado e até as geladeiras acabam ficando mais tempo abertas para retirar alimentos e bebidas.
A CPFL não tem um balanço referente ao consumo dos último dias, quando Campinas registrou a semana com as noites mais abafadas do ano. Às 20h da última quinta-feira, 27 de janeiro, os termômetros marcavam 28ºC. A empresa divulga números apenas por semestre, mas explica que, em média, o consumo de energia aumenta entre 20% e 30% nos dias e nas noites mais quentes. A explicação é que com as noites abafadas, as pessoas ficam mais tempo acordadas.
10 dicas de economia de energia elétrica
1) Nos dias quentes, colocar o chuveiro na posição "verão" (o consumo será cerca de 30% menor), limpar periodicamente os orifícios de saída de água do chuveiro, tomar banhos mais rápidos e desligar a torneira ao se ensaboar;
2) Apagar a luz ao sair de um ambiente;
3) Não dormir com a televisão ligada;
4) Instalar a geladeira em local bem ventilado, não encostada em paredes ou móveis, longe de raios solares e fontes de calor, como fogões e estufas, nunca utilizar a parte traseira da geladeira para secar panos ou roupas, nunca colocar alimentos quentes na geladeira e não forrar as prateleiras da geladeira;
5) Não deixar a porta da geladeira aberta por muito tempo e não se esquecer de manter as borrachas de vedação da porta em bom estado;
6) Nos banheiros, cozinhas, lavanderia e garagem, instalar lâmpadas fluorescentes. Elas iluminam melhor, duram mais e gastam menos energia.
7) Não usar benjamins (peça para ligar vários aparelhos a uma só tomada);
8) Acumular roupas para lavar e também para passar;
9) O ferro elétrico tem regulagem de temperatura, o que pode torná-lo mais econômico;
10) Nas máquinas de lavar e nos tanquinhos, utilize a quantidade de sabão recomendada pelo fabricante.
Entenda porque o consumo aumenta no verão
Com o ar condicionado o consumo de energia pode chegar a 1/3 da conta. Para minimizar os gastos com a refrigeração do ambiente, a CPFL Paulista recomenda, na hora de escolher o modelo do equipamento, dar preferência aos condicionadores de ar que possuem o selo Procel, afinal, eles consomem de 12% a 26% menos energia. É importante também fazer a manutenção periódica do eletrodoméstico, realizando a limpeza do filtro de ar. E, finalmente, o hábito de desligar o aparelho sempre que os moradores se ausentarem do ambiente refrigerado é importante.
O chuveiro elétrico e a geladeira também são grandes consumidores de energia. Eles representam, cada um, de 25% a 35% do valor da conta no final do mês. Já a parcela relativa à iluminação das residências fica entre 15% e 25% do total. Para reduzir o consumo com esses aparelhos basta seguir alguns passos.
Chuveiro elétrico - Nos dias quentes, coloque o chuveiro na posição "verão" (o consumo será cerca de 30% menor); limpe periodicamente os orifícios de saída de água do chuveiro; nunca reaproveite uma resistência queimada. Isso provoca o aumento do consumo e coloca em risco a segurança do usuário.
Geladeira - Instale a geladeira em local bem ventilado, não encostando em paredes ou móveis, e mantenha o equipamento longe de raios solares e fontes de calor, como fogões e estufas; nunca utilize a parte traseira da geladeira para secar panos ou roupas; nunca coloque alimentos quentes na geladeira; não se esqueça de manter as borrachas de vedação da porta em bom estado.
Iluminação - Limpe as lâmpadas e luminárias; nos banheiros, cozinhas, lavanderia e garagem, instale lâmpadas fluorescentes. Elas iluminam melhor, duram mais e gastam menos energia (uma lâmpada fluorescente de 15 a 40 Watts ilumina tanto quanto uma incandescente de 60 Watts. Se, para iluminar uma cozinha, utiliza-se uma lâmpada incandescente de 100 Watts, ao substituí-la por uma fluorescente de 32 Watts, a economia será de 1/3 e a durabilidade será de 5 a 10 vezes maior).
US$ 5,4 tri economizados com a adoção de energias limpas
WWF: mundo pode poupar US$ 5,4 tri aderindo às energias limpas
02 de fevereiro de 2011 • 19h25
GENEBRA, 2 Fev 2011 (AFP) -O grupo ambientalista WWF divulgou um estudo esta terça-feira segundo o qual uma troca radical do uso de combustíveis fósseis por fontes limpas de energia poderia representar, no prazo de 40 anos, uma economia de 5,5 trilhões de dólares (4 milhões de euros) ao ano, bem como combater as mudanças climáticas.
O "Relatório Energético", produzido pelo WWF e a empresa de consultoria Ecofys, analisa o cenário de um esforço concertado para substituir combustíveis fósseis com alta concentração de carbono, como petróleo, carvão e gás por 95% de fontes de energia limpa até 2050, o que exigiria um investimento "maciço".
Segundo o documento, embora tal mudança seja "radical para o curso atual da humanidade", além de ambiciosa, é tecnicamente possível, além de inevitável reduzir as emissões de carbono e combater o aquecimento global.
O relatório também destacou os benefícios econômicos desta mudança, apesar do investimento de 4,8 trilhões de dólares (3,5 trilhões de euros) por ano, necessário ao longo do próximo quarto de século.
De acordo com o relatório, atualmente 80% da energia utilizada no mundo têm origem em combustíveis fósseis, e os investimentos em energia limpa em todo o mundo alcançaram 151 bilhões de dólares (110 bilhões de euros) em 2009.
"Em 2050, nós economizaríamos cerca de 4 trilhões de euros (nr: 5,5 trilhões de dólares) ao ano com eficiência energética e custos reduzidos de combustíveis em comparação com um cenário ''business-as-usual'' (nr: em que são mantidas as variáveis atuais)", acrescentou.
Apesar dos enormes custos envolvidos na troca, o equilíbrio se restabeleceria por volta de 2040, acrescentou o relatório.
De acordo com o WWF, a economia obtida com o fim dos subsídios ao petróleo, gás e carvão em todo o mundo somaria entre 500 e 800 bilhões de dólares ao ano dependendo dos preços do óleo bruto, com base em estimativas recentes da Agência Internacional de Energia (AIE) e da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O documento também projetou que as medidas gerariam uma queda líquida de 15% na demanda global de energia em 2050, mesmo com o crescimento populacional, a expansão industrial e a riqueza crescente das populações.
À parte das mudanças de grande porte mais comumente defendidas no uso de combustíveis para o transporte e o abastecimento de energia, o documento identificou um enorme leque de medidas de redução do uso de energia relativas ao modo de vida.
Neste sentido, defendeu a redução à metade do consumo de carne em países ricos para reduzir o aumento das emissões de metano de origem animal, mas recomendou seu aumento em um quarto nos países pobres, atendendo a necessidades sanitárias e nutricionais em ambos os casos.
Também defendeu um melhor isolamento térmico, o uso de energia solar e de bombas geotérmicas para residências e escritórios, inclusive a reforma de construções existentes em uma taxa de 2% a 3% da área existente por ano.
O ministro saudita do Petróleo e Energia, Ali Ibrahim Al-Naimi, previu em um fórum das Nações Unidas celebrado esta semana em Genebra que o mix energético mundial deveria atender à proporção de 50% de fonte petrolífera e 50% de fontes renováveis e outras.
O homem forte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) reforçou a ideia de um crescimento de quase 40% nas necessidades energéticas totais nas próximas décadas, previstas pela AIE, sobretudo devido ao aumento da demanda de petróleo em países emergentes como Brasil e China.
"O mundo não pode se dar ao luxo de descartar uma fonte de energia em particular", argumentou Naimi, que apoiou a adoção de medidas tecnológicas para reduzir a poluição e as emissões advindas do petróleo.
Energia Termossolar
Termossolar: benefício e economia
Fonte: Ambiente Energia - 02.02.2011
Minas Gerais - O Projeto Energia Inteligente – Solar, da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), avança mais um pouco. Na última quarta-feira, 2 de fevereiro, a empresa entregou equipamentos para instalação de sistema de aquecimento solar à Fundação Educacional Caio Martins (Fucam), no município de Esmeraldas (MG), que atende jovens e adolescentes. O investimento no projeto, que integra o programa de Eficiência Energética da Cemig, está estimado em R$ 350 mil.
A instalação do sistema vai permitir que a Fucam tenha um uso racional de energia. “O projeto vai trazer 70% de economia na energia usada para aquecer água, além do conforto nos banhos promovidos por um sistema central de aquecimento,” explica Cristiano Magalhães, coordenador do Projeto Solar – Hospital e Entidade da Cemig. Ainda segundo ele, com essa economia, a Fucam vai reduzir o valor da sua conta de energia e, com isso, será possível liberar recursos para outros investimentos.
Criada há 63 anos, a Fucam acolhe em suas unidades 150 jovens e adolescentes de famílias carentes ou em situação de vulnerabilidade social. Nos centros educacionais, os estudantes desenvolvem atividades complementares de marcenaria, padaria, informática, jardinagem, horticultura, bombeiro hidráulico, artesanato, computação, técnicas de escritório e almoxarifado. O processo de profissionalização continua no ensino médio com o curso técnico em agropecuária.
Inovação em Energia
P&D e inovação em energia
Fonte: Brasil Energia - 02.02.2011
Brasil - O Ministério de Ciência e Tecnologia deve divulgar em março 16 programas de P&D e inovação para o setor de energia. Entre as áreas contempladas estarão as de eólica, biocombustíveis, hidromecânica e energias oceânicas, energia solar, eficiência energética e geração térmica.
Parte do PAC de ciência e tecnologia, os projetos visarão à provisão de infraestrutura e, principalmente, formação de mão-de-obra especializada. Os recursos virão de fundos setoriais e do orçamento do MCT, além de parcerias público-privadas, informa o coordenador de Tecnologia e Inovação do ministério, Eduardo Soriano.
Gestão Energética Municipal na Espanha
Noáin, na Espanha, defende seu plano de economia de energia premiado pela ONU
Fonte: Diário de Navarra - 02.02.2011
Espanha - Representantes da Prefeitura de Noáin, na Espanha, apresentaram em Madrid seu plano municipal de combate às mudanças climáticas. A ação, fruto do trabalho executado em 2003 através da Agenda Local 21, será premiada no próximo mês de março em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Pela primeira vez, duas iniciativas realizadas na Espanha, o plano Noáin e a agenda 21 escolar de Barcelona, serão homenageadas em uma mesma edição do concurso, lançado em 1996 para homenagear as boas práticas de melhoria da qualidade de vida das cidades. O prêmio é promovido pela ONU-Habitat, com o apoio do Ministério de Fomento espanhol.
O coordenador da Agenda 21, Óscar Arizcuren, e o técnico responsável, Mikel Baztán, apresentaram, em um evento organizado pelo Ministério de Fomento, as atividades executadas em Noáin e já reconhecidas pelo Ministério de Meio Ambiente. Arizcuren destacou que o trabalho de um município de 7,5 mil habitantes foi reconhecido a nível mundial. Também apresentou as atividades ligadas ao meio ambiente e à economia de energia. Os responsáveis destacaram ainda o apoio unânime de todos os grupos municipais e o incentivo dado pelo prefeito Miguel Eizari (UPN) às propostas. A economia financeira obtida com a pela implantação de energias renováveis foi de 300 mil euros por ano.
Cervejaria Sustentável
Heineken Brasil lança site corporativo
Fonte: Portal Fator Brasil - 03.02.2011
São Paulo – A Heineken Brasil, empresa que adquiriu a divisão de cerveja do Grupo FEMSA em janeiro de 2010, acaba de colocar no ar sua página na internet. No novo website da Heineken, o público pode conferir a história da companhia holandesa que começou em 1864, em Amsterdam e, desde então, produz grandes cervejas e constrói importantes marcas. Com atuação em mais de 70 países, o grupo possui 140 cervejarias, mais de 75 mil funcionários e mais de 200 marcas.
No novo website já estão disponíveis informações sobre os projetos sustentáveis da empresa, como o comitê de bacias hidrográficas, o programa de redução de consumo de água e energia nas unidades fabris da companhia e o tratamento de efluentes. Além disso, o internauta pode conferir a agenda de sustentabilidade para os próximos 10 anos que pertence ao programa “Brewing a better future”.
Os consumidores podem encontrar também todas as marcas do portfolio nacional e internacional da Heineken, além de informações e notícias sobre lançamentos de produtos, patrocínios e eventos.
Cidadãos Ecologicamente Corretos
Cooperação comunitária pode incentivar moradores a se tornarem ecologicamente corretos
Fonte: Energy Saving Trust - 03.02.2011
Reino Unido - Segundo o ministro de mudanças climáticas, Greg Barker, a cooperação comunitária poderia incentivar moradores a se tornarem mais eficientes energeticamente. E por isso, segundo o ministro, "Será tão importante envolver autoridades locais e fazer com que o Acordo Verde seja algo acessível a todos os grupos comunitários do país".
Em entrevista realizada durante o Retrofit Salford 2011, Greg Barker disse que enquanto as pessoas são responsáveis pelas medidas fiscais que reforçam a eficiência energética, existem ainda outros incentivos que poderiam fazer com que os consumidores residenciais tornem-se ecologicamente corretos. "Certamente nós não descartamos outros tipos de incentivos, mas é nos incentivos que podem persuadir as pessoas, em vez de simplesmente obrigá-las, que estamos atentos no momento", disse o ministro.
O governo espera que, com suas tarifas de abastecimento, incentivo de aquecimento renovável e com o Acordo Verde, os consumidores possam ser tentados a fazer melhorias verdes em suas casas, e que os projetos comunitários possam ter um impacto ainda maior nos compromissos de redução das emissões de carbono.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Encontro de Edificações e Comunidades Sustentáveis no Espírito Santo
A Ufes sediará, de 7 a 9 de setembro de 2011, o VI Encontro Nacional e IV Encontro Latino-americano sobre Edificações e Comunidades Sustentáveis (ENECS E ELECS 2011), com o tema central é “O que é, de fato, sustentável?”.
O evento tem como público alvo pesquisadores, profissionais da área de construção civil, estudantes de graduação e pós graduação, projetistas, empreendedores e representantes do setor comercial e público, bem como demais pessoas interessadas no assunto. Sendo um evento latino-americano, além de participantes oriundos de todas as regiões do Brasil, espera-se ainda um significativo número de visitantes de outros países, especialmente Argentina, Chile e Colômbia, que já têm comparecido nas últimas edições.
A professora e diretora do Centro de Artes da Ufes, Cristina Engel de Alvarez, faz parte da Comissão Organizadora do ELECS 2011. Os interessados em submeter trabalhos podem se inscrever até o dia 15 de fevereiro.
Mais informações no site www.elecs2011.com.br ou pelo telefone 4009-2581.
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