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Fonte: CNN Money - 26.11.2010 |
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China - Durante os próximos 15 anos, a China deve construir o equivalente à cidade de Nova York, nos Estados Unidos - 10 vezes mais. É muito concreto e aço, e isso explica em grande parte por que o país está usando tanta energia. Estradas, pontes, linhas de trem, arranha-céus e fábricas levam toneladas de concreto, aço, vidro e produtos químicos. De acordo com o cientista Lynn Prince, do china.lbl.gov/ China Energy Group no Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, nos Estados Unidos, essa infraestrutura de construções representa uma quantidade expressiva da intensidade energética do país. No início do ano, a Agência Internacional de Energia disse que a China ultrapassou os Estados Unidos, tornando-se o maior consumidor de energia do mundo. A notícia foi surpreendente, porque embora a China tenha quatro vezes a população dos EUA, sua economia é apenas um terço da economia norte-americana. Então, para aonde toda esta energia está indo? Estatísticas do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE, na sigla em inglês) revelam que é a produção industrial da China que está consumindo toda essa energia, e não os 1,3 bilhão de pessoas. É claro que os chineses estão utilizando mais carros e mais eletricidade, mas isto é apenas uma gota no oceano. O setor industrial da China representa 70% de seu consumo total de energia. Por outro lado, o setor industrial dos Estados Unidos representa apenas 33% de seu consumo de energia. No entanto, o volume de atividade industrial não é o único fator que influencia no apetite energético chinês. As fábricas da China, especialmente as siderúrgicas, são, em geral, menos eficientes que suas similares nos países desenvolvidos. Comparações amplas são difíceis de serem feitas, mas as numerosas fábricas da China construídas nos últimos 10 ou 15 anos são tão eficientes quanto as construídas no Ocidente ou no Japão. Mas quando o assunto é aço, os chineses usam uma tecnologia diferente da utilizada nos Estados Unidos, resultando no uso maior de minérios de ferro e menos aço reciclado no processo de manufatura. "As usinas chinesas ainda são menos eficientes que as dos Estados Unidos", disse o pesquisador Michael Renner, da WorldWatch. "O governo tem tentado fechar as menos eficientes", disse. Essa retirada de operação foi, por vezes, grosseira. Estudos indicam que oficiais do governo simplesmente cortaram o fornecimento de energia elétrica para as fábricas ineficientes, em uma tentativa de cumprir seu plano de redução de consumo de energia. Em alguns casos, os cortes no fornecimento se estenderam ao setor residencial. "Não achamos que foi a coisa certa a fazer", de acordo com a especialista em eficiência energética Mona Yew, do Conselho de Defesa de Recursos Naturais dos Estados Unidos. Yew, no entanto, elogiou o governo chinês pelo recente lançamento de uma série de incentivos para incentivar a eficiência energética, incluindo quebra de taxas para as empresas que se especializarem em gestão energética ou que se responsabilizarem com metas de eficiência energética, algo que os Estados Unidos não têm. Os oficiais chineses indicaram também que devem lançar um programa de cap-and-trade, um plano ambicioso para reduzir o consumo da energia e promover as renováveis. Esse plano falhou, recentemente, em ser aprovado pelo Congresso dos Estados Unidos. |
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