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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Arranha-céu em Shanghai será abastecido com energia eólica

Fonte: China Daily - 17.09.2010
China - Os arranha-céus têm remodelado a paisagem de Shanghai substancialmente na última década, e agora geradores de energia eólica estão prestes a ser parte desse novo perfil da cidade. O projeto Eco City, que será implementado no Nanjing West Road, marcado para inaugurar em abril de 2011, será a primeira propriedade do país a ser abastecida pela energia eólica.

O diretor da empresa Sunpower Development & Consulting Co Ltda, Andrew Lee, disse que três conjuntos de geradores serão instalados no alto do prédio de 125 metros de altura. A energia produzida será utilizada na iluminação da fachada, dos halls e de outras áreas comuns. O prédio será o primeiro prédio comercial de Shanghai a receber a certificação ouro de edifícios verdes do Leadership in Energy and Environmental Design (LEED). Isso porque, além dos geradores de energia eólica, muitos outros dispositivos e mecanismos ecologicamente corretos e eficientes energeticamente serão instalados no prédio, tais como um equipamento para seleção de resíduos, reduzindo seus custos com manutenção em até 20%.

Diferente dos edifícios comerciais tradicionais, o projeto Eco City utiliza janelas com vidros duplos, janelas maiores para aproveitar a luz natural e uma fachada de alumínio branco. As duas camadas não apenas dão ao prédio uma aparência única mas também reduzem a energia necessária para o aquecimento e o resfriamento. Aparelhos de ar condicionado somam cerca de 55% do total do consumo de energia de um escritório, enquanto que a iluminação representa cerca de 25% e os elevadores, 20%. As emissões de carbono dos edifícios contabilizam cerca de 30% a 40% das emissões totais de uma cidade. Sendo assim, medidas verdes e de economia de energia em prédios são extremamente necessárias", disse o professor Chen Jie. O ministro de habitação e de desenvolvimento urbano-rural planeja reduzir a poluição emitida pelos edifícios aumentando os padrões industriais para futuros projetos.

Aproveitar centros de cogeração como sistema de economia de energia



Fonte: El Mundo - 17.09.2010
Espanha - A empresa Marina d´Or Energías Renovables firmou um acordo de colaboração com a empresa Finanzauto, distribuidora oficial dos motores americanos da marca Caterpillar. A Marina d´Or Energías Renovables emitiu um comunicado informando sobre seu trabalho na elaboração de auditorias energéticas, colocando ao alcance de empresas, órgãos públicos e privados, soluções baseadas na eficiência e na economia de energia, com sistemas de alto rendimento, que ofereçam, simultaneamente, uma importante economia financeira.

A empresa destaca que um dos sistemas de economia de energia mais importantes são os centros de cogeração. "A gama de motores de cogeração é tanta que o departamento de Engenharia da Marina d´Or Energías Renovables projeta planos de negócios personalizados, segundo as necessidades ou possibilidades específicas de cada empresa", expõe o comunicado.

A companhia está instalando, há mais de sete anos, um centro de cogeração Caterpillar de 3,5 MW, que abastece de energia elétrica e térmica todas as instalações da Marina d´Or Ciudad de Vacaciones, revertendo o excedente para a rede. Atualmente, o centro de cogeração é um dos mais eficientes na Espanha, alcançando rendimento global de 80%, segundo dados disponibilizados.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Weg premiada como uma das mais inovadoras


Fonte: Folhablu - 14.09.2010
São Paulo - Tendo a inovação como uma das prioridades ao longo de sua trajetória, a Weg recebeu no último dia 9 de setembro, em São Paulo, o Prêmio Empresas Mais Inovadoras do Brasil 2010. Promovido pela Revista Época Negócios em parceria com a consultoria da AT Kearney, a premiação contemplou as 20 empresas que compõem o ranking da inovação, analisadas por 12 mil consumidores do país e selecionadas entre as 120 companhias inscritas.

A lista, encabeçada pela Whirlpool, contou também com empresas como Embraco, O Boticário, Vale e White Martins. A Weg, que possui hoje 75% de seu faturamento originado de produtos lançados nos últimos três anos, ficou com a 19ª colocação. “A inovação é uma questão de sobrevivência para nós”, afirma Mílton Castella, diretor de Engenharia da Weg. “Nossos diferenciais são essenciais, já que os motores começam a se tornar commodities no mercado internacional”, completa.

O principal objetivo da Weg é aumentar a eficiência energética dos produtos. “Estamos produzindo motores que precisam de menos matéria-prima para serem fabricados e que consomem menos energia. Com isso, conseguimos fazer com que menos CO2 seja gasto em ambas as pontas da cadeia”, afirma Sebastião Nau, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Weg.

A premiação também contemplou os destaques de excelência em relação aos quesitos estratégia para inovação, organização e cultura, e processos inovação, tendo como vencedores Whirlpool, O Boticário e Dow respectivamente.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Construções sustentáveis ganham mercado no Brasil


Fonte: Portal Exame - 20.08.2010
São Paulo - Viáveis e lucrativos, os chamados "prédios verdes" vão, aos poucos, ganhando espaço no país. Entre o título e a realidade, porém, é necessário cautela. Não basta ter um jardim bem cuidado ou meia dúzia de árvores para merecer o crédito. Uma boa maneira de checar a vocação ambiental do imóvel é saber se ele possui certificado.

Para isso, o empreendimento precisa ser erguido dentro de parâmetros ambientais em todas as fases - do planejamento à operação, passando pela construção. No Brasil, a busca por esse tipo de certificação cresceu 75% de 2009 pra cá.

Certificado Leed
Um dos selos disponíveis no mercado é o Leed (Leadership in Energy and Environmental Design), fornecido pelo instituto americano Green Building Council Brasil, criado em 2004. O primeiro empreendimento brasileiro e da América Latina a conquistar a certificação ambiental, em 2007, foi uma agência do Banco Real, na Granja Viana, em Cotia, SP.

Para obter o Leed, o imóvel tem de atender, no mínimo, a 26 exigências, de uma lista com 69. São avaliados o consumo de energia, o reaproveitamento de água, o uso de materiais certificados ou reciclados na construção e no mobiliário, a localização do prédio e a baixa produção de resíduos, entre outros itens. Atualmente, 19 empreendimentos brasileiros já possuem o Leed, e outros 192 estão em processo de certificação - em maio do ano passado, eram apenas 119.

Certificado Aqua

Outro selo ambicionado é o Aqua (Alta Qualidade Ambiental), o primeiro referencial técnico brasileiro para construções sustentáveis. Desenvolvido em 2008 pela Fundação Vanzolini, o selo já conta com 25 processos iniciados e 13 empreendimentos certificados, entre os quais constam duas unidades da Leroy Merlin, no Rio de Janeiro e no Distrito Federal, e a Casa Natura, um misto de centro de convivência e loja da marca de cosméticos, em Santo André, SP.

O Aqua, que começou a ser emitido no ano passado, baseia-se em 14 critérios de sustentabilidade divididos em quatro fases (eco-construção, eco-gestão, conforto e saúde), que se aplicam para diversos empreendimentos - residenciais, comerciais, complexos esportivos e habitação popular.

Para o coordenador executivo do processo, Manuel Carlos Reis Martins, a busca crescente por esse tipo de empreendimento é inevitável. "Diante dos desafios ambientais que enfrentamos, a construção sustentável será o único caminho possível para o setor de edificação civil no futuro", afirma.

Custo-benefício: bom para o meio ambiente e para o bolso

Seguir com rigor os padrões exigidos pelas certificações tem seu preço: a construção pode ficar de 5% a 10% mais cara, dependendo da sofisticação desejada. Em contrapartida, um empreendimento construído dentro desses padrões podem reduzir entre 30% e 40% o consumo de energia, 50% o consumo de água, 35% a emissão de CO2 e em até 90% o descarte de resíduos, além de garantir um ambiente interno mais saudável e produtivo.

"O investimento em projetos sustentáveis, além ter um impacto menor no meio ambiente, reflete-se em um custo operacional mais baixo", afirma Marcelo Takaoka, presidente do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável. "Pode até custar mais caro no começo, mas depois reduz consideravelmente as faturas de água e luz".

Evento sobre construção sustentável


Fonte: Revista Lumière - 07.2010
Brasil - Em agosto será promovido o 1º Simpósio Internacional de Arquitetura e Construção Sustentável (Siacs 2010), em que serão discutidas práticas de sustentabilidade em iluminação e uso racional de energia elétrica em construções.

O evento acontecerá em duas etapas: a primeira em Salvador (BA), a ser realizada no dia 20 de agosto, durante a Feira Construir 2010; e a segunda em Belo Horizonte (MG), entre os dias 23 e 25 de agosto, no Centro de Convenções Minas Centro, em Minas Gerais.

Ambas as etapas contarão com a participação de palestrantes nacionais e internacionais, que ministrarão temas atuais, ligados à Copa de 2014 e às Olimpíadas de 2016, como estádios, hotéis, desenvolvimento e iluminação urbana. Ainda outros temas serão abordados, entre eles, os Planos Diretores de Iluminação Pública das Cidades (Masterplan).

Ideal consegue apoio da Unesco




Fonte: ClicRBS - 19.08.2010
Santa Catarina - O Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (Ideal), fundado há três anos pelo engenheiro Mauro Passos, conseguiu apoio institucional da Unesco, Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura. Outra conquista do instituto, esta semana, em Montevidéu, foi a parceria com cinco instituições que atuam no âmbito do Mercosul para o lançamento do Concurso Mercosul em Energia Renovável e Eficiência Energética.

"Começamos em 2008 com um projeto piloto em Santa Catarina, em 2009 realizamos o concurso em nível nacional e agora chegamos no Mercosul. Tudo exatamente como tínhamos planejado", comemora Mauro Passos.

Segundo ele, o compromisso do Concurso Mercosul é com conhecimento, sustentabilidade e integração. A premiação será de US$ 100 mil.

Diagnósticos energéticos otimizam projetos de eficiência


Segundo especialistas, análise prévia apresenta-se como opção para empresas reduzirem consumo de energia elétrica
Danilo Oliveira, para o Portal Procel Info
A elaboração de diagnósticos energéticos pode ser um caminho para otimizar as ações de redução do consumo de energia elétrica prevista em projetos de eficiência energética. Os processos, geralmente elaborados por Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ESCOs), realizam levantamentos e são consolidados em relatórios sobre possíveis medidas para economia de energia, que orientam desde pequenas construções até indústrias e empresas de diversos setores. Em alguns casos, são verificados potenciais de economia de energia que chegam a até 30%, conforme identifica o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/RJ).

"O bom diagnóstico deve começar analisando por que precisa-se de energia, quais os energéticos, equipamentos e sistemas existentes para atender a estas necessidades, se estão bem dimensionados, instalados e operados e quais seriam as melhores formas de fazê-lo", resume o professor e consultor Agenor Gomes Pinto Garcia, autor do livro Leilão de Eficiência Energética, pela Synergia Editora.

Garcia acredita que, além do diagnóstico, é necessário que a implantação das ações seja monitorada por um sistema de gestão energética, com o objetivo de que os resultados não sejam perdidos ao longo do tempo. "Se não for acompanhado de medidas de implantação efetiva, como infelizmente acontece em muitos casos, nada adianta", avaliou o professor. Ele destacou ainda que é fundamental para os diagnósticos procurar entender as necessidades do uso de energia e a forma como ela é utilizada.

O professor explicou que os diagnósticos devem levar em conta também quais as formas de energia disponíveis, seus custos e formas de comprá-las, buscando estabelecer as medidas necessárias para um resultado realmente eficiente. Para isso, Garcia destacou a necessidade de que sejam considerados todos os fatores que podem influenciar o consumo de eletricidade como, por exemplo, temperatura, produção e ocupação, além da própria energia e demanda consumidas por setores e equipamentos mais importantes.
Além do diagnóstico, é necessário que a implantação das ações seja monitorada por um sistema de gestão energética, com o objetivo de que os resultados não sejam perdidos ao longo do tempo, indica Agenor Garcia

No Rio de Janeiro, o Sebrae/RJ apóia micro e pequenos proprietários que optam pela realização de diagnósticos em suas empresas. O objetivo da entidade é identificar o potencial existente de economia de energia e apresentar soluções, indicando o que deve ser feito, quanto deve ser investido e o provável prazo de retorno dos investimentos. Com ações voltadas à redução do consumo em seu segmento, o Sebrae/RJ constatou um potencial médio de até 30% de economia de energia em micro e pequenas empresas.

"Ao implantar essas soluções, o empresário poderá usar os recursos energéticos disponíveis de forma eficiente, diminuindo o consumo excessivo, sem perda de produtividade; reduzir gargalos e aumentar, assim, a qualidade de seus produtos; gerar menor impacto no meio ambiente, o que garante aumento de competitividade; e aumentar a margem de lucro", detalhou o diretor-superintendente do Sebrae/RJ, Sergio Malta.

O executivo do Sebrae/RJ explicou que as soluções apresentadas pelos consultores são baseadas nos dados de consumo informados pelos empresários. Malta avalia que, quanto mais próximos do consumo real, mais fácil se torna para calcular o prazo de retorno do investimento. Isso porque, segundo ele, uma diferença considerável entre os dados informados e o consumo efetivo podem acarretar em necessidades de correção durante o projeto executivo.

"O dia-a-dia do proprietário de uma micro ou pequena empresa é bastante intenso e, muitas vezes, a preocupação com o uso da energia não é prioridade, pois há outros gastos mais elevados. Porém, quando conseguimos sensibilizar o empresário para a possível economia de energia existente em sua empresa, ele não hesita em colocar as ações em prática, pois sabe que terá bons resultados", destacou Malta.

Portal difunde tecnologias



Fonte: Ambiente Energia - 18.08.2010

Brasil - Quem procura ficar atualizado sobre as novas soluções de geração, consumo e uso eficiente da energia tem agora um canal exclusivo. Trata-se do portal Energia Fronteiras da Tecnologia, iniciativa do Departamento de Infraestrutura (Deinfra) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. O portal tem como principal foco o conhecimento sobre novas ferramentas, oportunidades de investimento e soluções futuras para a área de energia, sobretudo para produção, utilização e eficiência energética.


Um dos objetivos do portal é disseminar informações sobre novas tecnologias, em busca de uma economia sustável e de baixo carbono. Este novo espaço terá um processo contínuo de mapeameamento das tecnologias, com a preocupação de auxiliar as empresas a se adequarem a uma economia energeticamente eficiente e de baixo carbono, assim como para os investidores interessados nesta área.


Na seção Produção, encontra-se informações sobre tecnologias nas áreas de bioenergia, eólica, solar, nuclear, geotérmica e outros fontes. Outro item do portal é a seção Utilização, que relaciona projetos desenvolvidos. Nesta área, já estão relacionados projetos, por exemplo, de turbinas de aviões, motor tetrafuel, novas baterias de armazenamento elétrico e sistema de partida a frio Flex Start.


Outra área trata de projetos relacionados à Eficiência e outras ferramentas, já trazendo iniciativas como padronização de linguagens de smart grid, recuperação de calor para geração de energia e transmissão de energia elétrica sem fio. Os usuários também terão espaço para enviar a sua tecnologia.

BNDES aprova medidas para o investimento em turismo



Fonte: Estadão - 17.08.2010
Rio de Janeiro - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um conjunto de medidas de incentivos ao investimentos no setor de turismo. O objetivo é modernizar e ampliar a rede hoteleira para capacitar o país com infraestrutura turística adequada para a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, em 2014 e 2016. O programa já conta com uma carteira de R$ 709,4 milhões, incluindo operações aprovadas, em análise e em perspectiva. Esses valores equivalem a investimentos de R$ 1,2 bilhão.

As primeiras aprovações do programa foram para investimentos em dois hotéis no Rio de Janeiro. Um deles, de R$ 146,5 milhões, foi para a Companhia Industrial de Grandes Hotéis, empresa do Grupo EBX, reformar o Hotel Glória. O outro, de R$ 11,6 milhões, é destinado à GB Copacabana Administração Hoteleira Ltda para a construção do hotel Ibis Copabacana.

A reforma do tradicional Glória, um importante referencial da memória cultural da cidade do Rio de Janeiro, busca reenquadrar o hotel no padrão de alto luxo, posicionamento que veio perdendo ao longo dos anos, fruto de sucessivas reformas que descaracterizaram a construção original. As obras incluem o restauro da fachada, que terá seu desenho original recuperado, e uma completa reforma do prédio.

Segundo nota enviada pelo BNDES à imprensa há pouco, as iniciativas contemplam a inclusão no Cartão BNDES do financiamento aos serviços de qualificação profissional do setor de hotelaria e lazer. Com isso, os cursos de capacitação e de aperfeiçoamento profissional relacionados às atividades de recepção, viagens, eventos, serviços de alimentação, entretenimento e línguas (inglês e espanhol) estão autorizados a obter financiamento do Cartão BNDES, desde que sejam previamente credenciados no Portal de Operações. O Cartão BNDES também passa a financiar contrapartidas financeiras de programas de qualificação profissional executados pelo Ministério de Turismo (MTUR) e pelo Sebrae, voltados para a promoção da competitividade empresarial e para a qualificação profissional nas áreas de hospitalidade e lazer.

Nos casos de reforma, modernização e ampliação, os prazos de pagamento poderão ser ampliados de 8 anos para 10 anos, se o investidor apresentar certificação de eficiência energética, emitida por entidade qualificada. Esse período poderá, ainda, ser estendido para até 14 anos caso o tomador do crédito obtenha certificação de construção sustentável.

Para os projetos de construção de novos hotéis, o prazo de pagamento poderá chegar a 15 anos se o empreendimento obtiver certificação de eficiência energética e a até 18 anos se a certificação for de construção sustentável, reconhecida por entidade de credenciamento acreditada dentro do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Regulador do uso de energia trás melhoria para o sistema de aquecimento



Fonte: IG Notícias - 18.08.2010
São Paulo - A baixa eficiência de seu aquecedor solar de água nos dias nublados e a necessidade de utilizar outra fonte de energia incomodou o engenheiro elétrico João Luiz Florio. Para resolver o problema, ele desenvolveu um aparelho que permite controlar a temperatura e o tempo em que a resistência elétrica é usada para aquecer a água. Dessa maneira, é possível economizar nos dias frios entre 20% e 25% de energia elétrica quando comparado ao modelo tradicional de aquecimento solar.

O aparelho eletrônico, criado pelo engenheiro e professor da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), pode ser acoplado a qualquer modelo residencial de aquecedor solar, com instalação nova ou já em uso. Ele funciona por meio de um sistema automático, composto por sensores (instalados no reservatório de água), controles de operação e módulo de potência que liga o resistor elétrico. “A tecnologia desenvolvida é muito útil para otimizar o uso da energia elétrica quando necessária”, afirma Florio.

É possível ajustar o aparelho de três maneiras diferentes. Na função que utiliza o termostato é possível monitorar a temperatura do reservatório de água (ou boiler). Outra maneira é por meio de um temporizador que estabelece o tempo que a resistência do aquecedor elétrico ficará ligada. A última opção é o modo programado, no qual o usuário pode determinar a hora de funcionamento da resistência elétrica e a temperatura desejada.

Outra vantagem do sistema é o recurso “anti-freezing”, que evita o congelamento da água dentro dos coletores. Quando o aparelho detecta que a temperatura está se aproximando de 0º, a situação é revertida automaticamente. Além disso, nos dias em que há muita demanda por água quente, é possível ativar o modo de “circulação forçada”. Nele, é aumentada em até 30% a disponibilidade de água aquecida, já que o processo de aquecimento ocorre mais rapidamente.

A utilização do aparelho proporciona uma economia entre 20% e 25% de energia elétrica quando ele é comparado ao modo tradicional de energia solar. Florio estima que o preço do aparelho será baixo e inicialmente o produzirá em sua própria empresa, a sorocabana Kenntech, que desenvolve produtos eletrônicos.

Existem hoje no mercado aparelhos que controlam a temperatura dos aquecedores solares, mas eles não têm controle multifuncional. “Queremos fornecer o aparelho para os fabricantes”, afirma o engenheiro. “Como é um pouco difícil para o usuário instalar sozinho, devido à necessidade de conhecimentos técnicos, o ideal seria vender junto com os aquecedores”.

Segmento cresce

O mercado brasileiro de aquecedores solares cresceu 18,9% no ano passado, segundo a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava). Tal crescimento foi impulsionado pelo aumento da consciência ambiental dos consumidores e por ações governistas com a implantação de aquecedores solares em projetos como o Minha Casa, Minha Vida, entre outros.

Apesar da expansão no comércio, ainda existem empecilhos para a popularização do modelo energético. Um deles é o custo elevado - de, em média, R$ 1,7 mil - para adquirir os painéis solares e instalar o sistema. “Apesar de o investimento inicial ser alto, a recuperação ocorre muito rapidamente. Nas residências, em aproximadamente 24 meses ocorre a amortização”, diz Marcelo Mesquita, gestor do departamento de energia solar da Abrava.

Outra dificuldade é a instalação dos aparelhos, que precisa ser feita por técnicos especializados. Atualmente existem 200 empresas no Brasil - entre fabricantes, revendedores e instaladores - voltadas ao setor de energia solar.

Consumo sustentável e preservação ambiental


Fonte: Diário de Petrópolis - 18.08.2010
Brasil - Na perspectiva da rotina doméstica, a preservação do meio ambiente pode ir muito além da separação do lixo para reciclagem e da compra de alimentos livres de agrotóxicos. Aliás, essa prática consciente poderá ser incentivada pela escola caso seja aprovado projeto de lei da Câmara dos Deputados (PLC 270/09) que institui uma política de educação para o consumo sustentável. A matéria está pronta para ser votada pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA).

A adoção de práticas de consumo e de técnicas de produção ecologicamente sustentáveis é a meta dessa política. O projeto conceitua como consumo sustentável o uso dos recursos naturais de forma a garantir qualidade de vida para a geração atual sem comprometer as necessidades das gerações futuras.

A Secretaria do Meio Ambiente de Teresópolis vem fazendo um trabalho de educação ambiental e promovendo medidas para a conscientização. Com relação ao consumo sustentável, Leandro Coutinho, que é responsável pelo projeto de coleta seletiva da secretaria, falou sobre esse conceito que pode parecer distante da maioria da população, mas que atinge a todos de uma forma geral. “A gente tem sempre que pensar na diminuição da produção de resíduos, e o consumo sustentável é a opção do consumidor em materiais que tenham retorno, e então você tem a opção de diminuir a geração de resíduos”, lembrou.

Como exemplo dessa redução da produção de insumos, o uso das sacolas retornáveis, tão debatido nos últimos meses, é uma opção para diminuir a circulação de sacolas e colabora para a diminuição do uso destes elementos: “É importante dar prioridade ao uso destes materiais como os refis, de garrafas de vidro que são retornáveis. Com isso, os aterros sanitários vão ter uma vida prolongada diminuindo os resíduos e a produção deles”.

Estímulo à redução do consumo de água e energia nos ambientes residencial e profissional; à reciclagem de resíduos sólidos, alguns considerados perigosos ou de difícil decomposição, como pilhas, pneus e lâmpadas; à exploração dos recursos naturais com base em técnicas de manejo ecologicamente sustentáveis são alguns dos objetivos listados pelo PLC 270/09. Campanhas educativas nos meios de comunicação e capacitação dos professores dos ensinos fundamental e médio seriam os caminhos para reforçar a conscientização dos brasileiros sobre o consumo sustentável.

“As indústrias precisam de insumos da natureza para continuar a produção, como é o caso do papel que precisa da árvore, e se você diminuir a geração e a utilização desses materiais, as indústrias produzem menos, gerando menos poluição”, defendeu Leandro justificando os benefícios das práticas de consumo sustentável.

Sobre o programa de coleta seletiva em funcionamento na cidade ele afirma: “Dentro do projeto a gente sempre procura trabalhar a questão da educação ambiental para a diminuição dos resíduos. Não é porque existe a coleta seletiva, que a gente tem que aumentar a geração de resíduos. A nossa intenção é trabalhar a coleta seletiva juntamente com o consumo sustentável”.

O relator na CMA, senador Renato Casagrande (PSB-ES), reconheceu o mérito do projeto, mas, em vez da criação de uma lei específica sobre consumo sustentável, recomendou a inclusão desse conceito na legislação ambiental já em vigor. Assim, referências ao consumo sustentável passariam a constar da Lei 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, e da Lei 9.795/99, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental.

Pelo substitutivo a ser votado na comissão, a promoção e a adoção de padrões de consumo compatíveis com o desenvolvimento sustentável passariam a constar das recomendações dessas duas leis em prol do envolvimento da sociedade na conservação do meio ambiente. Após o exame pela CMA, a matéria será votada em decisão terminativa na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).

Dentro do conceito da educação ambiental, Leandro Coutinho acredita que esta é a chave para a modificação da consciência da população com relação a importância da preservação. “A gente costuma falar que a educação ambiental com o jovem é muito eficaz, porque quando a gente ajuda o jovem a entender a importância de preservar o meio ambiente, a gente deixa de punir o adulto. A educação ambiental em todas as faixas etárias é igualmente importante, pois a gente sempre deixa de punir”, enfatizou.

Para Leandro, é muito importante que a população saiba que o pouquinho que cada um faça, quando unido ao coletivo, se torna uma ação significativa para a proteção do meio ambiente.

Tecnologias na busca por um mundo mais ecológico



Fonte: CNN - 13.08.2010
Estados Unidos - Atualmente, informação é poder, mas será que a informação por si só consegue fazer com que as pessoas mudem seu comportamento? Nem sempre, segundo o diretor do Laboratório de Tecnologia Persuasiva da Universidade de Stanford, BJ Fogg. "Dentre todas as discussões sobre maneiras de viver de forma 'verde', poucas pessoas estão absorvendo essas informações e mudando o seu estilo de vida", disse Fogg.

Mas a esperança não está perdida. Diversas máquinas e aplicativos da web visam incentivar as pessoas a serem mais ecologicamente corretas, como no caso da empresa OPower.

Para quem pensa que não liga para o que os vizinhos fazem, a OPower prova o contrário. A empresa de software promove a eficiência energética em casas e, em vez de mostrar um plano de conta de energia, coleta os dados de energia da casa do cliente e compara com o consumo de energia dos seus vizinhos. Tal exposição gera mudança de comportamento de 60% a 80% das pessoas que acessam o site. O serviço, disponível para mais de 30 empresas de distribuição de energia, possui cerca de 1,5 milhão de usuários. "Se pudéssemos levar esse serviço a toda nação - e não há motivos para que não possamos - poderíamos retirar 3 milhões de lares da rede e ter tanto impacto quanto o setor inteiro de energia renovável", disse o porta-voz da empresa, Ogi Kavazovic.

Biocombustíveis no Brasil



Para Yans Geckler Felippe

O Brasil, que lidera o desenvolvimento dos agrocombustíveis, enfrenta certificações europeias que poderia estabelecer novas barreiras comerciais.

RIO DE JANEIRO, 16 de agosto (Terramicínica) .- O Brasil iniciou uma série de medidas em contra-ofensiva à União Europeia (UE) para certificar os biocombustíveis, que poderia levar a barreiras à importação de combustível do país sul-americano.

Brasil é o maior produtor mundial de etanol da cana de açúcar.

As normas de certificação da UE para etanol e de biodiesel, destinadas a assegurar o que representa uma redução substancial das emissões de gases com efeito de estufa - em combustíveis fósseis - e não provenientes de florestas, pântanos ou áreas protegidas.

Estes requisitos são parte da implementação da política de energias renováveis do bloco, que entrará em vigor em Dezembro de 2010.

Mas a "produção de biocombustíveis associado com o desmatamento na Amazônia é a falta de conhecimento da realidade brasileira, a ação protecionista, e sem base científica", disse ao Terramérica o pesquisador Robert Michael Boddey, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (
Embrapa). Os europeus deveriam entender que o Brasil não é a Holanda, Bélgica e Portugal. "O que sobra é terra aqui", disse ele, " culturas que tiveram de emigrar não significa que vai aumentar o desmatamento."

A expansão da produção de cana, matéria-prima do álcool combustível ou etanol, só ocorre em três estados fora da Amazônia: Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo, onde a cana está ocupando terras de
pastagem. "Em algumas regiões do Brasil a relação é de uma vaca para uma área do tamanho do Maracanã (Rio de Janeiro). Colocamos quatro vacas no mesmo espaço ", disse ele.

“Os europeus não entendem essas proporções." A prova é que o ritmo de desmatamento da Amazônia no Brasil está caindo desde 2005, disse ele. Cid Caldas, coordenador-geral de Açúcar e Álcool do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, disse ao Terramérica que as plantações de cana ocupam somente oito por cento do território brasileiro.

A área restante, que inclui os ecossistemas de vegetação ativa como a Amazônia, no norte, e Pantanal, no oeste, estão protegidos, disse ele. Para o ambientalista Marcel Gomes é uma crítica razoável das consequências diferentes que os biocombustíveis representam para os pequenos agricultores e grandes empresas.

"Quando a cana é estendida para uma região favorável, que já produziu diversos frutos é obrigado a produzir cana ou soja, matérias-primas de biocombustíveis", disse ao Terramérica Gomes, coordenador da Repórter Brasil, uma organização de jornalismo .

Essa mudança "não afeta a segurança alimentar do país, mas o pequeno produtor, que viveu entre os frutos ou a sua venda." Rogério Rocco, um ex-superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, acredita que o Brasil deve se lembrar de suas experiências negativas com monoculturas. "Monoculturas de café e cana de açúcar acabaram com a Mata Atlântica (floresta tropical na costa brasileira). Hoje, há apenas oito por cento da vegetação original ", disse ao Terramérica. Para reduzir estes riscos, o governo realiza um programa de incentivo de US $ 2 bilhões para promover o desenvolvimento agrícola que tem, entre outros objetivos, nos próximos 10 anos cerca de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas.

Outro projeto para o mesmo tempo que procura expandir o sistema de rotação de áreas cultivadas e os animais de quatro milhões de hectares.

Além disso, a Embrapa desenvolveu um sistema de zoneamento climático, a fim de estabelecer áreas adequadas para as diferentes culturas, permitindo que os 26 estados brasileiros passem a identificar a sua topografia, a diferentes climas e comportamento sazonal, bem como a composição dos seus solos.

Com este mapa, os produtores podem investir e crescer em cada área de uma região que melhor se adapte às suas características.

Gomes reconhece que não se pode culpar os biocombustíveis pela escassez de comida brasileira que atingiu o mundo em 2007 e 2008, pouco antes da eclosão da crise econômica internacional. A escalada dos preços das tortillas - o bolo de milho fina é um alimento básico no México e América Central, e são amplamente consumidos no os E.U. - teve sua origem no grande aumento dos preços do petróleo.

A escassez de petróleo promoveu uma mudança na demanda de energia para o etanol de milho, beneficiaram de subsídios pesados nos E.U.A, elevando os seus preços.

"Automaticamente, as pessoas que dependiam de milho para alimentar foram prejudicadas", lembrou Gomes. Para o ativista, os E.U.A e a UE escondendo atrás de seus "entraves ambientais" protecionismo aos biocombustíveis brasileiros.

"Em 2008, os agricultores irlandeses alegaram que a carne do Brasil não passam por exames médicos antes de ser exportado, para evitar a entrada de um produto que tinha vantagens comparativas, disse ele.

Além disso, ele disse, "pode haver a preocupação de que a tecnologia brasileira de biocombustíveis de alta qualidade, é exportado para a África ou o México e ameaça os agricultores europeus e americanos." Caldas lembrou que em 2008 o Brasil foi identificado como o culpado da alta dos preços mundiais de alimentos, devido à "expansão" de bioetanol.
Em outubro do mesmo ano, eclodiu a crise E.U.A financeira, os preços internacionais do petróleo caiu, o assunto foi abandonado. O governo brasileiro quer que até 2017 já não haja a prática de queimada de cana, que polui e deixa trabalhadores doentes na colheita.

Isso permitiria uma redução anual de seis milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente gases de efeito estufa emitidos por 2,2 milhões de veículos comerciais.
* (Traduzido de Tierra América) Correspondente IPS

Novos padrões para produtos "verdes"



Fonte: Independent - 12.08.2010
Mundo - O desenvolvimento e a implementação mundial de um novo sistema de classificação ambiental poderia facilitar a comparação de produtos para os consumidores em todo o mundo. A Associação de Manufatureiras de Eletrodomésticos (AHAM, na sigla em inglês) anunciou, na última terça-feira, 10 de agosto, que firmou parceria com a Associação Canadense de Padronização e com o grupo internacional UL Environment, duas organizações líderes em padronização. Os três juntos pretendem desenvolver uma série de novos padrões que poderão ser utilizados por governos, varejistas e consumidores em todo o mundo para identificar e promover produtos ecologicamente corretos.

Os novos padrões de eficiência ambiental levarão em conta não apenas o consumo de energia do produto, mas também seu impacto ambiental durante sua vida útil. Em um press release, as companhias comunicaram que pretendem desenvolver "uma métrica que conquistará a confiança do consumidor". Uma maior transparência nos padrões ambientais é necessária quando o consumidor se torna cada vez mais consciente ambientalmente a respeito dos produtos e as manufatureiras começam a responder as suas demandas. Contudo, ainda não se sabe quando as empresas finalizarão os novos padrões e nem quando entrarão em vigor.

Atualmente, produtos de baixo impacto ambiental são classificados pelo sistema Energy Star e estão disponíveis em toda a América e na Europa. Os produtos europeus eficientes energeticamente também levam um símbolo de flor verde. Sites voltados ao consumidor, como o www.energystar.gov nos Estados Unidos, o www.energysavingtrust.org.uk no Reino Unido e o www.ecolabel.eu na Europa apresentam classificações ambientais e informações sobre diversos eletrodomésticos, como geladeiras e máquinas de lavar. Estima-se que o desenvolvimento de um novo sistema de classificação ambiental leve a um sistema de classificação ambiental padronizado globalmente, simplificando as comparações entre os produtos para os consumidores e ajudando para que eles não comprem enganados.

PUCRS mais verde


Fonte: Zero Hora - 12.08.2010
Rio Grande do Sul - A ideia começou no canteiro experimental da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Com o sucesso da fase de testes, a Prefeitura Universitária decidiu implantar um telhado vivo no prédio da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas.

A tecnologia foi apresentada por alunos do grupo de pesquisa Uso Sustentável de Energia no Salão de Iniciação Científica da universidade e, entre outros objetivos, quer manter estável a temperatura do local.

Em uma superfície impermeável da cobertura, foi aplicado solo e vegetação.

Empreendimento verde no Rio

Fonte: Monitor Mercantil - 11.08.2010
Rio de Janeiro - Em evento realizado pela incorporadora norte-americana Tishman Speyer e Camargo Corrêa na quinta-feira, 12 de agosto, o Ventura Corporate Towers foi totalmente entregue depois de quatro anos de obras e um investimento de R$ 500 milhões.

Em linha com as preocupações globais ligadas à sustentabilidade, especialmente à preservação do meio ambiente, à eficiência energética e os custos operacionais competitivos no longo prazo, o Ventura inaugurou uma nova era no Rio de Janeiro, ao se tornar o primeiro empreendimento verde da cidade. Recebeu a certificação Green Building, na categoria Gold, concedido pelo U.S. Green Building Council (USGBC), dos Estados Unidos, que segue o sistema LEED (Leadership in Energy and Environmental Design).

Para a conquista da certificação, preencheu uma série de requisitos que tiveram início na fase de projetos e continuaram durante a construção. A segunda torre já está com praticamente 65% dos seus espaços pré-locados.