Com investimento de R$ 1,6 bilhão, obra da unidade da
Solatio vai gerar 2 mil empregos. Projeto deve entrar em operação no ano
que vem, com geração inicial de 150 megawatts
Com investimento da ordem de R$ 1,6 bilhão, a maior usina de
geração de energia fotovoltaica (solar) da América Latina será instalada
em Pirapora, no Norte de Minas, pela espanhola Solatio Energia em
parceria com a Canadian Solar, que fornecerá os painéis solares. A pedra
fundamental do empreendimento será lançada no município do Norte do
estado. Segundo informou o presidente da Solatio Energia, Pedro Vaquer,
serão gerados 2 mil postos de trabalho nas obras de implantação da
unidade, que deverão ser iniciadas em junho. De imediato, serão feitos
os serviços de terraplanagem. Ainda segundo Vaquer, quando a usina
entrar em atividade serão empregadas 150 pessoas em caráter permanente.
A megausina de energia fotovoltaica vai entrar em funcionamento em
agosto de 2017, quando deverá iniciar o fornecimento de 150MW para o
Sistema Interligado Nacional de geração, transmissão e distribuição de
energia elétrica. O cronograma prevê que em novembro de 2017, a unidade
passará a fornecer para o sistema nacional mais 90MW, alcançando uma
geração de 240MW. A Solatio Energia venceu leilão realizado pela Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em agosto do ano passado para
fornecimento de energia. Posteriormente, a empresa espanhola assinou os
contratos com a Aneel estipulando os prazos para o início do
fornecimento da energia considerada alternativa.
Atualmente, a companhia responde por 31% do mercado brasileiro de
energia solar. O presidente da Solatio, Pedro Vaquer, disse que o
objetivo da empresa é aumentar a sua capacidade de produção, devendo
ampliar ainda mais a unidade de Pirapora. Para isso, a empresa pretende
participar dos novos leilões do governo federal, promovidos pela Aneel,
para a geração de energia solar. A usina do Consórcio Solatio/Canadian
Solar em Pirapora vai ocupar uma área de 650 hectares, localizada na
Fazenda Marambaia, a sete quilômetros da área urbana. A fazenda pertence
a um grupo empresarial, que arrendou o terreno para a multinacional por
20 anos.
Além da incidência do sol na região, um fator que contribuiu
decisivamente para a instalação da usina de energia fotovoltaica em
Pirapora é a existência no município de uma subestação de energia, que
permite a conexão da nova unidade geradora com o sistema nacional. O
município também facilitou as negociações para a locação do terreno e
contribuiu para que fosse concedida a licença de instalação do
empreendimento, com a aprovação do projeto pela Superintendência
Regional de Meio Ambiente (Supram).
O prefeito de Pirapora, Heliomar Valle da Silveira (PSB), o Léo
Silveira, destaca que a instalação da usina de energia fotovoltaica terá
um grande impacto na economia do município, com aumento da arrecadação a
partir do recebimento de royalties.”Mas, não podemos olhar somente o
ganho financeiro para a prefeitura. O empreendimento terá uma
repercussão econômica, social e ambiental para toda a região”, afirma
Silveira.
Silveira salienta que a energia solar, chamada de “energia limpa”,
tem uma grande vantagem pelo fato de ser produzida sem gerar danos ao
meio ambiente. “As usinas fotovoltaicas geram energia de maneira bem
diferente das hidrelétricas, que inundam grandes áreas, ocupando
terrenos agricultáveis e desalojando pessoas. Além disso, causam
impactos na fauna e na flora. Na produção de energia solar não ocorre
nada disso”, comenta o prefeito piraporense.
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