Fonte: Razão Social - 21.06.2011
Rio de Janeiro - Localizado no alto da comunidade da Babilônia, no Leme, Zona Sul do Rio de Janeiro, o famoso Campinho, xodó dos moradores, vai estar de cara nova no ano que vem. Ele será alvo de uma das principais mudanças previstas num projeto que quer transformar a Babilônia e o Chapéu Mangueira em ícones de sustentabilidade até meados de 2012: o Morar Carioca Verde, da Secretaria municipal de Habitação. A promessa, é que, até a Rio+20, conferência internacional de meio ambiente que será realizada na cidade, o projeto esteja pronto. Ou seja, a prefeitura tem menos de um ano para implantar na comunidade inovações ousadas como moradias com captação de água da chuva, tijolo ecológico e aquecimento solar e dar um "up" na economia local, com a chegada de programas de microcrédito, ecoturismo e de uma horta orgânica e um horto comunitários, além da revitalização dos espaços de convivência. O local vai se tornar uma vitrine das favelas pacificadas para o mundo. Mas não há sequer previsão de que o projeto seja estendido às demais comunidades. E, lá mesmo na Babilônia e Chapéu Mangueira, moradores pedem mais participação no planejamento do projeto, já que é o cotidiano deles que será afetado diretamente.
Tivemos acesso a detalhes do Morar Carioca Verde com exclusividade, acompanhando uma visita do secretário de Habitação do município, Jorge Bittar, à comunidade. O Morar Carioca já existe desde 2010, prevendo melhorias nas comunidades cariocas, mas a Babilônia e o Chapéu Mangueira vão se tornar uma espécie de laboratório, onde serão testadas ações ambientais e sociais que já ganharam terreno em áreas carentes de outros países, como a Colômbia. No Brasil, as comunidades do Leme serão pioneiras. Por isso, lá o Morar Carioca incorporou o adjetivo Verde. Além da prefeitura do Rio, a Secretaria Estadual do Ambiente também vai apoiar o projeto, com a proposta de colocar em prática a ideia de UPP Verde. No setor privado, o apoio também é de peso. O Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) firmou compromisso e já há seis empresas confirmadas: Philips, Itaú, Michelin, Bradesco, Goodyear e Furnas. E, para fechar, a ONU Habitat também é parceira no empreendimento.
Segundo Bittar, os investimentos do Morar Carioca já eram da ordem dos R$ 43 milhões. Com a entrada das inovações sustentáveis, haverá pelo menos mais R$ 10 milhões empenhados nas comunidades Babilônia e Chapéu Mangueira, sem contar com incentivos privados que estão sendo fechados.
- Até a Rio+20 teremos pelo menos 2/3 das obras concluídas. Queremos fazer das comunidades um grande laboratório, para sabermos a viabilidade técnica de um projeto como esse nas UPPs. Primeiramente, todas as casas terão saneamento. E outra mudança importante será a construção de uma via de acesso que ligará toda a comunidade, chegando até a sede da UPP. Pela via será feita a coleta seletiva, por exemplo - explicou o secretário, apontando a via de acesso, que já está em obras.
Os desafios não serão poucos. Além do lixão da comunidade, onde há todo tipo de resíduo, há lixo espalhado em várias partes do morro. Além disso, a decisão de implantar o Morar Carioca Verde veio em cima da hora da Rio+20, o que torna o tempo escasso e o diálogo com a comunidade complicado. Como se trata de duas comunidades com alto engajamento dos moradores, eles reivindicam participação em todas as fases do programa, ponto básico para qualquer empreendimento sustentável. Mas, segundo alguns habitantes da comunidade, isso não tem acontecido. Eles aproveitaram a visita do secretário, para reivindicar mais voz. Entre os moradores que estavam no grupo, o bombeiro Washington Luiz Costa, morador da Babilônia, explicou que falta esclarecer o projeto para a comunidade:
- Ainda não sabemos direito o que vai acontecer. O campinho, por exemplo, eles estão querendo transformar numa praça, mas ele é um ícone da comunidade. Todo mundo está com medo de perdê-lo. É aqui que as crianças jogam bola, que fazemos festa. É especial, ninguém pode entrar e sair mudando sem falar com a gente.
Ao ouvir as reivindicações, o secretário garantiu que elas serão atendidas. Vale ressaltar que as comunidades foram escolhidas, pois trata-se de uma área pequena, com forte tradição de recomposição da mata nativa pelo projeto Mutirão de Reflorestamento, da prefeitura, além de estar localizada no coração da Zona Sul, com uma vista deslumbrante para orla. Ali, líderes mundiais que estiverem participando da Rio+20 poderão contemplar o projeto, sem sequer passar perto da realidade das demais comunidades cariocas, onde os problemas são muito maiores.
Serão construídas 117 unidades habitacionais para retirar os moradores que estão localizados em Área de Preservação Ambiental. E serão essas as unidades que receberão as principais inovações, desde o planejamento para aproveitar luz natural e ventilação, até captação de água da chuva e aquecimento solar.
Da parte das empresas, a Philips já garantiu que entrará ajudando na eficiência energética das casas. E bancos como o Bradesco e o Itaú vão entrar com linhas de crédito para facilitar acesso a produtos mais sustentáveis. Para fazer obras nas casas, por exemplo, o CEBDS apostará no modelo de mutirão, como explicou a presidente da instituição Marina Grossi. Ou seja, os moradores terão crédito para comprar o material e, depois, colocarão a mão na massa em conjunto:
- As empresas que entrarem na Babilônia e Chapéu Mangueira para o projeto terão todas que oferecer cursos de capacitação aos moradores. A nossa base será geração de renda. É uma super parceria público-privada - disse Marina, explicando que, no CEBDS, o projeto recebe o nome de Rio Cidade Sustentável, uma espécie de braço privado do Morar Carioca Verde.
O economista Sérgio Besserman Viana, presidente da Câmara Técnica de Desenvolvimento Sustentável e de Governança Metropolitana da cidade foi um dos precursores da ideia do projeto, e afirmou que o objetivo é também integrar a comunidade ao bairro do Leme:
- Não há como negar. É mais fácil implantar um projeto desses lá, de frente para a Praia de Copacabana. Será um ícone da Rio+20, não apenas com ações ambientais, mas de combate à pobreza também. Se conseguirmos integrar a Babilônia e Chapéu Mangueira ao Leme será ótimo.
A prefeitura garante que nos próximos três meses já será possível ver os primeiros resultados. E a expectativa é que mais empresas entrem no projeto. O que acontecerá com as outras comunidades, no entanto, não se sabe. A menina dos olhos agora está apenas no Leme.
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terça-feira, 28 de junho de 2011
Rio quer reduzir emissões de gases de efeito estufa em 18,2% até 2016
Fonte: Jornal do Brasil - 22.06.2011
Rio de Janeiro - A Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Município do Rio de Janeiro acaba de lançar uma versão atualizada do Inventário de Emissões dos Gases do Efeito Estufa, em parceria com a Coppe/UFRJ, um dos principais centros de pesquisa do assunto. Com isso, o Rio é, novamente, pioneiro em matéria ambiental, tornando-se a primeira cidade da América Latina a atualizar a pesquisa.
O documento resultou na criação do Plano de Ação para a Redução de Emissões dos Gases de Efeito Estufa da cidade do Rio de Janeiro, que vai embasar a palestra que o Secretário de Meio Ambiente e Vice-Prefeito do Rio, Carlos Alberto Muniz, fará no próximo dia 14 de julho, às 9:00 horas, na abertura do Workshop “Oportunidades de Negócios, Soluções e Tecnologias para uma Copa e uma Olimpíada mais Verdes”, na sede da Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio de Janeiro – SEAERJ (Rua do Russel número 1, Glória).
Segundo a Secretaria, muito mais do que uma radiografia das emissões de dióxido de carbono no perímetro urbano, o estudo representa um material inestimável para orientar a política de desenvolvimento da cidade. No documento, a Prefeitura e a COPPE/UFRJ traçaram distintos cenários de emissões dos gases do efeito estufa, indicando rumos que poderão ser tomados.
No cenário B, que considera medidas em andamento tais como o novo Centro de Tratamento de Resíduos, corredores exclusivos de ônibus Transcarioca, Transolímpica e Transoeste, as reduções estimadas são de 8,3% em 2012, 13,5% em 2016, 13% em 2020 e 11,8% em 2025, comparadas às emissões de 2005, ano base do estudo. Tais metas estão atreladas também às medidas previstas no Plano de Ação da Cidade do Rio de Janeiro para a redução dos gases, previamente estabelecidas pela política climática da cidade, como a duplicação da malha cicloviária, a expansão do programa de reflorestamento, a instalação do Centro de Tratamento de Resíduos e a racionalização dos Transportes coletivos, entre outros.
As metas, no entanto, poderão ser potencializadas com a implementação de outras medidas viáveis, mas que ainda dependem de aprimoramento tecnológico, como o caso da captura do biogás no setor de resíduos, ou de projetos ainda em avaliação pelos técnicos da prefeitura, como a implementação de lâmpadas LED na iluminação pública. Nesse caso, o cenário mais otimista (cenário C) aponta para uma redução nas emissões de 12% em 2012, 18,2% em 2016, 18,7% em 2020 e 17,5% em 2025.
Rio de Janeiro - A Secretaria Municipal de Meio Ambiente do Município do Rio de Janeiro acaba de lançar uma versão atualizada do Inventário de Emissões dos Gases do Efeito Estufa, em parceria com a Coppe/UFRJ, um dos principais centros de pesquisa do assunto. Com isso, o Rio é, novamente, pioneiro em matéria ambiental, tornando-se a primeira cidade da América Latina a atualizar a pesquisa.
O documento resultou na criação do Plano de Ação para a Redução de Emissões dos Gases de Efeito Estufa da cidade do Rio de Janeiro, que vai embasar a palestra que o Secretário de Meio Ambiente e Vice-Prefeito do Rio, Carlos Alberto Muniz, fará no próximo dia 14 de julho, às 9:00 horas, na abertura do Workshop “Oportunidades de Negócios, Soluções e Tecnologias para uma Copa e uma Olimpíada mais Verdes”, na sede da Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio de Janeiro – SEAERJ (Rua do Russel número 1, Glória).
Segundo a Secretaria, muito mais do que uma radiografia das emissões de dióxido de carbono no perímetro urbano, o estudo representa um material inestimável para orientar a política de desenvolvimento da cidade. No documento, a Prefeitura e a COPPE/UFRJ traçaram distintos cenários de emissões dos gases do efeito estufa, indicando rumos que poderão ser tomados.
No cenário B, que considera medidas em andamento tais como o novo Centro de Tratamento de Resíduos, corredores exclusivos de ônibus Transcarioca, Transolímpica e Transoeste, as reduções estimadas são de 8,3% em 2012, 13,5% em 2016, 13% em 2020 e 11,8% em 2025, comparadas às emissões de 2005, ano base do estudo. Tais metas estão atreladas também às medidas previstas no Plano de Ação da Cidade do Rio de Janeiro para a redução dos gases, previamente estabelecidas pela política climática da cidade, como a duplicação da malha cicloviária, a expansão do programa de reflorestamento, a instalação do Centro de Tratamento de Resíduos e a racionalização dos Transportes coletivos, entre outros.
As metas, no entanto, poderão ser potencializadas com a implementação de outras medidas viáveis, mas que ainda dependem de aprimoramento tecnológico, como o caso da captura do biogás no setor de resíduos, ou de projetos ainda em avaliação pelos técnicos da prefeitura, como a implementação de lâmpadas LED na iluminação pública. Nesse caso, o cenário mais otimista (cenário C) aponta para uma redução nas emissões de 12% em 2012, 18,2% em 2016, 18,7% em 2020 e 17,5% em 2025.
Reduza os gastos com energia elétrica no inverno
Fonte: Band - 22.06.2011
São Paulo - O inverno começou oficialmente na terça-feira, dia 21 de junho, mas as temperaturas já caíram em muitas cidades brasileiras há algumas semanas. Com o tempo mais frio, os banhos ficam mais quentes e longos, os aquecedores elétricos são ligados mais vezes ao dia e o uso de aparelhos que utilizam energia elétrica também aumenta. Tudo isso eleva a conta de luz nessa estação.
Para que o consumidor não tome um susto com a conta no fim do mês, o Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) dá algumas dicas que ajudam a economizar energia.
Em relação ao chuveiro, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) calcula que um banho quente com uma hora de duração consome entre 4,5 kWh e 6 kWh (quilowatts-hora) – o que equivale a aproximadamente 157,5 kWh no final de um mês. Em São Paulo, a Eletropaulo cobra R$ 0,3 por kWh. Logo, um banho com 60 minutos de duração, ao final de 30 dias custa R$ 47,25 – sem contar os tributos embutidos na fatura, como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), Taxa de Iluminação Pública e Encargo de Capacidade Emergencial.
Por isso mesmo, é preciso adotar alternativas para reduzir esse gasto. De acordo com o Idec, algumas medidas simples podem ser bem eficientes. “Primeiro, tente diminuir ao máximo o tempo do banho. Dessa forma, além de economizar energia, também diminui o consumo de água”, lembra a instituição.
Fechar o registro na hora de se ensaboar também ajuda. Segundo a Sabesp, empresa responsável pelo fornecimento de água no Estado de São Paulo, um banho de 15 minutos consome 135 litros de água. Se a pessoa fechar o registro ao se ensaboar, reduzindo tempo de banho para cinco minutos, o consumo de água cai para 45 litros – uma economia de aproximadamente 33%.
O Idec lembra ainda que outra maneira de economizar energia em casa é optar por comprar aparelhos elétricos identificados com o selo Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica). Os produtos que apresentam notas A ou B possuem uma maior eficiência energética, ou seja, consomem menos energia que os que indicam notas D ou E.
São Paulo - O inverno começou oficialmente na terça-feira, dia 21 de junho, mas as temperaturas já caíram em muitas cidades brasileiras há algumas semanas. Com o tempo mais frio, os banhos ficam mais quentes e longos, os aquecedores elétricos são ligados mais vezes ao dia e o uso de aparelhos que utilizam energia elétrica também aumenta. Tudo isso eleva a conta de luz nessa estação.
Para que o consumidor não tome um susto com a conta no fim do mês, o Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) dá algumas dicas que ajudam a economizar energia.
Em relação ao chuveiro, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) calcula que um banho quente com uma hora de duração consome entre 4,5 kWh e 6 kWh (quilowatts-hora) – o que equivale a aproximadamente 157,5 kWh no final de um mês. Em São Paulo, a Eletropaulo cobra R$ 0,3 por kWh. Logo, um banho com 60 minutos de duração, ao final de 30 dias custa R$ 47,25 – sem contar os tributos embutidos na fatura, como o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), Taxa de Iluminação Pública e Encargo de Capacidade Emergencial.
Por isso mesmo, é preciso adotar alternativas para reduzir esse gasto. De acordo com o Idec, algumas medidas simples podem ser bem eficientes. “Primeiro, tente diminuir ao máximo o tempo do banho. Dessa forma, além de economizar energia, também diminui o consumo de água”, lembra a instituição.
Fechar o registro na hora de se ensaboar também ajuda. Segundo a Sabesp, empresa responsável pelo fornecimento de água no Estado de São Paulo, um banho de 15 minutos consome 135 litros de água. Se a pessoa fechar o registro ao se ensaboar, reduzindo tempo de banho para cinco minutos, o consumo de água cai para 45 litros – uma economia de aproximadamente 33%.
O Idec lembra ainda que outra maneira de economizar energia em casa é optar por comprar aparelhos elétricos identificados com o selo Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica). Os produtos que apresentam notas A ou B possuem uma maior eficiência energética, ou seja, consomem menos energia que os que indicam notas D ou E.
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Refrigeração térmica transforma calor em frio ou em eletricidade
Fonte: Inovação Tecnológica - 20.06.2011
Estados Unidos - Um equipamento com jeitão de um aparelho de ar condicionado é um passo importante para resolver um dos maiores problemas energéticos da atualidade: o desperdício.
Calor desperdiçado
Todos os equipamentos - de computadores e motores elétricos até os motores a combustão dos automóveis - usam apenas uma parcela pequena da energia que consomem.
Estima-se que nada menos do que 50% da energia produzida pelos carros, fábricas e centrais elétricas perca-se na forma de calor - nos motores a combustão dos carros, o desperdício pode chegar facilmente aos 80%.
Os engenheiros da Universidade Estadual do Oregon, nos Estados Unidos, estão usando uma nova abordagem para capturar e usar o calor desperdiçado nos escapamentos dos carros e caminhões, dos geradores a diesel, das usinas termoelétricas e de uma infinidade de outras fontes.
Reaproveitamento do calor
O objetivo do equipamento é usar esse calor para gerar energia elétrica ou, por estranho que possa parecer, para o resfriamento, seja em geladeiras ou em aparelhos de ar condicionado.
"Isto pode se tornar uma importante nova fonte de energia e um modo de melhorar a eficiência energética," diz Hailei Wang, um dos pesquisadores do projeto. "O protótipo mostra que estes sistemas funcionam tão bem quanto esperávamos que funcionassem."
Refrigeração acionada por calor
O aparelho utiliza um princípio chamado "sistema de refrigeração ativada termicamente".
O aparelho combina um ciclo de compressão de vapor com um "ciclo Rankine orgânico" - ambas tecnologias de conversão de energia bem conhecidas.
Grande parte de sua eficiência vem do uso de microcanais extraordinariamente pequenos, que otimizam a troca de calor.
O novo aparelho conseguiu transformar 80 por cento de cada quilowatt-hora de calor desperdiçado em um quilowatt de capacidade de resfriamento.
Isto significa, por exemplo, que o ar-condicionado de um carro poderá ser alimentado pelo calor do cano de escapamento.
O sistema também poderá ser incorporado às tecnologias de energias alternativas como a energia solar fotovoltaica, a energia termo-solar ou a geotérmica, além dos geradores tradicionais, que funcionam com diesel ou gás natural.
Trocando calor por frio
"Esta tecnologia será especialmente útil se houver uma necessidade de sistemas de refrigeração onde o calor está sendo desperdiçado", disse Wang, o que ocorre principalmente nas indústrias.
O uso em automóveis irá exigir novos desenvolvimentos, sobretudo em miniaturização e redução de peso do equipamento.
Os pesquisadores alertam que a eficiência de conversão não será tão alta quando a meta for produzir eletricidade, ficando entre 15 e 20 por cento - ainda assim, muito melhor do que simplesmente desperdiçar o potencial energético do calor lançado na atmosfera.
Outra abordagem usada para o reaproveitamento de calor envolve o uso de materiais termoelétricos.
Estados Unidos - Um equipamento com jeitão de um aparelho de ar condicionado é um passo importante para resolver um dos maiores problemas energéticos da atualidade: o desperdício.
Calor desperdiçado
Todos os equipamentos - de computadores e motores elétricos até os motores a combustão dos automóveis - usam apenas uma parcela pequena da energia que consomem.
Estima-se que nada menos do que 50% da energia produzida pelos carros, fábricas e centrais elétricas perca-se na forma de calor - nos motores a combustão dos carros, o desperdício pode chegar facilmente aos 80%.
Os engenheiros da Universidade Estadual do Oregon, nos Estados Unidos, estão usando uma nova abordagem para capturar e usar o calor desperdiçado nos escapamentos dos carros e caminhões, dos geradores a diesel, das usinas termoelétricas e de uma infinidade de outras fontes.
Reaproveitamento do calor
O objetivo do equipamento é usar esse calor para gerar energia elétrica ou, por estranho que possa parecer, para o resfriamento, seja em geladeiras ou em aparelhos de ar condicionado.
"Isto pode se tornar uma importante nova fonte de energia e um modo de melhorar a eficiência energética," diz Hailei Wang, um dos pesquisadores do projeto. "O protótipo mostra que estes sistemas funcionam tão bem quanto esperávamos que funcionassem."
Refrigeração acionada por calor
O aparelho utiliza um princípio chamado "sistema de refrigeração ativada termicamente".
O aparelho combina um ciclo de compressão de vapor com um "ciclo Rankine orgânico" - ambas tecnologias de conversão de energia bem conhecidas.
Grande parte de sua eficiência vem do uso de microcanais extraordinariamente pequenos, que otimizam a troca de calor.
O novo aparelho conseguiu transformar 80 por cento de cada quilowatt-hora de calor desperdiçado em um quilowatt de capacidade de resfriamento.
Isto significa, por exemplo, que o ar-condicionado de um carro poderá ser alimentado pelo calor do cano de escapamento.
O sistema também poderá ser incorporado às tecnologias de energias alternativas como a energia solar fotovoltaica, a energia termo-solar ou a geotérmica, além dos geradores tradicionais, que funcionam com diesel ou gás natural.
O aparelho utiliza um princípio chamado "sistema de refrigeração ativada termicamente". [Imagem: Wag/Peterson] |
"Esta tecnologia será especialmente útil se houver uma necessidade de sistemas de refrigeração onde o calor está sendo desperdiçado", disse Wang, o que ocorre principalmente nas indústrias.
O uso em automóveis irá exigir novos desenvolvimentos, sobretudo em miniaturização e redução de peso do equipamento.
Os pesquisadores alertam que a eficiência de conversão não será tão alta quando a meta for produzir eletricidade, ficando entre 15 e 20 por cento - ainda assim, muito melhor do que simplesmente desperdiçar o potencial energético do calor lançado na atmosfera.
Outra abordagem usada para o reaproveitamento de calor envolve o uso de materiais termoelétricos.
Viatecla apresenta casA+ para Angola
Fonte: ComputerWorld.pt - 22.06.2011
Portugal - A nova versão do simulador energético casA+, que foi apresentado recentemente no Salão Imobiliário de Angola (SIMA), foi desenvolvido pela Viatecla para a ADENE. De acordo com a empresa, a nova versão “foi desenvolvida de acordo com as características do clima e do parque habitacional angolano e possibilita aos utilizadores, de forma simples e interativa, avaliar a eficiência energética e impacto ecológico da sua residência”.
O simulador “funciona com recurso à tecnologia tátil” e “apresenta de forma reduzida indicadores que, além de fazer a análise de eficiência energética do estado da casa, sugere orientações para diminuir o impacto ecológico, como por exemplo, a colocação de isolamento nas paredes, de pavimento ou cobertura, assim como a utilização de aparelhos de arrefecimento mais eficientes”. O sistema foi desenvolvido com base na tecnologia usada na versão portuguesa do simulador casA+, desenvolvido para a ADENE.
Portugal - A nova versão do simulador energético casA+, que foi apresentado recentemente no Salão Imobiliário de Angola (SIMA), foi desenvolvido pela Viatecla para a ADENE. De acordo com a empresa, a nova versão “foi desenvolvida de acordo com as características do clima e do parque habitacional angolano e possibilita aos utilizadores, de forma simples e interativa, avaliar a eficiência energética e impacto ecológico da sua residência”.
O simulador “funciona com recurso à tecnologia tátil” e “apresenta de forma reduzida indicadores que, além de fazer a análise de eficiência energética do estado da casa, sugere orientações para diminuir o impacto ecológico, como por exemplo, a colocação de isolamento nas paredes, de pavimento ou cobertura, assim como a utilização de aparelhos de arrefecimento mais eficientes”. O sistema foi desenvolvido com base na tecnologia usada na versão portuguesa do simulador casA+, desenvolvido para a ADENE.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Nova norma vai alavancar projetos de eficiência energética
Fonte: Procel Info - 20.06.2011
Brasil - No último dia 15 de junho, a Norma ISO 50001 - Sistemas de Gestão de Energia, foi lançada em vários países simultaneamente, incluindo o Brasil. A nova norma vai impactar 60% do mercado global de energia, dado o grande alcance do órgão normativo internacional, que reúne mais de 50 países.
Com a nova norma, segundo o diretor de Infraestrutura do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Julio Diaz, "as empresas de serviços de conservação de energia, Escos, serão fortemente alavancadas, porque são os principais agentes no mercado de eficientização”. Mas não apenas a norma irá ajudar o mercado de eficiência energética. O Plano Nacional de Eficiência Energética (PNEf) incorpora metas do Plano Decenal e do Plano Nacional de Energia 2030 e propõe reduzir o consumo de energia em 10% nos próximos 20 anos.
Brasil - No último dia 15 de junho, a Norma ISO 50001 - Sistemas de Gestão de Energia, foi lançada em vários países simultaneamente, incluindo o Brasil. A nova norma vai impactar 60% do mercado global de energia, dado o grande alcance do órgão normativo internacional, que reúne mais de 50 países.
Com a nova norma, segundo o diretor de Infraestrutura do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Julio Diaz, "as empresas de serviços de conservação de energia, Escos, serão fortemente alavancadas, porque são os principais agentes no mercado de eficientização”. Mas não apenas a norma irá ajudar o mercado de eficiência energética. O Plano Nacional de Eficiência Energética (PNEf) incorpora metas do Plano Decenal e do Plano Nacional de Energia 2030 e propõe reduzir o consumo de energia em 10% nos próximos 20 anos.
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Refrigeração solar chega ao Canadá
Fonte: Mundo Energía - 17.06.2011
Canadá - A tecnologia de refrigeração solar, Frio Solar, da ClimateWell, tem sido a tecnologia selecionada para fornecer climatização e atender a demanda do Hospital Shouldice, de Toronto, Canadá. A firma canadense Gemco tem sido a encarregada de executar com êxito o projeto. A Gemco, empresa especializada em eficiência energética, além de apostar na tecnologia de refrigeração solar da ClimateWell, foi incluída no projeto Kingspan, o principal fabricante irlandês de coletores solares, que irá fornecer 131 coletores para o projeto da ClimateWell.
A instituição é caracterizada pela inovação contínua, que a levou a instalar a refrigeração solar como uma das medidas fundamentais para alcançar a máxima eficiência energética. O sistema proporciona uma economia significativa de energia no aquecimento e resfriamento do hospital, podendo atender a até 56% das demandas energéticas do edifício. Entre os resultados obtidos em um ano pelo sistema de climatização se destacam os 90 mil kWh em refrigeração, 40 mil kWh em calefação, 157 mil kWh em sistemas de controles avançados e 100 toneladas ao ano de redução de CO2.
Segundo o CEO da Gemco, Darren Cooper, "ao permitir que essa integração nos países do norte como o Canadá, você pode considerar o sistema ClimateWell a melhor opção para aumentar a utilização da energia solar e eficiência energética. Assim, pode-se obter economia de energia em aquecimento e calefação e contribuir para a proteção ambiental".
Canadá - A tecnologia de refrigeração solar, Frio Solar, da ClimateWell, tem sido a tecnologia selecionada para fornecer climatização e atender a demanda do Hospital Shouldice, de Toronto, Canadá. A firma canadense Gemco tem sido a encarregada de executar com êxito o projeto. A Gemco, empresa especializada em eficiência energética, além de apostar na tecnologia de refrigeração solar da ClimateWell, foi incluída no projeto Kingspan, o principal fabricante irlandês de coletores solares, que irá fornecer 131 coletores para o projeto da ClimateWell.
A instituição é caracterizada pela inovação contínua, que a levou a instalar a refrigeração solar como uma das medidas fundamentais para alcançar a máxima eficiência energética. O sistema proporciona uma economia significativa de energia no aquecimento e resfriamento do hospital, podendo atender a até 56% das demandas energéticas do edifício. Entre os resultados obtidos em um ano pelo sistema de climatização se destacam os 90 mil kWh em refrigeração, 40 mil kWh em calefação, 157 mil kWh em sistemas de controles avançados e 100 toneladas ao ano de redução de CO2.
Segundo o CEO da Gemco, Darren Cooper, "ao permitir que essa integração nos países do norte como o Canadá, você pode considerar o sistema ClimateWell a melhor opção para aumentar a utilização da energia solar e eficiência energética. Assim, pode-se obter economia de energia em aquecimento e calefação e contribuir para a proteção ambiental".
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Casas do Minha Casa Minha Vida 2 terão aquecimento solar
Fonte: Bagarai - 17.06.2011
Brasil - A segunda fase do programa Minha Casa, Minha Vida oferecerá residências de melhor qualidade. Todas as casas e apartamentos terão sistema de aquecimento solar e piso de cerâmica em todos os ambientes. Antes, apenas os banheiros, cozinha e área de serviço tinham cerâmica. Também haverá um limite mínimo para o tamanho de portas e janelas a fim de assegurar melhoria nas condições de iluminação e ventilação.
As casas e apartamentos contarão com azulejos em todas as paredes da cozinha e banheiro, piso cerâmico em todos os cômodos e portas e janelas maiores. “Isso irá gerar redução do custo de manutenção, sustentabilidade ambiental e valorizar os imóveis”, afirmou o ministro das Cidades, Mário Negromonte.
O valor médio das moradias para famílias de baixa renda passou de R$ 42.000,00 para R$ 55.188,00 e a área construída das casas foi ampliada de 35m² para 39m², melhorando a acessibilidade para idosos e pessoas com dificuldades de locomoção.
Energia solar – Todas as casas contarão ainda com energia solar para aquecimento de água, colaborando para a diminuição dos gastos com energia. Os chuveiros com aquecimento solar estão entre as inovações mais importantes divulgadas pela Rede de Tecnologia Social (RTS).
O chuveiro elétrico é responsável por um terço da energia elétrica consumida em uma residência. Conforme levantamentos do Ministério das Minas e Energia, cerca de 5% do consumo nacional de energia elétrica é usado no aquecimento de água para banho. Mesmo eficientes do ponto de vista de conversão de energia elétrica em térmica, seu uso não é considerado eficiente para utilização da eletricidade. Assim, um sistema misto elétrico-solar torna possível obter até 80% da energia solar e usar apenas 20% de energia elétrica.
A mudança na matriz energética faz parte das ações que vêm sendo adotadas pelo Brasil como forma de mitigação dos efeitos do aquecimento global. A disseminação do uso de aquecimento solar está prevista no Plano Nacional sobre Mudanças do Clima e visa diminuir a demanda por energia gerada em hidrelétricas, fontes que emitem gases estufa. A energia solar tem vantagens incomparáveis a qualquer outra forma de captação convencional. Além de ter uma fonte totalmente natural, ecológica, gratuita, que não agride o meio ambiente e é inesgotável.
Brasil - A segunda fase do programa Minha Casa, Minha Vida oferecerá residências de melhor qualidade. Todas as casas e apartamentos terão sistema de aquecimento solar e piso de cerâmica em todos os ambientes. Antes, apenas os banheiros, cozinha e área de serviço tinham cerâmica. Também haverá um limite mínimo para o tamanho de portas e janelas a fim de assegurar melhoria nas condições de iluminação e ventilação.
As casas e apartamentos contarão com azulejos em todas as paredes da cozinha e banheiro, piso cerâmico em todos os cômodos e portas e janelas maiores. “Isso irá gerar redução do custo de manutenção, sustentabilidade ambiental e valorizar os imóveis”, afirmou o ministro das Cidades, Mário Negromonte.
O valor médio das moradias para famílias de baixa renda passou de R$ 42.000,00 para R$ 55.188,00 e a área construída das casas foi ampliada de 35m² para 39m², melhorando a acessibilidade para idosos e pessoas com dificuldades de locomoção.
Energia solar – Todas as casas contarão ainda com energia solar para aquecimento de água, colaborando para a diminuição dos gastos com energia. Os chuveiros com aquecimento solar estão entre as inovações mais importantes divulgadas pela Rede de Tecnologia Social (RTS).
O chuveiro elétrico é responsável por um terço da energia elétrica consumida em uma residência. Conforme levantamentos do Ministério das Minas e Energia, cerca de 5% do consumo nacional de energia elétrica é usado no aquecimento de água para banho. Mesmo eficientes do ponto de vista de conversão de energia elétrica em térmica, seu uso não é considerado eficiente para utilização da eletricidade. Assim, um sistema misto elétrico-solar torna possível obter até 80% da energia solar e usar apenas 20% de energia elétrica.
A mudança na matriz energética faz parte das ações que vêm sendo adotadas pelo Brasil como forma de mitigação dos efeitos do aquecimento global. A disseminação do uso de aquecimento solar está prevista no Plano Nacional sobre Mudanças do Clima e visa diminuir a demanda por energia gerada em hidrelétricas, fontes que emitem gases estufa. A energia solar tem vantagens incomparáveis a qualquer outra forma de captação convencional. Além de ter uma fonte totalmente natural, ecológica, gratuita, que não agride o meio ambiente e é inesgotável.
Eficiência energética pouparia uma Belo Monte ao País
Fonte: Abesco - 20.06.2011
Brasil - Além de pagar preços altíssimos pela energia consumida, em torno de US$ 130 por megawatt-hora (MWh) em consumidores industriais, o Brasil ainda perde o equivalente à energia que será gerada por Belo Monte por ano em desperdício de energia elétrica. Não sem razão o Governo Federal tem em fase final de aprovação o Plano Nacional de Eficiência Energética, que prevê redução de 10% no consumo, meta alinhada com o Plano Decenal e também com o Plano Nacional de Energia 2030. Isso é alentador, pois, finalmente, a eficiência energética passa a fazer parte da matriz energética.
O tema foi um dos cenários abordados em congresso promovido em São Paulo pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), na última semana, evento que superou todas as nossas expectativas e reuniu mais de 400 participantes. Tivemos reunida uma massa crítica de excelência, com participação de representantes do Ministério de Minas e Energia (MME), da Secretaria de Estado de Energia, além de acadêmicos (USP, Unicamp, Unifei), professores do Senai, gestores e consultores, além de empresários e executivos das empresas dos serviços de conservação de energia (Escos).
Encontros como este sinalizam o potencial extraordinário que se abre para o mercado de Eficiência Energética no País. As estimativas com redução no consumo de eletricidade e combustíveis variam entre 5% e 40%, conforme a tecnologia envolvida, o setor econômico e as condições específicas das empresas. Especificamente para energia elétrica, estima-se reduzir, com o trabalho das Escos, 8% em média nos projetos de EE, o que equivale dizer 29 milhões de megawatt-hora/ano (MWh).
Além do potencial de redução no consumo de energia, o setor acaba de receber mais um forte impulso com a chegada da Norma ISO 50001, voltada a sistemas de gestão de energia, que foi publicada no último dia 15, juntamente com a versão brasileira. A norma é uma ferramenta fundamental para a gestão energética no chão de fábrica, edificações, nos estabelecimentos comerciais e mesmo nas residências. É uma norma de processos de melhoria e a certificação é baseada nos resultados aferidos. Dado o seu alcance, a norma vai impactar 60% do mercado global de energia.
O que se lamenta, no entanto, são as poucas operações de financiamento realizadas no Proesco, programa do BNDES criado em 2008 para fomentar projetos de Eficiência Energética. O montante até agora envolvido nesse tipo de operação não passa de R$ 33,5 milhões. Nas operações realizadas pelas Escos – empresas prestadoras de serviços de conservação de energia – os valores são ainda mais tímidos: R$ 1,8 milhão, em quatro projetos aprovados nos últimos dois anos.
Outro ponto a lamentar é o uso do Programa de Eficiência Energética das Concessionárias (PEE) como ferramenta política, com forte viés no atendimento de programas sociais para populações de baixa renda, distorcendo o objetivo original do PEE, que era o de atuar como agente catalisador de projetos de Eficiência Energética com atendimento a todo o mercado.
Tais desafios terão de ser vencidos, certamente, à custa do diálogo e de congressos como o realizado pela Abesco, onde foram ouvidas argumentações de todos os agentes envolvidos – Escos, Governo, agentes financeiros e consultores jurídicos, que acabarão levando a um modelo ideal nos contratos de performance. Mas, independentemente desse aspecto, já avançamos muito no que se refere à tecnologia e serviços em Eficiência Energética, o que ficou demonstrado em dezenas de casos apresentados no evento, em projetos que atingiram até 35% em reduções!
Tais resultados nos deixam otimistas e confiantes no trabalho realizado pelas Escos. Ao apresentar soluções, elas criam oportunidades de negócio para toda a cadeia, elevam níveis de competitividade da indústria nacional e ainda contribuem para a redução das emissões de gases de efeito estufa e, consequentemente, para uma economia verde e sustentável no Planeta.
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações Ltda. e presidente da Abesco (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia - http://www.abesco.com.br/).
Brasil - Além de pagar preços altíssimos pela energia consumida, em torno de US$ 130 por megawatt-hora (MWh) em consumidores industriais, o Brasil ainda perde o equivalente à energia que será gerada por Belo Monte por ano em desperdício de energia elétrica. Não sem razão o Governo Federal tem em fase final de aprovação o Plano Nacional de Eficiência Energética, que prevê redução de 10% no consumo, meta alinhada com o Plano Decenal e também com o Plano Nacional de Energia 2030. Isso é alentador, pois, finalmente, a eficiência energética passa a fazer parte da matriz energética.
O tema foi um dos cenários abordados em congresso promovido em São Paulo pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), na última semana, evento que superou todas as nossas expectativas e reuniu mais de 400 participantes. Tivemos reunida uma massa crítica de excelência, com participação de representantes do Ministério de Minas e Energia (MME), da Secretaria de Estado de Energia, além de acadêmicos (USP, Unicamp, Unifei), professores do Senai, gestores e consultores, além de empresários e executivos das empresas dos serviços de conservação de energia (Escos).
Encontros como este sinalizam o potencial extraordinário que se abre para o mercado de Eficiência Energética no País. As estimativas com redução no consumo de eletricidade e combustíveis variam entre 5% e 40%, conforme a tecnologia envolvida, o setor econômico e as condições específicas das empresas. Especificamente para energia elétrica, estima-se reduzir, com o trabalho das Escos, 8% em média nos projetos de EE, o que equivale dizer 29 milhões de megawatt-hora/ano (MWh).
Além do potencial de redução no consumo de energia, o setor acaba de receber mais um forte impulso com a chegada da Norma ISO 50001, voltada a sistemas de gestão de energia, que foi publicada no último dia 15, juntamente com a versão brasileira. A norma é uma ferramenta fundamental para a gestão energética no chão de fábrica, edificações, nos estabelecimentos comerciais e mesmo nas residências. É uma norma de processos de melhoria e a certificação é baseada nos resultados aferidos. Dado o seu alcance, a norma vai impactar 60% do mercado global de energia.
O que se lamenta, no entanto, são as poucas operações de financiamento realizadas no Proesco, programa do BNDES criado em 2008 para fomentar projetos de Eficiência Energética. O montante até agora envolvido nesse tipo de operação não passa de R$ 33,5 milhões. Nas operações realizadas pelas Escos – empresas prestadoras de serviços de conservação de energia – os valores são ainda mais tímidos: R$ 1,8 milhão, em quatro projetos aprovados nos últimos dois anos.
Outro ponto a lamentar é o uso do Programa de Eficiência Energética das Concessionárias (PEE) como ferramenta política, com forte viés no atendimento de programas sociais para populações de baixa renda, distorcendo o objetivo original do PEE, que era o de atuar como agente catalisador de projetos de Eficiência Energética com atendimento a todo o mercado.
Tais desafios terão de ser vencidos, certamente, à custa do diálogo e de congressos como o realizado pela Abesco, onde foram ouvidas argumentações de todos os agentes envolvidos – Escos, Governo, agentes financeiros e consultores jurídicos, que acabarão levando a um modelo ideal nos contratos de performance. Mas, independentemente desse aspecto, já avançamos muito no que se refere à tecnologia e serviços em Eficiência Energética, o que ficou demonstrado em dezenas de casos apresentados no evento, em projetos que atingiram até 35% em reduções!
Tais resultados nos deixam otimistas e confiantes no trabalho realizado pelas Escos. Ao apresentar soluções, elas criam oportunidades de negócio para toda a cadeia, elevam níveis de competitividade da indústria nacional e ainda contribuem para a redução das emissões de gases de efeito estufa e, consequentemente, para uma economia verde e sustentável no Planeta.
José Starosta é diretor da Ação Engenharia e Instalações Ltda. e presidente da Abesco (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia - http://www.abesco.com.br/).
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terça-feira, 21 de junho de 2011
Ceará terá primeiro laboratório certificado do País
O laboratório Túnel do Vento fará a calibração dos anemômetros (ETHI ARCANJO) |
Ceará - O Ceará terá o primeiro laboratório certificado para calibração de anemômetros. Os anemômetros são instrumentos que servem para medir a direção e indicar a velocidade dos ventos e estão instalados em cada um dos aerogeradores dos parques eólicos espalhados pelo mundo.
O instrumento é fundamental para o desempenho do equipamento que gera energia a partir do vento, mas ele precisa ser calibrado ao ser comprado e também a cada dois anos. Por causa da ausência de um laboratório certificado no Brasil, o custo para enviar os anemômetros para países como Alemanha e Espanha acabava obrigando os empresários a comprar novos anemômetros, o que valia mais a pena. Agora, por aproximadamente 50% do custo, o serviço será feito aqui mesmo, bem ali no Itaperi, no campus da Universidade Estadual do Ceará (Uece).
O laboratório Túnel do Vento, do Centro de Energias Alternativas e Meio Ambiente (Cenea) e subsidiado por R$ 1 milhão do Ministério de Minas e Energia, repassado por meio da Secretaria de Ciência e Tecnologia do governo do Estado, será apresentado durante a edição 2011 do All About Energy, evento que discutirá energias renováveis no dia 5 de julho, em Fortaleza.
De acordo com Adão Linhares Muniz, diretor do Cenea e presidente da Câmara Setorial de Energia Eólica do Estado do Ceará, existem laboratórios como o Túnel do Vento no Brasil, mas como o objetivo deles sempre foi voltado a outras áreas de pesquisa, nenhum deles se preocupou em buscar a certificação. “O preço de um anemômetro é aproximadamente R$ 200 e custa mais R$ 800 para calibrar, fora a postagem e os impostos”, explica. No equipamento daqui, a calibragem deve sair em torno de R$ 500, recurso que será investido no laboratório.
Túnel de Vento
O laboratório não faz somente a calibração dos anemômetros. “Fazemos estudos para o setor automotivo testando, por exemplo, a reação de força do vento no para-choque do carro”, lembra. O laboratório também pode fazer testes como no caso de um vazamento numa usina atômica para saber para onde o vento levaria a radioatividade ou ainda o impacto na temperatura da cidade com a construção de prédios na orla. “Mas o propósito especifico dele foi mesmo de calibrar anemômetro”, ressalta.
All About Energy
A 6ª edição do evento, que começou em 2004 como Power Future – mas deixou de ser realizada por dois anos – tratará de temas que vão do financiamento e da política tributária à sustentabilidade, economia de carbono e eficiência energética.
De acordo com Joana Ferreira, organizadora do All About Energy, este ano está programado para o encontro ainda uma visita à Usina Solar de Tauá, da MPX; uma Rodada de Negócios e o Circuito P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), um espaço onde os investidores encontrarão os pesquisadores.
Serviço
All About Energy 2011
De 5 a 8 de julho
Centro de Convenções
Inscrições e programação completa no site http://www.allaboutenergy.com.br/
Entenda a notícia
A eólica é vista como uma das formas mais limpas de geração de energia, mas os equipamentos e sua manutenção ainda são considerados caros. Com o desenvolvimento de tecnologias locais, os valores são diminuídos e a viabilidade do setor tem um incremento importante.
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Siemens com campanha focada em futuro sustentável

Fonte: Portal Fator Brasil - 16.06.2011
Brasil - A sustentabilidade dá o tom da nova fase da campanha publicitária Siemens Answers. Estruturada em quatro domínios - Eficiência Energética, Cidades Sustentáveis, Produtividade Industrial e Acessibilidade e personalização dos cuidados com a saúde - a campanha criada pela Ogilvy & Mather teve início, em mídias impressas e digitais. Com o tema "respostas para um futuro sustentável", a ação vai integrar diferentes canais de comunicação, desde veículos até mídia sociais.
De acordo com o diretor de comunicação da Siemens no Brasil, Wagner Lotito, a campanha reflete um novo posicionamento da Siemens: "Queremos ser vistos como os pioneiros do desenvolvimento tecnológico que estão ajudando o mundo a se tornar um lugar melhor".
A divulgação está alinhada ao crescimento das mídias sociais (Facebook, Twitter, Youtube, Orkut etc.). Um blog próprio da Siemens será lançado para atuar como plataforma de interação e troca de informações junto ao público-alvo, aumentando a visibilidade e engajamento entre a Siemens e os stakeholders.
Embora siga um direcionamento global, as peças da campanha podem ser regionalizadas, de acordo com as demandas de cada mercado. "No Brasil, estamos empenhados em mostrar que podemos ajudar o país a vencer seus desafios de infraestrutura, sendo parceiros de longo prazo para criação de valor sustentável", conta Lotito.
Portfólio verde - A Siemens é a empresa que possui o maior e mais amplo portfólio ambiental do planeta, única auditada por uma consultoria independente, a PricewaterhouseCoopers. Atualmente cerca de 30 bilhões de euros do faturamento global da empresa, ou seja, mais de um terço do total de 76 bilhões de euros faturados em 2010, vieram da venda de produtos com tecnologias ambientais. No Brasil, um terço do faturamento está ligado também a esse portfólio, com destaque para mobilidade (trens, metrô), renováveis (hidro, biomassa e eólica) e soluções industriais (eficiência energética e de tratamento de água).
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Centenas de projetos verdes completos para os Jogos Olímpicos
Fonte: Energy Saving Trust - 16.06.2011
Reino Unido - Segundo o prefeito de Londres, centenas de projetos verdes serão concluídos antes dos Jogos Olímpicos em 2012. De grandes empreendimentos a casas residenciais nos bairros olímpicos, a cidade irá trabalhar para se tornar mais eficiente energeticamente.
Segundo o prefeito Boris Johnson, "os jogos serão uma oportunidade única para que Londres possa garantir sua posição para outras gerações de melhor grande cidade do mundo". Os projetos, alguns já concluídos, incluem a instalação de lâmpadas eficientes energeticamente na London Eye e lâmpadas LED de consumo reduzido de energia serão instaladas na Tower Bridge para um show de luzes e para reduzir o consumo de energia do ponto turístico em 40%.
Enquanto isso, pontos de recargas de carros elétricos estão sendo criados em toda a cidade e novos táxis elétricos devem ser lançados antes do início dos jogos.
Reino Unido - Segundo o prefeito de Londres, centenas de projetos verdes serão concluídos antes dos Jogos Olímpicos em 2012. De grandes empreendimentos a casas residenciais nos bairros olímpicos, a cidade irá trabalhar para se tornar mais eficiente energeticamente.
Segundo o prefeito Boris Johnson, "os jogos serão uma oportunidade única para que Londres possa garantir sua posição para outras gerações de melhor grande cidade do mundo". Os projetos, alguns já concluídos, incluem a instalação de lâmpadas eficientes energeticamente na London Eye e lâmpadas LED de consumo reduzido de energia serão instaladas na Tower Bridge para um show de luzes e para reduzir o consumo de energia do ponto turístico em 40%.
Enquanto isso, pontos de recargas de carros elétricos estão sendo criados em toda a cidade e novos táxis elétricos devem ser lançados antes do início dos jogos.
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sexta-feira, 17 de junho de 2011
Venezuela aplica fortes medidas para diminuir consumo de energia
Fonte: Opera Mundi - 13.06.2011 |
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Venezuela - O governo da Venezuela anunciou nesta segunda-feira (13/06) medidas que vão desde a diminuição do horário dos letreiros luminosos à obrigatoriedade do uso parcial de equipes de geração autônoma em organismos públicos para racionar o consumo de energia que está em situação limite. O vice-presidente do governo, Elías Jaua, afirmou que o Executivo quer um "uso racional da demanda" em um ato convocado para esta segunda-feira, depois que, no fim de semana passado, uma falha em uma subestação do estado Zulia provocou um blecaute que deixou várias regiões do ocidente do país sem luz. O ministro da Energia Elétrica, Alí Rodríguez, culpou o "esbanjamento típico" da sociedade venezuelana, mas disse que há elementos que justificam a maior despesa como o desenvolvimento econômico, o aumento de renda da população, o crescimento natural e a melhoria do funcionamento de transportes como a ferrovia. Jaua informou que as instituições e os organismos públicos vão ter que tomar medidas para o uso restritivo da iluminação, refrigeração e do consumo em geral, entre outros aspectos, assim como a criação de "grupos de gestão de energia" a fim de executar e monitorar ações que evitem desperdícios. Rodríguez lembrou que a tarifa é altamente subsidiada no país e que, enquanto em 1999, o consumo máximo de energia foi de 10.854 megawatts (MW), em 2011 já passou para 17 mil MW e estima-se que para os meses de setembro e outubro supere os 18,5 mil MW. Além disso, reconheceu que a falta de uma "cultura de manutenção" na Venezuela faz com que haja 7 mil MW da rede fora de serviço. A instalação de novas capacidades e a reabilitação de geração hoje inabilitada permitirá a geração de 9.172 megawatts para o ano que vem, disse. O plano foi decidido após o Governo insistir nos últimos meses que não vai propor medidas de racionamento de energia este ano, após dar por encerrado o estado de emergência em 2010. Em fevereiro de 2010, o governo estabeleceu um racionamento do serviço com cortes programados em todo o país por período de vários meses, como consequência de uma seca que o Executivo qualificou como a pior em 45 anos. O presidente do partido conservador Copei, Roberto Henríquez, exigiu nesta segunda-feira em entrevista coletiva que se estabeleçam "responsabilidades penais" aos responsáveis do equipamento energético do país, ao afirmar que "não é verdade que os cidadãos sejam os culpados", e que a economia nacional está decaindo. "O problema (de geração) para este ano já devia estar resolvido", assinalou ao lembrar os anúncios após 2010. |
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Projeto da Unesp incentiva eficiência energética
Fonte: JCNET - 13.06.2011 |
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São Paulo - Imagine passar um dia inteiro sem energia elétrica. Acordar e não ter água quente jorrando do chuveiro, não contar com televisão ou aparelho de som para acompanhar as primeiras notícias do dia, trabalhar sem luz artificial, computador ou internet, ficar sem ar condicionado ou ventiladores, voltar para casa e não ter micro-ondas, geladeira ou máquina de lavar roupa para agilizar os afazeres domésticos. Esta seria a dura realidade cotidiana se não houvesse iniciativas como o Projeto IluminAÇÃO, desenvolvido por alunos da Faculdade de Engenharia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Bauru. Por meio da conscientização sobre hábitos simples que podem fazer toda diferença na quantidade de energia elétrica consumida, a intenção é permitir que famílias de baixa renda do município consigam reduzir gastos e, por consequência, administrar melhor o orçamento doméstico. “Além da eficiência no uso, nosso objetivo é que as pessoas possam consumir a energia elétrica de forma segura, ou seja, evitando a instalação de ‘gatos’ que geram riscos aos moradores”, comenta o estudante de engenharia elétrica Gabriel Hiroishi Inoue, 22 anos. Ele explica que as atividades desenvolvidas no projeto envolvem três diferentes áreas de atuação. Uma delas é a Frente Escolar, em que os alunos visitam instituições de ensino da rede pública para ministrar palestras a crianças e adolescentes. O intuito é que eles possam se transformar em multiplicadores das informações e ensinar aos pais, tios, avós e vizinhos a usar a energia elétrica disponível de maneira responsável e ambientalmente correta. “Para as crianças, que é nosso principal foco, desenvolvemos algumas atividades bastante interativas, com jogos de pergunta e resposta, distribuição de brindes, teatro de fantoches e exposição de uma maquete, doada pela CPFL, que simula o consumo de energia doméstico. É bem interessante, o pessoal fica super animado”, comenta Inoue, lembrando que a última iniciativa do projeto foi desenvolvida no início deste mês no Projeto Formiguinhas, na Vila São Paulo, onde cerca de 60 crianças são atendidas. Mobilização Além do trabalho nas escolas, há ainda a Frente Comunidade e a Frente Pesquisa que, temporariamente, estão paralisadas. Em anos anteriores, os alunos costumavam visitar residências de bairros periféricos com a finalidade de indicar ações para aumentar a segurança e redução no consumo. Além de providenciar reparos em equipamentos eletrônicos que eventualmente apresentassem defeitos, eles também conseguiam, através de parcerias, doar geladeiras e chuveiros – novos ou de segunda mão – para que as famílias pudessem reduzir o consumo de energia. “Era um trabalho bem interessante. Agora, estamos preparando um material de divulgação, além da reformulação do nosso site, para tentar mobilizar mais gente novamente em torno do projeto”, comenta Inoue. Já na área de pesquisa, os alunos iniciaram o desenvolvimento de um aquecedor solar de baixo custo, feito com garrafas pet, mas o projeto não seguiu adiante por falta de espaço apropriado dentro da universidade. “Precisamos ter um local aberto e a faculdade está passando por uma série de adaptações. Mas, em algum momento, vamos retomar esta ideia também”, adianta. Enquanto o aquecedor não fica pronto, os alunos já alertam nas palestras que ministram sobre a possibilidade de as comunidades terem em casa um gerador de energia próprio. Patrocinado pela Pró-reitoria de Extensão Universitária (Proex), o projeto IluminAÇÃO conta com apoio da CPFL Paulista e Unesp. Atualmente, 15 alunos trabalham como voluntários da iniciativa. Escolas interessadas em receber a visita dos universitários podem obter informações no site www.ieeesb.feb.unesp.br/ |
Light e Prefeitura se unem para expandir a Tarifa Social de Energia Elétrica
Fonte: Procel Info - 14.06.2011 |
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Com a parceria, a meta da companhia de energia é conceder a Tarifa Social para 408 mil famílias até o final deste ano que poderão, inclusive, participar do Programa Comunidade Eficiente da Light implantado, principalmente, nas áreas pacificadas pelo governo. O Programa tem ações como a substituição de lâmpadas incandescentes por fluorescentes e geladeiras por modelos mais novos e econômicos, além da conscientização sobre o uso eficiente da energia que ajuda a combater o desperdício de energia. Para mais informações, acessar o site do Ministério do Desenvolvimento Social, no endereço www.mds.gov.br. |
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Mesquita ecologicamente correta é desenvolvida na Alemanha
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Governo define novos padrões de qualidade para eletrodomésticos
Brasil - Fornos, fogões, aquecedores de água a gás, refrigeradores e congeladores em comercialização no Brasil terão de respeitar, a partir do fim deste ano, novos níveis mínimos de eficiência energética. Condicionadores de ar, por sua vez, deverão se enquadrar em novos níveis máximos de consumo de energia.
É o que estabelecem quatro portarias interministeriais assinadas pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e publicadas no Diário Oficial da União.
O objetivo é aumentar o padrão de qualidade desses equipamentos e informar os consumidores sobre os produtos mais econômicos, retirando do mercado aqueles considerados ineficientes. Fabricantes e importadores terão prazo para se adaptar aos novos padrões.
Índices
A portaria que trata do grupo de fornos e fogões, estabelece em 37% o nível mínimo de eficiência energética para fornos e, em 57%, para mesas de cocção (a parte superior do fogão, onde se localizam os queimadores).
No grupo de aquecedores de água a gás, os níveis mínimos são de 76% e 72% para aquecedores instantâneos e de acumulação, respectivamente. Neste último caso, o índice é válido para equipamentos cujo volume do reservatório térmico seja de até 250 litros.
No caso de refrigeradores e congeladores, a tabela é mais abrangente em razão dos vários modelos existentes. A data limite para fabricação e importação de fogões e fornos, aquecedores de água a gás, refrigeradores e congeladores que não se enquadrem nos novos índices é o dia 31 de dezembro de 2011.
Segundo a nova legislação, fabricantes e importadores poderão comercializá-los por mais um ano, além desta data. Já atacadistas e varejistas poderão fazê-lo até o último dia de 2013.
Para condicionadores de ar, os níveis mínimos do coeficiente de eficiência energética variam de acordo com o modelo do equipamento e a capacidade de refrigeração. Produtos que não respeitarem os índices poderão ser fabricados e importados até o dia 31 de dezembro de 2011.
Para atacadistas e varejistas, o comércio das duas classes de produtos poderá ser feito até dezembro de 2013 (janela e split high-wall) e dezembro de 2014 (split cassete e piso-teto).
É o que estabelecem quatro portarias interministeriais assinadas pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e publicadas no Diário Oficial da União.
O objetivo é aumentar o padrão de qualidade desses equipamentos e informar os consumidores sobre os produtos mais econômicos, retirando do mercado aqueles considerados ineficientes. Fabricantes e importadores terão prazo para se adaptar aos novos padrões.
Índices
A portaria que trata do grupo de fornos e fogões, estabelece em 37% o nível mínimo de eficiência energética para fornos e, em 57%, para mesas de cocção (a parte superior do fogão, onde se localizam os queimadores).
No grupo de aquecedores de água a gás, os níveis mínimos são de 76% e 72% para aquecedores instantâneos e de acumulação, respectivamente. Neste último caso, o índice é válido para equipamentos cujo volume do reservatório térmico seja de até 250 litros.
No caso de refrigeradores e congeladores, a tabela é mais abrangente em razão dos vários modelos existentes. A data limite para fabricação e importação de fogões e fornos, aquecedores de água a gás, refrigeradores e congeladores que não se enquadrem nos novos índices é o dia 31 de dezembro de 2011.
Segundo a nova legislação, fabricantes e importadores poderão comercializá-los por mais um ano, além desta data. Já atacadistas e varejistas poderão fazê-lo até o último dia de 2013.
Para condicionadores de ar, os níveis mínimos do coeficiente de eficiência energética variam de acordo com o modelo do equipamento e a capacidade de refrigeração. Produtos que não respeitarem os índices poderão ser fabricados e importados até o dia 31 de dezembro de 2011.
Para atacadistas e varejistas, o comércio das duas classes de produtos poderá ser feito até dezembro de 2013 (janela e split high-wall) e dezembro de 2014 (split cassete e piso-teto).
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terça-feira, 14 de junho de 2011
Construa sua casa de forma sustentável
Fonte: Bagarai - 11.06.2011
Brasil - A crescente preocupação com o meio ambiente tem resultado no desenvolvimento de produtos ecologicamente corretos, inclusive na construção civil. Um exemplo dessa tendência são os imóveis sustentáveis, ou casas ecologicamente corretas, residências que usam os recursos naturais para economizar energia e gerar menor quantidade de lixo.
“Para se conseguir um imóvel sustentável é necessário antes de começar a obra fazer um levantamento sobre a área a ser construída, verificar a disponibilidade de água no subsolo, se há vegetação e qual é o tipo de vegetação, onde nasce o sol e como é o clima, sendo que, se a predominância da temperatura for alta, o local deve ser bastante arejado, e se for baixa deve ter isolamento térmico”, aconselha Hugo Mascarin, sócio-proprietário do Portal CASAeOFERTA.
Para quem pretende construir esse tipo de imóvel alguns passos são importantes, como pensar o planejamento da obra a longo prazo, na eficiência energética, no uso adequado da água e reaproveitamento, no uso de materiais e técnicas ambientalmente corretas, adequada gestão dos resíduos sólidos, conforto e qualidade interna dos ambientes e permeabilidade do solo.
Dessa forma, o paralelepípedo, bom e velho conhecido de todos, ganha uma versão mais moderna. “O piso intertravado é uma opção tão permeável e ecológica quanto o modelo antigo”, garante o engenheiro da Tecpar Pavimentação Ecológica, Cláudio Roberto de Castro.
E os benefícios não param por aí. Segundo Cláudio, devido à cor clara da pedra, esse tipo de piso pode gerar alta economia de iluminação, pois, se comparado ao pavimento flexível, ele aumenta a reflexão da luz. Outra vantagem está no fato de ele ser pré-moldado. “Além de reduzir os recursos gastos, ele pode ser instalado e removido a qualquer hora, para a manutenção de obras, por exemplo, que podem ser realizadas sem a necessidade de quebrar o piso”, explica o engenheiro.
Hugo Mascarin ainda afirma que a principal vantagem em se investir em um imóvel assim é a maior valorização em relação a uma casa convencional com as mesmas medidas. O mais comum é que esse tipo de construção proporcione a maior economia no consumo de água e energia elétrica. Para que a residência gaste o mínimo de energia possível, a primeira dica é construir o máximo de parede de vidros, tipo blindex, em corredores e nos lados da casa onde bate mais sol, aproveitando por mais tempo a luminosidade natural e reduzindo o uso de lâmpadas. “Quando for necessário utilizar as lâmpadas, outra alternativa para reduzir o consumo de energia é optar pelas lâmpadas de LED brancas, que tem maior durabilidade”, aconselha Mascarin.
Para reduzir o consumo de energia no banho, uma opção é colocar placas de aquecedor solar no telhado, pois elas captam energia e esquentam um reservatório específico de água, mantendo-a aquecida. Já para reduzir o consumo de água, a dica é fazer calhas que direcionem a água das chuvas a um recipiente grande, como um barril ou caixa d’água externa. Essa água pode ser utilizada para lavar roupas e quintais, por exemplo.
Um imóvel sustentável deve ser construído com materiais verdes como tijolos de terra crua estabilizados com fibras de coco, paredes e telhados feitos de tubos de pasta de dente (o que deixa o ambiente mais fresco), ou telhados com uma cobertura vegetal, vidros reciclados, blocos de entulho, blocos de pedras entre outros.
Um desses produtos é a telha de vidro. De acordo com o gerente de vendas do Shop da Telha, José Ricardo Gonçalves, este tipo de telha, além de permitir maior luminosidade ao ambiente, gerando menor gasto de energia, ainda pode ser reaproveitada pela indústria de vidro. “As telhas de vidro além de proporcionarem redução no consumo de energia podem ser reaproveitadas no caso delas quebrarem”, diz Gonçalves.
Outra boa opção nesta área é a Telha Onduline. “Essa telha é ondulada e composta por fibra orgânica saturada com betume (resíduo da indústria petroquímica). Além disso, elas são leves e práticas de instalar, facilitando a mão de obra e dando mais leveza à estrutura do telhado”, recomenda Gonçalves.
Dentro deste contexto, o engenheiro Claudio dá sua dica para quem está construindo ou reformando, principalmente com relação às áreas externas: “O piso intertravado é uma forte tendência tanto em matéria de beleza, quanto na preservação do meio ambiente. Sua permeabilidade, rápida execução, reutilização e a não deformação fazem desse pavimento uma opção cada vez mais atraente para as construções e para o bolso do consumidor, já que é mais barato em relação ao concreto”, salienta.
E para quem quer aliar ecologia e estética, o engenheiro conta que esta pedra também está disponível nos mais variados tons de cores. “Portanto, pode-se abusar na criatividade e no colorido, sem deixar de lado a preocupação com o meio”, conclui.
Brasil - A crescente preocupação com o meio ambiente tem resultado no desenvolvimento de produtos ecologicamente corretos, inclusive na construção civil. Um exemplo dessa tendência são os imóveis sustentáveis, ou casas ecologicamente corretas, residências que usam os recursos naturais para economizar energia e gerar menor quantidade de lixo.
“Para se conseguir um imóvel sustentável é necessário antes de começar a obra fazer um levantamento sobre a área a ser construída, verificar a disponibilidade de água no subsolo, se há vegetação e qual é o tipo de vegetação, onde nasce o sol e como é o clima, sendo que, se a predominância da temperatura for alta, o local deve ser bastante arejado, e se for baixa deve ter isolamento térmico”, aconselha Hugo Mascarin, sócio-proprietário do Portal CASAeOFERTA.
Para quem pretende construir esse tipo de imóvel alguns passos são importantes, como pensar o planejamento da obra a longo prazo, na eficiência energética, no uso adequado da água e reaproveitamento, no uso de materiais e técnicas ambientalmente corretas, adequada gestão dos resíduos sólidos, conforto e qualidade interna dos ambientes e permeabilidade do solo.
Dessa forma, o paralelepípedo, bom e velho conhecido de todos, ganha uma versão mais moderna. “O piso intertravado é uma opção tão permeável e ecológica quanto o modelo antigo”, garante o engenheiro da Tecpar Pavimentação Ecológica, Cláudio Roberto de Castro.
E os benefícios não param por aí. Segundo Cláudio, devido à cor clara da pedra, esse tipo de piso pode gerar alta economia de iluminação, pois, se comparado ao pavimento flexível, ele aumenta a reflexão da luz. Outra vantagem está no fato de ele ser pré-moldado. “Além de reduzir os recursos gastos, ele pode ser instalado e removido a qualquer hora, para a manutenção de obras, por exemplo, que podem ser realizadas sem a necessidade de quebrar o piso”, explica o engenheiro.
Hugo Mascarin ainda afirma que a principal vantagem em se investir em um imóvel assim é a maior valorização em relação a uma casa convencional com as mesmas medidas. O mais comum é que esse tipo de construção proporcione a maior economia no consumo de água e energia elétrica. Para que a residência gaste o mínimo de energia possível, a primeira dica é construir o máximo de parede de vidros, tipo blindex, em corredores e nos lados da casa onde bate mais sol, aproveitando por mais tempo a luminosidade natural e reduzindo o uso de lâmpadas. “Quando for necessário utilizar as lâmpadas, outra alternativa para reduzir o consumo de energia é optar pelas lâmpadas de LED brancas, que tem maior durabilidade”, aconselha Mascarin.
Para reduzir o consumo de energia no banho, uma opção é colocar placas de aquecedor solar no telhado, pois elas captam energia e esquentam um reservatório específico de água, mantendo-a aquecida. Já para reduzir o consumo de água, a dica é fazer calhas que direcionem a água das chuvas a um recipiente grande, como um barril ou caixa d’água externa. Essa água pode ser utilizada para lavar roupas e quintais, por exemplo.
Um imóvel sustentável deve ser construído com materiais verdes como tijolos de terra crua estabilizados com fibras de coco, paredes e telhados feitos de tubos de pasta de dente (o que deixa o ambiente mais fresco), ou telhados com uma cobertura vegetal, vidros reciclados, blocos de entulho, blocos de pedras entre outros.
Um desses produtos é a telha de vidro. De acordo com o gerente de vendas do Shop da Telha, José Ricardo Gonçalves, este tipo de telha, além de permitir maior luminosidade ao ambiente, gerando menor gasto de energia, ainda pode ser reaproveitada pela indústria de vidro. “As telhas de vidro além de proporcionarem redução no consumo de energia podem ser reaproveitadas no caso delas quebrarem”, diz Gonçalves.
Outra boa opção nesta área é a Telha Onduline. “Essa telha é ondulada e composta por fibra orgânica saturada com betume (resíduo da indústria petroquímica). Além disso, elas são leves e práticas de instalar, facilitando a mão de obra e dando mais leveza à estrutura do telhado”, recomenda Gonçalves.
Dentro deste contexto, o engenheiro Claudio dá sua dica para quem está construindo ou reformando, principalmente com relação às áreas externas: “O piso intertravado é uma forte tendência tanto em matéria de beleza, quanto na preservação do meio ambiente. Sua permeabilidade, rápida execução, reutilização e a não deformação fazem desse pavimento uma opção cada vez mais atraente para as construções e para o bolso do consumidor, já que é mais barato em relação ao concreto”, salienta.
E para quem quer aliar ecologia e estética, o engenheiro conta que esta pedra também está disponível nos mais variados tons de cores. “Portanto, pode-se abusar na criatividade e no colorido, sem deixar de lado a preocupação com o meio”, conclui.
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Eficiência na indústria: entraves à implementação
Especialistas apontam saídas para estimular o desenvolvimento de projetos de eficiência energética nas indústrias. Falta de financiamento é um dos problemas apontados
Eficiência energética na indústria: solução
contra desperdícios e garantira de mais
produtividade
Carolina Medeiros, para o Procel Info
Para Fernando Umbria, assessor de energia elétrica da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), o que acontece é que os investimentos em eficiência energética acabam competindo com investimentos típicos do core business da empresa. "E, naturalmente, essa competição faz com que esse tipo de investimento acabe ficando em segundo plano", afirmou o executivo. Outro problema apontado por ele é que as linhas de financiamento para eficiência energética são muito limitadas. "Inclusive, os próprios projetos de eficiência energética das concessionárias de energia são mais voltados para os consumidores de baixa tensão e muito pouco é dirigido para o segmento industrial", apontou Umbria.
No entanto, Jim Naturesa, engenheiro eletricista autor da tese "Eficiência Energética, Política Industrial e Inovação Tecnológica", sustenta que a indústria tem uma certa "aversão" a pegar linhas de crédito. E, como seus recursos vão para o core business, as medidas de eficiência energética acabam não acontecendo. "Quem investe em projetos de eficiência energética só começa a ter um retorno depois de dois, três anos. Para a indústria, esse tempo é longo demais", completou o engenheiro.
Para ele, a solução seria pegar recursos que serão alocados em inovação tecnológica e investi-los em projetos de eficiência energética. Segundo ele, esses recursos seriam fundamentais principalmente para a pequena e média empresa. "Para o pequeno e médio empresário, qualquer projeto de eficiência energética já é um projeto de inovação, porque está trazendo tecnologia nova, capacitação para os empregados, ou seja, o que há de mais novo no mercado. Então, o fato de substituir equipamentos antigos, ineficientes, por equipamentos eficientes, já justifica o crédito", avaliou Naturesa, acrescentando que esses recursos podem ser encontrados em linhas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Dois pontos precisam ser levados em consideração quando se fala em eficiência energética na indústria. O primeiro diz respeito ao desenvolvimento de novas tecnologias, que é um processo que está sendo realizado nos países desenvolvidos, mas que ainda encontra dificuldades de recursos nos países em desenvolvimento. O segundo aspecto é o comportamental, segundo gerente da CNI
Outro fundo que poderia ser utilizado para financiar a eficiência energética na indústria, segundo Fernando Umbria, da Abrace, é o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia. Segundo ele, o fundo tem 16 rubricas, entre elas uma destinada à energia e outra a petróleo. "De janeiro a dezembro de 2010, o segmento de energia dentro desse fundo teve uma arrecadação de R$ 215 milhões e o de petróleo, de R$ 1,990 bilhão. E pela lei que regulamenta a utilização desse fundo, não encontramos nada que impeça o uso de seus recursos em projetos de eficiência energética", comentou Umbria. A associação, inclusive, montou um grupo de trabalho para discutir o tema e identificar problemas e soluções relacionadas à eficiência energética na indústria.
Shelley de Souza Carneiro, gerente Executivo de Meio Ambiente da Confederação Nacional da Indústria, pondera que não se deve generalizar, pois, segundo ele, algumas empresas de alguns segmentos têm avançado bastante no processo de eficiência energética. No entanto, ele reconhece que em muitos outros segmentos, a eficiência energética não é feita como deveria. O gerente afirma que dois pontos precisam ser levados em consideração quando se fala em eficiência energética na indústria. "O primeiro diz respeito ao desenvolvimento de novas tecnologias, que é um processo que está sendo realizado nos países desenvolvidos, mas que ainda encontra dificuldades de recursos nos países em desenvolvimento", contou.
O segundo aspecto, ainda de acordo com ele, é comportamental. "Temos que desenvolver muito ainda o problema do desperdício, porque de uma certa forma ele entra no processo de competitividade da indústria. Quando um produto é feito com uma energia utilizada de forma ineficiente, isso é transferido para a sociedade, que paga mais caro por aquele produto. A ineficiência é paga, ela custa dinheiro", declarou Carneiro. Apesar de ser contra subsídios, o gerente acredita que isso possa ser necessário para alavancar os projetos de eficiência energética na indústria. "Não defendo subsídios eternos, mas somente no momento em que ele é necessário para alavancar um processo que está deficiente. Acho que nessa questão da energia, isso pode ser benéfico hoje, mas com o tempo, as empresas precisam superar o subsídio com a produtividade", argumentou Carneiro.
Eficiência energética na indústria: solução
contra desperdícios e garantira de mais
produtividade
Carolina Medeiros, para o Procel Info
Para Fernando Umbria, assessor de energia elétrica da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), o que acontece é que os investimentos em eficiência energética acabam competindo com investimentos típicos do core business da empresa. "E, naturalmente, essa competição faz com que esse tipo de investimento acabe ficando em segundo plano", afirmou o executivo. Outro problema apontado por ele é que as linhas de financiamento para eficiência energética são muito limitadas. "Inclusive, os próprios projetos de eficiência energética das concessionárias de energia são mais voltados para os consumidores de baixa tensão e muito pouco é dirigido para o segmento industrial", apontou Umbria.
No entanto, Jim Naturesa, engenheiro eletricista autor da tese "Eficiência Energética, Política Industrial e Inovação Tecnológica", sustenta que a indústria tem uma certa "aversão" a pegar linhas de crédito. E, como seus recursos vão para o core business, as medidas de eficiência energética acabam não acontecendo. "Quem investe em projetos de eficiência energética só começa a ter um retorno depois de dois, três anos. Para a indústria, esse tempo é longo demais", completou o engenheiro.
Para ele, a solução seria pegar recursos que serão alocados em inovação tecnológica e investi-los em projetos de eficiência energética. Segundo ele, esses recursos seriam fundamentais principalmente para a pequena e média empresa. "Para o pequeno e médio empresário, qualquer projeto de eficiência energética já é um projeto de inovação, porque está trazendo tecnologia nova, capacitação para os empregados, ou seja, o que há de mais novo no mercado. Então, o fato de substituir equipamentos antigos, ineficientes, por equipamentos eficientes, já justifica o crédito", avaliou Naturesa, acrescentando que esses recursos podem ser encontrados em linhas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Dois pontos precisam ser levados em consideração quando se fala em eficiência energética na indústria. O primeiro diz respeito ao desenvolvimento de novas tecnologias, que é um processo que está sendo realizado nos países desenvolvidos, mas que ainda encontra dificuldades de recursos nos países em desenvolvimento. O segundo aspecto é o comportamental, segundo gerente da CNI
Outro fundo que poderia ser utilizado para financiar a eficiência energética na indústria, segundo Fernando Umbria, da Abrace, é o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), vinculado ao Ministério de Ciência e Tecnologia. Segundo ele, o fundo tem 16 rubricas, entre elas uma destinada à energia e outra a petróleo. "De janeiro a dezembro de 2010, o segmento de energia dentro desse fundo teve uma arrecadação de R$ 215 milhões e o de petróleo, de R$ 1,990 bilhão. E pela lei que regulamenta a utilização desse fundo, não encontramos nada que impeça o uso de seus recursos em projetos de eficiência energética", comentou Umbria. A associação, inclusive, montou um grupo de trabalho para discutir o tema e identificar problemas e soluções relacionadas à eficiência energética na indústria.
Shelley de Souza Carneiro, gerente Executivo de Meio Ambiente da Confederação Nacional da Indústria, pondera que não se deve generalizar, pois, segundo ele, algumas empresas de alguns segmentos têm avançado bastante no processo de eficiência energética. No entanto, ele reconhece que em muitos outros segmentos, a eficiência energética não é feita como deveria. O gerente afirma que dois pontos precisam ser levados em consideração quando se fala em eficiência energética na indústria. "O primeiro diz respeito ao desenvolvimento de novas tecnologias, que é um processo que está sendo realizado nos países desenvolvidos, mas que ainda encontra dificuldades de recursos nos países em desenvolvimento", contou.
O segundo aspecto, ainda de acordo com ele, é comportamental. "Temos que desenvolver muito ainda o problema do desperdício, porque de uma certa forma ele entra no processo de competitividade da indústria. Quando um produto é feito com uma energia utilizada de forma ineficiente, isso é transferido para a sociedade, que paga mais caro por aquele produto. A ineficiência é paga, ela custa dinheiro", declarou Carneiro. Apesar de ser contra subsídios, o gerente acredita que isso possa ser necessário para alavancar os projetos de eficiência energética na indústria. "Não defendo subsídios eternos, mas somente no momento em que ele é necessário para alavancar um processo que está deficiente. Acho que nessa questão da energia, isso pode ser benéfico hoje, mas com o tempo, as empresas precisam superar o subsídio com a produtividade", argumentou Carneiro.
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Estado usará critérios ambientais em licitações
Fonte: O Globo - 10.06.2011
Rio de Janeiro - O Estado do Rio vai entrar na era das licitações sustentáveis. O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, assina hoje uma resolução estabelecendo critérios ambientais que devem nortear todos os editais de compras, obras e serviços de sua pasta e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). De acordo com a resolução, na avaliação das propostas deverão ser considerados origem dos insumos, forma de produção, embalagem, distribuição, destino e utilização de produtos recicláveis. A expectativa é que, em um mês, o governador Sérgio Cabral estenda as exigências a todas as secretarias.
No caso de obras e serviços de engenharia, o texto estipula que deverão constar do edital técnicas de construção e implantação de sistemas que promovam a racionalização do uso da água. O aproveitamento da água da chuva é uma delas. Outro exemplo são as torneiras inteligentes, que se desligam automaticamente caso permaneçam funcionando por mais de um minuto.
O “Guia de compras e construções sustentáveis”, que o secretário apresenta hoje na sede da Secretaria do Ambiente, lista iniciativas verdes a serem seguidas nas concorrências públicas. Carlos Minc explica que, se o Inea for comprar uma geladeira, por exemplo, na licitação deverá constar que o aparelho precisa ter o selo do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel). Sempre que possível, a Secretaria estadual do Ambiente deve optar por usar papel reciclado em suas dependências, acrescenta a resolução. E, caso a pasta for realizar serviço de recapeamento de vias, deve optar pelo asfalto-borracha, feito com pneus usados.
— É claro que a resolução desagradará a alguns fornecedores. Nem todos oferecem esses serviços sustentáveis. Mas, com o tempo, haverá barateamento de custos, com mais empresas atuando nesse nicho. Não vamos comprar briga com todo mundo, mas queremos começar a mudar os costumes — disse Minc.
O secretário aponta a construção do novo prédio do Inea, na Avenida Venezuela, no Centro, como exemplo de construção que seguirá preceitos sustentáveis:
— Nos banheiros, vamos usar torneiras e descargas inteligentes. Quem cumprir critérios ambientais vai sair na frente.
Rio de Janeiro - O Estado do Rio vai entrar na era das licitações sustentáveis. O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, assina hoje uma resolução estabelecendo critérios ambientais que devem nortear todos os editais de compras, obras e serviços de sua pasta e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). De acordo com a resolução, na avaliação das propostas deverão ser considerados origem dos insumos, forma de produção, embalagem, distribuição, destino e utilização de produtos recicláveis. A expectativa é que, em um mês, o governador Sérgio Cabral estenda as exigências a todas as secretarias.
No caso de obras e serviços de engenharia, o texto estipula que deverão constar do edital técnicas de construção e implantação de sistemas que promovam a racionalização do uso da água. O aproveitamento da água da chuva é uma delas. Outro exemplo são as torneiras inteligentes, que se desligam automaticamente caso permaneçam funcionando por mais de um minuto.
O “Guia de compras e construções sustentáveis”, que o secretário apresenta hoje na sede da Secretaria do Ambiente, lista iniciativas verdes a serem seguidas nas concorrências públicas. Carlos Minc explica que, se o Inea for comprar uma geladeira, por exemplo, na licitação deverá constar que o aparelho precisa ter o selo do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel). Sempre que possível, a Secretaria estadual do Ambiente deve optar por usar papel reciclado em suas dependências, acrescenta a resolução. E, caso a pasta for realizar serviço de recapeamento de vias, deve optar pelo asfalto-borracha, feito com pneus usados.
— É claro que a resolução desagradará a alguns fornecedores. Nem todos oferecem esses serviços sustentáveis. Mas, com o tempo, haverá barateamento de custos, com mais empresas atuando nesse nicho. Não vamos comprar briga com todo mundo, mas queremos começar a mudar os costumes — disse Minc.
O secretário aponta a construção do novo prédio do Inea, na Avenida Venezuela, no Centro, como exemplo de construção que seguirá preceitos sustentáveis:
— Nos banheiros, vamos usar torneiras e descargas inteligentes. Quem cumprir critérios ambientais vai sair na frente.
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Sorria, este produto consome menos energia
Fonte: Folha de São Paulo - 05.06.2011
Brasil - O segredo para extrair de eletrodomésticos o máximo de desempenho gastando o mínimo está em medidas simples. Isso é importante: um ar condicionado, por exemplo, chega a ser responsável por até um terço do gasto total de energia em uma casa no verão.
Uma medida é procurar usar os aparelhos fora do horário de pico (entre 18h e 21h). Outra, comprar produtos com o selo Procel, cujo objetivo é indicar ao consumidor o nível de eficiência energética da mercadoria que está adquirindo.
"Cada vez mais a sociedade está procurando por eletrodomésticos eficientes do ponto de vista energético, porque eles auxiliam na preservação ambiental e são mais econômicos", afirma Emerson Salvador, que é chefe da divisão de Eficiência Energética da Eletrobras, executora do Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica).
Mais de 3.700 modelos de duas centenas de marcas já passaram por testes de desempenho e segurança elétrica em laboratório para receber o selo Procel.
São análises realizadas por laboratórios indicados pelo programa, como o Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP ou o Laboratório de Luminotécnica da Universidade Federal Fluminense.
Os mais eficientes ganham etiqueta caracterizada por lâmpada em forma de "smile" e a inscrição "este produto consome menos energia".
Quase sempre, ter o selo significa constar da faixa A da etiqueta de eficiência energética elaborada pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial).
Afixada ao eletrodoméstico, a tabela indica seu rendimento e consumo. A classificação varia de A, para os aparelhos mais eficientes, a G, aqueles que têm pior desempenho (veja quadro).
Até 2012, outros três eletrodomésticos devem fazer parte da lista: ferro elétrico, micro-ondas e ventilador de mesa. No caso do micro-ondas, a Eletrobras estuda analisar o gasto de energia do aparelho em funcionamento e em modo stand by.
Diferencial
O distintivo é um diferencial para as marcas, o que impulsiona os fabricantes a procurar se adequar aos parâmetros do Procel.
De acordo com Salvador, no ano passado, 6 bilhões de kWh de energia foram economizados por conta da aplicação do selo, que também evitou a emissão de gases poluentes, correspondentes aos que são desprendidos por 108 mil veículos/ano.
"Os selos de eficiência energética fazem parte dos critérios da Electrolux para o desenvolvimento de produto, que se inicia na pesquisa com o consumidor e vai até os processos de engenharia ao adaptar tecnologias para alcançar os índices de eficiência", afirma Rafael Bonjorno, gerente de marketing.
A multinacional, que possui selo Procel em refrigeradores e lavadoras, desenvolve os programas Green Spirit-Conceito de Desenvolvimento Sustentável, no processo produtivo, e Green Range, cujo objetivo é criar produtos "que proporcionem alta eficiência energética e economia de água", diz Bonjorno.
Para que uma máquina de lavar roupa automática receba o selo, além de ter consumo de energia na faixa A da tabela do Inmetro, seu gasto de água deve ser menor ou igual a 15,10 litros/ciclo/kg.
Se o produto for um condicionador de ar de janela com capacidade de refrigeração nominal de 12.000 BTU/h, seu consumo de energia anual não pode superar os 806,592 kWh/ano.
No caso de TVs de plasma, o máximo de gasto permitido em stand by é 1 watt.
"A Samsung desenvolve todas as suas TVs em laboratório. Trabalhamos em conjunto com o nosso departamento de pesquisa e desenvolvimento na Coreia do Sul, com metas de consumo estabelecidas pelo Procel", diz Rafael Cintra, gerente sênior da área de televisores da empresa, contemplada com o selo em sua linha de TVs.
Segundo o executivo, outra iniciativa importante para a redução do gasto de energia é a ampliação do portfólio de TVs de LED, que consomem em média 50% menos que os aparelhos de LCD e plasma. "Neste ano, estamos lançando 25 modelos de LED, contra 7 de LCD."
Esta notícia não é de autoria do Procel Info, sendo assim, os créditos e responsabilidades sobre o seu conteúdo são do veículo original, exceto no caso de notícias que tenham a necessidade de transcrição ou tradução, visto que se trata de uma versão resumida pelo Procel Info.
Brasil - O segredo para extrair de eletrodomésticos o máximo de desempenho gastando o mínimo está em medidas simples. Isso é importante: um ar condicionado, por exemplo, chega a ser responsável por até um terço do gasto total de energia em uma casa no verão.
Uma medida é procurar usar os aparelhos fora do horário de pico (entre 18h e 21h). Outra, comprar produtos com o selo Procel, cujo objetivo é indicar ao consumidor o nível de eficiência energética da mercadoria que está adquirindo.
"Cada vez mais a sociedade está procurando por eletrodomésticos eficientes do ponto de vista energético, porque eles auxiliam na preservação ambiental e são mais econômicos", afirma Emerson Salvador, que é chefe da divisão de Eficiência Energética da Eletrobras, executora do Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica).
Mais de 3.700 modelos de duas centenas de marcas já passaram por testes de desempenho e segurança elétrica em laboratório para receber o selo Procel.
São análises realizadas por laboratórios indicados pelo programa, como o Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP ou o Laboratório de Luminotécnica da Universidade Federal Fluminense.
Os mais eficientes ganham etiqueta caracterizada por lâmpada em forma de "smile" e a inscrição "este produto consome menos energia".
Quase sempre, ter o selo significa constar da faixa A da etiqueta de eficiência energética elaborada pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial).
Afixada ao eletrodoméstico, a tabela indica seu rendimento e consumo. A classificação varia de A, para os aparelhos mais eficientes, a G, aqueles que têm pior desempenho (veja quadro).
Até 2012, outros três eletrodomésticos devem fazer parte da lista: ferro elétrico, micro-ondas e ventilador de mesa. No caso do micro-ondas, a Eletrobras estuda analisar o gasto de energia do aparelho em funcionamento e em modo stand by.
Diferencial
O distintivo é um diferencial para as marcas, o que impulsiona os fabricantes a procurar se adequar aos parâmetros do Procel.
De acordo com Salvador, no ano passado, 6 bilhões de kWh de energia foram economizados por conta da aplicação do selo, que também evitou a emissão de gases poluentes, correspondentes aos que são desprendidos por 108 mil veículos/ano.
"Os selos de eficiência energética fazem parte dos critérios da Electrolux para o desenvolvimento de produto, que se inicia na pesquisa com o consumidor e vai até os processos de engenharia ao adaptar tecnologias para alcançar os índices de eficiência", afirma Rafael Bonjorno, gerente de marketing.
A multinacional, que possui selo Procel em refrigeradores e lavadoras, desenvolve os programas Green Spirit-Conceito de Desenvolvimento Sustentável, no processo produtivo, e Green Range, cujo objetivo é criar produtos "que proporcionem alta eficiência energética e economia de água", diz Bonjorno.
Para que uma máquina de lavar roupa automática receba o selo, além de ter consumo de energia na faixa A da tabela do Inmetro, seu gasto de água deve ser menor ou igual a 15,10 litros/ciclo/kg.
Se o produto for um condicionador de ar de janela com capacidade de refrigeração nominal de 12.000 BTU/h, seu consumo de energia anual não pode superar os 806,592 kWh/ano.
No caso de TVs de plasma, o máximo de gasto permitido em stand by é 1 watt.
"A Samsung desenvolve todas as suas TVs em laboratório. Trabalhamos em conjunto com o nosso departamento de pesquisa e desenvolvimento na Coreia do Sul, com metas de consumo estabelecidas pelo Procel", diz Rafael Cintra, gerente sênior da área de televisores da empresa, contemplada com o selo em sua linha de TVs.
Segundo o executivo, outra iniciativa importante para a redução do gasto de energia é a ampliação do portfólio de TVs de LED, que consomem em média 50% menos que os aparelhos de LCD e plasma. "Neste ano, estamos lançando 25 modelos de LED, contra 7 de LCD."
Esta notícia não é de autoria do Procel Info, sendo assim, os créditos e responsabilidades sobre o seu conteúdo são do veículo original, exceto no caso de notícias que tenham a necessidade de transcrição ou tradução, visto que se trata de uma versão resumida pelo Procel Info.
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Merkel defende abandono da energia nuclear e pede apoio à nova política energética
Fonte: Correio do Brasil - 09.06.2011
Alemanha - Três meses após a catástrofe nuclear de Fukushima, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, pediu apoio à mudança de rumo na política nuclear adotada pelo seu governo. Na segunda-feira, 6 de junho, o governo de Merkel aprovara o fechamento das 17 centrais nucleares alemãs até 2022.
Em declaração de governo diante do Bundestag, a câmara baixa do Parlamento alemão, na quinta-feira, 9 de junho, Merkel defendeu a mudança de rumo “com toda a força e com toda a convicção”, apelando aos estados, prefeituras e a todos os cidadãos alemães para que “neste projeto de futuro, possamos juntos aliar a responsabilidade ética ao sucesso econômico”.
A presidente da União Cristã Democrática (CDU) admitiu que, após Fukushima, sua posição diante da energia nuclear mudou completamente. “Da mesma forma que eu me engajei no final do ano passado, no contexto do conceito energético, pela extensão da vida útil [das usinas nucleares], percebo agora de forma inequívoca: Fukushima mudou minha posição”, admitiu Merkel.
Apoio e críticas
Êxito pertence ao movimento antinuclear. Apesar das críticas, a oposição no Bundestag acenou com apoio à mudança de curso do governo em Berlim. Jürgen Trittin, líder da bancada do Partido Verde, anunciou que iria apoiar o governo nos seus planos de desistência da energia nuclear, mas afirmou que “mudança de política energética é outra coisa”. Ele acusou Merkel de, ao mesmo tempo, frear e acelerar o processo.
Em especial, Trittin acusou o governo de barrar o desenvolvimento das energias renováveis. O objetivo de 35% de energias renováveis na matriz energética alemã até 2020 é insuficiente, disse o político verde.
Além disso, Trittin criticou como precárias as propostas governamentais de um depósito definitivo para os detritos nucleares e de elevação dos padrões de segurança e da eficiência energética.
Para o político verde, a desistência da energia nuclear é sobretudo um êxito do movimento antinuclear: “Vinte e cinco anos após Tchernobil, a CDU também aprendeu com Fukushima. É tarde, mas é certo”. Ao resgatar o prazo para o abandono da energia nuclear estipulado pelo antigo governo dos verdes e social-democratas, Merkel pôs fim aos seus dez anos de luta contra a mudança energética, disse Trittin.
Zombarias e malícias
Frank-Walter Steinmeier, líder da bancada do Partido Social Democrata (SPD), também elogiou a nova posição da premiê. No entanto, em alusão à decisão de abandono da energia nuclear aprovada pelo governo verde e social-democrata em 2000 e revogada no ano passado por Merkel, Steinmeier acusou a chanceler federal alemã de “falta de sinceridade”.
Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Steinmeier acusou a premiê de ‘falta de sinceridade’. "Não é possível que justamente a senhora se posicione como a iniciadora da mudança energética na Alemanha. Isso é inacreditável”, disse Steinmeier, acrescendo que, no passado, o partido de Merkel zombou do SPD por causa do abandono da energia nuclear.
Desta vez, o partido de Steinmeier também não perdeu a chance e “parabenizou” Merkel pela desistência nuclear com uma série de anúncios irônicos em jornais – justamente no dia da declaração de governo de Merkel sobre a mudança da política energética.
Entre os anúncios publicados na quinta-feira, 9 de junho, entre outros no Frankfurter Rundschau e no Tagesspiegel, a bancada social-democrata defende o seu programa de mudança da política energética. “Nós conhecemos o caminho. E já há muito tempo”, afirmou o SPD.
Alemanha - Três meses após a catástrofe nuclear de Fukushima, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, pediu apoio à mudança de rumo na política nuclear adotada pelo seu governo. Na segunda-feira, 6 de junho, o governo de Merkel aprovara o fechamento das 17 centrais nucleares alemãs até 2022.
Em declaração de governo diante do Bundestag, a câmara baixa do Parlamento alemão, na quinta-feira, 9 de junho, Merkel defendeu a mudança de rumo “com toda a força e com toda a convicção”, apelando aos estados, prefeituras e a todos os cidadãos alemães para que “neste projeto de futuro, possamos juntos aliar a responsabilidade ética ao sucesso econômico”.
A presidente da União Cristã Democrática (CDU) admitiu que, após Fukushima, sua posição diante da energia nuclear mudou completamente. “Da mesma forma que eu me engajei no final do ano passado, no contexto do conceito energético, pela extensão da vida útil [das usinas nucleares], percebo agora de forma inequívoca: Fukushima mudou minha posição”, admitiu Merkel.
Apoio e críticas
Êxito pertence ao movimento antinuclear. Apesar das críticas, a oposição no Bundestag acenou com apoio à mudança de curso do governo em Berlim. Jürgen Trittin, líder da bancada do Partido Verde, anunciou que iria apoiar o governo nos seus planos de desistência da energia nuclear, mas afirmou que “mudança de política energética é outra coisa”. Ele acusou Merkel de, ao mesmo tempo, frear e acelerar o processo.
Em especial, Trittin acusou o governo de barrar o desenvolvimento das energias renováveis. O objetivo de 35% de energias renováveis na matriz energética alemã até 2020 é insuficiente, disse o político verde.
Além disso, Trittin criticou como precárias as propostas governamentais de um depósito definitivo para os detritos nucleares e de elevação dos padrões de segurança e da eficiência energética.
Para o político verde, a desistência da energia nuclear é sobretudo um êxito do movimento antinuclear: “Vinte e cinco anos após Tchernobil, a CDU também aprendeu com Fukushima. É tarde, mas é certo”. Ao resgatar o prazo para o abandono da energia nuclear estipulado pelo antigo governo dos verdes e social-democratas, Merkel pôs fim aos seus dez anos de luta contra a mudança energética, disse Trittin.
Zombarias e malícias
Frank-Walter Steinmeier, líder da bancada do Partido Social Democrata (SPD), também elogiou a nova posição da premiê. No entanto, em alusão à decisão de abandono da energia nuclear aprovada pelo governo verde e social-democrata em 2000 e revogada no ano passado por Merkel, Steinmeier acusou a chanceler federal alemã de “falta de sinceridade”.
Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Steinmeier acusou a premiê de ‘falta de sinceridade’. "Não é possível que justamente a senhora se posicione como a iniciadora da mudança energética na Alemanha. Isso é inacreditável”, disse Steinmeier, acrescendo que, no passado, o partido de Merkel zombou do SPD por causa do abandono da energia nuclear.
Desta vez, o partido de Steinmeier também não perdeu a chance e “parabenizou” Merkel pela desistência nuclear com uma série de anúncios irônicos em jornais – justamente no dia da declaração de governo de Merkel sobre a mudança da política energética.
Entre os anúncios publicados na quinta-feira, 9 de junho, entre outros no Frankfurter Rundschau e no Tagesspiegel, a bancada social-democrata defende o seu programa de mudança da política energética. “Nós conhecemos o caminho. E já há muito tempo”, afirmou o SPD.
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Ecogerma 2011 debate futuro sustentável das grandes cidades
Fonte: Procel Info - 10.09.2011
São Paulo - Entre os próximos dias 30 de junho e 1 de julho, acontece, em São Paulo, a Conferência Ecogerma 2011 - Sustentabilidade e Megacidades. O evento pretende promover uma troca de informações e experiências entre especialistas alemães e brasileiros e desenvolver alternativas ambientais para as grandes cidades brasileiras se tornarem mais eficientes e sustentáveis.
Dentre os temas discutidos estão planejamento urbano, gestão de recursos hídricos, conservação de energia, eficiência energética e estratégias para redução das emissões dos gases do efeito estufa. Além de palestras com profissionais como o chefe da Divisão de Projetos Setoriais de Eficiência Energética (DPEE) da Eletrobras/Procel, Fernando Perrone, o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), José Starosta, o evento conta ainda com sessões de debates sobre os assuntos em questão. Para saber mais sobre o evento, clique aqui.
São Paulo - Entre os próximos dias 30 de junho e 1 de julho, acontece, em São Paulo, a Conferência Ecogerma 2011 - Sustentabilidade e Megacidades. O evento pretende promover uma troca de informações e experiências entre especialistas alemães e brasileiros e desenvolver alternativas ambientais para as grandes cidades brasileiras se tornarem mais eficientes e sustentáveis.
Dentre os temas discutidos estão planejamento urbano, gestão de recursos hídricos, conservação de energia, eficiência energética e estratégias para redução das emissões dos gases do efeito estufa. Além de palestras com profissionais como o chefe da Divisão de Projetos Setoriais de Eficiência Energética (DPEE) da Eletrobras/Procel, Fernando Perrone, o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), José Starosta, o evento conta ainda com sessões de debates sobre os assuntos em questão. Para saber mais sobre o evento, clique aqui.
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Goiás deve receber iluminação por energia solar
Fonte: Portal Lumière - 09.06.2011
Goiás - O estado de Goiás deverá instalar os primeiros postes de iluminação pública do país com LEDs alimentados por energia solar. O projeto da empresa goiana Macena Tecnologia foi apresentado a Ailton Parente Araújo, subsecretário de produção de Energias Limpas da Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário (Seagro), na última quarta-feira, 8 de junho.
O sistema é constituído por uma placa solar conectada a baterias para iluminar as lâmpadas, e inclui também células fotovoltaicas que convertem os raios solares em energia e alimenta os LEDs. Segundo o empresário José Macena, no total, 90% da energia solar será convertida em iluminação. Ainda de acordo com ele, o sistema já está sendo testado na Paraíba, onde estão instalados 20 protótipos do modelo.
O subsecretário da Seagro disse que será analisada a viabilidade de susbstituir o sistema de iluminação das vias públicas do estado pelo modelo apresentado.
Goiás - O estado de Goiás deverá instalar os primeiros postes de iluminação pública do país com LEDs alimentados por energia solar. O projeto da empresa goiana Macena Tecnologia foi apresentado a Ailton Parente Araújo, subsecretário de produção de Energias Limpas da Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário (Seagro), na última quarta-feira, 8 de junho.
O sistema é constituído por uma placa solar conectada a baterias para iluminar as lâmpadas, e inclui também células fotovoltaicas que convertem os raios solares em energia e alimenta os LEDs. Segundo o empresário José Macena, no total, 90% da energia solar será convertida em iluminação. Ainda de acordo com ele, o sistema já está sendo testado na Paraíba, onde estão instalados 20 protótipos do modelo.
O subsecretário da Seagro disse que será analisada a viabilidade de susbstituir o sistema de iluminação das vias públicas do estado pelo modelo apresentado.
Aumento da temperatura média do planeta pode afetar não só clima, mas a biodiversidade de uma região
Fonte: Agência Brasil de 04.06.2011
Brasília – Pesquisas confirmam o aumento da temperatura média do Planeta. O aquecimento global é uma consequência das alterações climáticas ocorridas por causa do aumento da emissão dos gases de efeito estufa. O aumento da temperatura que já foi registrado em quase 1 grau Celsius (ºC), pode parecer insignificante, mas é suficiente para modificar todo clima de uma região e afetar profundamente a biodiversidade, provocando desastres ambientais.
O mundo acompanha, pelos meios de comunicação, as catástrofes provocadas por desastres naturais e as alterações que estão ocorrendo, rapidamente, no clima global. Nunca se viu mudanças tão rápidas e com efeitos devastadores como têm ocorrido nos últimos anos.
A comparação com o corpo humano pode dar uma idéia das consequências do aumento de temperatura para o clima global. Basta imaginar um aumento de 2 ºC na temperatura corporal de uma pessoa. Essa elevação provoca várias alterações no funcionamento do organismo. Os batimentos cardíacos ficam mais lentos e a transpiração aumenta. Se houver elevação de 5 ºC, a situação se torna grave, podendo até provocar convulsões. Ao se comparar o estado febril de uma pessoa com o aquecimento do planeta, acontece algo semelhante.
Segundo cientistas, se a temperatura do planeta aumenta em 2 ºC, as chuvas e secas já se alteram. Com uma elevação de 5 ºC, o clima da Terra entraria em colapso, afetando fortemente a agricultura e a pecuária. Em boa parte das zonas tropicais, o aumento da temperatura em níveis mais altos inundaria cidades litorâneas e provocaria a formação de furacões de maneira mais frequente, em quase todos os oceanos, inclusive no Atlântico Sul.
De acordo com a professora de geologia da Universidade Federal da Bahia Zelinda Leão, mais de 50% dos corais estão ameaçados com a elevação das águas do oceano. Zelinda diz que o que se tem observado no mundo é que as anomalias térmicas de 2 ºC, por mais de uma semana, têm provocado branqueamento dos corais. Esses branqueamentos sucessivos, principalmente, nos últimos 20, 30 anos têm causado mortalidade em massa de corais no mundo.
O glaciologista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Jefferson Cardía Simões diz que os fóruns climáticos confirmam que a temperatura média da atmosfera terrestre continua aumentando, causando descongelamento das geleiras. “O que se sabe, hoje, é que as geleiras pequenas, exatamente aquelas que respondem mais rapidamente às mudanças climáticas, tendem a se retrair ou mesmo, a desaparecer nas próximas décadas”, afirma.
O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, Carlos Nobre, atribui o aquecimento observado em 50 anos ao aumento da emissão dos gases de efeito estufa, que afetam a atmosfera. “Nos últimos 100 anos, a temperatura na superfície do planeta já subiu, em média, cerca de 0,8 ºC. É muito difícil frear essa elevação e demoraria muito tempo. É preciso diminuir o risco futuro”, alerta.
Para diminuir esse risco, Nobre diz que é preciso um esforço global. Em relação aos oceanos, o pesquisador afirma que a temperatura das águas já aumentou meio grau. Ele ressaltou que a elevação do nível dessas águas, em 2100, pode ficar entre 40 centímetros e 1 metro, gerando tempestades, agitação no oceano, provocando ressacas violentas e erosões costeiras.
O Ministério de Ciência e Tecnologia pretende lançar, ainda este ano, o Sistema Nacional de Alerta de Desastres Naturais. O projeto vai atuar inicialmente em municípios brasileiros que já tenham o mapeamento de risco de deslizamentos e inundações. Nobre revela que a meta é implementar o sistema em todo o país em quatro anos.
Brasília – Pesquisas confirmam o aumento da temperatura média do Planeta. O aquecimento global é uma consequência das alterações climáticas ocorridas por causa do aumento da emissão dos gases de efeito estufa. O aumento da temperatura que já foi registrado em quase 1 grau Celsius (ºC), pode parecer insignificante, mas é suficiente para modificar todo clima de uma região e afetar profundamente a biodiversidade, provocando desastres ambientais.
O mundo acompanha, pelos meios de comunicação, as catástrofes provocadas por desastres naturais e as alterações que estão ocorrendo, rapidamente, no clima global. Nunca se viu mudanças tão rápidas e com efeitos devastadores como têm ocorrido nos últimos anos.
A comparação com o corpo humano pode dar uma idéia das consequências do aumento de temperatura para o clima global. Basta imaginar um aumento de 2 ºC na temperatura corporal de uma pessoa. Essa elevação provoca várias alterações no funcionamento do organismo. Os batimentos cardíacos ficam mais lentos e a transpiração aumenta. Se houver elevação de 5 ºC, a situação se torna grave, podendo até provocar convulsões. Ao se comparar o estado febril de uma pessoa com o aquecimento do planeta, acontece algo semelhante.
Segundo cientistas, se a temperatura do planeta aumenta em 2 ºC, as chuvas e secas já se alteram. Com uma elevação de 5 ºC, o clima da Terra entraria em colapso, afetando fortemente a agricultura e a pecuária. Em boa parte das zonas tropicais, o aumento da temperatura em níveis mais altos inundaria cidades litorâneas e provocaria a formação de furacões de maneira mais frequente, em quase todos os oceanos, inclusive no Atlântico Sul.
De acordo com a professora de geologia da Universidade Federal da Bahia Zelinda Leão, mais de 50% dos corais estão ameaçados com a elevação das águas do oceano. Zelinda diz que o que se tem observado no mundo é que as anomalias térmicas de 2 ºC, por mais de uma semana, têm provocado branqueamento dos corais. Esses branqueamentos sucessivos, principalmente, nos últimos 20, 30 anos têm causado mortalidade em massa de corais no mundo.
O glaciologista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Jefferson Cardía Simões diz que os fóruns climáticos confirmam que a temperatura média da atmosfera terrestre continua aumentando, causando descongelamento das geleiras. “O que se sabe, hoje, é que as geleiras pequenas, exatamente aquelas que respondem mais rapidamente às mudanças climáticas, tendem a se retrair ou mesmo, a desaparecer nas próximas décadas”, afirma.
O secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, Carlos Nobre, atribui o aquecimento observado em 50 anos ao aumento da emissão dos gases de efeito estufa, que afetam a atmosfera. “Nos últimos 100 anos, a temperatura na superfície do planeta já subiu, em média, cerca de 0,8 ºC. É muito difícil frear essa elevação e demoraria muito tempo. É preciso diminuir o risco futuro”, alerta.
Para diminuir esse risco, Nobre diz que é preciso um esforço global. Em relação aos oceanos, o pesquisador afirma que a temperatura das águas já aumentou meio grau. Ele ressaltou que a elevação do nível dessas águas, em 2100, pode ficar entre 40 centímetros e 1 metro, gerando tempestades, agitação no oceano, provocando ressacas violentas e erosões costeiras.
O Ministério de Ciência e Tecnologia pretende lançar, ainda este ano, o Sistema Nacional de Alerta de Desastres Naturais. O projeto vai atuar inicialmente em municípios brasileiros que já tenham o mapeamento de risco de deslizamentos e inundações. Nobre revela que a meta é implementar o sistema em todo o país em quatro anos.
terça-feira, 7 de junho de 2011
Cogeração de energia gera economia anual de 1 milhão de euros
Fonte: Mundo Energía - 02.06.2011
Espanha - A indústria química espanhola fechou o ano de 2010 com um crescimento econômico de 6,2%. Isso porque um modelo econômico baseado na internacionalização e um plano para atrair investimentos produtivos, principalmente em uma nova estratégia energética, desempenharam um papel fundamental.
Responsável por 12,5% do consumo total de energia da indústria espanhola, a indústria química produziu mediante a cogeração de energia, 42% da eletricidade demandada pelos seus processos industriais. Uma análise dos consumos de energia do setor mostra que o gás natural é o combustível mais utilizado, com 82% do consumo total. A cogeração torna o setor mais eficiente e sustentável e possibilita uma maior competitividade industrial.
A cogeração energética é o segredo para alcançar os objetivos nacionais de eficiência energética e redução das emissões de CO2. Poupa do país 1,5 milhão de toneladas equivalentes de petróleo, reduz em 3,2% as emissões de gases do efeito estufa e gera economias significativas nos custos da rede: mais de 1 milhão de euros anuais no sistema elétrico espanhol. Nos últimos anos, a Europa aumentou a sua cogeração em uma taxa muito maior do que a espanhola, uma situação que o plano nacional de energia decidiu inverter apostando em um maior desenvolvimento do sistema e um incentivo maior às políticas de eficiência energética.
Espanha - A indústria química espanhola fechou o ano de 2010 com um crescimento econômico de 6,2%. Isso porque um modelo econômico baseado na internacionalização e um plano para atrair investimentos produtivos, principalmente em uma nova estratégia energética, desempenharam um papel fundamental.
Responsável por 12,5% do consumo total de energia da indústria espanhola, a indústria química produziu mediante a cogeração de energia, 42% da eletricidade demandada pelos seus processos industriais. Uma análise dos consumos de energia do setor mostra que o gás natural é o combustível mais utilizado, com 82% do consumo total. A cogeração torna o setor mais eficiente e sustentável e possibilita uma maior competitividade industrial.
A cogeração energética é o segredo para alcançar os objetivos nacionais de eficiência energética e redução das emissões de CO2. Poupa do país 1,5 milhão de toneladas equivalentes de petróleo, reduz em 3,2% as emissões de gases do efeito estufa e gera economias significativas nos custos da rede: mais de 1 milhão de euros anuais no sistema elétrico espanhol. Nos últimos anos, a Europa aumentou a sua cogeração em uma taxa muito maior do que a espanhola, uma situação que o plano nacional de energia decidiu inverter apostando em um maior desenvolvimento do sistema e um incentivo maior às políticas de eficiência energética.
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Alunos ensinam famílias a economizar energia na região Sul da Ilha
Fonte: Portal da Ilha - 01.06.2011
Santa Catarina - A Escola Básica Municipal João Gonçalves Pinheiro, no Rio Tavares, ligada à Secretaria de Educação da capital, implantou o projeto "Guardiões da Energia". O objetivo é conscientizar os estudantes da importância de um planeta sustentável através da economia de energia elétrica. A iniciativa partiu da professora de Ciências, Elaine Cristina Pamplona Seiffert, que monitora as contas de luz das famílias dos alunos e ajuda a poupar a energia da escola. A professora debate maneiras de economizar energia com pequenos gestos, como apagar as luzes e aparelhos elétricos quando não estiverem sendo utilizados e diminuir o tempo de banho.
O projeto será condecorado pelo Legislativo Municipal, no dia 6 de junho, com o Prêmio Câmara Municipal de Educação Ambiental, concedido às escolas que tenham desenvolvido trabalhos educativos de destaque relativos à proteção, recuperação e preservação do meio ambiente.
Elaine Seiffert conta que a ideia surgiu após ela participar de um curso do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), em 2007, oferecido pela Eletrosul, que debatia o uso racional da energia. A professora observa que“os resultados são visíveis não só na diminuição de consumo de energia, mas também no comportamento dos 'guardiões' (alunos) em relação ao desperdício, responsabilidade e envolvimento com as atividades do cotidiano escolar”.
“Precisamos pensar no planeta para que ele não acabe. É bom agirmos logo, pois os próximos em extinção serão os maiores predadores da terra, os mais poderosos, nós os seres humanos!”, comenta a aluna Fernanda Gialorenço que cursa a 6ª série.
Em 2008, o projeto foi realizado em três turmas, que juntas economizaram em casa 573,2 kW/h. No ano seguinte, quatro turmas pouparam 1081 kW/h, e em 2010 os resultados superaram todas as expectativas: conjuntamente, oito turmas economizaram nos seus lares quase R$ 3 mil, equivalente a 5774 kW/h.
Santa Catarina - A Escola Básica Municipal João Gonçalves Pinheiro, no Rio Tavares, ligada à Secretaria de Educação da capital, implantou o projeto "Guardiões da Energia". O objetivo é conscientizar os estudantes da importância de um planeta sustentável através da economia de energia elétrica. A iniciativa partiu da professora de Ciências, Elaine Cristina Pamplona Seiffert, que monitora as contas de luz das famílias dos alunos e ajuda a poupar a energia da escola. A professora debate maneiras de economizar energia com pequenos gestos, como apagar as luzes e aparelhos elétricos quando não estiverem sendo utilizados e diminuir o tempo de banho.
O projeto será condecorado pelo Legislativo Municipal, no dia 6 de junho, com o Prêmio Câmara Municipal de Educação Ambiental, concedido às escolas que tenham desenvolvido trabalhos educativos de destaque relativos à proteção, recuperação e preservação do meio ambiente.
Elaine Seiffert conta que a ideia surgiu após ela participar de um curso do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), em 2007, oferecido pela Eletrosul, que debatia o uso racional da energia. A professora observa que“os resultados são visíveis não só na diminuição de consumo de energia, mas também no comportamento dos 'guardiões' (alunos) em relação ao desperdício, responsabilidade e envolvimento com as atividades do cotidiano escolar”.
“Precisamos pensar no planeta para que ele não acabe. É bom agirmos logo, pois os próximos em extinção serão os maiores predadores da terra, os mais poderosos, nós os seres humanos!”, comenta a aluna Fernanda Gialorenço que cursa a 6ª série.
Em 2008, o projeto foi realizado em três turmas, que juntas economizaram em casa 573,2 kW/h. No ano seguinte, quatro turmas pouparam 1081 kW/h, e em 2010 os resultados superaram todas as expectativas: conjuntamente, oito turmas economizaram nos seus lares quase R$ 3 mil, equivalente a 5774 kW/h.
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Usina Solar MPX Tauá tem lançamento adiado
Fonte: O POVO Online
A inauguração da usina solar MPX, no município de Tauá, que tinha lançamento previsto para o dia 3 de junho, foi adiada devido à disponibilidade de agenda das autoridades convidadas. A usina já está conectada ao sistema elétrico brasileiro e operando em fases de teste. A assessoria informou que a nova data de inauguração será confirmada nos próximos dias.
A MPX Tauá fica na região dos Inhamuns, a 360 km de Fortaleza, e é a primeira usina de energia solar do Ceará, com porte de maior da América Latina. Em total funcionamento, os painéis vão fornecer 1 MW e abastecer 1.500 residências, mas com possibilidades de expansão.
A cidade foi escolhida para sediar a usina devido à proximidade da Linha do Equador que faz com que a o município tenha os melhores índices solares do Nordeste. A energia solar possui baixo impacto ambiental e é viável em quase todo o território brasileiro.
A inauguração da usina solar MPX, no município de Tauá, que tinha lançamento previsto para o dia 3 de junho, foi adiada devido à disponibilidade de agenda das autoridades convidadas. A usina já está conectada ao sistema elétrico brasileiro e operando em fases de teste. A assessoria informou que a nova data de inauguração será confirmada nos próximos dias.
A MPX Tauá fica na região dos Inhamuns, a 360 km de Fortaleza, e é a primeira usina de energia solar do Ceará, com porte de maior da América Latina. Em total funcionamento, os painéis vão fornecer 1 MW e abastecer 1.500 residências, mas com possibilidades de expansão.
A cidade foi escolhida para sediar a usina devido à proximidade da Linha do Equador que faz com que a o município tenha os melhores índices solares do Nordeste. A energia solar possui baixo impacto ambiental e é viável em quase todo o território brasileiro.
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Um caminho para a energia solar PV no Brasil
Fonte: Revista Fator
Doação do BID proporcionará eletricidade para 1.500 famílias e indicará um caminho para estimular os investimentos em energia solar na América Latina e no Caribe.
Com o aumento da demanda por energia na América Latina e no Caribe na última década e a pressão crescente por atenção às questões relacionadas à mudança climática, os países da região estão se voltando cada vez mais para a energia solar e outras energias renováveis.
No entanto, os altos custos iniciais e considerações financeiras dificultam esses investimentos para as empresas. O apoio financeiro de governos nacionais ou organizações multilaterais pode ajudar a superar essas barreiras e impulsionar o avanço na tecnologia solar. Um projeto de energia solar no ensolarado nordeste do Brasil, apoiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, está mostrando um caminho para estimular os investimentos do setor privado em energia solar.
O projeto solar localizado no município de Tauá, no estado do Ceará, será o primeiro projeto de geração de energia de grande escala a conectar um sistema fotovoltaico (FV) ao sistema nacional interconectado do Brasil. Em seu estágio piloto, Tauá gerará 1 MW de corrente direta, e representa o maior projeto de FV incorporado a uma rede na América do Sul.
Tauá produzirá energia suficiente para suprir, inicialmente, cerca de 1.500 residências. A capacidade da usina de geração de energia solar deve se expandir para 5 MW, e pode vir a alcançar um máximo de até 50 MW. O projeto piloto criará 47 empregos na fase de construção e 14 no estágio operacional, além de proporcionar capacitação profissional especializada.
A energia produzida pela radiação solar contribui para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e mitigar os efeitos da mudança climática. No entanto, o custo por MWh de eletricidade gerada por usinas de energia solar FV é maior que o custo da eletricidade gerada por fontes de energia convencionais. Para reduzir os custos de investimento, o BID aprovou duas doações em um total de US$ 700.000.
As doações abriram o caminho para que a MPX Energia S.A., uma empresa energética brasileira e a agência executora, assumisse esse projeto ambicioso. Ela financia a aquisição dos painéis solares, que são os elementos centrais e mais caros de uma usina fotovoltaica, e o trabalho de engenharia necessário.
“O apoio do BID foi fundamental para podermos participar dessa iniciativa. Tauá servirá como um exemplo importante de como concessionárias de serviços públicos podem ampliar a escala da geração de energia solar na América Latina e no Caribe”, disse Mário Sérgio Gomes, diretor financeiro da MPX Tauá Energia Solar.
A doação para Tauá também apoiará a preparação e divulgação de um estudo sobre tecnologia solar FV e incentivará mecanismos para geração de energia solar por intermédio de prestadoras de serviços públicos. O estudo procura oferecer um modelo replicável que possa ser aplicado na América Latina e no Caribe e ajude a promover a geração de energia solar FV em grande escala. Será analisado como governos locais podem ajudar a atrair e manter investimentos do setor privado em energia solar com sucesso. O estudo também identificará os benefícios econômicos que poderiam resultar de um desenvolvimento do mercado de energia solar.
As lições aprendidas com esse projeto fornecerão contribuições importantes para governos locais, como o do estado do Ceará, que está atualmente procurando desenvolver incentivos que ampliem os investimentos em energia solar. Tauá demonstra como um mecanismo de doações combinado com assistência técnica pode baixar os custos iniciais e ajudar a atrair novos investimentos para projetos ambientalmente sustentáveis.
Doação do BID proporcionará eletricidade para 1.500 famílias e indicará um caminho para estimular os investimentos em energia solar na América Latina e no Caribe.
Com o aumento da demanda por energia na América Latina e no Caribe na última década e a pressão crescente por atenção às questões relacionadas à mudança climática, os países da região estão se voltando cada vez mais para a energia solar e outras energias renováveis.
No entanto, os altos custos iniciais e considerações financeiras dificultam esses investimentos para as empresas. O apoio financeiro de governos nacionais ou organizações multilaterais pode ajudar a superar essas barreiras e impulsionar o avanço na tecnologia solar. Um projeto de energia solar no ensolarado nordeste do Brasil, apoiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento, está mostrando um caminho para estimular os investimentos do setor privado em energia solar.
O projeto solar localizado no município de Tauá, no estado do Ceará, será o primeiro projeto de geração de energia de grande escala a conectar um sistema fotovoltaico (FV) ao sistema nacional interconectado do Brasil. Em seu estágio piloto, Tauá gerará 1 MW de corrente direta, e representa o maior projeto de FV incorporado a uma rede na América do Sul.
Tauá produzirá energia suficiente para suprir, inicialmente, cerca de 1.500 residências. A capacidade da usina de geração de energia solar deve se expandir para 5 MW, e pode vir a alcançar um máximo de até 50 MW. O projeto piloto criará 47 empregos na fase de construção e 14 no estágio operacional, além de proporcionar capacitação profissional especializada.
A energia produzida pela radiação solar contribui para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e mitigar os efeitos da mudança climática. No entanto, o custo por MWh de eletricidade gerada por usinas de energia solar FV é maior que o custo da eletricidade gerada por fontes de energia convencionais. Para reduzir os custos de investimento, o BID aprovou duas doações em um total de US$ 700.000.
As doações abriram o caminho para que a MPX Energia S.A., uma empresa energética brasileira e a agência executora, assumisse esse projeto ambicioso. Ela financia a aquisição dos painéis solares, que são os elementos centrais e mais caros de uma usina fotovoltaica, e o trabalho de engenharia necessário.
“O apoio do BID foi fundamental para podermos participar dessa iniciativa. Tauá servirá como um exemplo importante de como concessionárias de serviços públicos podem ampliar a escala da geração de energia solar na América Latina e no Caribe”, disse Mário Sérgio Gomes, diretor financeiro da MPX Tauá Energia Solar.
A doação para Tauá também apoiará a preparação e divulgação de um estudo sobre tecnologia solar FV e incentivará mecanismos para geração de energia solar por intermédio de prestadoras de serviços públicos. O estudo procura oferecer um modelo replicável que possa ser aplicado na América Latina e no Caribe e ajude a promover a geração de energia solar FV em grande escala. Será analisado como governos locais podem ajudar a atrair e manter investimentos do setor privado em energia solar com sucesso. O estudo também identificará os benefícios econômicos que poderiam resultar de um desenvolvimento do mercado de energia solar.
As lições aprendidas com esse projeto fornecerão contribuições importantes para governos locais, como o do estado do Ceará, que está atualmente procurando desenvolver incentivos que ampliem os investimentos em energia solar. Tauá demonstra como um mecanismo de doações combinado com assistência técnica pode baixar os custos iniciais e ajudar a atrair novos investimentos para projetos ambientalmente sustentáveis.
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Energia Eólica ganha impulso e reforça matriz renovável brasileira
Fonte: Portal do MCT de 31.05.2011
O Brasil aposta no potencial dos seus ventos para ampliar o leque de opções e garantir a sustentabilidade no fornecimento de energia e o investimento em energia eólica ganhou força nos últimos dois anos.
Atualmente, a energia eólica no Brasil possui aproximadamente 1,1 GW (gigawatt) de potência instalada, o equivalente a quase uma usina nuclear brasileira (Angra 1 tem 0,65 GW e Angra 2 tem potência de 1,35 GW). O coordenador de Tecnologia e Inovação em Energia do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Eduardo Soriano, lembra que a primeira turbina eólica para geração de energia elétrica conectada à rede foi instalada na Dinamarca em 1976.
“Hoje existem mais de 30 mil turbinas eólicas no mundo. Elas também começaram a crescer em tamanho. Antes elas cabiam numa sala; hoje os postes que seguram as turbinas podem ter até 120 metros de altura”, observa.
Preço da energia eólica
Apesar do crescimento recente, utilizar o potencial dos ventos ainda é novidade no Brasil. O primeiro leilão de comercialização de energia, voltado exclusivamente para fonte eólica, foi realizado em 2009. O resultado foi a contratação de 1,8 Gigawatt (GW), distribuídos em 71 empreendimentos de geração eólica em cinco estados das regiões Nordeste e Sul.
Já no leilão de 2010, foram contratadas mais 70 usinas eólicas, com potência total de 2 GW, também distribuídos em vários estados.
Um dos motivos que estão estimulam o investimento em energia eólica no Brasil é o preço competitivo no mercado em relação às outras energias. Segundo Eduardo Soriano, as primeiras instalações tinham preços cerca de duas a três vezes maiores na comparação com o custo atual.
“Nos últimos anos, houve leilões específicos para energia eólica. Os primeiros preços beiravam R$ 300,00/megawatts hora. No leilão de 2009 foi em torno R$ 148,00 e no leilão 2010 foi de R$ 130,00. Então se pode ver que houve uma redução de preços da energia eólica no Brasil e ela está entrando de uma forma muito competitiva”, informa o especialista.
Outro ponto favorável à energia eólica é a necessidade de compor matrizes energéticas mais limpas, renováveis e menos poluentes. O Brasil já é um dos países que têm mais energias renováveis na sua matriz energética: em torno de 45% da energia produzida no Brasil vem de fonte renovável, sendo 90% na geração de energia elétrica.
A energia eólica contribui para a manutenção dos altos índices de energias renováveis da matriz energética brasileira, mas na avaliação de Soriano, ela não pode ser encarada com uma solução definitiva e o Brasil não pode desprezar outras opções. Ele alerta que é fundamental para um país não depender de uma só fonte de energia.
“[É necessário] diversificar as fontes. Vamos supor que o vento pare. Não vai ter energia?”, indaga. “Então é preciso ter uma diversificação, um pouco de energia eólica, hidráulica, termonuclear, termelétrica, carvão e óleo. É preciso ter as várias fontes funcionando em conjunto para que se possa ter uma segurança energética”, sustenta.
Por conta da instabilidade dos ventos, a energia eólica compõe o sistema brasileiro de distribuição de energia e não chega a atender uma cidade específica. É conectada às várias linhas de distribuição de energia espalhadas pelas diversas regiões brasileiras.
Além da região Nordeste, os ventos do Sul do país e também do Rio de Janeiro concentram os ventos com potencial para a geração de energia, especialmente, na faixa do litoral. Ao contrário de locais como a Dinamarca, que possui usinas eólicas no mar, no Brasil elas estão instaladas em terra.
Investimento e pesquisa
O investimento governamental também incentiva o crescimento do setor. As primeiras instalações surgiram a partir de um programa do Ministério de Minas e Energia, o Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica), que subsidiou a energia eólica no Brasil, além de outras alternativas como a geração a partir da bioenergia e a energia hidráulica de pequeno porte.
Desde 2002, o MCT investe recursos em pesquisa, principalmente na produção de peças, parques e sistemas para geradores eólicos, tais como: conversores, elementos mecânicos de torres, sistemas de controle, aerogeradores de pequeno porte, pás etc.
Em 2009 e 2010, o ministério implementou editais de subvenção econômica com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), direcionado para empresas, nos quais foram aprovados 14 projetos envolvendo recursos da ordem de R$ 25 milhões (incluindo as contrapartidas empresariais).
Tais investimentos, aliados aos incentivos governamentais para a implantação da energia eólica na matriz energética, têm alavancado no Brasil o mercado de peças e partes, o que está contribuindo com o aumento dos índices de nacionalização dos aerogeradores que estão sendo produzidos no país por diversas empresas. Alguns itens como pás, estão sendo exportados para diversos países do mundo.
Profissionais na área de energia
Agora o grande desafio a ser superado é a falta de mão-de-obra especializada e de laboratórios capacitados. Para isso, o MCT deve lançar, ainda neste ano, um edital, no valor em torno de R$ 15 milhões, para formar recursos humanos de alto nível (pós-graduação, mestrado e doutorado) e criar laboratórios nos diversos estados, com prioridade para os locais com projetos em energia eólica.
A carência de profissionais na área de energia é uma situação preocupante na avaliação de Eduardo Soriano. De acordo com ele, está faltando engenheiros e técnicos no mundo inteiro na área de projetos, de implantação e de operação de energia eólica. O que representa uma deficiência que precisa ser suprida para dar suporte a esse crescimento da energia eólica.
“Para ser competitivo, não basta ter só ventos, equipamentos e uma política de implantação de energia eólica. Precisamos ter também recursos humanos e laboratórios pra dar suporte a esse crescimento da energia eólica no Brasil”, reforça Soriano.
O Brasil aposta no potencial dos seus ventos para ampliar o leque de opções e garantir a sustentabilidade no fornecimento de energia e o investimento em energia eólica ganhou força nos últimos dois anos.
Atualmente, a energia eólica no Brasil possui aproximadamente 1,1 GW (gigawatt) de potência instalada, o equivalente a quase uma usina nuclear brasileira (Angra 1 tem 0,65 GW e Angra 2 tem potência de 1,35 GW). O coordenador de Tecnologia e Inovação em Energia do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Eduardo Soriano, lembra que a primeira turbina eólica para geração de energia elétrica conectada à rede foi instalada na Dinamarca em 1976.
“Hoje existem mais de 30 mil turbinas eólicas no mundo. Elas também começaram a crescer em tamanho. Antes elas cabiam numa sala; hoje os postes que seguram as turbinas podem ter até 120 metros de altura”, observa.
Preço da energia eólica
Apesar do crescimento recente, utilizar o potencial dos ventos ainda é novidade no Brasil. O primeiro leilão de comercialização de energia, voltado exclusivamente para fonte eólica, foi realizado em 2009. O resultado foi a contratação de 1,8 Gigawatt (GW), distribuídos em 71 empreendimentos de geração eólica em cinco estados das regiões Nordeste e Sul.
Já no leilão de 2010, foram contratadas mais 70 usinas eólicas, com potência total de 2 GW, também distribuídos em vários estados.
Um dos motivos que estão estimulam o investimento em energia eólica no Brasil é o preço competitivo no mercado em relação às outras energias. Segundo Eduardo Soriano, as primeiras instalações tinham preços cerca de duas a três vezes maiores na comparação com o custo atual.
“Nos últimos anos, houve leilões específicos para energia eólica. Os primeiros preços beiravam R$ 300,00/megawatts hora. No leilão de 2009 foi em torno R$ 148,00 e no leilão 2010 foi de R$ 130,00. Então se pode ver que houve uma redução de preços da energia eólica no Brasil e ela está entrando de uma forma muito competitiva”, informa o especialista.
Outro ponto favorável à energia eólica é a necessidade de compor matrizes energéticas mais limpas, renováveis e menos poluentes. O Brasil já é um dos países que têm mais energias renováveis na sua matriz energética: em torno de 45% da energia produzida no Brasil vem de fonte renovável, sendo 90% na geração de energia elétrica.
A energia eólica contribui para a manutenção dos altos índices de energias renováveis da matriz energética brasileira, mas na avaliação de Soriano, ela não pode ser encarada com uma solução definitiva e o Brasil não pode desprezar outras opções. Ele alerta que é fundamental para um país não depender de uma só fonte de energia.
“[É necessário] diversificar as fontes. Vamos supor que o vento pare. Não vai ter energia?”, indaga. “Então é preciso ter uma diversificação, um pouco de energia eólica, hidráulica, termonuclear, termelétrica, carvão e óleo. É preciso ter as várias fontes funcionando em conjunto para que se possa ter uma segurança energética”, sustenta.
Por conta da instabilidade dos ventos, a energia eólica compõe o sistema brasileiro de distribuição de energia e não chega a atender uma cidade específica. É conectada às várias linhas de distribuição de energia espalhadas pelas diversas regiões brasileiras.
Além da região Nordeste, os ventos do Sul do país e também do Rio de Janeiro concentram os ventos com potencial para a geração de energia, especialmente, na faixa do litoral. Ao contrário de locais como a Dinamarca, que possui usinas eólicas no mar, no Brasil elas estão instaladas em terra.
Investimento e pesquisa
O investimento governamental também incentiva o crescimento do setor. As primeiras instalações surgiram a partir de um programa do Ministério de Minas e Energia, o Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica), que subsidiou a energia eólica no Brasil, além de outras alternativas como a geração a partir da bioenergia e a energia hidráulica de pequeno porte.
Desde 2002, o MCT investe recursos em pesquisa, principalmente na produção de peças, parques e sistemas para geradores eólicos, tais como: conversores, elementos mecânicos de torres, sistemas de controle, aerogeradores de pequeno porte, pás etc.
Em 2009 e 2010, o ministério implementou editais de subvenção econômica com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), direcionado para empresas, nos quais foram aprovados 14 projetos envolvendo recursos da ordem de R$ 25 milhões (incluindo as contrapartidas empresariais).
Tais investimentos, aliados aos incentivos governamentais para a implantação da energia eólica na matriz energética, têm alavancado no Brasil o mercado de peças e partes, o que está contribuindo com o aumento dos índices de nacionalização dos aerogeradores que estão sendo produzidos no país por diversas empresas. Alguns itens como pás, estão sendo exportados para diversos países do mundo.
Profissionais na área de energia
Agora o grande desafio a ser superado é a falta de mão-de-obra especializada e de laboratórios capacitados. Para isso, o MCT deve lançar, ainda neste ano, um edital, no valor em torno de R$ 15 milhões, para formar recursos humanos de alto nível (pós-graduação, mestrado e doutorado) e criar laboratórios nos diversos estados, com prioridade para os locais com projetos em energia eólica.
A carência de profissionais na área de energia é uma situação preocupante na avaliação de Eduardo Soriano. De acordo com ele, está faltando engenheiros e técnicos no mundo inteiro na área de projetos, de implantação e de operação de energia eólica. O que representa uma deficiência que precisa ser suprida para dar suporte a esse crescimento da energia eólica.
“Para ser competitivo, não basta ter só ventos, equipamentos e uma política de implantação de energia eólica. Precisamos ter também recursos humanos e laboratórios pra dar suporte a esse crescimento da energia eólica no Brasil”, reforça Soriano.
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