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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Fábrica de lâmpadas Led no Brasil




Fonte: Brasil Econômico - 10.08.2010

Brasil - A GE Iluminação decidiu construir uma fábrica de lâmpadas Led (Diodo Emissor de Luz) no Brasil. A informação foi dada ontem pelo presidente da companhia para América Latina, Lionel Ramirez, que veio ao país apresentar o portfólio Led da GE para compradores e autoridades públicas. O valor do investimento não foi relevado. Ramirez relata que o momento é de análise do local da fábrica e dos incentivos públicos oferecidos. Os detalhes serão divulgados nos próximos meses. O início da construção da fábrica deverá ocorrer num prazo inferior a um ano. Hoje a multinacional de origem americana produz lâmpadas Led nos Estados Unidos e México. "Certo é que tomamos a decisão estratégica de produzir no Brasil, que tem um mercado interno potencialmente importante. O país ainda será nossa plataforma de exportação para o Cone Sul" , afirma o executivo.


A decisão da GE recoloca o Brasil no mapa-múndi de produção de lâmpadas. Nos últimos dois anos a própria GE, a Phillips e a Sylvania fecharam suas fábricas de lâmpadas incandescentes no país. Só sobrou a Osram. Desde o apagão energético, ocorrido no final dos anos 1990, as tradicionais lâmpadas incandescentes perdem mercado devido ao seu alto consumo de energia. A Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux) não conta com estudos mercadológicos, mas confirma que o consumidor brasileiro migra rapidamente para as lâmpadas fluorescentes, que não contam com produção local, sendo majoritariamente importadas da China. As lâmpadas fluorescentes, porém, utilizam mercúrio em sua composição, o que faz de seu descarte um problema ambiental.


Ramirez relata que na análise da GE, não faz sentido investir na produção de lâmpadas fluorescentes no Brasil. "A China tem tecnologia e tem escala. Além disso, as lâmpadas fluorescentes são o passado. Queremos investir no futuro", diz. Segundo o executivo, a indústria de iluminação atravessa globalmente uma fase de transição, como ocorreu com a indústria fotográfica há uma década. "Hoje ninguém mais fala em filmes fotográficos, apenas em tecnologia digital. Ocorrerá o mesmo com a iluminação", afirma. Ramirez avalia que em um prazo de cinco a 10 anos, mais de 50% do mercado mundial será atendido por lâmpadas Led.


Na GE, a expectativa é a nova tecnologia responder por 70% do portfólio de iluminação da empresa até 2012.

Preço alto
As lâmpadas Led são eficientes, mas apresentam um custo inicial alto, o que deve limitar sua aceitação mercadológica entre os consumidores residenciais. A lâmpada Energy Smart de 9 watts que a GE começa a comercializar no país no próximo ano substitui uma lâmpada incandescente de 40 watts. Segundo a empresa, proporciona a mesma quantidade de luz com uma economia de energia de 77% e uma vida útil de 25 mil horas, suficiente para durar 17 anos, considerado um gasto diário de quatro horas. Mas o preço ao consumidor previsto é de R$ 70. "Hoje o custo é alto, mas deve cair significativamente quando o uso da tecnologia ganhar escala", diz Ramirez.

Num primeiro momento, o foco da GE são os negócios de iluminação comercial e pública. "Nossas lâmpadas públicas duram 11 anos. Neste período, seriam usadas seis de sódio. Nesse segmento, somos competitivos", afirma Ramirez.

Led na iluminação pública é o primeiro alvo da GE
Os Diodos Emissores de Luz (Leds) são uma solução eletrônica de iluminação. Diodo é um semicondutor, material capaz de conduzir corrente elétrica. As lâmpadas incandescentes dependem de um filamento para conduzir a eletricidade, as fluorescentes de metais pesados, como o mercúrio, o que gera um passivo ambiental. Os Leds são produzidos para liberar um grande número de fótons, a unidade básica da luz. Como não geram calor, os materiais utilizados em sua estrutura apresentam envelhecimento mais lento. Além de maior durabilidade, esta característica permite que a lâmpada seja montada em bulbos plásticos que permitem o direcionamento da luz. Nas lâmpadas tradicionais, a iluminação é dispersa.

A tecnotogia led foi desenvolvida em 1962 pela GE. Mas seu uso inicial era restrito a aparelhos eletrônicos, como controles remotos ou os números iluminados dos relógios digitais e rádios. Há 10 anos, começou a ser aplicada em semáforos. Segundo a GE, mais de 20% dos 5 milhões de semáforos americanos a utilizam. Na sequência, o produto tornou-se uma alternativa ao neon em luminosos. O Led com luz branca foi desenvolvido em 2004, mas apenas em 2008 chegaram ao mercado as primeiras lâmpadas com alta potência de iluminação. Lionel Ramirez, presidente da GE Iluminação para a América Latina, relata que no momento o mercado de iluminação pública é o de maior potencial para a tecnologia. No Brasil, o produto está sendo apresentado a gestores municipais. "Só na cidade de São Paulo são 600 mil luminárias públicas. No país, milhões. Só este segmento de mercado já vale uma fábrica local", afirma

Telhados frios

Fonte: Energy Savers Blog - 09.08.2010
Estados Unidos - Muito se tem ouvido falar sobre as tecnologias de telhados frios, mas muito pouco se sabe de fato. Os telhados frios, também chamados de telhados brancos, possuem uma cobertura especial que reflete a luz solar e emite calor de forma mais eficiente do que telhados tradicionais, mantendo-os frescos no Verão.

As tecnologias de telhados frios podem ser rapidamente instaladas e com um custo relativamente baixo, o que está fazendo com que este setor tenha um rápido crescimento na indústria de construção. Um dos entusiastas do novo modelo de telhado é o secretário de energia norte-americano, Steven Chu, que recentemente informou sobre os planos para instalar telhados frios nos edifícios do Departamento de Energia dos Estados Unidos, ao construir novos telhados ou reformar os antigos.

Segundo o Energy Star, os americanos gastam cerca de 40 bilhões de dólares em ar condicionados em edifícios. Telhados tradicionais absorvem 90% ou mais da energia solar e quanto mais alta a temperatura do telhado, mais difícil é para o sistema de refrigeração manter o espaço interno frio. Em contraste a isso, telhados frios podem reduzir a temperatura na superfície dos telhados em mais de 37°C, e com isso, diminuir o uso do ar-condicionado em aproximadamente 15%. Isso ajuda a reduzir os custos com energia, melhora o conforto dos ocupantes do prédio, reduz os custos com manuntenção e aumenta a vida útil do telhado.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Energia solar abastece uma cidade inteira na China

Uma cidade onde 99% da população conta com aquecedores solares de água e energia solar para a geração de eletricidade. Assim é Rizhao, município com 2,8 milhões de habitantes situado na província de Shandong, na China - mais um exemplo possível de sustentabilidade urbana, conforme apuraram os pesquisadores da Plataforma de Cidades Sustentáveis.

Tudo começou em 1990, quando o governo municipal tornou obrigatória a instalação de aquecedores solares em todos os prédios de Rizhao, por meio de uma parceria com o Worldwatch Institute. O objetivo? Reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera e os custos com energia. A partir de então, nada menos do que 99% dos habitantes da cidade passaram a usar os aparelhos. Só para se ter ideia, o município possui mais de meio milhão de metros quadrados de paineis de aquecimento solar de água, o equivalente a cerca de 0,5 megawatts de aquecedores elétricos.

Em Rizhao, a maioria dos sinais de trânsito, de rua e as luzes do parque são alimentados por células solares, fator que reduz as emissões de carbono e a poluição local. As reduções anuais de CO2 em razão da utilização de aquecedores solares de água chegam a 53 mil toneladas. Financeiramente, cada habitante economiza 9.333 RMB Yuan por ano (US$ 1.807). Por sua magnitude, o projeto significou uma grande mudança cultural na cidade.

A aplicação de iniciativas como a de Rizhao são fundamentais, principalmente, em países como a China, nação que mais emite gases causadores de efeito estufa em todo o mundo, segundo dados do Instituto Industrial para Energias Renováveis (IWR, sigla em alemão). O país asiático é seguido pelos Estados Unidos e a Rússia (dados de 2008).

(EcoDesenvolvimento.org)

Tecnologia inovadora em energia solar

Com sede no Rio de Janeiro, a Nano Select é pioneira no desenvolvimento de um produto que permite aquecer a água com a luz do sol com maior retenção do calor.

 

Por Katia Simões

Por meio de nanotecnologia, a empresa desenvolveu superfícies seletivas para coletores de energia solar, com alta capacidade de absorção de calor
Elevar o aquecimento da água por meio da energia solar de 60º C para até 300º C com tempo maior de retenção do calor era o desafio dos físicos Luiz Carlos de Lima e Marta Bueno de Moraes quando eram alunos do curso de doutorado em engenharia metalúrgica e de materiais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). As pesquisas, iniciadas no Laboratório de Filmes Finos da universidade em 2004, deram origem, quatro anos depois, à Nano Select, primeira empresa no Brasil a desenvolver por meio de nanotecnologia superfícies seletivas para coletores de energia solar, com alta capacidade de absorção de calor.

“A nova tecnologia é capaz de absorver a radiação solar e reter até 98% do calor captado pela superfície, o que garante um índice de aquecimento da água cerca de 500% superior à média do mercado”, afirma Lima. “É comprovadamente mais eficiente que os revestimentos tradicionais comercializados atualmente no país”. Desenvolvidas a partir de filmes de alumínio recobertos com camadas finas de óxidos metálicos como zinco, cromo e sílica anti-reflexiva, as superfícies criadas pela Nano Select podem ser empregadas em coletores solares para a produção de energia térmica e, também, de energia elétrica por meio de conversão fototérmica para uso doméstico e na indústria.

A tecnologia garantiu à startup carioca, residente na incubadora de empresas da COPPE/UFRJ, o prêmio de Inovação Tecnológica concedido pela Finep e acesso aos recursos financeiros do fundo Prime, destinado à micro e pequenas empresas inovadoras. “Foi uma ajuda importante para colocarmos a tecnologia no mercado em escala industrial no primeiro semestre de 2011”, revela Lima. “Acabamos de sair da fase de laboratório para a criação do primeiro protótipo de teste, e já estamos negociando uma parceria com um fabricante de coletores solar de São Paulo”. O futuro, na visão do empreendedor, é promissor. “A nova tecnologia, além de baratear o custo do uso da energia solar, ainda permite a customização dos coletores solares de acordo com o perfil de cada empresa, sem a necessidade de adoção de grandes áreas de captação”.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Tecnologia dobra eficiência de energia solar

 

Terça-feira, 03 de agosto de 2010 às 12h50

 Engenheiros da Universidade de Stanford estão desenvolvendo uma nova tecnologia que permite duplicar a eficiência dos atuais sistemas de energia solar.
O método, chamado de emissão termiônica avançada, utiliza altas temperaturas. Essa era uma desvantagem da tecnologia fotovoltaica tradicional (tecnologia que converte radiação solar em eletricidade), que se mostrava menos eficiente com o aumento de temperaturas.
O procedimento estudado pelos engenheiros não apresenta problemas com o aumento de temperatura, utilizando inclusive o calor para aumentar a conversão de energia solar. De acordo com Nick Melosh, professor assistente do estudo, o processo de conversão térmica utiliza a luz e o calor ao mesmo tempo, podendo gerar mais energia.
Os engenheiros utilizaram uma camada de césio em um pedaço de material semicondutor. Dessa forma, o sistema aproveita o calor para aumentar a conversão de luz solar em energia.
O sistema funciona melhor quando atinge temperaturas superiores a 200ºC, podendo ser utilizado em concentradores solares, ao invés de pequenos painéis.
De acordo com Melosh, a nova tecnologia seria como um add-on para os sistemas de captação solar, tornando desnecessária a implantação de novos  aparelhos de conversão térmica para gerar mais energia.

O aumento da eficiência e redução dos custos da energia solar



Fonte: Jornal da Energia - 05.08.2010
Estados Unidos - O estigma de que a energia solar é cara e ineficiente vai perder força. Cientistas da Universidade Stanford, localizada na Califórnia (EUA), descobriram uma nova maneira de produzir energia elétrica a partir do Sol. O processo combina simultaneamente a luz e o calor da radiação solar para gerar eletricidade. O resultado é um sistema duas vezes mais eficiente quando comparado às células solares existentes. Denominado de Emissão Termiônica de Fóton Aprimorada (PETE, na sigla em inglês, que significa Photon Enhanced Thermionic Emission), a tecnologia pode reduzir os custos da energia solar ao ponto de torná-la competitiva com o petróleo.

“Este conceito marca uma ruptura, é um novo processo de conversão de energia. Não é somente um novo material ou um ajuste diferente”, diz Nick Melosh, professor assistente de engenharia e ciências de materiais de Stanford, que liderou o grupo de pesquisa.

Diferentemente da tecnologia fotovoltaica, que se torna menos eficiente com o aumento da temperatura, o novo processo se sobressai em altas temperaturas. Enquanto a maioria das células solares entra em estado de inércia quando a temperatura atinge 100 ºC, o PETE não atinge o pico de eficiência até que a temperatura ultrapasse os 200 ºC.

A maioria das células fotovoltaicas usam o silício como o material semicondutor para converter a energia dos fótons de luz em eletricidade. Contudo, as células apenas utilizam a luz solar e desperdiçam o calor. Este calor proveniente da luz solar não utilizada e a ineficiência das células correspondem por mais de 50% das perdas da energia solar inicialmente captada pela célula.

Se essa energia desperdiçada pudesse ser capturada, as células solares poderiam ser mais eficientes. O problema é que os sistemas de conversão de calor em eletricidade necessitam de altas temperaturas e a eficiência das células solares cai rapidamente em altas temperaturas.

O grupo de Melosh descobriu que cobrindo um pedaço de material semicondutor com uma fina camada de Césio é possível deixar o material capaz de usar tanto a luz quanto o calor para gerar eletricidade. “O que demonstramos é um novo processo físico que não é baseado nos mecanismos padrões fotovoltaico. Quanto mais quente, melhor”, explica o cientista.

Melosh calcula que o PETE pode atingir 50% ou mais de eficiência, mas se combinado com um ciclo de conversão térmica, pode alcançar 55% ou até 60%, quase o triplo da eficiência dos sistemas existentes, que estão na casa dos 20% de eficiência.

Os pesquisadores garantem que os materiais necessários para construir o dispositivo são baratos e amplamente disponíveis. “O processo PETE poderia realmente viabilizar um grande empurrão para a energia solar”, sustenta Melosh. “Vamos dizer que consigamos aumentar em 10% a eficiência solar de conversão, saindo de 20% para 30%. Com isso, já teremos um incremento médio de 50% sob os padrões atuais”, explica.

Programa de Eficiência Energética é implantado no IFRN


Fonte: Tribuna do Norte - 05.08.2010
Rio Grande do Norte - Melhorar a iluminação, modernizar o sistema de climatização e ainda economizar energia elétrica: essas são as metas do Programa de Eficiência Energética implantado no Campus Natal-Central do IFRN. O projeto é uma iniciativa da Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel, em todas as capitais do país. No Rio Grande do Norte, a ação ficou a cargo da Cosern (Companhia Energética do Rio Grande do Norte) que, através de licitação, contratou a empresa ACE para executar a obra.

Até o final do mês serão trocados 2.500 pontos de luz e cerca de 90 aparelhos de ar-condicionado. O número, que a primeira vista pode parecer pequeno, revela a dimensão do projeto quando comparado a economia de energia que pode ser alcançada, cerca de 30%.

Os novos pontos de iluminação são menores, porém mais eficientes, pois além de uma camada de material espelhado que fica aproximado das novas lâmpadas (aumentando a luz refletida) o conjunto possui um reator que potencializa a luz e reduz o consumo de energia.

Segundo Augusto Fialho, membro da Comissão de Energia Elétrica do Instituto, a mudança é válida não apenas para melhorar o sistema energético da escola. “Dar o exemplo para os alunos é fundamental, pois provavelmente eles repetirão o processo em casa, espalhando uma verdadeira onda de economia, eficiência energética e conscientização ambiental”, declara Fialho.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Menos energia economizada





Fonte: Revista Brasil Energia - 07.2010


Brasil - O programa de eficiência energética (PEE) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) tornou-se menos “eficiente”. Dos R$ 1,3 bilhão investidos atualmente no PEE, apenas 7,7% (R$ 100 mil) são destinados aos setores de cogeração e indústria, que possuem o maior potencial de economia de energia. A maior parcela, 64% – cerca de R$ 830 mil –, é aplicada em comunidades de baixa renda, que respondem por menos de 5% do consumo total do país. Resultado: menos energia economizada, com custo maior.


Os projetos desenvolvidos até 2007 tiveram investimentos de R$ 1,9 bilhão, economia de energia estimada de 5.591 GWh/ano e uma demanda evitada de 1.691 MW. Considerando um período de cinco anos de duração das ações de racionalização, os projetos tiveram custo de R$ 69,18/MWh, bem abaixo do custo marginal de expansão (CME) do sistema elétrico, da ordem de R$ 140/MWh.


Já os projetos em desenvolvimento a partir de 2008, com ênfase em baixa renda, investiram até o momento R$ 1,35 bilhão. A economia de energia estimada é de apenas 1.290 GWh/ano e a demanda evitada, de 444 MW. Com esses dados, o custo das ações de eficiência chega a R$ 209,32/MWh, muito acima do valor anterior e do CME.


Lei engessou
O nó ainda foi agravado pela Lei 12.212, de janeiro, que determina que 60% dos recursos das distribuidoras voltados para eficiência energética sejam aplicados em unidades consumidoras beneficiadas pela tarifa social de baixa renda. Além de ampliar a fatia – que antes era de 50% –, a lei restringe o universo de beneficiados apenas àqueles que possuem o número de inscrição social (NIS), ligado ao Bolsa Família.


A nova regra engessou as concessionárias. Se investirem menos de 60% dos recursos nas comunidades contempladas pela tarifa social, elas correm o risco de ser penalizadas. Por outro lado, algumas empresas têm apenas 10% de seu mercado compostos desse público e estão próximas do limite das ações de conservação possíveis nessas áreas.


“Parte desse público não reúne as melhores condições para se fazer ações de eficiência. Em geral, consomem entre 50 e 60 kWh/mês. Dessa forma, estamos focando em programas sociais e não na transformação do mercado. Não estamos educando o mercado para fazer, por conta própria, eficiência energética, quando damos essa prioridade para o público beneficiado pela tarifa social”, lamenta o superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética da Aneel, Máximo Pompermayer.


Flexibilização
Pior: reverter essa situação depende de mudanças na legislação, o que dificilmente ocorrerá neste ano, por conta do processo eleitoral. Primeiro, por causa do trâmite naturalmente mais lento dos processos no Congresso. Segundo, porque não seria interessante para parlamentares, do ponto de vista político, reduzir benefícios sociais neste momento.


Uma saída de curto prazo que vem sendo buscada pela própria Aneel é sensibilizar o Executivo sobre o problema. A ideia é apresentar o entrave ao MME para tentar a publicação de um decreto presidencial flexibilizando as normas dos programas de eficiência.


“A flexibilização não resolve esse viés de direcionamento para quem consome menos energia elétrica, mas ao menos permite que se cumpra a lei. Do jeito que está hoje, algumas concessionárias não vão sequer cumprir a legislação. E cabe à agência fiscalizar. Então, é uma preocupação nossa”, explica o superintendente.


Até o momento, a fase atual do PEE, de 2008 a 2010, envolve 520 projetos das distribuidoras. Os programas atuais preveem a instalação de 11 milhões de lâmpadas fluorescentes compactas, 320 mil geladeiras, 11,8 mil aparelhos de ar condicionado e 759 motores, além da instalação de 51 mil aquecedores solares.

Sebrae realiza cursos para micro e pequeno empresário



Fonte: A Voz da Cidade - 05.08.2010
Rio de Janeiro - Com o objetivo de aumentar a segurança e a qualidade dos alimentos produzidos para a população, o Sebrae-RJ ministrou no útlimo dia 4, quarta-feira, no Hotel Vivenda, em Penedo (Itatiaia), e apresentou novamente, na útlima quinta-feira, 5 de agosto, no Hotel Buhler, em Visconde de Mauá, a palestra Boas Práticas de Higiene e Manipulação. A atividade faz parte do programa Alimentos Seguros e tem como público alvo os empresários do setor de alimentação, como donos de restaurantes, pousadas e hotéis. Palestras e oficinas gratuitas serão ministradas e pretendem promover a competitividade entre as micro e pequenas empresas da região do Médio Paraíba. Na palestra sobre alimentos, os empresários terão informações sobre as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o segmento e a adequação dos empreendimentos.

Além do setor alimentício, o Sebrae vai orientar os empresários sobre a redução de consumo de energia elétrica nos seus estabelecimentos. Será realizada a oficina tecnológica com o tema Como Economizar Energia na sua Empresa. A apresentação tem datas agendadas para o dia 11, no Hotel Vivenda, em Penedo; dia 24, no Hotel Vila Rica Flat, em Resende; e dia 25, no Hotel Buhler, em Visconde de Mauá. Todas as atividades serão às 16 horas.

O Sebrae vai designar um consultor para visitar o imóvel de cada empresário inscrito na oficina. Antes de receber as instruções o empresário deve responder uma avaliação que vai orientá-lo sobre a situação da gestão de energia no seu empreendimento e servirá ainda de comparativo perante empresas da região. O resultado será entregue ao empresário no dia da oficina. Informações sobre a capacitação do Sebrae-RJ pelo telefone (24) 3347-3481.

Instalação de aquecimento solar em escolas



Piracicaba - A energia solar começa a ser uma alternativa para a redução no consumo de energia em unidades escolares de Piracicaba. A instalação de aquecedores solares, por exemplo, é um investimento que vai ao encontro do desenvolvimento sustentável. A primeira unidade contemplada com o aquecedor é a escola infantil do Monte Rey 3, que recebeu investimento de cerca de R$ 120 mil.

Quem observa os telhados desta unidade se depara com seis painéis, responsáveis por captar a energia dos raios solares, transformá-los em calor e aquecer a água, que é utilizada para dar banhos nas crianças.
O aquecedor solar é um tipo de sistema projetado para aproveitar a energia solar para o aquecimento de água. Ele é composto por placas coletoras e reservatório térmico. Os raios solares incidem sobre as placas, aquecem a água, que segue para o reservatório térmico. Do reservatório térmico, esta água aquecida é encaminhada aos pontos de consumo. A economia elétrica gira em torno de 50% a 60%.
Uma outra creche que recebe o equipamento é a do Santo Antônio. A unidade é construída pela Prefeitura e contará com hall de espera, sala para professores, secretaria/diretoria, cozinha, despensa, almoxarifado, lavanderia, banheiros, salas para jardim I e II, maternal I e II, berçário I e II, refeitório para berçários, lactário e área de serviço. Para auxiliar na economia de energia, a Prefeitura investe R$ 180 mil na instalação de aquecedor solar, com placas, reservatório térmico e instalação hidráulica. A água aquecida será utilizada nos banhos das crianças do maternal, berçário e jardim.
Outras creches também estão na programação a Secretaria Municipal de Obras para receberem a instalação de aquecedores solares. Entre elas, a do Bosques do Lenheiro e do Parque dos Eucaliptos. De acordo com o secretário de Educação, Gabriel Ferrato dos Santos, a instalação destes equipamentos é uma forma de melhorar a infraestrutura das unidades, além de gerar economia energética. “É um investimento muito interessante. Além de economizar com a conta de energia, ajudamos o meio ambiente”, destacou o secretário.

A energia solar se torna mais barata que a nuclear


Os custos dos sistemas solares fotovoltaicos caíram a um ponto no qual são menores do que projetos de novas usinas nucleares

The New York Times
Pela primeira vez na história, custo da energia atômica fica acima das energias eólica e solar. O sistema fotovoltaico se tornou uma alternativa de baixo custo a novas usinas nucleares.

Sistemas solares fotovoltaicos foram por muito tempo apresentados como uma forma limpa de gerar eletricidade, porém cara se comparada com outras alternativas, do petróleo à energia atômica. Não mais. Numa “passagem histórica”, os custos dos sistemas solares fotovoltaicos caíram a um ponto no qual são menores do que projetos de novas usinas nucleares, de acordo com um relatório publicado em julho. “O sistema fotovoltaico se tornou uma alternativa de baixo custo a novas usinas nucleares”, conforme o estudo chamado Custos Solares e Nucleares, de John Blackburn, professor de economia da Universidade Duke, na Carolina do Norte, e Sam Cunningham, um aluno de graduação. A passagem ocorre quando o preço do kilowatt/hora chega a 16 centavos de dólar.
Enquanto o custo da energia solar vem declinando, os custos da energia nuclear aumentaram nos últimos oito anos, disse Mark Cooper, pesquisador de análise econômica da Universidade de Vermont. A estimativa de custos de construção – cerca de 3 bilhões de dólares por reator em 2002 – vem sendo revisada regularmente para cima, para uma média de 10  bilhões de dólares por reator, e as estimativas apontam que continuaram subindo, disse Cooper, um analista cuja especialidade é avaliar os preços da energia nuclear.
Identificar o custo real de tecnologias de geração de energia é complicado por causa da amplitude dos subsídios e renúncia fiscal envolvidos. Como resultados, os contribuintes e usuários americanos podem terminar gastando centenas de bilhões de dólares ou até trilhões de dólares a mais que o necessário para alcançar uma ampla oferta de energia de baixo carbono, se propostas legislativas no Congresso americano levarem à adoção de um ambicioso programa de desenvolvimento nuclear, registrou um relatório em novembro passado.
O documento Todos os Riscos, Nenhuma Recompensa para os Contribuintes, foi a resposta para uma lista desenvolvida pelo Instituto de Energia Nuclear, um grupo industrial. O instituto defendeu um mix de subsídios, créditos de impostos, garantias de empréstimos, simplificações de processos e suporte institucional em larga escala.
Em nível estadual, a indústria pressionou para o caso de “obra em progresso”, um sistema de financiamento que obriga os usuários de eletricidade a pagar o custo de novos reatores durante a construção e, por vezes, ainda no estágio de projeto. Com longos períodos de obras e atrasos frequentes, isso pode significar que os usuários de eletricidade comecem a pagar preços mais caros 12 anos antes que as usinas produzam eletricidade.
Entre 1943 e 1999, o governo americano pagou perto de 151 bilhões de dólares (valores de 1999), em subsídios para energia eólica, solar e nuclear, como escreveu Marshall Goldberg, do Projeto de Políticas de Energia Renováveis, uma organização de pesquisa de Washington. Desse total, 96,3% foram para a energia nuclear, segundo o relatório. Segundo Mark Cooper, ainda assim tais custos são insignificantes em comparação com os riscos financeiros e subsídios que podem acompanhar a próxima onda de construção de usinas nucleares.
A agência classificadora de riscos Moody’s mencionou os riscos de novas usinas nucleares em um relatório de 2009. “A Moody’s avalia adotar uma visão negativa para a construção de novas centrais nucleares”, registra o documento. Historicamente, a maioria das novas construções nucleares recebeu avaliações negativas, às vezes várias. “Ninguém construiu um reator contemporâneo, usando padrões contemporâneos, portanto ninguém tem experiência para estar confiante de quanto isso vai custar”, disse Stephen Maloney, um consultor da indústria.
O risco de mercado foi agravado com a recente recessão. “A crise atual diminuiu a demanda por energia mais do que a crise do petróleo dos anos 1970”, disse Cooper. A recessão "parece ter causado uma mudança fundamental nos padrões de consumo que diminuirá a taxa de crescimento de longo prazo da procura por eletricidade".

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Hotéis Sustentáveis: tendência para a Copa do Mundo de 2014




Dayanne Jadjiski, para o Procel Info
 
Destinado à modernização do parque hoteleiro brasileiro por meio da construção, reforma e ampliação de estabelecimentos, programa do BNDES incentiva empreendimentos a buscarem eficiência energética

Muito se tem falado que a Copa do Mundo de 2014, que acontecerá no Brasil, será voltada à sustentabilidade. Uma das áreas prioritárias de infraestrutura para as cidades-sede da Copa é a hotelaria. Para preparar a rede hoteleira do país para o aumento de demanda ocasionado pela Copa, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) instituiu o BNDES ProCopa Turismo. O programa é destinado à modernização do parque hoteleiro brasileiro, por meio da construção, reforma e ampliação de estabelecimentos. Além disso, oferece condições mais favoráveis aos projetos que levem em conta a preocupação com a eficiência energética e a sustentabilidade ambiental.

De acordo com o BNDES, o programa ProCopa Turismo tem dotação orçamentária inicial de R$ 1 bilhão, mas o valor pode ser aumentado, caso a demanda do setor vá além desse limite. O prazo para o financiamento pode chegar a 18 anos. "São prazos que estão entre os maiores praticados pelo BNDES, quase iguais aos que o banco destina a empreendimentos de longa maturação e intensivos em capital, como energia elétrica e infraestrutura logística. As condições favoráveis demonstram a prioridade que o banco dedica à renovação do parque hoteleiro nacional", argumenta o BNDES.

O BNDES ProCopa Turismo é dividido em dois subprogramas: Hotel Sustentável e Eficiência Energética. O primeiro, segundo o banco, é voltado para hotéis que obtenham certificação no Sistema de Gestão da Sustentabilidade para Meios de Hospedagem; o segundo para empreendimentos que obtenham certificação de eficiência energética nível “A” dentro do Programa de Eficiência Energética nas Edificações (Procel Edifica). De acordo com a gerente da Divisão de Eficiência Energética em Edificações da Eletrobras, Solange Nogueira, com a etiqueta, os prazos de financiamento aos empreendimentos podem ser ampliados. "Os hotéis, cujo projeto e construção tenham a etiqueta A de edificações, receberão um diferencial de financiamento, terão prazo maior e juros menores", diz.

Segundo o arquiteto do Procel Edifica, Rodrigo Casella, a etiqueta avalia três subsistemas das construções: iluminação, ar condicionado e envoltória. Cada um desses itens tem um peso na formação de uma nota final. A etiqueta é concedida nas etapas de projeto e da obra concluída e varia de A até E, sendo a classificação A a mais eficiente. "O que o BNDES pede para o Procopa é que o empreendimento tenha classificação A na etiqueta geral do edifício construído. As melhores condições de financiamento do BNDES só começam a valer depois que o edifício está construído e classificado", disse o executivo, destacando que para cada um dos três itens o prédio recebe uma nota, mas o importante para o Banco é a avaliação geral. A etiqueta geral é resultado de uma avaliação que considera os três quesitos individuais e mais a possibilidade de uma bonificação.

"O cliente de hoje em dia e do futuro vai passar a considerar muito aqueles hotéis que tenham a preocupação com a sua performance, que tenham certificação relacionada ao consumo de energia e que sejam ambientalmente responsáveis", diz diretor da ABIH
Solange ressalta que neste projeto a etiqueta considerada pelo BNDES é a etiqueta final, de prédio construído. "Para que o empreendimento consiga A no final, precisa ter uma etiqueta A na fase de projeto e essa etiqueta é referendada no final da construção. Então, o processo não se dá apenas quando o edifício está pronto, mas em duas etapas", destaca. Além de novas construções, a etiqueta também pode ser concedida para retrofit. Segundo Solange, há uma necessidade de investimento muito grande do país na parte hoteleira e esta avaliação é um diferencial de mercado.

Não existem valores mínimos e máximos que os hotéis podem solicitar e o programa está aberto para empreendimentos em qualquer município brasileiro, de acordo com o banco. No entanto, as cidades-sede e as demais capitais poderão realizar operações diretamente com o BNDES em pedidos a partir de R$ 3 milhões. Para as outras cidades, o financiamento direto será em projetos a partir de R$ 10 milhões. Os projetos fora desses patamares serão classificados como operações indiretas, realizadas por meio de um agente financeiro intermediário. Atualmente, o programa tem em carteira, em diferentes fases de análise pelo banco, R$ 973,5 milhões em pedidos de financiamento de hotéis. Desse total, R$ 729,7 milhões referem-se a pedidos para construção de novos empreendimentos e R$ 243,8 milhões para reforma de hotéis já existentes.

Para o diretor da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Alexandre Sampaio, a preocupação com a sustentabilidade, seja por aspecto econômico, seja por conscientização socioempresarial, já é uma realidade dos nossos tempos. "Não se admite mais que o empreendedor já não tenha essa preocupação em adaptar o seu estabelecimento, que ele já não busque premissas que viabilizem ou caminhem em função da sustentabilidade", diz. De acordo com Sampaio, não existe um padrão para se calcular, de maneira sistemática, o peso da energia e água, por exemplo, nas contas de hotéis, porque o valor varia de acordo com o perfil e o tamanho da unidade, entre outras variáveis, mas pode chegar a uma economia genérica de quase 30%.

A preocupação com arquitetura inteligente vem aumentando ao longo dos anos. Segundo Sampaio, os proprietários de hotéis estão se preocupando não só com o aspecto estético, mas também com a situação físico-geográfica do empreendimento. "O cliente de hoje em dia e do futuro vai passar a considerar muito aqueles hotéis que tenham a preocupação com a sua performance, que tenham certificação relacionada ao consumo de energia e que sejam ambientalmente responsáveis", acredita.

Termostatos programáveis e redução do consumo de energia


 

Fonte: Reuters - 03.08.2010
Estados Unidos - É fácil ajudar na luta contra o aquecimento global instalando o termostato programável Energy Star em casa. Com mais de 50% do consumo doméstico de energia ser atribuído ao resfriamento e aquecimento, esse dispositivo de controle pode ajudar, e muito, na redução no consumo de eletricidade, nos gastos com energia e nas emissões de carbono.

O dispositivo funciona de forma que o clima nas residência fique confortavelmente uniforme durante o dia, evitando mudanças. Dependendo da rotina da família, a temperatura pode ser pré ajustada. "Na verdade, esses termostatos têm ajustes pré programados que manterão uma casa com temperatura ambiente regulada tanto no inverno como no verão", disse a especialista em produtos da Cable Organizer - líder em soluções de termostatos programáveis - , Christina Hansen.

Para ajudar os consumidores, a Cable Organizer alerta que termostatos programáveis devem ser, acima de tudo, certificados no programa Energy Star, pois irão proporcionar maior economia de energia. Outro fator determinante para a escolha de um termostato adequado é a  rotina do comprador. Deve-se levar em consideração quantos dias a pessoa está em casa contra quantos dias não está e buscar a melhor forma de configurar o termostado.

Cabos para-raios garantem energia elétrica mais barata


Fonte: Inovação Tecnológica - 28.07.2010
São Paulo - As linhas de transmissão, utilizadas para transportar grandes quantidades de energia elétrica em longas distâncias, utilizam cabos para-raios para protegê-las de descargas atmosféricas (raios), evitando com isso seu desligamento.

Mas esses cabos podem cumprir outra função, atendendo a demanda de eletricidade de pequenas comunidades situadas nas proximidades desses chamados "linhões".

Esta é a conclusão do trabalho de pesquisa do engenheiro eletricista José Ezequiel Ramos, no Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE) da USP, que mostrou que os cabos de proteção também podem ser utilizados para transportar energia elétrica, por meio da tecnologia de Cabos Para-Raios Energizados (PRE).

Média tensão

Em seu estudo, José Ezequiel mostrou que a Tecnologia PRE tem um desempenho econômico e operacional melhor, se comparado às tecnologias convencionais, para abastecer as pequenas comunidades próximas às linhas de transmissão.

A tecnologia PRE, desenvolvida na Itália, é baseada na utilização dos cabos para-raios em linhas de transmissão de alta e extra alta tensão, sendo esses cabos isolados e energizados para viabilizar a transmissão de energia elétrica em média tensão.

"Nesses níveis de tensão é possível o atendimento às pequenas comunidades por intermédio de subestações, onde a tensão elétrica é reduzida para o nível de consumo doméstico ou de pequenas indústrias", explica José Ezequiel.

O engenheiro participou da implantação da tecnologia em Rondônia, acompanhando posteriormente sua operação e manutenção.

Confiabilidade da rede

A pesquisa investigou, entre outras questões, como as descargas atmosféricas (raios) afetam a linha PRE e linhas de transmissão como um todo, o desempenho operacional resultante de mais de 180 meses de operação do PRE em Rondônia e sua viabilidade econômica em relação aos demais sistemas.

"Estudamos também se as descargas atmosféricas são as principais causadoras das interrupções no Sistema PRE, e não as falhas em equipamentos ou outras limitações operacionais", completa o engenheiro.

Foram utilizados como fonte de dados os registros operacionais do PRE em duas cidades de Rondônia: Jaru, entre 1996 a 2000, e Itapuã, entre 1997 e 2007. Os 180 meses de experiência operacional com as duas instalações PRE permitiram comparar o número de interrupções verificadas no período com o número de interrupções estimadas na teoria.

Também foram feitas medições de resistividade do solo e resistência de terra, e utilização de dados disponíveis da região relacionados à quantidade de chuvas, temperatura, umidade relativa, pressão atmosférica, e registros de descargas atmosféricas.

Menos custos e mais benefícios

Uma das primeiras conclusões do trabalho foi a constatação de que o Sistema PRE não diminui o desempenho da linha de transmissão. Ao contrário, o desempenho da linha é melhorado.

Os resultados mostraram também que o Sistema PRE é bastante sensível às descargas atmosféricas, de forma que, mesmo para baixas correntes de descarga, acontece a saída de operação do sistema. "Apesar disso, devido à característica sazonal das descargas atmosféricas, o desempenho operacional anual do PRE é igual ou melhor que os sistemas utilizados nas pequenas localidades da região," explica.

No aspecto econômico, José Ezequiel destaca que, somadas as duas cidades, a Tecnologia PRE evitou a queima de mais de 80 milhões de litros de óleo diesel para produção de energia, resultando em uma economia superior a R$ 180 milhões. "Comparando esse valor com o custo do investimento para implantar o PRE, eles foram pagos mais de 60 vezes. E comparando somente os cabos para-raios isolados e energizados, seu custo é quase dez vezes menor que os cabos convencionais", completa.

Alternativa tecnológica

O estudo favorece futuros projetos de implantação ou expansão da Tecnologia PRE. Dessa forma, empresas públicas e privadas têm uma alternativa a mais em relação às convencionais com finalidades semelhantes: atender pequenas comunidades isoladas, próximas aos corredores das grandes linhas de transmissão.

José Ezequiel espera que essa alternativa tecnológica possa ser utilizada nas políticas públicas de universalização da energia elétrica.

"O grande desafio enfrentado pelas novas tecnologias é a falta de conhecimento sobre as mesmas, o que pode levar à sua rejeição. Portanto, a pesquisa tem o mérito de contribuir com a oferta de maior conhecimento, permitindo sua inclusão no rol das demais alternativas analisadas para atendimento a pequenas comunidades", finaliza.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Revolução no setor de panificação




Fonte: AgoraMS - 30.07.2010
Mato Grosso do Sul - Um produto desenvolvido em parceria pela Granotec e Novozymes promete revolucionar o setor de panificação artesanal, proporcionando maior rendimento e economia de energia. É uma nova tecnologia criada em conjunto pelas duas empresas, chamada Hotmix, capaz de reduzir o tempo de assamento em 25% e aumentar a produtividade na fabricação do pão francês.

A Granotec é líder no mercado nacional de ingredientes e aditivos para o setor de trigo e a Novozymes é a maior fabricante mundial de enzimas industriais. Com essa nova tecnologia, que chegará ao mercado através das pré-misturas fabricadas pelos moinhos de trigo, as duas empresas pretendem atingir as cerca de 60 mil panificadoras artesanais do Brasil, que representam em torno de 85% da produção total de pão no país.

De acordo com o engenheiro de alimentos da Novozymes, Daniel Stahlke, a divulgação do produto foi iniciada em junho, diretamente com os moinhos. "Ainda estamos em fase de implementação, mas a receptividade foi enorme. Até agora as grandes indústrias é que se beneficiavam mais da biotecnologia. Dessa vez o resultado vai aparecer nas panificadoras artesanais, através de aumento de produtividade, economia de energia e mais pães frescos e quentinhos para o consumidor", afirmou.

Segundo o gerente de inovação e tecnologia da Granotec, Divanildo Carvalho Junior, não há alteração no processo de produção, apenas uma redução no tempo de forno. "As características do pão francês, como pestana, crocância, volume, sabor e crosta dourada não se alteram. O padeiro fará o pão do jeito que ele sempre fez, sem mudar o processo nem os equipamentos", explicou.

A eficiência energética está no gosto dos consumidores


Fonte: Agência Brasil - 24.07.2010
Brasília – Enquete realizada pelo Ministério de Minas e Energia mostra que a maioria dos consumidores opta pela eficiência na hora de comprar um eletrodoméstico. Das pessoas que responderam à enquete no site do MME, 83,3% (14.255) disseram que sempre fazem opção pela eficiência dos aparelhos. 6,3% (1.085) preocupam-se mais com o preço do que com a eficiência e 10,4% (1.781 votos) afirmaram que a escolha, às vezes, depende do preço.

Uma boa maneira de descobrir se os equipamentos domésticos são eficientes é consultar o site do Instituto Brasileiro de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). No site, existe uma relação de produtos com os valores de consumo e de eficiência energética.

As tabelas, garante o Inmetro, apresentam os produtos aprovados no Programa Brasileiro de Etiquetagem, que estão, portanto, autorizados a ostentar a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia. Os indicadores são atualizados periodicamente e representam o estágio atual em termos de consumo de energia e/ou de eficiência energética dos diversos produtos enfocados.

O consumidor deve ficar de olho ainda no selo Procel de economia de energia, que tem o objetivo de identificar os equipamentos que apresentem níveis ótimos de eficiência energética.

Idéias para reduzir o consumo de energia da China


Fonte: China Daily - 22.07.2010
China - O anúncio da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) de que o consumo de energia da China ultrapassou o dos Estados Unidos foi negado pelo governo chinês, mas o diretor Econômico da IEA, Faith Birol, especulou sobre cinco maneiras de como a China pode reduzir seu consumo de energia nas próximas décadas.

Birol sugeriu que em primeiro lugar a China coloque regulamentações mais rígidas sobre eficiência energética para reduzir o desperdício. O diretor da IEA notou que esse foi um fator crucial na América para diminuir o consumo de energia nos últimos anos. A segunda ideia de Fatih é acabar com subsídios para combustíveis fósseis. Subsídios estimulam mais o consumo e o desperdício, o que possui efeitos devastadores no meio ambiente e também impede o desenvolvimento de mais tecnologias ecologicamente corretas.

Apesar da recente publicação, Fatih reconheceu os esforços da China em instalar mais usinas de energia solar e eólica do que qualquer outro país do mundo em 2009, já que a utilização de fontes de energia renováveis seria a terceira dica de como reduzir o consumo de energia. A quarta maneira de reduzir o consumo é oferecer mais subsídios para tecnologia de energia limpa, no entanto dentre 60 usinas nucleares que estão em construção no mundo, 1/3 está crescendo na China.

Birol lembrou também que pela primeira vez a China superou os Estados Unidos na produção de carros. Enquanto a Europa e os Estados Unidos atingiram níveis de saturação, a China tem um enorme mercado em expansão. Apesar disso, sua última sugestão é que os chineses dirijam carros econômicos para desacelerar o ritmo do consumo de energia da nação.

Fatih concluiu que o tipo de carros que os chineses escolherem irá determinar a linha de produção e que as escolhas dos consumidores na China terão efeitos sobre o resto do mundo.

Economizando energia em casa





Fonte: IG - Delas - 20.07.2010
Brasil - Nossa vida contemporânea é alimentada por energia elétrica. Tudo ao nosso redor funciona ligado na tomada. Por isso, saber e entender quanto gasta cada eletrodoméstico ou aparelho eletroeletrônico pode nos ajudar a economizar na conta de luz no fim do mês.

Para reduzir o consumo de energia elétrica a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) afirma que o consumidor precisa minimizar ou acabar com os desperdícios. E também temos que considerar que o mercado já oferece aparelhos que consomem até a metade de energia. É o caso das geladeiras, cujos modelos novos consomem metade da energia dos antigos. Fique atento ao selo do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), que indica ao consumidor os produtos com melhores níveis de eficiência energética.

Segundo este programa, ligado ao Ministério de Minas e Energia, os principais vilões do consumo doméstico de energia elétrica são a iluminação, a geladeira, a TV, o chuveiro, o ferro elétrico, a máquina de lavar e o ar condicionado.

O uso adequado destes aparelhos pode ajudar a economizar energia em casa. Confira como:

Geladeira - Representa 30% do consumo mensal residencial

Como economizar: instale-a em local ventilado, distante de lugares quentes, como fogão, forno elétrico e raios solares; evite que a porta permaneça aberta desnecessariamente; reduza o número de vezes em que a porta é aberta. Coloque ou retire os alimentos de uma só vez; evite colocar alimentos quentes, embalados em papel jornal ou caixa de papelão; degele periodicamente, limpe e mantenha a geladeira em bom estado de conservação; deixe livre a parte traseira. Não use a grade para secar roupas, toalhas e tênis. Isto pode prejudicar o funcionamento da geladeira; coloque líquidos em recipientes com tampas; para manter uma boa circulação interna do ar refrigerado, não forre as prateleiras com vidros, plásticos, ou qualquer outro tipo de material; a escolha adequada do refrigerador para as necessidades da família pode contribuir para uma maior economia, uma vez que o tamanho influencia diretamente no consumo de energia.


Chuveiro elétrico - Representa 25% do consumo mensal residencial
 
Banhos demorados e muito quentes são grandes vilões

Como economizar: evite banhos demorados; use a chave na posição verão nas épocas quentes. A posição inverno consome 30% mais energia; não reaproveite resistências queimadas; ligue o aquecedor central apenas durante o tempo necessário; limpe sempre a saída de água do chuveiro.

TV - Representa 10% do consumo mensal residencial

Como economizar: não deixe o televisor ligado sem necessidade; evite o hábito de dormir com o televisor ligado; use o timmer para programar o desligamento automático.

Ferro elétrico - Representa 6% do consumo mensal residencial

Como economizar: acumule uma boa quantidade de roupas para passar; use o ferro elétrico na graduação correta de aquecimento para cada tipo de tecido. Comece pelas roupas mais pesadas, desligue o ferro e utilize o calor remanescente para passar as roupas mais leves ou finas; desligue o ferro sempre que precisar interromper o serviço. Se ficar uma hora ligada diariamente, ele pode acrescentar cerca de 30 kWh na conta de luz no final do mês;depois de terminar de passar as roupas, desligue o ferrro e retire-o da tomada para evitar acidentes. Nunca tire o ferro da tomada puxando pelo fio.

Máquinas de lavar

Como economizar: utilize a máquina usando os seus níveis máximos de uso. Evite usar quando há uma quantidade pequena de roupas; use a dosagem recomendada de sabão em pó para não precisar repetir o enxagüe; limpe o filtro da máquina com freqüência.

Condicionador de ar
Como economizar: mantenha as portas do aposento fechadas quando o condicionador estiver ligado; limpe os filtros periodicamente. Os filtros sujos impedem a circulação livre do ar, forçando o aparelho a trabalhar mais. Além de economizar energia, você protege a sua saúde pois filtros sujos jogam poeira e outras partículas para o ambiente; evite instalar o aparelho em áreas que fiquem expostas de maneira contínua ao sol; habitue-se a desligar o condicionador de ar sempre que você tiver que se ausentar do ambiente por tempo prolongado

terça-feira, 3 de agosto de 2010

As lições de um país verde


PRISCILA DE MARTINI

O que o mundo tem a aprender com a Alemanha, nação que prevê produzir 100% de sua eletricidade com fontes limpas até 2050

O país que produz quase metade da energia solar no mundo tem mais dias nebulosos que ensolarados. Parece, no mínimo, um investimento equivocado, mas o motivo de as coisas serem desse jeito explica, em grande parte, o porquê de a Alemanha estar à frente na batalha contra a dependência dos combustíveis fósseis – intensificada com o combate ao aquecimento global e, agora, ainda mais urgente depois do vazamento de petróleo no Golfo do México. Desde muito cedo, os alemães reconheceram a importância da transição para uma economia mais limpa e, recentemente, começaram a colher os frutos de seu pioneirismo.

A Alemanha parece estar em um ritmo completamente diferente das grandes potências. Enquanto a maré negra se espalha e o Brasil só tem olhos para a exploração do pré-sal, os alemães anunciaram uma meta arrojada: em 2050, a previsão é de que toda a eletricidade produzida no país venha de fontes renováveis, como solar, eólica ou biomassa. No ano passado, as fontes alternativas responderam por 16,1% da eletricidade gerada no país.

O segredo alemão não é nenhum mistério, e a própria Alemanha busca disseminar as experiências que deram certo para o resto do mundo. O primeiro fator foi uma mudança de postura, que para os europeus ocorreu já na década de 70. Ao contrário dos demais países, a Alemanha resolveu responder à crise do petróleo da época com o investimento em energias limpas. O resultado são décadas de estudos que levaram o país à liderança em tecnologia no setor. Grande parte dos mais modernos equipamentos – de células solares fotovoltaicas a turbinas eólicas – é produzida em território alemão.

– Há muito intercâmbio com a Alemanha, mandamos muitos pesquisadores para universidades de lá. Inclusive, temos aqui na UFRGS um pequeno gerador eólico de uma empresa alemã – diz o peruano Harold Deza Luna, pesquisador em energias renováveis do Laboratório de Transformação Mecânica da UFRGS.

Mas não é só tecnologia que a Alemanha exporta. A legislação criada pelo país para impulsionar a produção de energia renovável foi copiada por cerca de 70 nações mundo afora. A principal delas entrou em vigor em 2000: a Erneuerbare-Energien-Gesetz, conhecida pela sigla EEG – que, segundo Luna, é a maior lição alemã para o Brasil. É o que pensa também a americana Piper Foster, da Sopris Foundation, dos EUA.

– Essa é a medida isolada mais poderosa para combater as mudanças climáticas e incentivar as energias renováveis – disse a pesquisadora, que está há mais de um ano em Berlim para estudar as experiências alemãs no desenvolvimento de energias limpas.

Pela EEG, todo cidadão pode montar uma pequena central de energia de fontes renováveis, que é ligada à rede elétrica. As operadoras do país são obrigadas a comprar o que for produzido em excedente, pagando tarifas preestabelecidas, que valem por 20 anos. Os valores variam de acordo com o tipo de energia, sendo mais altos para as fontes que custam mais e que precisam ser mais desenvolvidas, como a solar fotovoltaica. A diferença de preço é repassada para os consumidores, que têm um pequeno aumento na conta de luz. Assim, o custo-benefício da instalação da tecnologia para esse tipo de energia torna-se muito interessante.

Muitos governos ainda não fazem grandes investimentos em energias renováveis devido ao alto custo. Isto, segundo Piper, é um erro que poderá colocar empresas e países em uma situação muito vulnerável no futuro.

– Quando as pessoas dizem que energia renovável é cara, ignoram o fato de que o preço dos combustíveis fósseis está aumentando e que carvão, gás natural e petróleo estão acabando. Apesar de o custo das energias renováveis ser mais alto no início, podemos prever seu custo no longo prazo, porque vento e sol são gratuitos – finaliza.