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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Medidas econômicas eficazes


Fonte: Jornal da Cidade - 27.06.2010
Brasil - A taxa Selic está de acordo? Você acompanhou e discutiu na mesa de bar sobre os reflexos da última reunião do Copom? Está atento às oscilações do atual pregão da Bolsa de Chicago? Se a resposta é “não”, relaxe. Você está dentro da maioria absoluta que, mesmo alheia aos complexos e cifrados índices macroeconômicos, não deixa de exercer papel, direto ou indireto, no sobe e desce das cotações no noticiário do dia .

Contudo, não é necessário ter o know how de um Joelmir Betting, Luis Nassif, Carlos Sette ou Reinaldo Cafeo, que habitualmente destrincham de olhos fechados o vaivém de cotações, para colocar em prática medidas econômicas eficazes. Apesar de simples, a racionalidade econômica “leiga” desemboca em benefícios medidos na ponta do lápis e, principalmente, no extrato bancário.

Habilidade no gerenciamento das cifras, porém, não implica necessariamente em encarnar a face humana do Tio Patinhas, guardar dinheiro embaixo do colchão ou tomar banho gelado numa noite de inverno, para não gastar eletricidade. O maior macete, ensinam especialistas, é, no português mais claro, gastar direito ou até mesmo ganhar dinheiro, transformando despesa em investimento.

É o que fez o policial militar Jorge Santos, que em um mês reduziu o valor na fatura de energia elétrica pela metade, ao trocar o chuveiro elétrico por um dispositivo com água aquecida por energia solar. Ele conta ter investido R$ 1.600,00 no equipamento, entretanto, já recuperou a quantia gasta com a conta mensal mais amena.

Conta menor
Com a sobra, acrescenta Santos, foi possível investir em ainda mais economia para o lar. O dinheiro guardado com a menor conta de luz foi investido em novos eletrodomésticos. O resultado, orgulha-se o policial, foi nova redução na conta.

“Em um mês, consegui uma redução de R$ 300,00”, contabiliza. “Troquei geladeira e televisão, que também tinham consumo alto, por aparelhos mais novos, que puxam menos energia”, detalha. O passo seguinte foi a substituição total das lâmpadas da casa. Ele conta ter retirado os antigos dispositivos incandescentes, com maior consumo e menor desempenho, pelas modernas lâmpadas fluorescentes, que iluminam mais com menos energia, apesar de mais caras.

Enquanto as antigas lâmpadas convencionais - cujos fabricantes nacionais já começam a fechar portas - custam em média R$ 4,00, uma luminária fluorescente - a maioria produzida na China - não é encontrada por menos de R$ 11,00. Mesmo assim, considera Santos, o gasto maior tem o peso de investimento. “A economia de energia compensa o gasto.”

Medidas assim são valorizadas por experts. “Energia elétrica é muito cara e pesa demais no orçamento”, enfatiza Salete Lara, professora na disciplina análise do pensamento econômico, do curso de economia da Instituição Toledo de Ensino (ITE).

Segundo ela, um comportamento econômico racional implica, justamente, na otimização dos recursos, com o aproveitamento total do que o dinheiro pode proporcionar. “A racionalidade econômica faz com que uma pessoa consuma o que for realmente necessário naquele momento, procurando os melhores preços, sem desperdício”, define, ao diferenciar o consumo consciente dos chamados sovinas. “Quem cria o ‘escorpião no bolso’ não quer gastar nem com o necessário. Só consome quando não há outra opção”, compara.

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