Danilo Oliveira, para o Portal Procel Info De acordo com Jayme Sillos Rosas Júnior, coordenador da Poli-Integra, departamento da Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico em Engenharia (Inovata-FDTE) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), a maior vantagem para as empresas é a redução de custos e de desperdícios. Segundo ele, os gastos com energia estão cada vez mais controlados pelos gestores das empresas. "No passado éramos perdulários com a energia, ela era abundante e barata, hoje o custo da energia é muito relevante nos processos das empresas", observou. Sillos destacou ainda a importância do aprendizado sobre os temas relacionados à eficiência energética. Ele citou que, no município de São Paulo, foi criada recentemente uma lei que obriga as novas construções a utilizarem, no mínimo, 30% de energia solar para aquecimento de água. O coordenador acredita que os cursos são muito importantes na capacitação de profissionais despreparados. "Muitos profissionais ainda não estão devidamente treinados para dimensionar e especificar sistemas de aquecimento solar", avaliou. Ele entende que os atuais profissionais do mercado conhecem algumas atividades de gestão energética, mas não todas as áreas de atuação, além de encontrarem dificuldades na medição e avaliação de resultados. Consciência ecológica com a preservação do meio ambiente, custos crescentes de fontes energéticas e a competitividade aliada à imagem das empresas são fatores que levam as empresas a investirem em capacitação, segundo Marcelo Mesquita, do Dasol/Abrava Em agosto, o Poli-Integra da USP realizará o curso sobre a eficiência energética nas organizações e empreendimentos. O curso pretende formar turmas pequenas com cerca de 25 alunos e abordará, entre outros temas, a eficiência energética, os sistemas de gestão energética, sistemas de aquecimento solar, sistemas elétricos, sistemas de iluminação e sistemas de refrigeração e de ar condicionado e ventilação mecânica. "Com isto, o profissional ajudará na redução de custos e de desperdícios e, por consequência, na preservação do meio ambiente. O principal objetivo é preparar profissionais para atuar nesse segmento, de forma eficiente e com uma visão clara das complexidades do setor", acredita. Segundo Marcelo Mesquita, do Departamento Nacional de Aquecimento Solar (Dasol) da Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava), as empresas não apenas estão preocupadas, mas vêm buscando adotar medidas para a capacitação e formação de seus profissionais. "Um exemplo foi o fato de recebermos nove inscrições para a primeira turma de 2010, todas de uma única empresa. Em média, as empresas realizam inscrição de duas pessoas e isso demonstra o investimento em capacitação. Além dos cursos na Abrava/Dasol, algumas empresas também realizam capacitação dentro de suas próprias plantas, com melhor aproveitamento da jornada de seus trabalhadores", contou. Para Mesquita, entre os motivos que provocam o interesse das empresas na participação em cursos voltados para a eficiência energética estão três aspectos principais: consciência ecológica com a preservação do meio ambiente, custos crescentes de fontes energéticas e a competitividade aliada à imagem das empresas. Segundo ele, o Dasol/Abrava procura fornecer conteúdo com objetivo de promover a correta capacitação de profissionais para que as instalações sejam por eles projetadas e executadas de forma adequada, garantindo o aproveitamento da energia solar e a economia esperada. O diretor geral do Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE), Jayme Buarque de Hollanda, entende que, após o período de racionamento de energia elétrica em 2001, a população brasileira passou a encarar a eficiência energética com mais atenção. Ele acredita que depois desse período houve uma crescente evolução do interesse pelo tema. "As pessoas começaram a descobrir que a eficiência energética também traz com ela resultados não só ambientalmente positivos, mas também em termos econômicos", concluiu. |
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quinta-feira, 22 de julho de 2010
Empresas investem em cursos sobre eficiência energética
China ultrapassa Estados Unidos na questão do consumo de energia
Fonte: The Economic Times - 20.07.2010 |
Índia - A China ultrapassou os Estados Unidos como maior consumidor mundial de energia, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). Imediatamente após o pronunciamento, a China questionou o relatório, alegando que os cálculos eram duvidosos. A agência, com sede em Paris (França), disse que o consumo de fontes de energia do país em 2009 foi pouco maior do que dos Estados Unidos. A mudança é histórica, vindo anos antes do previsto. Em conversações sobre mudanças climáticas, a China tem apontado para os padrões de consumo de energia dos países desenvolvidos e é certo que se sentem desconfortáveis com o fato de consumir mais energia do que qualquer outra nação. Segundo as estatísticas da IEA, o consumo de energia na China mais do que dobrou em menos de uma década. Por unidade do Produto Interno Bruto, os Estados Unidos ainda consomem cinco vezes mais energia do que a China. No entanto, a produção industrial da China e a sua população estão em constante crescimento, aumentando consideravelmente a demanda de energia do país, o que poderia ser menor se fossem tomadas medidas mais eficazes de eficiência energética. O aumento no consumo de energia transformou a China na maior fonte de gases de efeito estufa. O governo se comprometeu a limitar o crescimento das suas emissões, mas se recusou a adotar restrições obrigatórias, alegando que a poluição é uma consequência inevitável do processo de industrialização. Apesar das discordâncias, o economista chefe da IEA, Birol, disse que é importante lembrar que o grande consumo da China deve-se ao aumento da sua população e ao crescimento de sua economia baseada na produção. Assim como o economista lembrou o atual status da China como líder mundial em energia eólica e solar. Melhorar a eficiência energética é uma parte fundamental dos gastos de estímulo da China em resposta à recessão global. O governo anunciou este mês que atingiu a marca de 16% depois de desligar usinas obsoletas, siderúrgicas e outras indústrias. Mas as autoridades dizem que a China ainda consome mais energia por dólar de produção do que os Estados Unidos, o Japão e outras economias desenvolvidas. |
Comentário GREATS: A diferença entre China e Estados Unidos está na vontade política de se buscar soluções energéticas. Os Estados Unidos continuam irredutíveis em relação a ratificar o Protocolo de Kyoto (prestes a expirar) ou quaisquer outras iniciativas que objetivem mitigar o efeito estufa (vide atitude de Obama na Cúpula de Copenhagen). Como o texto ressalta a China é líder mundial em energia eólica e solar, isso apenas não basta. É necessário que os chineses avancem mais rapidamente no sentido de mudar sua matriz energética.
Projeto sustentável da empresa Pequim Vantone Real Estate Co Ltd
Fonte: China Daily - 19.07.2010 |
China - A empresa Pequim Vantone Real Estate Co Ltd, desenvolvedora líder de propriedades com alta tecnologia, lançou um projeto com foco na sustentabilidade. A empresa vai desenvolver 10 milhões de metros quadrados de prédios "verdes" no prazo de cinco anos. Além disso, a empresa criou um centro de pesquisa e desenvolvimento de produtos verdes financiado por 0,5% de sua receita anual. O investimento inicial será de 25 milhões de yuans. "A Vantone tem incorporado o conceito "verde"em sua estratégia corporativa, que contém os valores ecológicos, o comportamento de produtos verdes e levando assim a competitividade a longo prazo dentro da indústria", disse o presidente da empresa, Feng Lun. A cadeia de abastecimento verde começa com o design do produto, inclui a aquisição de materiais e continua com a construção e utilização dos produtos finais. A Vantone assinou um acordo de cooperação estratégica com o United States Green Building Council (USGBC), que desenvolveu o Leadership in Energy & Environmental Design (LEED), sistema de certificação verde internacionalmente reconhecido de edifícios. Isso fornece verificação de terceiros que um edifício ou comunidade foi projetado e construído com estratégias destinadas a melhorar o desempenho em métricas, como a economia de energia, a eficiência da água, redução das emissões de CO2, a melhoria da qualidade do ambiente interior, e gestão dos recursos e sensibilidade para seus impactos. O Vantone Tianzhu Legacy Homes, por exemplo, é o primeiro projeto residencial da China que atende ao padrão LEED de comunidade verde. O projeto, com uma área prevista de 220 mil metros quadrados, está localizado no centro de Pequim e está sendo visto como uma comunidade totalmente ecológica. Para tornar o projeto ambientalmente saudável, o plano é tentar reduzir o consumo de energia por meio da adoção de fontes recicláveis. Mais de 20 tipos de tecnologias "verdes" têm sido usados em Vantone Tianzhu Legacy Homes, tais como o uso de energia solar, o incentivo ao uso de bicicletas em vez de carros e a organização de atividades que promovam o plantio de árvores. |
Aquecimento Solar no projeto “Minha Casa, Minha Vida”
Fonte: Equipe Fenatracoop
Um dos primeiros projetos do programa “Minha Casa, Minha Vida”, com aquecimento solar aprovado pelo Governo Federal, é o de Campo Mourão com 436 moradias. Localizado nas proximidades do Jardim Tropical, o conjunto “Avelino Piacentini”, terá entre seus diferenciais custos menores de energia elétrica, proporcionados aos moradores pelo beneficio de instalação das placas de aquecimento solar.
As obras que estão em fase bem adiantadas são executadas pela Construtora Piacentini e neste final semana foram visitadas pelo prefeito Nelson Tureck e a vice-prefeita Regina Dubay. Na oportunidade o prefeito verificou as residências com a instalação do aquecimento solar e também as obras finais de urbanização com a abertura de vias, implantação de meio fio, e iluminação pública.
As habitações atenderão moradores na faixa salarial de zero a três salários mínimos. No novo conjunto habitacional estão sendo investidos cerca R$ 18 milhões, repassados pela Caixa Econômica Federal. As moradias terão 36,77 metros quadrados, contendo dois quartos, sala, cozinha, banheiro; com valor aproximado de R$ 41.500,00 (casa e terreno com toda a infra-estrutura, água, energia elétrica, galerias pluviais e asfalto). As famílias pagarão prestações a partir de R$ 50,00, de acordo com a sua faixa salarial.
O prefeito Nelson Tureck destacou que o aquecimento solar além de reduzir o valor da energia elétrica contribuirá com mais conforto a centenas de famílias que residirem na comunidade. O prefeito ressaltou que as melhorias implantadas são um sonho do presidente Lula, que fez questão desta melhoria no projeto do Governo Federal, e que Campo Mouraqo teve a felicidade de receber, para assegurar conforto e qualidade de vida aos trabalhadores e suas famílias. A informação é da Prefeitura
Um dos primeiros projetos do programa “Minha Casa, Minha Vida”, com aquecimento solar aprovado pelo Governo Federal, é o de Campo Mourão com 436 moradias. Localizado nas proximidades do Jardim Tropical, o conjunto “Avelino Piacentini”, terá entre seus diferenciais custos menores de energia elétrica, proporcionados aos moradores pelo beneficio de instalação das placas de aquecimento solar.
As obras que estão em fase bem adiantadas são executadas pela Construtora Piacentini e neste final semana foram visitadas pelo prefeito Nelson Tureck e a vice-prefeita Regina Dubay. Na oportunidade o prefeito verificou as residências com a instalação do aquecimento solar e também as obras finais de urbanização com a abertura de vias, implantação de meio fio, e iluminação pública.
As habitações atenderão moradores na faixa salarial de zero a três salários mínimos. No novo conjunto habitacional estão sendo investidos cerca R$ 18 milhões, repassados pela Caixa Econômica Federal. As moradias terão 36,77 metros quadrados, contendo dois quartos, sala, cozinha, banheiro; com valor aproximado de R$ 41.500,00 (casa e terreno com toda a infra-estrutura, água, energia elétrica, galerias pluviais e asfalto). As famílias pagarão prestações a partir de R$ 50,00, de acordo com a sua faixa salarial.
O prefeito Nelson Tureck destacou que o aquecimento solar além de reduzir o valor da energia elétrica contribuirá com mais conforto a centenas de famílias que residirem na comunidade. O prefeito ressaltou que as melhorias implantadas são um sonho do presidente Lula, que fez questão desta melhoria no projeto do Governo Federal, e que Campo Mouraqo teve a felicidade de receber, para assegurar conforto e qualidade de vida aos trabalhadores e suas famílias. A informação é da Prefeitura
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Primeira fábrica de lâmpadas economizadoras na Venezuela
Fonte: Agência Venezuelana de Notícias - 16.07.2010 |
Venezuela - Com o acordo de cooperação, complementaridade, colaboração e promoção de investimentos assinado pela República Bolivariana da Venezuela e a República Socialista do Vietnã, a PDVSA Industrial iniciou a instalação da primeira fábrica de lâmpadas fluorescentes compactas economizadoras de energia no país, em uma superfície de oito hectares na Zona Franca Industrial, Comercial e de Serviços do Paraguaná, no estado de Falcón. Como parte das políticas energéticas impulsionadas pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, para o uso consciente e racional da energia elétrica no país, através da empresa socialista de capital misto Vietven Iluminaciones, a primeira fase foi iniciada com a instalação e lançamento de cinco linhas de produção de lâmpadas economizadoras para entrarem em operação em março de 2011. A fábrica Vietven Iluminaciones - constituída pela PDVSA Industrial e pela vietnamita Dien Quang Lamp Joint Stock Company - terá capacidade para produzir 74 milhões de LFCs por ano, gerando 3 mil novos postos de empregos diretos na fábrica. Na primeira fase, considerando as cinco linhas de produção e dois turnos de trabalho, a usina terá capacidade de produção de 25 milhões de LFCs por ano, aproximadamente 2,1 milhões de lâmpadas por mês. De igual modo, e como parte do planejamento da fase 1, 300 profissionais venezuelanos serão contratados e capacitados para trabalhar nas operações da fábrica. Com a instalação da fábrica de LFCs, o nível de consumo de energia elétrica nacional com iluminação será reduzido em 80% com a substituição das lâmpadas incandescentes por esses novos modelos, gerando uma economia significativa de energia em todo o território nacional. Em concordância com os princípios ecológicos necessários à instalação de indústrias e com valores ambientais, a PDVSA Industrial, através da Vietven Iluminaciones, impulsiona o desenvolvimento de um projeto para tratamento, disposição e reciclagem das lâmpadas economizadoras de energia, com apoio de tecnologias estrangeiras de ponta. |
2014: Brasil terá estádios com certificação LEED
Fonte: Revista Lumiére - 06.2010 |
Brasil - A ONG GBC Brasil, em parceria com o Comitê Organizador Local, promoverá para a Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil, o conceito da sustentabilidade nos estádios, com construções certificadas pelo selo LEED, que têm como premissas o uso da água de forma responsável e ser dotada de maior eficiência energética. O país já possui quatro arenas registradas para receber o selo verde e outras quatro cidades garantiram que buscarão a certificação. Com esta iniciativa será possível reduzir em 30% o consumo de água e até 10% do gasto com energia elétrica, além da contratação de energia de fontes renováveis. Também são levados em consideração para o recebimento do certificado aspectos como a localização, o acesso por meio de transporte público, o uso de materiais recicláveis na construção, a aplicação de tecnologias que reduzem o efeito ilha de calor, o desvio do entulho dos aterros sanitários com o reaproveitamento, reúso e reciclagem destes, entre outros pontos. Outra vantagem da certificação LEED às arenas brasileiras será a redução de cerca de 10% na operação, ou seja, reduzirá o custo de manutenção dos estádios e ginásios, considerado hoje um dos principais problemas das administrações desses espaços. "Acreditamos que esta é uma oportunidade única para o Brasil realmente se firmar neste conceito da construção civil verde e mostrar para o mundo que podemos e seremos uma nação sustentável", afirma o gerente-técnico da ONG GBC Brasil, Marcos Casado. Os estádios que já possuem o registro para receber a certificação são o Mineirão 2014, Belo Horizonte (MG), o Complexo Esportivo do Amazonas, Manaus (AM), a Arena Cuiabá, Cuiabá (MT) e o Estádio Nacional de Brasília, Brasília (DF). Além dos já citados, as arenas Maracanã, Rio de Janeiro (RJ), Cidade da Copa, Recife (PE), Das Dunas, Natal (RN) e Fonte Nova, Salvador (BA), se comprometeram a se tornar empreendimentos verdes. |
“Eco-garrafas”
Estudos da USP sobre pontos de internet alimentados por energia solar
Fonte: Inovação Tecnológica - 25.06.2010 |
São Paulo - Pesquisadores do Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI) da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo criaram o protótipo de um sistema de comunicação sem fio em malha alimentado por energia solar. Conhecido como Wi-fi Solar, o equipamento permite o acesso a internet sem fio para dispositivos móveis em áreas ao ar livre. O sistema, em fase de testes, apresenta menores custos de instalação e o emprego da energia solar reduz despesas com eletricidade. Wi-fi Solar O Wi-fi Solar possui quatro módulos: comunicação (roteador), fotovoltaico (painel solar), armazenamento (baterias) e controle de energia. "O roteador cria uma malha de comunicação sem fio, com várias rotas, entre outros módulos de comunicação da rede e fornece cobertura Wi-Fi para dispositivos móveis e portáteis no raio de alcance do sinal transmitido por cada módulo de comunicação", conta o engenheiro Rafael Herrero Alonso, responsável pelo projeto. "O módulo fotovoltaico gera eletricidade em corrente contínua ao sistema a partir da transformação direta da luz em energia elétrica." Baterias recarregáveis garantem a operação do sistema em períodos sem irradiação solar. "Em sistemas autônomos é necessário acumular energia, para compensar as diferenças existentes entre produção e utilização ao longo do tempo", explica o engenheiro. "O armazenamento obriga a utilização de um módulo de controle de energia adequado, que faça a gestão do processo de carga, a proteger e garantir uma elevada confiabilidade e um maior tempo de vida útil para as baterias." Rede de baixo custo Atualmente, dois Sistemas Wi-Fi Solar estão instalados em postes de iluminação na Cidade Universitária (Zona Oeste de São Paulo). "Ambos operam no mínimo 8 horas por dia. Sendo caracterizado por um sistema autônomo, não precisa de manutenção e interação humana", conta o engenheiro. "Além disso, mais de 50 pessoas se conectam a rede implementada com os sistemas Wi-Fi Solar diariamente e transferem em torno de 1 gigabyte de informação." Entre as principais vantagens do sistema, Alonso aponta a eliminação da infraestrutura de cabos elétricos para a instalação, e a redução de custos com o projeto da rede sem fio, mão-de-obra para instalação elétrica e do próprio custo da eletricidade, devido à utilização de energia solar renovável. "Também é possível diminuir os custos com cabeamento estruturado para acesso a internet, fazer a instalação e o início do funcionamento do sistema em menos tempo", acrescenta, "além de reduzir gastos com manutenção e mão-de-obra operacional com técnicos no local." Parceria com empresas O engenheiro ressalta que o Wi-fi Solar é independente de infraestrutura cabeada. "Desta forma, as economias de custos podem chegar a 40% em relação à instalação de um infraestrutura de redes sem fio tradicional para ambientes externo", aponta. "Em resumo, o sistema permite cobrir grandes áreas ao ar livre com rapidez, facilidade e menor custo, representando assim, um sistema confiável e economicamente viável." A pesquisa, realizada no Núcleo de Engenharia de Mídias (NEM) do LSI, teve a colaboração dos professores Marcelo Knorich Zuffo e Roseli de Deus Lopes, da Poli, e do engenheiro Hilel Becher, gerente do NEM. "Nosso objetivo é transferir a tecnologia para ser transformada em produto por uma empresa parceira, que dará continuidade na industrialização e comercialização", planeja Alonso. A empresa Heliodinâmica disponibilizou os módulos de armazenamento e fotovoltaicos usados no desenvolvimento do estudo. Sistemas similares ao desenvolvido na USP já estão disponíveis comercialmente no exterior. |
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Alemanha rumo ao 100% de energia renovável
Fonte: Portal Exame
A Alemanha irá produzir toda a sua eletricidade com fontes de energia renovável até 2050 e se tornar a primeira grande nação industrial a eliminar a dependência sobre combustíveis fósseis, disse a Agência Federal do Meio Ambiente na quarta-feira, 7 de julho.
A Alemanha já é uma liderança em energia renovável e exporta tecnologia verde para o mundo todo. O país produz 16 por cento de sua energia de fontes eólicas, solares e outras fontes renováveis – três vezes o índice de cinco por cento, há 15 anos.
“Uma conversão completa para a energia renovável até 2050 é possível do ponto de vista técnico e ecológico”, disse Jochen Flasbarth, presidente da Agência Federal do Meio Ambiente, ao apresentar um novo estudo a jornalistas na quarta-feira.
“É uma meta muito realista baseada em tecnologia já existente — não é uma previsão abstrata”, acrescentou, dizendo que o cronograma poderia até ser acelerado com novas inovações tecnológicas e uma maior aceitação do público.
Graças ao Ato de Energia Renovável, a Alemanha é o líder mundial de fotovoltaicos com metade da capacidade instalada. O país espera acrescentar mais de 5 mil megawatts de capacidade fotovoltaica neste ano para um total de 14 mil megawatts.
A Alemanha também é a segunda maior produtora de energia eólica depois dos Estados Unidos. Cerca de 300 mil empregos no setor de energia renovável foram criados na Alemanha na última década.
O governo pretende cortar a emissão de gases de efeito estufa em 40 por cento entre 1990 e 2020, e de 80 para 85 por cento até 2050. Esse objetivo pode ser atingido se a Alemanha converter completamente para fontes renováveis até 2050, disse Flasbarth.
Cerca de 40 por cento dos gases de efeito estufa produzidos pela Alemanha vem da produção de eletricidade, particularmente de usinas de carvão.
Flasbarth disse que o estudo da Agência do Meio Ambiente descobriu que a conversão para energia verde até 2050 teria vantagens econômicas, especialmente para a importante indústria manufatureira voltada para exportação. Além disso, também criaria dezenas de milhares de empregos.
“O custo da conversão total para renováveis é muito menor que o custo para futuras gerações causado pelas mudanças climáticas”, disse ele.
Primeira usina de hidrogênio do mundo
A Enel SpA anunciou hoje a primeira usina de energia de hidrogênio do mundo, reforçando suas credenciais para a oferta pública de uma participação minoritária em sua unidade de energias renováveis, prevista para outubro. A nova unidade localiza-se em Fusina, próxima a Veneza, com capacidade total de geração de 16 megawatts (MW) em energia elétrica. Os investimentos da Enel no projeto foram de cerca de 50 milhões de euros.
A Enel planeja vender uma participação minoritária na Enel Green Power SpA no fim do ano e indicou outubro como a data para uma oferta pública inicial. A unidade de energia renovável está avaliada em mais de 12 bilhões de euros. A eletricidade produzida pela usina é suficiente para atender as necessidades anuais de cerca de 20 mil residências. A unidade utiliza hidrogênio produzido principalmente como subproduto da unidade petroquímica de Porto Marghera, que está próximo de Fusina. Deste modo, a Enel conseguiu resolver um dos principais desafios relacionados ao hidrogênio: obter o combustível limpo sem ter que usar grandes quantidades de energia para produzi-lo.
A Enel está impulsionando as operações verdes de sua unidade para tirar vantagem da atratividade do setor. No fim da semana, a Enel vai inaugurar uma outra unidade piloto na Sicília, que usa uma nova tecnologia de energia solar para gerar eletricidade. A unidade de Fusina usa 1,3 tonelada de hidrogênio por hora em sua geração. Ela compra o hidrogênio da Eni Spa.
No entanto, o hidrogênio como fonte para gerar eletricidade ainda não é competitivo em relação aos hidrocarbonetos tradicionais, custando quase cinco vezes mais que a energia produzida, por exemplo, por carvão. A decisão da Enel de investir na unidade de Fusina - a primeira do tipo em escala industrial - foi feita, em parte, para permitir que seus engenheiros testem a tecnologia de hidrogênio e adquiram experiência. As informações são da Dow Jones.
Cem por cento limpeza
Por GEVAN OLIVEIRA
Empresário cearense desenvolve o primeiro poste de iluminação pública 100% alimentado por energia eólica e solar
Não tem mais volta. As tecnologias limpas – aquelas que não queimam combustível fóssil – serão o futuro do planeta quando o assunto for geração de energia elétrica. E, nessa onda, a produção eólica e solar sai na frente, representando importantes fatias na matriz energética de vários países europeus, como Espanha, Alemanha e Portugal, além dos Estados Unidos. Também está na dianteira quem conseguiu vislumbrar essa realidade, quando havia apenas teorias, e preparou-se para produzir energia sem agredir o meio ambiente. No Ceará, um dos locais no mundo com maior potencial energético (limpo), um ‘cabeça chata’ pretende mostrar que o estado, além de abençoado pela natureza, é capaz de desenvolver tecnologia de ponta.
O professor Pardal cearense é o engenheiro mecânico Fernandes Ximenes, proprietário da Gram-Eollic, empresa que lançou no mercado o primeiro poste de iluminação pública 100% alimentado por energias eólica e solar. Com modelos de 12 e 18 metros de altura (feitos em aço), o que mais chama a atenção no invento, tecnicamente denominado de Produtor Independente de Energia (PIE), é a presença de um avião no topo do poste.
Feito em fibra de carbono e alumínio especial – mesmo material usado em aeronaves comerciais –, a peça tem três metros de comprimento e, na realidade, é a peça-chave do poste híbrido. Ximenes diz que o formato de avião não foi escolhido por acaso. A escolha se deve à sua aerodinâmica, que facilita a captura de raios solares e de vento. "Além disso, em forma de avião, o poste fica mais seguro. São duas fontes de energia alimentando-se ao mesmo tempo, podendo ser instalado em qualquer região e localidade do Brasil e do mundo", esclarece.
Tecnicamente, as asas do avião abrigam células solares que captam raios ultravioletas e infravermelhos por meio do silício (elemento químico que é o principal componente do vidro, cimento, cerâmica, da maioria dos componentes semicondutores e dos silicones), transformando-os em energia elétrica (até 400 watts), que é armazenada em uma bateria afixada alguns metros abaixo. Cumprindo a mesma tarefa de gerar energia, estão as hélices do avião. Assim como as naceles (pás) dos grandes cata-ventos espalhados pelo litoral cearense, a energia (até 1.000 watts) é gerada a partir do giro dessas pás.
Cada poste é capaz de abastecer outros três ao mesmo o tempo. Ou seja, um poste com um "avião" – na verdade um gerador – é capaz de produzir energia para outros dois sem gerador e com seis lâmpadas LEDs (mais eficientes e mais ecológicas, uma vez que não utilizam mercúrio, como as fluorescentes compactas) de 50.000 horas de vida útil dia e noite (cerca de 50 vezes mais que as lâmpadas em operação atualmente; quanto à luminosidade, as LEDs são oito vezes mais potentes que as convencionais). A captação (da luz e do vento) pelo avião é feita em um eixo com giro de 360 graus, de acordo com a direção do vento.
À prova de apagão!
Por meio dessas duas fontes, funcionando paralelamente, o poste tem autonomia de até sete dias, ou seja, é à prova de apagão. Ximenes brinca dizendo que sua tecnologia é mais resistente que o homem: "As baterias do poste híbrido têm autonomia para 70 horas, ou seja, se faltarem vento e sol 70 horas, ou sete noites seguidas, as lâmpadas continuarão ligadas, enquanto a humanidade seria extinta porque não se consegue viver sete dias sem a luz solar".
O inventor explica que a ideia nasceu em 2001, durante o apagão. Naquela época, suas pesquisas mostraram que era possível oferecer alternativas ao caos energético. Ele conta que a caminhada foi difícil, em função da falta de incentivo – o trabalho foi desenvolvido com recursos próprios. Além disso, teve que superar o pessimismo de quem não acreditava que fosse possível desenvolver o invento. "Algumas pessoas acham que só copiamos e adaptamos descobertas de outros. Nossa tecnologia, no entanto, prova que esse pensamento está errado. Somos, sim, capazes de planejar, executar e levar ao mercado um produto feito 100% no Ceará. Precisamos, na verdade, é de pessoas que acreditem em nosso potencial", diz.
Mas esse não parece ser um problema para o inventor. Ele até arranjou um padrinho forte, que apostou na ideia: o governo do estado. O projeto, gestado durante sete anos, pode ser visto no Palácio Iracema, onde passa por testes. De acordo com Ximenes, nos próximos meses deve haver um entendimento entre as partes. Sua intenção é colocar a descoberta em praças, avenidas e rodovias.
O empresário garante que só há benefícios econômicos para o (possível) investidor. Mesmo não divulgando o valor necessário à instalação do equipamento, Ximenes afirma que a economia é de cerca de R$ 21.000 por quilômetro/mês, considerando-se a fatura cheia da energia elétrica. Além disso, o custo de instalação de cada poste é cerca de 10% menor que o convencional, isso porque economiza transmissão, subestação e cabeamento. A alternativa teria, também, um forte impacto no consumo da iluminação pública, que atualmente representa 7% da energia no estado. "Com os novos postes, esse consumo passaria para próximo de 3%", garante, ressaltando que, além das vantagens econômicas, existe ainda o apelo ambiental. "Uma vez que não haverá contaminação do solo, nem refugo de materiais radioativos, não há impacto ambiental", finaliza Fernandes Ximenes.
Bola da vez
De fato, em todas as partes do mundo, há esforços cada vez maiores e mais rápidos para transformar as energias limpas na bola da vez. E, nesse sentido, números positivos não faltam para alimentar tal expectativa. Organismos internacionais apontam que o mundo precisará de 37 milhões de profissionais para atuar no setor de energia renovável até 2030, e boa parte deles deverá estar presente no Brasil. Isso se o país souber aproveitar seu gigantesco potencial, especialmente para gerar energias eólica e solar. Segundo o Estudo Prospectivo para Energia Fotovoltaica, desenvolvido pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), o dever de casa no país passa, em termos de energia solar, por exemplo, pela modernização de laboratórios, integração de centros de referência e investimento em desenvolvimento de tecnologia para obter energia fotovoltaica a baixo custo. Também precisará estabelecer um programa de distribuição de energia com sistemas que conectem casas, empresas, indústria e prédios públicos.
"Um dos objetivos do estudo, em fase de conclusão, é identificar as oportunidades e desafios para a participação brasileira no mercado doméstico e internacional de energia solar fotovoltaica", diz o assessor técnico do CGEE, Elyas Ferreira de Medeiros. Por intermédio desse trabalho, será possível construir e recomendar ações estratégicas aos órgãos de governo, universidades e empresas, sempre articuladas com a sociedade, para inserir o país nesse segmento. Ele explica que as vantagens da energia solar são muitas e os números astronômicos. Elyas cita um exemplo: em um ano, a Terra recebe pelos raios solares o equivalente a 10.000 vezes o consumo mundial de energia no mesmo período.
O CGEE destaca, em seu trabalho, a necessidade de que sejam instituídas políticas de desenvolvimento tecnológico, com investimentos em pesquisa sobre o silício e sistemas fotovoltaicos. Há a necessidade de fomentar o desenvolvimento de uma indústria nacional de equipamentos de sistemas produtivos com alta integração, além de incentivar a implantação de um programa de desenvolvimento industrial e a necessidade de formação de profissionais para instalar, operar e manter os sistemas fotovoltaicos.
Empresário cearense desenvolve o primeiro poste de iluminação pública 100% alimentado por energia eólica e solar
Não tem mais volta. As tecnologias limpas – aquelas que não queimam combustível fóssil – serão o futuro do planeta quando o assunto for geração de energia elétrica. E, nessa onda, a produção eólica e solar sai na frente, representando importantes fatias na matriz energética de vários países europeus, como Espanha, Alemanha e Portugal, além dos Estados Unidos. Também está na dianteira quem conseguiu vislumbrar essa realidade, quando havia apenas teorias, e preparou-se para produzir energia sem agredir o meio ambiente. No Ceará, um dos locais no mundo com maior potencial energético (limpo), um ‘cabeça chata’ pretende mostrar que o estado, além de abençoado pela natureza, é capaz de desenvolver tecnologia de ponta.
O professor Pardal cearense é o engenheiro mecânico Fernandes Ximenes, proprietário da Gram-Eollic, empresa que lançou no mercado o primeiro poste de iluminação pública 100% alimentado por energias eólica e solar. Com modelos de 12 e 18 metros de altura (feitos em aço), o que mais chama a atenção no invento, tecnicamente denominado de Produtor Independente de Energia (PIE), é a presença de um avião no topo do poste.
Feito em fibra de carbono e alumínio especial – mesmo material usado em aeronaves comerciais –, a peça tem três metros de comprimento e, na realidade, é a peça-chave do poste híbrido. Ximenes diz que o formato de avião não foi escolhido por acaso. A escolha se deve à sua aerodinâmica, que facilita a captura de raios solares e de vento. "Além disso, em forma de avião, o poste fica mais seguro. São duas fontes de energia alimentando-se ao mesmo tempo, podendo ser instalado em qualquer região e localidade do Brasil e do mundo", esclarece.
Tecnicamente, as asas do avião abrigam células solares que captam raios ultravioletas e infravermelhos por meio do silício (elemento químico que é o principal componente do vidro, cimento, cerâmica, da maioria dos componentes semicondutores e dos silicones), transformando-os em energia elétrica (até 400 watts), que é armazenada em uma bateria afixada alguns metros abaixo. Cumprindo a mesma tarefa de gerar energia, estão as hélices do avião. Assim como as naceles (pás) dos grandes cata-ventos espalhados pelo litoral cearense, a energia (até 1.000 watts) é gerada a partir do giro dessas pás.
Cada poste é capaz de abastecer outros três ao mesmo o tempo. Ou seja, um poste com um "avião" – na verdade um gerador – é capaz de produzir energia para outros dois sem gerador e com seis lâmpadas LEDs (mais eficientes e mais ecológicas, uma vez que não utilizam mercúrio, como as fluorescentes compactas) de 50.000 horas de vida útil dia e noite (cerca de 50 vezes mais que as lâmpadas em operação atualmente; quanto à luminosidade, as LEDs são oito vezes mais potentes que as convencionais). A captação (da luz e do vento) pelo avião é feita em um eixo com giro de 360 graus, de acordo com a direção do vento.
À prova de apagão!
Por meio dessas duas fontes, funcionando paralelamente, o poste tem autonomia de até sete dias, ou seja, é à prova de apagão. Ximenes brinca dizendo que sua tecnologia é mais resistente que o homem: "As baterias do poste híbrido têm autonomia para 70 horas, ou seja, se faltarem vento e sol 70 horas, ou sete noites seguidas, as lâmpadas continuarão ligadas, enquanto a humanidade seria extinta porque não se consegue viver sete dias sem a luz solar".
O inventor explica que a ideia nasceu em 2001, durante o apagão. Naquela época, suas pesquisas mostraram que era possível oferecer alternativas ao caos energético. Ele conta que a caminhada foi difícil, em função da falta de incentivo – o trabalho foi desenvolvido com recursos próprios. Além disso, teve que superar o pessimismo de quem não acreditava que fosse possível desenvolver o invento. "Algumas pessoas acham que só copiamos e adaptamos descobertas de outros. Nossa tecnologia, no entanto, prova que esse pensamento está errado. Somos, sim, capazes de planejar, executar e levar ao mercado um produto feito 100% no Ceará. Precisamos, na verdade, é de pessoas que acreditem em nosso potencial", diz.
Mas esse não parece ser um problema para o inventor. Ele até arranjou um padrinho forte, que apostou na ideia: o governo do estado. O projeto, gestado durante sete anos, pode ser visto no Palácio Iracema, onde passa por testes. De acordo com Ximenes, nos próximos meses deve haver um entendimento entre as partes. Sua intenção é colocar a descoberta em praças, avenidas e rodovias.
O empresário garante que só há benefícios econômicos para o (possível) investidor. Mesmo não divulgando o valor necessário à instalação do equipamento, Ximenes afirma que a economia é de cerca de R$ 21.000 por quilômetro/mês, considerando-se a fatura cheia da energia elétrica. Além disso, o custo de instalação de cada poste é cerca de 10% menor que o convencional, isso porque economiza transmissão, subestação e cabeamento. A alternativa teria, também, um forte impacto no consumo da iluminação pública, que atualmente representa 7% da energia no estado. "Com os novos postes, esse consumo passaria para próximo de 3%", garante, ressaltando que, além das vantagens econômicas, existe ainda o apelo ambiental. "Uma vez que não haverá contaminação do solo, nem refugo de materiais radioativos, não há impacto ambiental", finaliza Fernandes Ximenes.
Bola da vez
De fato, em todas as partes do mundo, há esforços cada vez maiores e mais rápidos para transformar as energias limpas na bola da vez. E, nesse sentido, números positivos não faltam para alimentar tal expectativa. Organismos internacionais apontam que o mundo precisará de 37 milhões de profissionais para atuar no setor de energia renovável até 2030, e boa parte deles deverá estar presente no Brasil. Isso se o país souber aproveitar seu gigantesco potencial, especialmente para gerar energias eólica e solar. Segundo o Estudo Prospectivo para Energia Fotovoltaica, desenvolvido pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), o dever de casa no país passa, em termos de energia solar, por exemplo, pela modernização de laboratórios, integração de centros de referência e investimento em desenvolvimento de tecnologia para obter energia fotovoltaica a baixo custo. Também precisará estabelecer um programa de distribuição de energia com sistemas que conectem casas, empresas, indústria e prédios públicos.
"Um dos objetivos do estudo, em fase de conclusão, é identificar as oportunidades e desafios para a participação brasileira no mercado doméstico e internacional de energia solar fotovoltaica", diz o assessor técnico do CGEE, Elyas Ferreira de Medeiros. Por intermédio desse trabalho, será possível construir e recomendar ações estratégicas aos órgãos de governo, universidades e empresas, sempre articuladas com a sociedade, para inserir o país nesse segmento. Ele explica que as vantagens da energia solar são muitas e os números astronômicos. Elyas cita um exemplo: em um ano, a Terra recebe pelos raios solares o equivalente a 10.000 vezes o consumo mundial de energia no mesmo período.
O CGEE destaca, em seu trabalho, a necessidade de que sejam instituídas políticas de desenvolvimento tecnológico, com investimentos em pesquisa sobre o silício e sistemas fotovoltaicos. Há a necessidade de fomentar o desenvolvimento de uma indústria nacional de equipamentos de sistemas produtivos com alta integração, além de incentivar a implantação de um programa de desenvolvimento industrial e a necessidade de formação de profissionais para instalar, operar e manter os sistemas fotovoltaicos.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Campeão da sustentabilidade
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Brasil - A Copa do Mundo da África do Sul resgata a Pátria de Chuteiras no cotidiano dos brasileiros. Porém, a justificada euforia ante a expectativa do hexacampeonato não pode empanar a consciência de que, conforme alerta feito pela própria Fifa, estamos atrasados na agenda de uma competição ainda mais importante para o país: a Copa do Mundo de 2014, cuja realização no Brasil deve resultar em avanços significativos na infraestrutura. Para que isso ocorra, é premente que os setores público e privado assumam suas responsabilidades. O Estado terá papel preponderante na viabilização das obras, pois boa parte delas será financiada com seus recursos. Estamos, sem dúvida, diante de excelentes perspectivas para o desenvolvimento de esforço conjunto entre os governos federal, estaduais e municipais, empresários, clubes de futebol e federações, com foco na construção, recuperação e modernização de rodovias, ferrovias, aeroportos, hotéis, logradouros urbanos e arenas esportivas. A Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, compõem um fator de estímulo aos investimentos nessas áreas e conferem ao país prestígio e credibilidade no cenário internacional. Por outro lado, não basta cumprir os prazos e executar o expressivo volume de empreendimentos previstos. É importante, também, que os grandes eventos suscitem mudança cultural do mercado na direção das construções sustentáveis, essenciais na luta pela salubridade do habitat e contra as mudanças climáticas. É imprescindível, portanto, atender à expectativa de que os novos estádios e obras de mobilidade urbana respondam às demandas da preservação do meio ambiente, consolidando essa tendência também na execução de obras comerciais e residenciais, compensando integralmente as emissões de carbono. É preciso ter sempre em mente a ameaça das mudanças climáticas e a contribuição de cada setor produtivo para mitigar o risco. São imensos os benefícios dos chamados empreendimentos verdes quanto à qualidade da vida de seus ocupantes, pureza do ar, luminosidade, temperatura e sequestro de carbono. Neste contexto, são cinco suas principais características: a eficiência na prevenção e redução da degradação ambiental na atividade construtiva, em especial no controle da erosão e sedimentação do solo; o uso de tecnologias para o controle do desperdício de água potável e preservação dos lençóis freáticos; utilização de sistemas elétricos capazes de reduzir o consumo de energia; o desenvolvimento de atividades para armazenagem e coleta de resíduos recicláveis; e o uso de sistemas de climatização voltados ao controle ambiental do ar interno. Para que uma construção seja adequada ao tripé do conceito mais avançado de sustentabilidade (ser ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente viável), deve atender às normas LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), mundialmente aceitas e reconhecidas no Brasil. Sua certificação é feita pelo United States Green Building Council (USGBC), que tem um conselho encarregado de suas adaptações em nosso país. É fundamental que haja uma inversão cultural do mercado, no sentido de se perceberem as vantagens e ganhos econômicos proporcionados por um empreendimento verde. No Brasil, construções industriais e comerciais estão mais avançadas no contexto dessa nova concepção arquitetônica. A ideia é que esses empreendimentos tornem-se, paulatinamente, um padrão da construção civil. Os ganhos são muito relevantes: redução de 39% na emissão de dióxido de carbono, 40% do consumo de água potável e até 50% de energia elétrica e 70% dos resíduos sólidos. Felizmente, a comunidade empresarial brasileira está muito consciente com relação à necessidade de se realizarem obras enquadradas no conceito de projeto sustentável. No entanto, a partir do momento em que a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 passarem a semear canteiros de obras em todo o país, é imprescindível articulação entre os atores econômicos e sociais para a consolidação do modelo "verde". Considerando que o Brasil tem posição estratégica quanto à produção de alimentos e de energia renovável, detém a mais abundante reserva hídrica e possui a maior biodiversidade do Planeta, as construções ecologicamente corretas lhe garantiriam o título mundial da sustentabilidade. |
Gana incentiva conservação de energia
Comissão de Energia de Gana incentiva a conservação de energia
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Fonte: Peace FM Online - 09.07.2010 |
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Gana - A Comissão de Energia de Gana desenvolveu um plano para promover o uso de refrigeradores e ar condicionados eficientes energeticamente, como medida para aumentar o fornecimento de energia sustentável. A proposta, submetida ao ministro de energia, se aprovada, irá permitir um mecanismo onde refrigeradores e ar condicionados de baixo consumo de energia sejam distribuídos aos consumidores com um desconto. O secretário executivo da Comissão de Energia, Ofosu Ahenkorah, revelou que o projeto buscará financiamento do Fundo Global de Equipamentos, assim como fundos multilaterais para apoiar o projeto. A comissão, desde 2007, tem introduzido um sistema de etiquetas padrão para refrigeradores e freezers que indicam as taxas anuais de consumo do aparelho em killowatt-hora, permitindo assim que consumidores possam estimar quanto poderiam economizar ao comprar um aparelho. As etiquetas utilizam um sistema de classificação de estrelas onde cinco estrelas indicam refrigeradores que consomem menos de 250 kWh/ano, e uma estrela consumo de energia entre 400 kWh/ano e 500 KWh/ano. "Enquanto é mais do que necessário reforçar as legislações e as regulamentações para garantir o fornecimento de energia elétrica, é imperativo promover a conservação de energia como um meio de garantir a segurança energética", disse Ahenkorah. Desde junho, a Comissão Pública de Regulamentação de Concessionárias permitiu um ajuste com aumento de 89% nas tarifas para os consumidores, através de medidas de energia elétrica que permitam às distribuidoras melhorarem seus equipamentos de geração, transmissão e distribuição de energia. A Comissão Pública de Regulamentação de Energia sustenta medidas mais rígidas para as distribuidoras, das quais espera-se que produzam alta eficiência na energia distribuída. |
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Empreendimentos que garantem sustentablidade têm menores taxas no programa ProCopa
Fonte: Hôtelier News - 06.07.2010 |
Brasil - O programa de financiamento lançado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o ProCopa Turismo, vai viabilizar menores taxas para empreendimentos sustentáveis. O projeto foi desenvolvido pelo Ministério do Turismo (MTur) e pelo BNDES e foi apresentado ao Fohb (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil) em meados de junho. Segundo a diretoria do Fohb, a taxa de juros média para empreendimentos sustentáveis é de 8,5% a.a. Para hotéis básicos, a taxa figura na média de 10,5% a.a. Os prazos para o pagamento também são diferenciados. "Para novos hotéis 'básicos' o prazo oferecido é de 10 anos. Já um hotel com eficiência energética poderá pagar em até 15 anos, e o hotel certificado como sustentável em até 18 anos", explica Rafael Guaspari, presidente do Fohb. O ProCopa Turismo tem verba de R$ 1 bilhão, que deve ser destinada à reforma, à construção de novos hotéis e à ampliação. Guaspari parabeniza o MTur pelo projeto. De acordo com o presidente do Fohb, a possibilidade de utilização do crédito para reformas/ampliações é de suma importância. "Certamente, este programa será de grande importância na adequação do parque hoteleiro para a realização da Copa do Mundo de 2014. Uma das grandes preocupações das redes associadas na fase atual é que ocorra uma evolução desenfreada da oferta existente nas cidades-sede da Copa, prejudicando a rentabilidade de todos os empreendimentos do destino no futuro. O Fohb acredita que o planejamento neste momento é fundamental, para evitar que ocorra desequilíbrio acentuado entre oferta e demanda, como aconteceu no começo do século XXI", finaliza Guaspari. |
A crescente economia chinesa cada vez mais verde
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Fonte: China Daily - 06.07.2010 |
China - Dados revisados mostraram que a economia chinesa não tem apenas crescido mais do que foi anunciado anteriormente mas também consumiu a energia de modo mais eficiente em 2009. Para os estrategistas políticos curiosos para atingir a meta de redução de energia de cinco anos do país, isso é um incentivo mais do que necessário. Enquanto a China tinha planejado reduzir em 20% a intensidade de energia entre 2006 e 2010, foi relatado que o consumo de energia por unidade do produto interno bruto caiu 14,38% nos últimos quatro anos. A China conseguiu reduzir a intensidade energética em mais de 4% ao ano em 2007 e 2008, mas as estatísticas iniciais apontaram para apenas 2,2% de queda de intensidade energética em 2009. Contudo, os números mais recentes indicam que a economia da China cresceu 9,1% no ano passado, mais rápido do que o rebote de 8,7% inicialmente relatado. Esta aceleração do crescimento do PIB de 0,4%, em tese, leva a alguma melhoria em eficiência energética. Segundo o Departamento Nacional de Estatísticas, grande parte do aumento do PIB vem de serviços. Com isso, o setor de serviços é geralmente mais eficiente energeticamente do que o setor industrial, e o aumento da taxa do PIB pode apenas indicar uma melhoria ainda maior em eficiência energética. Se for assim, os estrategistas políticos têm dado mais espaço entre o sonho de país eficiente energeticamente e sua meta de energia em cinco anos. Eles devem, no entanto, estar cientes de que os ganhos do país em eficiência energética têm começado a se inverter, e caíram 3,2% no primeiro trimestre desde ano. Para incentivar o desenvolvimento sustentável devem garantir que o crescimento econômico do país e a eficiência energética caminhem lado a lado. |
Economizando energia com monitores ecológicos
Fonte: Terra Notícias - 06.07.2010 |
Brasil - A Samsung anunciou recentemente duas novas linhas de monitores LED, com recursos ecologicamente corretos e design diferenciado que chegam ao mercado em breve. As telas widescreen têm resolução full-HD e tempo de resposta de 2 milissegundos. As séries 30 e 50 de monitores, com retroiluminação em LED, são fabricados com "poucas ou quase sem substâncias danosas ao ambiente, como mercúrio ou chumbo, e usam 40% a menos de energia", de acordo com a fabricante. Além disso, o acabamento externo não utiliza tintas, sprays ou colas, para facilitar a reciclagem. Os monitores vêm ainda com um recurso chamado Magic Eco, que ajusta o brilho da tela dependendo dos níveis de consumo de energia com quatro opções pré-selecionadas (100%, 75%, 50% e desligado). Os modelos da série 50 têm acabamento em cinza-carvão, com um padrão de ondas na parte traseira. A série 30, porém, tem sua borda em "mystic brown", um tom de marrom que, segundo a Samsung, "lembra chocolate". A empresa não informou o preço e a disponibilidade dos modelos. |
O consumo da tecnologia 3D pode aumentar em até 50%
Fonte: Adrenaline - 05.07.2010 |
Brasil - Para quem está pensando em comprar uma televisão nova para aproveitar as benesses da tecnologia 3D, aí vai um alerta. De acordo com o monitoramento realizado pelo Cnet, o consumo dos aparelhos ao passar do modo 2D para o 3D pode, em alguns casos, aumentar em até 50%. O monitoramento foi realizado em quatro modelos de TVs do mercado norte-americano. Os piores resultados foram encontrados nos aparelhos de plasma da Panasonic, onde o modelo TC-P50VT25 de 50 polegadas passou de 160,91 watts em 2D para 260,53 watts em3D – aumento de 38,24%, e o TC-P65VT25 de 65 polegadas saltou de 176,84 watts para 354,71 – consumo 50,15% maior. Já a Samsung UN55C8000 de 55 polegadas com tecnologia LED teve um aumento de 22,34% ao passar do 2D para o 3D, indo de 118,73 watts para 152,89 watts. Felizmente parece haver exceções para a regra. A grande surpresa ficou por conta da Sony XBR-HX909 LED TV, que teve o consumo reduzido de 106,66W para 104,65W, baixa de 1,92%. O Cnet não soube explicar exatamente o porquê do aumento do consumo de energia ao se passar do 2D para o 3D, mas as suspeitas são para a necessidade do brilho extra no processamento das imagens tridimensionais. Pelo menos foi o que aconteceu com os modelos da Panasonic. Contudo, fica a incógnita para o caso da TV da Sony. |
Guantánamo em busca da economia de eletricidade
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Fonte: Rádio Guantánamo - 05.07.2010 |
Cuba - Diante do excesso de consumo energético do setor residencial em Guantánamo, cerca de 500 especialistas e jovens das Brigadas Estudantis de Trabalho iniciaram visitas a casas e centros de trabalho levando mensagens educacionais para economia de energia. Joaguin Herrada, especialista no uso racional da energia, destacou o empenho do setor estatal em se ajustar ao plano e cumprir suas metas, e a ênfase do Conselho de Energia nas regiões de Baracoa e San Antonio del Sur, onde o consumo de eletricidade tem aumentado. Herrada aconselha as famílias a aprenderem como ler o medidor de eletricidade, e a apagarem as luzes desnecessárias ou acesas permanentemente na casa, porque o país não pode gastar mais do que produz. Como em maio e junho a temperatura na região aumentou em relação ao ano passado, aumentaram as medidas de economia, respaldadas neste verão pelos estudantes, e estão sendo divulgadas informações sobre o efeito nocivo do sobreconsumo na economia. |
Semáforos mesmo sem energia
As novas lâmpadas, do tipo Led, que substituirão até 2011 as atuais incandescentes em todos os semáforos de Porto Alegre, terão uma série de vantagens. Para começar, sua vida útil será bem mais longa, dispensando parte das equipes de manutenção, e o consumo de energia elétrica será reduzido. Mas elas também continuarão funcionando por até 8 horas, mesmo sem energia, diminuindo os problemas de trânsito, sobretudo nos cruzamentos, porque virão com no-breaks, segundo o secretário da Smov, Castro Astrogildo. Os equipamentos que já estão em teste nas avenidas Praia de Belas e Antônio de Carvalho não precisam de lentes coloridas, pois as lâmpadas possuem as tonalidades necessárias.
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