Fonte: The Economic Times - 20.07.2010 |
Índia - A China ultrapassou os Estados Unidos como maior consumidor mundial de energia, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). Imediatamente após o pronunciamento, a China questionou o relatório, alegando que os cálculos eram duvidosos. A agência, com sede em Paris (França), disse que o consumo de fontes de energia do país em 2009 foi pouco maior do que dos Estados Unidos. A mudança é histórica, vindo anos antes do previsto. Em conversações sobre mudanças climáticas, a China tem apontado para os padrões de consumo de energia dos países desenvolvidos e é certo que se sentem desconfortáveis com o fato de consumir mais energia do que qualquer outra nação. Segundo as estatísticas da IEA, o consumo de energia na China mais do que dobrou em menos de uma década. Por unidade do Produto Interno Bruto, os Estados Unidos ainda consomem cinco vezes mais energia do que a China. No entanto, a produção industrial da China e a sua população estão em constante crescimento, aumentando consideravelmente a demanda de energia do país, o que poderia ser menor se fossem tomadas medidas mais eficazes de eficiência energética. O aumento no consumo de energia transformou a China na maior fonte de gases de efeito estufa. O governo se comprometeu a limitar o crescimento das suas emissões, mas se recusou a adotar restrições obrigatórias, alegando que a poluição é uma consequência inevitável do processo de industrialização. Apesar das discordâncias, o economista chefe da IEA, Birol, disse que é importante lembrar que o grande consumo da China deve-se ao aumento da sua população e ao crescimento de sua economia baseada na produção. Assim como o economista lembrou o atual status da China como líder mundial em energia eólica e solar. Melhorar a eficiência energética é uma parte fundamental dos gastos de estímulo da China em resposta à recessão global. O governo anunciou este mês que atingiu a marca de 16% depois de desligar usinas obsoletas, siderúrgicas e outras indústrias. Mas as autoridades dizem que a China ainda consome mais energia por dólar de produção do que os Estados Unidos, o Japão e outras economias desenvolvidas. |
Comentário GREATS: A diferença entre China e Estados Unidos está na vontade política de se buscar soluções energéticas. Os Estados Unidos continuam irredutíveis em relação a ratificar o Protocolo de Kyoto (prestes a expirar) ou quaisquer outras iniciativas que objetivem mitigar o efeito estufa (vide atitude de Obama na Cúpula de Copenhagen). Como o texto ressalta a China é líder mundial em energia eólica e solar, isso apenas não basta. É necessário que os chineses avancem mais rapidamente no sentido de mudar sua matriz energética.
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