Abaixo artigo do Jornal Juventude Rebelde de Cuba
Forjar uma cultura de economia de energia
Fonte: Juventud Rebelde - 02.06.2009
Cuba - Sem energia elétrica a sociedade moderna não seria possível. O conforto e o avanço alcançados seriam impossíveis sem o uso da energia. E quanto mais a humanidade se desenvolve, mais dependente se torna das tecnologias que precisam de eletricidade. Há pouco mais de 100 anos, quando começou a se expandir no serviço elétrico, seu desfrute era algo extraordinário. Atualmente é tão natural dispor de eletricidade que só notamos sua importância quando ocorrem os indesejados apagões, sejam por causas meteorológicas, como ciclones, ou por falhas no serviço, devido a interrupções nas unidades de geração e nas redes que levam a corrente elétrica às casas, aos centros de trabalho, de recreação, de estudo e a outros.
Noventa por cento das casas cubanas têm acesso ao serviço elétrico. De acordo com cálculos do setor a partir de dados da Oficina Nacional de Estatísticas, o consumo médio de eletricidade para cada cubano em 2007 foi de 1.490 kWh. Dispor de serviços e pagar por eles não dá o direito de desperdício. Tampouco há o direito de utilizar mal a eletricidade nos postos de trabalho. Ao contrário, usá-la racionalmente é um dever social e uma amostra da educação energética. De acordo com o dicionário da Real Academia da Língua Espanhola, economizar tem entre seus significados reservar alguma parte do gasto ordinário, guardar com previsão para necessidades futuras e evitar um gasto ou consumo maior. A Wikipedia em inglês diz que a conservação da energia é a prática de diminuir a quantidade de energia utilizada. Esta economia pode ser alcançada com medidas de eficiência energética ou com redução de consumo nos diferentes serviços de energia.
Economizar eletricidade é consumi-la com racionalidade, sem banalidades nem desperdícios. A energia elétrica deve ser utilizada sempre racionalmente, mas em especial quando sua geração se produz através da queima de combustíveis fósseis. Economizar energia elétrica significa usar a quantidade de energia necessária para realizar as diversas atividades. Não significa renúncia à diversão, à informação proveniente do rádio e da televisão, a escutar música, a iluminar, a passar roupas, ou a refrigerar os alimentos. Também não significa diminuir a iluminação até o momento em que são necessários espelhos e nem carregar água para não consumir a eletricidade necessária para bombeá-la até que os tanques se encham. Economizar energia não é renunciar totalmente ao uso de aparelhos de ar-condicionado, computadores, etc. A economia de energia não é impor limitação ao crescimento econômico e social do nosso país. Deve-se usar a eletricidade de forma consciente e responsável, aplicando as medidas indicadas em dependência da necessidade de economia que exista.
No âmbito doméstico, a economia de energia evita gastar dinheiro que pode ser utilizado em outras necessidades da família. Além disso, a prática estende a vida útil dos aparelhos elétricos que temos em casa e que são postos à nossa disposição nos locais de trabalho. A economia de eletricidade permite aumentar a intensidade energética e a eficiência de processos em empresas de diversos setores. Ela se reverte em benefícios para todos, já que é possível direcionar recursos financeiros a outros setores da economia nacional com alto impacto social. Não se pode esquecer que ainda que uma parte dos combustíveis utilizados para a geração de eletricidade seja recursos nacionais, o restante vem de outros países.
Economizar eletricidade contribui para a diminuição da demanda nos horários de pico, que tem um impacto na eficiência do sistema elétrico e no custo da eletricidade produzida. Economizar eletricidade aumenta a disponibilidade dos combustíveis fósseis que se utilizam em sua geração e permite um aproveitamento ótimo da capacidade instalada nas unidades geradoras. Por outro lado, a economia de eletricidade é uma forma efetiva, econômica e acessível de preservar o meio ambiente. A prática da economia de eletricidade leva implícito o exercício da responsabilidade cidadã e a da solidariedade energética. A economia de energia elétrica nos prepara para a transição a um paradigma energético baseado em fontes renováveis, para o que contribui progressivamente a Revolução Energética.
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