Fonte: Envolverde - 31.01.2013 |
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Brasil - Em 2012, a Aneel aprovou as regras que regulamentam a geração de energia solar em casa. Agora, a eletricidade produzida por você mesmo pode diminuir o preço da conta de luz, zerar a tarifa e até mesmo render créditos com as distribuidoras. As mudanças aprovadas pela agência reguladora servem como incentivo às energias alternativas que têm geração totalmente sustentável: a principal delas é a solar, a mais fácil de ser incorporada, não só nas grandes fazendas solares, mas também em prédios e casas das grandes cidades brasileiras. “É cada vez maior o número de interessados em produzir energia para uso doméstico, seja pelos benefícios ambientais, seja para suprir eventuais desligamentos da rede elétrica”, diz o site da empresa Minha Casa Solar, que comercializa sistemas de microgeração fotovoltaica no Brasil. Uma residência que possui painéis solares deixa de utilizar a energia fornecida pelas distribuidoras, e, assim, reduz imediatamente a conta de luz. Isso porque, quando transformado em eletricidade, o sol alimenta os aparelhos ligados naquele momento. Se houver sobras de energia, as quantias serão lançadas na rede da companhia de distribuição, que retornará a quantidade excedente como crédito nas próximas tarifas a serem cobradas. Se, num primeiro momento, a microgeração de energia solar demanda um investimento alto, a economia na conta de luz vira o jogo nos próximos meses: o investimento inicial gira em torno de R$ 15 mil a R$ 40 mil, dependendo do tamanho da residência e do padrão de consumo dos moradores. Entretanto, o cliente pode criar um sistema simples, formado por um ou dois painéis fotovoltaicos e, aos poucos, ir aumentando a quantidade de módulos. |
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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Geração de energia solar em casa faz bem ao planeta e ao bolso
Eficiência energética no fogão a lenha
Equipamento criado por inventor catarinense aquece chuveiro em regiões serranas usando o calor que seria desperdiçado na chaminé. Próximo passo será “fogão-foguete” que reduz queima de lenha em 40%.
Um sistema inovador de aquecimento de água desenvolvido em Santa Catarina aumenta a eficiência energética dos fogões a lenha, presentes na maioria das residências das regiões serranas, onde o inverno é rigoroso. Barato, de fácil instalação e ambientalmente sustentável, o recuperador de calor está sendo testado em um projeto-piloto com 200 famílias de áreas rurais em 34 municípios, numa parceria entre Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), Secretaria de Agricultura do Estado e Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri). Os resultados preliminares superam as expectativas, com aumento do conforto, alívio no orçamento doméstico e potencial para reduzir a demanda de energia nos horários de pico. Criado pelo eletricista aposentado José Alcino Alano, o equipamento aproveita o calor que seria desperdiçado pela chaminé, sem aumentar o consumo de lenha.
“Tomar banho e lavar louça, pra nós, era um tormento”, conta Vera Lúcia Damas Claudiano, líder na comunidade quilombola de Rincão do Tigre, no município de São Joaquim – a 230 km da capital –, onde as temperaturas negativas no inverno fazem parte do cotidiano. A família de Vera foi uma das selecionadas para o teste, por atender ao critério de baixa renda e pela influência dela como multiplicadora para os vizinhos. “Antes, tínhamos que deixar a torneira aberta de noite para a água não congelar no cano”, conta a agricultora, enquanto acende o fogão para preparar o mate. “Agora temos água quente à vontade, dispensamos o chuveiro elétrico e a conta de luz caiu quase pela metade”.
A Celesc estima que a instalação do recuperador de calor nas 198 mil residências onde se usa fogão a lenha em Santa Catarina resultaria em uma economia anual de 193,6 mil MWh de eletricidade. Suficiente para abastecer uma cidade do tamanho de Florianópolis (421 mil habitantes) por três anos, ou toda a área de concessão da companhia, com 6,2 milhões de habitantes, por dois meses. O cálculo, feito segundo o Manual de Eficiência Energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), tomou como premissas a redução de 100% no uso de um chuveiro elétrico de 5.400W de potência, com um tempo médio de oito minutos de banho por pessoa. Não foi considerada a redução no uso de torneira elétrica. Se incluídas as residências rurais com fogão a lenha em regiões serranas do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo, a economia total seria ainda mais expressiva.
A instalação do equipamento se dá no âmbito do projeto Banho de Energia, uma das ações de Responsabilidade Social Empresarial (RSE) da companhia catarinense de eletricidade. “A Celesc não faz filantropia”, esclarece a assessora de RSE, Viviani Bleyer Remor. “Estamos levando conforto e qualidade de vida para os agricultores; ao mesmo tempo, consolidamos a marca da empresa junto a essa população e reduzimos a inadimplência”. Outra vantagem é a redução do consumo no horário de ponta – das 17h30 às 20h30 nos dias úteis, quando o sistema nacional de geração, transmissão e distribuição é sobrecarregado pelo aumento no número de equipamentos ligados à rede elétrica. No segundo semestre de 2013, haverá uma avaliação dos resultados nas 200 unidades instaladas e a empresa pretende ampliar o projeto.
José Alcino Alano, 61 anos, não se considera um inventor, mas o fato é que já saíram de sua prancheta diversas tecnologias sociais, como um leito hospitalar multifuncional de baixo custo para pessoas com paraplegia e tetraplegia, entre outras. Acompanhado da mulher, dona Lizete, ele passa parte do tempo viajando por Santa Catarina para supervisionar a instalação do aquecedor, cujo pedido de patente foi depositado em 2010 junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Desde 2006 o aposentado é parceiro da Celesc na difusão de um aquecedor solar feito com garrafas PET e caixas de leite.
Esse projeto de RSE – Energia do Futuro – levou à criação de uma cooperativa de trabalho no Morro da Queimada, comunidade de baixa renda na capital catarinense, e está sendo replicado na Costa do Marfim. Alano atua como voluntário. Ele explica que o grande diferencial do seu recuperador de calor em comparação com a tradicional serpentina de água é não retirar calor da câmara de combustão do fogão, e sim da chaminé, onde seria desperdiçado: “Assim o consumo de lenha permanece o mesmo”.
A pedido do Valor, o projeto foi avaliado pelo engenheiro Edson Bazzo, do Laboratório de Combustão e Energia de Sistemas Térmicos (LabCET), vinculado ao Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). “Os direcionadores de gases, de fato, representam uma inovação com perspectiva de patente”, afirma. Para o especialista, o maior mérito do trabalho está no resgate de uma tecnologia consolidada de domínio público, que funciona pelo princípio de termossifão (veja box), para reaplicação em propriedades rurais e nas cidades onde ainda são utilizados fogões a lenha: “A medida é evidentemente vantajosa, pois substitui total ou parcialmente a eletricidade consumida em chuveiros, com baixo ou nenhum impacto ambiental”, diz. “Indiretamente, está-se economizando combustíveis fósseis na geração de eletricidade. O único impacto ambiental estaria associado à fabricação, transporte e instalação do sistema, o que é insignificante a meu ver. É uma bela iniciativa”. Bazzo lembra que o dióxido de carbono (CO2) gerado pela queima da lenha é neutro, pois se supõe que ele vai ser absorvido pelo crescimento de novas árvores.
Um elemento importante para a difusão da nova tecnologia tem sido a parceria com a Epagri, empresa pública com mais de 50 anos de fomento à agricultura familiar, modelo de 90% das propriedades agrícolas em Santa Catarina. “Temos contato próximo com as comissões de desenvolvimento municipal, que nos ajudam a identificar as famílias para o projeto-piloto”, diz o gerente estadual de Extensão Rural e Pesqueira, José Cezar Pereira. Oitenta por cento do custo total do equipamento, de cerca de R$ 1,8 mil, são subsidiados pela Celesc. Os agricultores pagam somente R$ 380, em cinco parcelas anuais financiadas pelo Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR). Graças ao subsídio e à facilidade de crédito, o dispositivo está sendo adotado por famílias como a de Orildo Giroto, oriundo do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), que vive no Assentamento Primeiro de Maio, em Curitibanos, a 300 km da capital. “Agora fica mais rápido pra fazer a polenta”, diz dona Luci, pegando água aquecida da torneira.
O recuperador de calor, com vida útil estimada em 20 anos, já teve cinco protótipos construídos e continua sendo aperfeiçoado. Alano não para de elaborar novas ideias: “Estou desenvolvendo um novo modelo de fogão a lenha baseado numa tecnologia existente há vários anos, o ‘fogão foguete’, que, pela queima perfeita dos gases, reduz em 40% o consumo de lenha e produz pouca fuligem, diminuindo os impactos ambientais”. Ele atribui a motivação para criar à sua origem humilde, na qual fazia parte da rotina a busca de soluções para a sobrevivência a partir de conhecimentos em diversas áreas. “Outra motivação é ter contato com realidades que clamam por ajuda imediata e saber que os meus problemas são infinitamente menores que os do meu próximo”.
O calor na chaminé dificilmente ultrapassa os 200°C, contra 500°C em média atingidos na câmara de combustão do fogão a lenha. Embora a rapidez e o volume da água aquecida sejam inferiores ao sistema tradicional por serpentina, são suficientes para atender as necessidades domésticas sem o uso de tubulação especial, o que barateia o sistema. Como não há serpentina com água circulando dentro da câmara, o consumo de lenha permanece o mesmo.
Uma versão condensada desta reportagem foi publicada originalmente no Valor Econômico, em 23/01/2013, com o título Fogão a lenha aquece água do chuveiro

A Celesc estima que a instalação do recuperador de calor nas 198 mil residências onde se usa fogão a lenha em Santa Catarina resultaria em uma economia anual de 193,6 mil MWh de eletricidade. Suficiente para abastecer uma cidade do tamanho de Florianópolis (421 mil habitantes) por três anos, ou toda a área de concessão da companhia, com 6,2 milhões de habitantes, por dois meses. O cálculo, feito segundo o Manual de Eficiência Energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), tomou como premissas a redução de 100% no uso de um chuveiro elétrico de 5.400W de potência, com um tempo médio de oito minutos de banho por pessoa. Não foi considerada a redução no uso de torneira elétrica. Se incluídas as residências rurais com fogão a lenha em regiões serranas do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo, a economia total seria ainda mais expressiva.
A instalação do equipamento se dá no âmbito do projeto Banho de Energia, uma das ações de Responsabilidade Social Empresarial (RSE) da companhia catarinense de eletricidade. “A Celesc não faz filantropia”, esclarece a assessora de RSE, Viviani Bleyer Remor. “Estamos levando conforto e qualidade de vida para os agricultores; ao mesmo tempo, consolidamos a marca da empresa junto a essa população e reduzimos a inadimplência”. Outra vantagem é a redução do consumo no horário de ponta – das 17h30 às 20h30 nos dias úteis, quando o sistema nacional de geração, transmissão e distribuição é sobrecarregado pelo aumento no número de equipamentos ligados à rede elétrica. No segundo semestre de 2013, haverá uma avaliação dos resultados nas 200 unidades instaladas e a empresa pretende ampliar o projeto.
José Alcino Alano, 61 anos, não se considera um inventor, mas o fato é que já saíram de sua prancheta diversas tecnologias sociais, como um leito hospitalar multifuncional de baixo custo para pessoas com paraplegia e tetraplegia, entre outras. Acompanhado da mulher, dona Lizete, ele passa parte do tempo viajando por Santa Catarina para supervisionar a instalação do aquecedor, cujo pedido de patente foi depositado em 2010 junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Desde 2006 o aposentado é parceiro da Celesc na difusão de um aquecedor solar feito com garrafas PET e caixas de leite.
Esse projeto de RSE – Energia do Futuro – levou à criação de uma cooperativa de trabalho no Morro da Queimada, comunidade de baixa renda na capital catarinense, e está sendo replicado na Costa do Marfim. Alano atua como voluntário. Ele explica que o grande diferencial do seu recuperador de calor em comparação com a tradicional serpentina de água é não retirar calor da câmara de combustão do fogão, e sim da chaminé, onde seria desperdiçado: “Assim o consumo de lenha permanece o mesmo”.
A pedido do Valor, o projeto foi avaliado pelo engenheiro Edson Bazzo, do Laboratório de Combustão e Energia de Sistemas Térmicos (LabCET), vinculado ao Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). “Os direcionadores de gases, de fato, representam uma inovação com perspectiva de patente”, afirma. Para o especialista, o maior mérito do trabalho está no resgate de uma tecnologia consolidada de domínio público, que funciona pelo princípio de termossifão (veja box), para reaplicação em propriedades rurais e nas cidades onde ainda são utilizados fogões a lenha: “A medida é evidentemente vantajosa, pois substitui total ou parcialmente a eletricidade consumida em chuveiros, com baixo ou nenhum impacto ambiental”, diz. “Indiretamente, está-se economizando combustíveis fósseis na geração de eletricidade. O único impacto ambiental estaria associado à fabricação, transporte e instalação do sistema, o que é insignificante a meu ver. É uma bela iniciativa”. Bazzo lembra que o dióxido de carbono (CO2) gerado pela queima da lenha é neutro, pois se supõe que ele vai ser absorvido pelo crescimento de novas árvores.
Um elemento importante para a difusão da nova tecnologia tem sido a parceria com a Epagri, empresa pública com mais de 50 anos de fomento à agricultura familiar, modelo de 90% das propriedades agrícolas em Santa Catarina. “Temos contato próximo com as comissões de desenvolvimento municipal, que nos ajudam a identificar as famílias para o projeto-piloto”, diz o gerente estadual de Extensão Rural e Pesqueira, José Cezar Pereira. Oitenta por cento do custo total do equipamento, de cerca de R$ 1,8 mil, são subsidiados pela Celesc. Os agricultores pagam somente R$ 380, em cinco parcelas anuais financiadas pelo Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR). Graças ao subsídio e à facilidade de crédito, o dispositivo está sendo adotado por famílias como a de Orildo Giroto, oriundo do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), que vive no Assentamento Primeiro de Maio, em Curitibanos, a 300 km da capital. “Agora fica mais rápido pra fazer a polenta”, diz dona Luci, pegando água aquecida da torneira.
O recuperador de calor, com vida útil estimada em 20 anos, já teve cinco protótipos construídos e continua sendo aperfeiçoado. Alano não para de elaborar novas ideias: “Estou desenvolvendo um novo modelo de fogão a lenha baseado numa tecnologia existente há vários anos, o ‘fogão foguete’, que, pela queima perfeita dos gases, reduz em 40% o consumo de lenha e produz pouca fuligem, diminuindo os impactos ambientais”. Ele atribui a motivação para criar à sua origem humilde, na qual fazia parte da rotina a busca de soluções para a sobrevivência a partir de conhecimentos em diversas áreas. “Outra motivação é ter contato com realidades que clamam por ajuda imediata e saber que os meus problemas são infinitamente menores que os do meu próximo”.
Como funciona
O recuperador de calor funciona por convecção térmica (termossifão), processo de transmissão de calor em que a energia térmica se propaga através do transporte de matéria, por causa da diferença de densidade e da ação da gravidade. Quando a água fria é aquecida em contato com a chaminé, fica menos densa, isto é, ocupa o mesmo espaço com peso inferior. Assim, sobe até o boiler, um reservatório que conserva a água quente até sua utilização.O calor na chaminé dificilmente ultrapassa os 200°C, contra 500°C em média atingidos na câmara de combustão do fogão a lenha. Embora a rapidez e o volume da água aquecida sejam inferiores ao sistema tradicional por serpentina, são suficientes para atender as necessidades domésticas sem o uso de tubulação especial, o que barateia o sistema. Como não há serpentina com água circulando dentro da câmara, o consumo de lenha permanece o mesmo.
Uma versão condensada desta reportagem foi publicada originalmente no Valor Econômico, em 23/01/2013, com o título Fogão a lenha aquece água do chuveiro
Eletricidade mais barata: e o meio ambiente?
Fonte: Pequenas Empresas e Grandes Negócios - 30.01.2013 |
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Brasil - Recentemente, a presidente Dilma Rousseff anunciou que a conta de luz ficaria mais barata para os brasileiros. É certo que essa iniciativa contribui positivamente para o desenvolvimento das pequenas e médias empresas, uma vez que a energia é um ponto crítico nos custos dos negócios. A presidente também descartou a possibilidade de racionamento de energia e disse que o país está aumentando sua capacidade elétrica. Queria aproveitar esse anúncio para alertar a sociedade sobre a importância da obtenção de energia por meios alternativos, uma vez que os ciclos das chuvas têm comprometido o fornecimento. O Brasil precisa ampliar sua matriz energética para garantir o desenvolvimento econômico e o fornecimento de energia do dia a dia em algumas regiões castigadas pela falta de água. Já existe tecnologia disponível para a geração de energia de outras fontes que não a água, como o sol e o vento, tão abundantes em nosso país, mas tudo isso ainda parece muito distante de nossa realidade cotidiana. Também entrará em vigor a partir do ano que vem um acréscimo na cobrança da energia elétrica para os que consomem mais eletricidade, sempre que os reservatórios estiverem em níveis críticos. Para educar o cidadão, a partir de março de 2013 as contas trarão um quadro explicativo com as chamadas ”bandeiras tarifárias”. Quando os reservatórios estiverem cheios, a bandeira será de cor verde. O amarelo será utilizado para o estágio de atenção, e o vermelho quando os reservatórios estiverem em níveis preocupantes. Vale lembrar que atualmente todas as regiões do país se encontram em situação “vermelha”. Não consigo enxergar outra cor a não ser essa quando se trata da utilização de recursos naturais. O planeta está no vermelho! Precisamos estar sempre alertas e não podemos “baixar a guarda” em relação à preservação do meio ambiente. O estado de alerta quanto ao consumo de energia não deve ser entendido como apocalíptico e sim como uma oportunidade de elevarmos nossos padrões de consciência e abrir espaços para a inovação e a criatividade – em outras palavras, aprender a fazer mais com menos e harmonizar a operação dos negócios com a vida. De toda forma, a redução da conta de luz ajuda o pequeno e o médio empresário, como a de qualquer outro custo inerente ao negócio. Mas o que ele realmente precisa é de uma imediata revisão fiscal. Isso sim daria um impulso fantástico ao empreendedorismo, à formalização dos negócios e à geração de renda. A energia ficou mais barata, mas não é para usar mais. É para economizar sempre! |
Em fase de teste, bandeira tarifária permite planejar consumo
Fonte: O povo Online - 28.01.2013 |
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Brasil - Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a partir de 2014, vai implantar um sistema no qual o consumidor vai saber, antecipadamente, se vai pagar mais caro ou mais barato pela energia elétrica que vai utilizar, a depender das condições de geração da eletricidade. É a Bandeira Tarifária, que já está em fase de teste, em caráter educativo, até o final de 2013. Com a novidade, as contas de energia virão indicando as variações de preço com uma bandeira, que poderá ser verde, amarela ou vermelha. As distribuidoras de energia divulgarão, na fatura, a simulação da aplicação das bandeiras para o subsistema de cada região do Sistema Interligado Nacional (SIN). Atualmente, os custos da geração e as diferenças de demanda da energia já são repassados ao consumidor residencial, no entanto, é feito de uma vez só, no reajuste tarifário anual. Para a indústria, já há uma diferenciação, porém é feita por horário em um período fixo, explica José Starosta, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviço de Conservação de Energia (Abesco). Para ele, a Bandeira Tarifária poderia ter sido implantada há mais tempo, como forma do consumidor se planejar para equilibrar o consumo, já que teria noção do custo da energia para o mês seguinte. Apagão "O Brasil consumia cerca de 430 terawaltt-hora por ano (TWh/ano) em 2011. A sociedade aprendeu a economizar no “apagão” de 2001, depois relaxou um pouco. Ao contrário do restante do mundo, estamos muito bem de potencial energético. Tem água no Sul e Sudeste. No Nordeste, tem um vento fantástico. Mas a eficiência energética é muito importante”, analisa Starosta. Por causa da baixa nos reservatórios e o consequente uso da energia das termelétricas – que é mais cara -, a indicação apresentada seria a bandeira vermelha, o que significa que a tarifa estaria mais cara próximo mês. Conforme o consultor de energia da Federação das Indústrias do Ceará (Fiece), Jurandir Picanço, a alta não seria na mesma proporção do desconto dado pelo Governo Federal às contas de energia, mas certamente, reduziria o corte. “Esse mecanismo é muito salutar. Na situação que estamos agora, seria a bandeira vermelha, que corresponde o valor da tarifa superior ao da normal. Se começar a chover muito, o preço vai cair e a bandeira mudar”, exemplifica Picanço. O especialista afirma que o novo sistema é bom para a indústria, que pode se planejar para fazer um estoque no caso de energia mais barata ou reduzir a produção em caso de energia mais cara. “Se você tem que pagar, é melhor que você saiba que está pagando do que levar um susto depois. É uma alternativa inteligente, porque o consumidor participa mais efetivamente sua conta”. ENTENDA A NOTÍCIA Com a Bandeira Tarifária, as contas de energia irão detalhar o preço que o consumidor paga pela geração. O usuário saberá, por exemplo, se a energia é gerada por hidrelétricas (mais baratas) ou térmicas ( mais caras) SERVIÇO Cartilha da Aneel sobre como economizar energia: Onde: Portal do ANEEL |
Energia solar abastece 80% da demanda energética da PGM Sistemas de Uberlândia
Fonte: Jornal Nortão - 28.01.2013

Minas Gerais - A PGM Sistemas se tornou conhecida no mercado como a empresa de softwares verdes voltados a empreendimentos de pequeno e médio portes. O telhado do prédio de três andares de sua sede em Uberlândia (MG) justifica o diferencial. Nele há 28 placas captadoras de energia solar, que depois de transformada em elétrica abastece 80% das necessidades energéticas da empresa.
O empreendimento uberlandense é considerado pioneiro na implantação de sistema de energia fotovoltaica no setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) do país e, também, por estar ligado à rede de transmissão da companhia de energia elétrica local (Cemig). Utilizar energia solar é uma das práticas sustentáveis mais recomendadas por estudiosos e especialistas em sustentabilidade, pois se trata de fonte limpa e renovável.
A PGM Sistemas está no mercado há 20 anos, possui 1,2 mil clientes e 60 colaboradores. O foco da empresa são os pequenos e médios empreendimentos. Os softwares verdes desenvolvidos são customizados e destinados a lojas de autopeças, materiais de construção, produtos agropecuários, bares e restaurantes, confecções etc.
“Preferimos ter mil pequenos negócios como clientes do que cinco grandes empresas. Esse nicho de mercado é muito receptivo e estável”, afirma Vítor Arantes Moura, diretor administrativo da PGM. A empresa cresceu 25% em 2012. A meta para este ano é aumentar faturamento, estrutura e clientela em 30%, segundo Vítor.
A implantação do sistema de energia solar levou a PGM Sistemas a se inscrever no Prêmio Sebrae MG de Práticas Sustentáveis, no ano passado. A empresa disputou com dezenas de empreendimentos mineiros e foi um dos seis destaques finais da premiação.
O prêmio gerou ganho de imagem e credibilidade para a PGM, diz o empresário. “Obtivemos muita divulgação e nos tornamos referência para outras empresas. Esse é nosso objetivo: ser referência em sustentabilidade para o mercado”, salienta. Receber visitas interessadas em conhecer o sistema de energia fotovoltaica entrou na rotina do empreendimento.
Investimento solar
A decisão de implantar o sistema de energia fotovoltaica coube ao fundador da PGM Sistemas, Gilberto Santos de Moura, pai de Vítor, advogado, analista de sistemas e defensor da sustentabilidade. As obras para a instalação do sistema duraram nove meses (de janeiro a outubro/2012) e foram investidos R$ 90 mil. As 28 placas são norte-americanas e têm durabilidade de 25 anos. O inversor é norueguês. O retorno do investimento se dará em nove anos, calcula Vítor.
“Usamos 80% de energia solar e 20% de energia elétrica. Nos finais de semana, quando nosso consumo é zero, cada kilowatt gerado é vendido à Cemig. Somos uma minigeradora de energia”, informa orgulhoso. A opção por não armazenar o excedente em baterias se deve a preocupação com os possíveis impactos ambientais, esclarece o empresário.
Apesar da tecnologia solar, a empresa não descuida da eficiência energética. "Não é porque a energia vem do sol, que se pode gastar e desperdiçar à vontade”, enfatiza. Há recados como “apague a luz ao sair da sala”, entre outros, espalhados por todo o prédio.
Outras atitudes sustentáveis são praticadas pela PGM Sistemas, tais como doação de computadores usados para escolas e creches, coleta seletiva de resíduos, cursos para comunidades carentes, entre outros. “Sustentabilidade ainda não atrai novos negócios, mas com o tempo e a conscientização do mercado passará a ser realmente um grande diferencial”, prevê o empresário.
O empreendimento uberlandense é considerado pioneiro na implantação de sistema de energia fotovoltaica no setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) do país e, também, por estar ligado à rede de transmissão da companhia de energia elétrica local (Cemig). Utilizar energia solar é uma das práticas sustentáveis mais recomendadas por estudiosos e especialistas em sustentabilidade, pois se trata de fonte limpa e renovável.
A PGM Sistemas está no mercado há 20 anos, possui 1,2 mil clientes e 60 colaboradores. O foco da empresa são os pequenos e médios empreendimentos. Os softwares verdes desenvolvidos são customizados e destinados a lojas de autopeças, materiais de construção, produtos agropecuários, bares e restaurantes, confecções etc.
“Preferimos ter mil pequenos negócios como clientes do que cinco grandes empresas. Esse nicho de mercado é muito receptivo e estável”, afirma Vítor Arantes Moura, diretor administrativo da PGM. A empresa cresceu 25% em 2012. A meta para este ano é aumentar faturamento, estrutura e clientela em 30%, segundo Vítor.
A implantação do sistema de energia solar levou a PGM Sistemas a se inscrever no Prêmio Sebrae MG de Práticas Sustentáveis, no ano passado. A empresa disputou com dezenas de empreendimentos mineiros e foi um dos seis destaques finais da premiação.
O prêmio gerou ganho de imagem e credibilidade para a PGM, diz o empresário. “Obtivemos muita divulgação e nos tornamos referência para outras empresas. Esse é nosso objetivo: ser referência em sustentabilidade para o mercado”, salienta. Receber visitas interessadas em conhecer o sistema de energia fotovoltaica entrou na rotina do empreendimento.
Investimento solar
A decisão de implantar o sistema de energia fotovoltaica coube ao fundador da PGM Sistemas, Gilberto Santos de Moura, pai de Vítor, advogado, analista de sistemas e defensor da sustentabilidade. As obras para a instalação do sistema duraram nove meses (de janeiro a outubro/2012) e foram investidos R$ 90 mil. As 28 placas são norte-americanas e têm durabilidade de 25 anos. O inversor é norueguês. O retorno do investimento se dará em nove anos, calcula Vítor.
“Usamos 80% de energia solar e 20% de energia elétrica. Nos finais de semana, quando nosso consumo é zero, cada kilowatt gerado é vendido à Cemig. Somos uma minigeradora de energia”, informa orgulhoso. A opção por não armazenar o excedente em baterias se deve a preocupação com os possíveis impactos ambientais, esclarece o empresário.
Apesar da tecnologia solar, a empresa não descuida da eficiência energética. "Não é porque a energia vem do sol, que se pode gastar e desperdiçar à vontade”, enfatiza. Há recados como “apague a luz ao sair da sala”, entre outros, espalhados por todo o prédio.
Outras atitudes sustentáveis são praticadas pela PGM Sistemas, tais como doação de computadores usados para escolas e creches, coleta seletiva de resíduos, cursos para comunidades carentes, entre outros. “Sustentabilidade ainda não atrai novos negócios, mas com o tempo e a conscientização do mercado passará a ser realmente um grande diferencial”, prevê o empresário.
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Cemig realiza cerimônia de premiação dos municípios que mais se destacaram utilizando metodologia Eletrobras Procel
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Temporada de calor aumenta risco de sobrecarga nacional
Fonte: Jornal Nacional - 22.01.2013
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Brasil - Na temporada de calor do verão brasileiro quando a demanda por refrigeração de alimentos e de ambientes aumenta, existem formas de evitar que a conta de luz também dê um salto. O repórter Paulo Renato Soares, mostra algumas delas e também o perigo de uma sobrecarga na rede elétrica. Usar benjamins e filtro de linhas constantemente é correr risco duas vezes. Primeiro porque essa sobrecarga em uma tomada pode gerar curto circuito e até incêndios. Depois o risco é para bolso, fios superaquecidos geram mais consumo de energia.
Segundo Luiz Antônio Consenza, engenheiro do CREA, as pessoas não tinham tomada para ligar todos esses aparelhos novos que foram surgindo ao longo dos anos. “A carga aumentou e as pessoas compram os aparelhos sem saber se podem ligar naquela tomada ou não.” A solução definitiva seria iniciar uma obra e abrir tomadas pela casa. Se não der agora o conselho de quem entende do assunto é desligar da tomada aparelhos de pouco uso e trocar os indispensáveis por modelos mais econômicos, gestos simples também ajudam. No caso do chuveiro elétrico, só em mudar a chave de inverno pra verão gera uma economia de 180 reais por ano. E ao trocar oito lâmpadas incandescentes por fluorescentes, o gasto fica 259 reais menor no ano. O engenheiro eletricista da Eletrobras, Rafael David alerta: “Se seguirmos todas essas dicas, podemos ter uma economia anual de mais de 600 reais ou até 30% na conta de luz”. |
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