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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Gestão energética tem boas opções de cursos



Fonte: Ambiente Energia - 21.01.2013
Brasil - O Centro de Treinamentos Corporativos (CTC Experts), especializado na capacitação profissional para a área de gestão energética, já definiu o programa de cursos para o primeiro semestre de 2013. De fevereiro até junho, serão promovidos, inicialmente, um total de oito cursos em São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas sobre temas como o uso da energia solar térmica no setor industrial, gestão energética com foco no emprego da IS0 50.001 e Medição & Verificação (M&V). Além dos cursos abertos, o CTC Experts promove cursos in company para o mercado de energia, grandes consumidores e entidades que precisam treinar profissionais para desenvolver e gerir projetos de eficiência energética.

Um dos cursos do programa do CTC Experts é o Energia Solar Térmica para Indústrias, que acontecerá no dia 20 de março, em São Paulo, e no dia 11 de junho, em Campinas. Com ênfase nos produtos disponíveis do mercado brasileiro, o curso abordará os princípios da energia solar térmica, eficiência e operação dos diversos tipos de coletores solares disponíveis, possibilidades de armazenamento de calor, controladores, determinação de carga térmica, integração de sistemas aos processos, desafios na distribuição do calor e análise básica de viabilidade técnica e financeira.

O curso será ministrado pelo professor Lúcio Mesquita, diretor-presidente da Thermosol Consulting, que tem experiência de 20 anos na área. Na bagagem, além do título de Ph.D. em Engenharia Mecânica na área de energia solar térmica, ele traz o desenvolvimento de mais de 200 projetos de médio e grande porte no Brasil, Estados Unidos e Canadá, incluindo projetos de aquecimento solar para edifícios residenciais, hotéis, hospitais, estabelecimentos de ensino e indústrias, como o sistema recentemente instalado na Companhia Brasileira de Bebidas Nobres (Belco).

Num momento de estabilidade no fornecimento de energia devido ao baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, o curso Gestão da Energia, que acontecerá nos dias 21, 22 e 23 de maio, no Rio de Janeiro, merece destaque. O programa trata da gestão energética sobre os aspectos técnico, institucional e comportamental, abordando as várias fases do processo, do planejamento à manutenção. Além de abordar os temas da ISO 50.001, norma internacional que estabelece os procedimentos para a gestão energética, o curso discute questões práticas do dia a dia da implantação e manutenção do Sistema de Gestão da Energia (SGE).

Com carga horária de 32 horas, a próxima edição do curso M&V – Fundamentos de Medição e Verificação, ministrado pelo professor Agenor Garcia, diretor-técnico do CTC Experts, acontecerá nos dias 25, 26, 27 e 28 de fevereiro, em São Paulo. O curso vai oferecer conhecimentos e ferramentas para quem precisa definir e implementar um Plano de M&V para medir os resultados de um projeto ou ação de eficiência energética, baseado no PIMVP (Protocolo Internacional de Medição e Verificação de Performance). O curso prepara para obtenção do CMVP – Certified Measurement and Verification Professional, da EVO (Efficiency Valuation Organization).

Para conhecer toda a programação e ter mais informações, é só acessar o Portal do CTC Experts , e clicar na seção de Cursos.

Sobre o CTC Experts: O CTC Experts, criado em 2011, é um centro de treinamentos voltado para o desenvolvimento de capacitações em Gestão de Energia, Eficiência Energética e Ferramentas de Controle de Processos e do Uso de Utilidades. No Brasil, o CTC Experts é parceiro exclusivo da EVO (Efficiency Valuation Organization), responsável pelo desenvolvimento e manutenção do Protocolo e pela Certificação de profissionais – CMVP – Certified Measurement and Verification Professional. Outra parceira é a Econoler, consultoria canadense que atua no mercado de eficiência energética há 25 anos.

Entre em contato com o CTC Experts:

Telefone: (11) 3743-9666

E-mail: informacoes@expertsmkt.com.br 

Búzios, a primeira cidade inteligente da América Latina

Rio de Janeiro – Projeto de eficiência energética em Búzios visa racionalizar o consumo e reduzir os gastos com energia elétrica

Ivana Varela, para o Procel Info


Rio de Janeiro – Situada na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, Búzios é uma cidade moderna e turística, visitada por cerca de 700 mil estrangeiros por ano. Com uma beleza natural incrível, organização, badalação, ampla área de lazer, cultura e toda uma infraestrutura necessária, Búzios acaba de se tornar, com o apoio da Ampla, a primeira “cidade inteligente” de toda América Latina.

O termo “smart city” ou “cidade inteligente” é um projeto da Ampla, distribuidora de energia local, que tem como objetivo principal racionalizar o consumo e reduzir o desperdício com eletricidade em geral, transformando a cidade em sustentável, racional e eficiente. São diversos investimentos envolvidos para tornar essa realidade possível e fazer de Búzios uma das cidades mais inteligentes do mundo. O investimento total nas iniciativas foi calculado em média de R$ 40 milhões e deve finalizar em 2014.

Foram feitos investimentos em áreas como linhas de transmissão, instalação de medidores modernos nos quais moradores poderão acompanhar quanto consomem por dia de energia elétrica, distribuição de energia e geração de eletricidade de fontes mais sustentáveis, como eólica e solar. Além disso, foram instaladas lâmpadas de LED de baixo consumo em mais de 90 pontos diferentes da cidade, inclusive na Orla Bardot e na Rua das Pedras, que são os lugares mais badalados do balneário. Consumidores que tiverem placas fotovoltaicas e outras formas de geração de energia terão como vendê-las para a concessionária. Todas as medidas têm por objetivo reduzir o desperdício e aumentar a eficiência no consumo de energia.

Uma cidade inteligente, além de racionalizar energia elétrica, também pensa na redução de emissão de poluentes. E para alcançar este objetivo já foram colocados em funcionamento quatro carros elétricos e duas bicicletas na operação, e um eletroposto, que é onde podem ser carregados os carros. A idéia é que em breve mais cinco desses postos sejam instalados na cidade.

E os investimentos não pararam por aí, até os chuveiros estão se tornando eficientes. A bomba que succiona a água doce do subsolo para uma ducha depois do banho de mar é movida agora a energia solar. A placa fotovoltaica que está em cima movimenta, faz acionar a bomba. Sem ruídos ou poluição, só se ouve o som da água. A troca de lixo ou óleo de fritura por descontos na conta de luz também faz parte do projeto. Até com a reciclagem pode-se economizar em Búzios.

De acordo com o coordenador do “Cidade Inteligente”, Orestes Castañeda, Búzios foi escolhida como pioneira do projeto, por ter um circuito elétrico independente, um consumo de energia bastante significativo e claro, por ser uma cidade com excelente aceitação turística. “A cidade Búzios foi escolhida por ser uma cidade com grande visibilidade turística internacionalmente, com potencial para implantações de fontes de energias renováveis e geografia privilegiada para uso de veículos elétricos e redes elétricas automatizadas”, diz ele.

Castañeda aponta ainda que apesar da Ampla ganhar dinheiro com o fornecimento de energia, é preciso se preocupar com a eficiência energética desde já.
Apesar da Ampla ganhar dinheiro com o fornecimento de energia, é preciso se preocupar com a eficiência energética desde já.

“É preciso evitar que a demanda cresça de maneira explosiva, pois já existe o receio de problemas de abastecimento no país”, afirma ele.

A Ampla alocou um ponto principal do projeto, que é chamado de “Smart Grid” para dar informações aos consumidores quase que em tempo real, permitindo um melhor entendimento e organização do consumo de energia de cada morador.

Todo esse projeto também estimula a participação direta da comunidade. “Cidade inteligente representa também um turismo sustentável e nós esperamos que possa haver um suporte na transformação das pousadas para serem sustentáveis, autossustentáveis, com energia solar, eólica”, diz Janice Maria, representante das 400 pousadas de Búzios.

Além de toda fama com beleza, Búzios agora quer ser conhecida como uma das cidades mais inteligentes do mundo.

Software permite que empresas diminuam o consumo de energia


Fonte: Administradores.com - 08.01.2013
Brasil - A partir de um software, pequenas e médias empresas vão poder economizar água e energia. A Eletrobras, por meio do Procel Indústria, e o Sebrae lançaram o software Avalie, que faz o levantamento preliminar dos dados e informações sobre os níveis de eficiência no uso desses recursos.

O Avalie permite que os empresários planejem melhor os seus gastos e identifiquem potenciais de conservação de energia, o que aumentará a produtividade e a competitividade das empresas. O programa de computador é um dos produtos do convênio firmado entre o Sebrae-RJ e a Eletrobras, também por meio do Procel Indústria.

O objetivo do acordo, que vigorou entre 2007 e 2011, foi desenvolver ações para reduzir o desperdício e estimular o uso eficiente de energia elétrica e água em micro e pequenas empresas. O desenvolvimento do software levou cerca de um ano e recebeu investimentos de R$ 28 mil, sendo quase R$ 20 mil da Eletrobras.

Para obter o software, a empresa deve ser cadastrada no sistema Sebrae, informar o CPF do responsável e a senha de acesso.

Funcionamento

De acordo com o Sebrae, a autoavaliação do uso eficiente de energia é composta de duas partes:

A análise do comportamento praticado pela empresa em três áreas que influenciam o perfil de uso da energia e água: práticas de gestão, instalações e aspectos construtivos.

E a avaliação do estágio em que se encontra a empresa quanto ao uso da energia, apontando os pontos que podem ser melhorados.

Ao final, o sistema encaminha automaticamente as respostas do questionário para o Sebrae, pois, assim, a empresa poderá constar em um quadro geral do setor, sendo possível comparar o resultado com a média das outras empresas do segmento.

Em caso de dúvida, o serviço de apoio às micro e pequenas empresas disponibiliza informações para melhorar o processo de utilização de energia por meio do Balcão Sebrae mais próximo ou pelo telefone: 0800 570 0800.

Vantagens

Para a Eletrobras, esse tipo de iniciativa agrega valor ao produto oferecido à sociedade. "O uso eficiente de energia faz parte do DNA de nossa companhia desde sua criação, e foi reforçada com o início do Procel na década de 80. Acreditamos que o software Avalie vai trazer benefícios para os empresários, mas também para a sociedade, que terá mais energia disponível para o crescimento da economia", explica Marco Aurélio Moreira, gerente da Divisão de Eficiência Energética no Setor Privado da Eletrobras.

Neste sentido, conforme o Sebrae, a proposta da autoavaliação do uso eficiente de energia é a de ser um instrumento capaz de levantar dados e informações preliminares para orientar os empresários, principalmente de micro e pequeno porte, quanto ao aumento da eficiência no uso da energia, e também da água, em suas atividades.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

IEA pede por financiamento climático para eficiência energética


Fonte: Passei Aki -10.01.2013
Brasil - A Agência Internacional de Energia (AIE) publicou no último mês um relatório que analisa o papel dos fundos climáticos no financiamento de projetos de eficiência energética em países em desenvolvimento, bem como as possibilidades de direcionar recursos para esse setor.

A avaliação do Plugging the Energy Efficiency Gap with Climate Finance (Ligando a Lacuna em Eficiência Energética ao Financiamento Climático) é de que uma quantia muito pequena dos US$ 343 a 385 bilhões arrecadados anualmente para financiamento climático é destinada para projetos de eficiência energética. Para se ter uma ideia, no caso do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), apenas 1% da verba direcionada ao programa é repassada para esse setor.

Por isso, o documento pede que mais financiamento seja reservado para esse fim, principalmente nos países mais pobres, onde o investimento no setor é ainda menor do que nas nações emergentes, como China e Brasil. Isso porque os países mais pobres têm outras prioridades de investimento, como água, saneamento básico e acesso à energia.

E apesar de o investimento em energias renováveis ser visto como um meio mais eficaz de melhorar esse acesso, o aprimoramento da eficiência energética também poderia oferecer oportunidades nesse sentido, diz o relatório.

Ainda segundo o documento, melhorando a eficiência energética, a demanda de energia e as emissões de gases do efeito estufa (GEEs) poderiam diminuir, além de criar outros benefícios como melhoria da qualidade do ar, da competitividade econômica e da segurança energética.

Com uma eficiência energética mais aprimorada, também é possível melhorar os serviços que dependem dela, mesmo com fontes de energia limitadas. Prova disso são os dados do World Outlook Energy 450 ppm Scenario da AIE, que indicam que 71% do potencial de redução de emissões para 2020 provém de medidas de eficiência energética.

Em 2035, esse potencial seria menor, mas ainda significativo: 44%. No entanto, para que isso possa acontecer, os investimentos em eficiência energética teriam que ser da ordem de US$ 9,9 trilhões nesse período (2020-2035).

Além disso, precisariam ser flexibilizados critérios para a elegibilidade de projetos em eficiência energética, financiados programas e políticas para desenvolvimento, e dedicada parte dos fundos para novos projetos.

Outra sugestão do relatório é a criação de um novo mecanismo de mercado de carbono, que poderia ir além do MDL para permitir financiamento direto em apoio a políticas nacionais, e que o Fundo Climático Verde (GCF, em inglês) seja desenvolvido para apoiar medidas de eficiência energética com cobenefícios para a mitigação das mudanças climáticas e desenvolvimento das economias nacionais.

Ações

Um exemplo de país em desenvolvimento que já está investindo em eficiência energética é a China, cujo Instituto de Política Climática (CPI) estima que durante o 11º Plano Quinquenal (2006-2010), US$ 142 bilhões tenham sido destinados no país para melhorar a eficiência energética.

A África do Sul também é bom exemplo de país emergente que está mobilizando investimentos em eficiência energética. Em 2011, o governo sul-africano adotou um programa voluntário de economia de energia para os 24 maiores usuários do país, estabelecendo uma redução de 15% na demanda até 2015, e 12% de redução na intensidade energética para o mesmo período.

De acordo com o relatório, entretanto, para que esse investimento ocorra em todos os países, sobretudo nos mais pobres, muitas barreiras que limitam o financiamento a projetos de eficiência energética têm que ser quebradas, como mercados de capital e cadeias de suprimentos fracos e imaturos, preços de energia muito baixos, falta de informação e conscientização, custos de transação altos, capacidade de governança inadequada, falta de consenso sobre boas práticas e fragilidade institucional.

Por fim, o documento afirma que a eficiência energética deveria ser uma prioridade para o financiamento climático, em especial para o GCF, contribuindo para o desenvolvimento sustentável com custos relativamente baixos. E embora as economias emergentes estejam investindo cerca de US$ 44 bilhões anuais no setor, os países mais pobres ainda precisam priorizar o assunto.

“O GCF é uma oportunidade para desenvolver novas fontes de financiamento para medidas de eficiência energética em países em desenvolvimento sob o sistema da UNFCCC. As escolhas certas podem fazer do GCF um instrumento para superar algumas das barreiras de investimento [...] e para ter um papel valioso em coordenar o financiamento público internacional de eficiência energética. Algumas lições aprendidas das experiências do MDL […] em países em desenvolvimento podem ajudar a garantir que estes projetos sejam elegíveis e atrativos para o financiamento do GCF”, concluiu. 

Hotel em Sergipe aposta na sustentabilidade para atrair turistas



Fonte: G1 - 30.12.2012
Sergipe - Aracaju tem 35 km de orla marítima. Não é à toa que mais de 300 mil turistas visitaram Sergipe nos quatro primeiros meses do ano, de acordo com a Secretaria de Turismo do estado. A estimativa é que chegue a quase um milhão até este final de ano.

Empresas da rede hoteleira apostam num diferencial para manter e conservar este cenário, e atrair ainda mais clientes: a sustentabilidade.

O hotel do empresário Álvaro Rollemberg foi aberto em 1986. Com investimento inicial de R$ 500 mil, ele construiu sete chalés com capacidade para alojar 30 pessoas. Hoje, o alvo principal é investir em práticas ecológicas.

“Serviço de qualidade é um ponto crucial pra nós, mas a gente tem que aliar também a uma política sustentável”, diz o empresário.

Para melhorar o serviço, Rollemberg buscou qualificação. Ele participou do programa selo de qualidade, mantido pelo Sebrae e por outras instituições do setor turístico de Sergipe.

“Selo de qualidade do Sebrae é uma ferramenta que a gente utiliza para analisar os pontos fortes e os pontos fracos das empresas na área de qualidade em serviços”, diz Bianca de Farias, do Sebrae de Aracaju.

As empresas que participam do programa têm três compromissos: melhorar a qualificação dos funcionários; manter instalações e equipamentos limpos e perfeitos; e adotar normas de higiene e segurança alimentar. O prazo para atender às exigências é de 30 dias.

“O Sebrae sempre está trabalhando com a parte de ações específicas sobre a parte de sustentabilidade. Energias renováveis, a parte de aquecimento solar para poder preservar a natureza”, diz Bianca.

Hoje o hotel tem 64 apartamentos, onde se hospedam quase 20 mil pessoas por ano.

O sol na praia do Atalaia, tão festejado pelos hóspedes, também gera economia ao hotel. “Você reduz custo e muitos clientes sentem-se satisfeitos, [ao ver] você aplicando uma política dessas na empresa”, diz Rollemberg.

O uso de energia alternativa foi uma das ações adotadas por Álvaro Rollemberg. A água que é usada na maioria dos chuveiros e na cozinha é aquecida com 24 placas como aquelas. A economia de energia com a ação foi de 20%. O empresário tem outro projeto para reduzir em 120 mil litros por mês o uso da água que vem da rede pública, construindo um reservatório para aproveitar a água da chuva.

Algumas atitudes simples também reduzem o impacto ambiental do empreendimento. As descargas têm a opção de 3 e 6 litros, e os hóspedes são aconselhados a não trocar as toalhas sem necessidade, o que diminui o gasto de água na lavanderia.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Painel solar de vidro: sustentabilidade e qualidade de Vida


Fonte: Abividro - 16.01.2013
Brasil - Hoje em dia, o design contemporâneo desfruta da descoberta de novas tecnologias ecológicas, para elevar a qualidade de vida por meio de projetos inteligentes que visam maximizar a economia de energia. O meio ambiente agradece e a sustentabilidade ganha espaço!

Veja uma prática simples que irá contribuir para o desenvolvimento de um mundo melhor:

Energia fotovoltaica, ou simplesmente energia solar, é energia limpa que pode ser produzida através de placas de vidro.

Um processo que é construído em virtude da extração de luz solar, uma forma barata e sustentável de geração de energia, utilizando um painel de vidro fotovoltaico, cada um deles pode abrigar diversas células ligadas entre si.

Fios instalados no interior dos perfis de alumínio conduzem a energia elétrica de um painel para outro por meio da separação das cargas elétricas positivas das negativas do material. Estas cargas serão conduzidas a um local propício para se transformar em uma bateria fornecedora de eletricidade. 

Lâmpadas de LED poderão brilhar com a mesma cor das antigas incandescentes


Fonte: Tec Mundo - 18.01.2013
Estados Unidos - Pensar no futuro, para muita gente, é o que interessa. Ainda assim, existem alguns nostálgicos por aí que não querem nem saber das inovações que o mundo moderno tem trazido. Um exemplo é o inexplicável incômodo dos norte-americanos com luzes brancas, como as de LED. A coisa parece tão chata para eles que a Universidade da Geórgia tem um grupo de pesquisadores que conseguiu deixar o LED com o mesmo brilho de lâmpadas incandescentes.

O trabalho do pessoal daquela universidade ainda não está pronto, mas alguns resultados já apontam que é possível obter nos LEDs o mesmo “brilho aconchegante” amarelado que se via nas lâmpadas do século passado. Entretanto, a eficiência não acompanha a novidade.

Para isso, a equipe precisou combinar óxidos de európio, alumínio e bário, além de grafite em pó. Depois, levaram tudo isso a um forno que aqueceu o material a 1.450 °C. Com isso encapsulado com um LED, o resultado foi o que você pode ver na imagem. Parece que temos uma verdadeira minilâmpada incandescente que produz menos calor.

Para ter esse brilho aconchegante, o LED teve que sacrificar a sua eficiência luminosa e energética, o que impossibilita a comercialização do produto da forma como está. Ainda assim, esperamos que, com o tempo, esse problema seja resolvido pelos pesquisadores. 

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – Conta pode ser reduzida no final do mês


Fonte: Correa Neto - 18.01.2013
Brasil - Cartilha publicada pelo Sebrae dá dicas sobre como diminuir o consumo de energia elétrica nas micro e pequenas empresas.

Um dos insumos básicos para a vida na Terra, a energia é fundamental para, basicamente, qualquer atividade econômica, seja ela renovável (originada do Sol, do vento, da água) e não renovável (petróleo, gás natural, carvão mineral). Já a energia elétrica é a principal fonte na maior parte das empresas e, em algumas, a única. Portanto, luzes acesas e aparelhos de climatização ligados sem que ninguém esteja no ambiente são os exemplos mais comuns, e evitáveis, de desperdício.

Segundo a cartilha Eficiência Energética, da série Ideias de Negócios Sustentáveis do Sebrae, outro aliado para que se gaste menos insumo e dinheiro é a aquisição de equipamentos mais modernos, eficientes e com menor consumo de energia. Mais largamente utilizada no setor industrial, o consumo de energia elétrica pode ser reduzido substituindo-a por algum tipo renovável, como, por exemplo, a solar e a eólica (dos ventos), que estão disponíveis no mercado e não correm risco de esgotamento.

“É necessário um investimento inicial para a compra do sistema de placas fotovoltaicas, que captam e armazenam a luz do Sol. A compensação vem com a economia financeira após o pagamento desta despesa e a grande contribuição para a saúde do meio ambiente. Isto chama-se eficiência energética”, alerta publicação.

Redução de custos – Entre as opções para redução do custo de energia elétrica nas micro e pequenas empresas está o Programa Sebrae de Eficiência Energética, cujas ações têm foco específico neste segmento. O primeiro passo é uma autoavaliação do uso de energia. Com o resultado em mãos, um consultor visita a empresa para analisar o que pode ser feito. Em seguida, implementa um modelo de gestão de energia elétrica acompanhado de orientações necessárias. A consultoria em eficiência energética é uma ferramenta do Programa Sebrae de Consultoria Tecnológica (SebraeTec).

Para ter acesso à cartilha Eficiência Energética, basta entrar no site www.sustentabilidade.sebrae.com.br ou clicar AQUI

Cientistas descobrem técnica para tornar LED mais eficiente


Fonte: Ciclo Vivo -15.01.2013
Brasil - As luzes LED já são mais eficientes que as lâmpadas fluorescentes, mas uma equipe de pesquisadores da Bélgica, França e Canadá conseguiu torná-la ainda mais ecológica com a ajuda de vagalumes.

O grupo estudou a estrutura interna iluminada dos vagalumes, que são órgãos repletos de células bioluminescentes. Eles piscam durante os rituais de acasalamento.

Durante o estudo, os pesquisadores perceberam um padrão inesperado de escamas irregulares que melhoram o brilho das lanternas. A partir desse conhecimento, eles aplicaram a técnica ao design de um LED. O resultado foi criar uma camada externa para o diodo emissor de luz que imita a estrutura natural identificada no vagalume.

Com essa camada extra, a extração de luz pelo LED aumenta em até 55%. Os cientistas afirmam que ele poderá ser facilmente aplicado no processo de fabricação dos LEDs.

Os pesquisadores fizeram diversas simulações computadorizadas até encontrarem a melhor maneira de transmitir a luz. Foi assim que perceberam que um modelo de estrutura com bordas afiadas nas escamas deixa passar mais luz.

O resultado do experimento foi a criação de uma camada com saliências de cinco micrômetros de altura. A estrutura foi colocada sobre um LED de nitreto de gálio. "O que é legal na nossa técnica é que é um processo fácil e não temos que desenvolver um novo LED. Com uns poucos passos adicionais podemos recobrir os diodos emissores de luz atuais," disse Annick Bay, descobridora do fenômeno.

Para Bay, o mais importante em todo o trabalho foi mostrar o quanto se pode aprender apenas observando a natureza. Estudante da Universidade de Namur, na Bélgica, ele estuda estruturas fotônicas naturais, incluindo escalas de besouros e asas de borboleta. Com informações do Inovação Tecnológica. 

Europa gasta mal dinheiro para eficiência energética


Fonte: Ambiente Online -15.01.2013
Europa - Apenas 10 por cento dos fundos europeus de coesão destinados à eficiência energética, no valor de cinco mil milhões de euros, estão sendo corretamente utilizados, adiantou um dos autores de um relatório realizado pelo Tribunal Europeu de Auditores.

O organismo auditou 24 projetos de investimento para edifícios públicos na República Checa, Itália e Lituânia, já que foram os países que mais fundos deste tipo receberam entre 2007 e 2013. E chegou à conclusão de que estes projetos não tinham objetivos racionais em termos de custo-eficácia.

O relatório adianta também que há informação essencial em falta, já que as auditorias energéticas não são obrigatórias na Itália e na Lituânia. Aliás, em 18 dos 24 projetos analisados, as atuais poupanças energéticas não podem ser verificadas, já que não foram inicialmente medidas com confiabilidade. 

Brasil é apenas 10º colocado em ranking de países líderes em eficiência energética


Fonte: Ibahia - 14.01.2013
Brasil - Embora o governo federal tenha publicado na segunda-feira, 14 de janeiro, a Lei 12.783, que oferece tarifas menores de energia ao consumidor, o Brasil ainda cobra um dos valores mais altos à população, além de deixar de aproveitar seu potencial energético de forma eficaz. Prova disso é que o país é apenas o 10º colocado entre as 12 maiores economias do mundo em eficiência energética, segundo ranking do Conselho Americano para uma Economia de Energia Eficiente (Aceee).

O levantamento, atualizado em setembro de 2012, avaliou o uso de energia a partir de 25 indicadores, distribuídos em quatro áreas-chave: indústria, transporte, edificações e esforços nacionais em prol da eficiência energética. Segundo o estudo, um país que usa menos energia para atingir um mesmo resultado, ou mesmo superá-lo, reduz custos e polui menos, criando uma economia mais competitiva.

O Brasil atingiu 41 pontos de um total de 100 possíveis. No item indústria, o país fez 10 pontos, menos da metade da pontuação máxima no quesito (24). Já no uso de energia pelo setor de edificações, foram 13 pontos de um total de 28. O melhor desempenho em termos de eficiência energética veio da área de transporte - 13 pontos de um total de 15, empatando com os Estados Unidos na quinta colocação.

E o pior desempenho do país veio do quesito esforços nacionais, que analisa a existência e iniciativas de criação de políticas e legislações específicas para fomentar o uso consciente da energia, como a criação de selos de eficiência: com apenas cinco de um total de 25 pontos possíveis, o Brasil ocupa o último lugar.

Países-modelo

Enquanto o Brasil ainda precisa melhorar muito para aproveitar de forma eficaz a energia que produz, outros países ao redor do mundo, principalmente da Europa, oferecem bons modelos nessa área. Primeiro colocado no ranking, o Reino Unido ostenta o setor produtivo mais eficiente em energia entre os países analisados, com 18 pontos de um total de 24. Seu segundo melhor desempenho diz respeito aos esforços nacionais para criação de legislações ou políticas que estimulem a eficiência energética, perdendo apenas para a Alemanha e empatando com o Japão.

Quando o assunto é transporte, o Reino Unido se sai tão bem quanto Itália, China e Alemanha, todos com 14 pontos de um total de 23. Já o desempenho mais fraco vem do setor de edificações, com 17 pontos (de 24), rendendo a quarta colocação, ao lado dos Estados Unidos e da Alemanha.

A Alemanha é o segundo país mais eficiente em energia do mundo, segundo o ranking geral da Aceee, perdendo pela diferença de um ponto para o Reino Unido. Seu melhor desempenho (19 pontos de um total de 25 possíveis) é oriundo dos esforços nacionais para melhorar a eficiência energética como um todo.

A Itália, terceira colocada no ranking da Aceee, tem o setor de transporte mais eficiente entre os países analisados, empatando apenas com China, Alemanha e Reino Unido, todos com 14 pontos de um total de 23 possíveis. Sua segunda pontuação de destaque refere-se ao uso de energia pela indústria – o país fez 17 de um total de 24. 

Governo publica lei que permite baratear conta de luz


Fonte: G1 - 14.01.2013
Brasil - A presidente Dilma Rousseff sancionou a lei 12.783, que renova concessões do setor de energia e permite o barateamento da conta de luz dos brasileiros. A lei foi publicada na edição desta segunda-feira (14) do "Diário Oficial da União".

De acordo com cálculos do governo federal, as medidas previstas na lei vão levar a uma redução média de 20,2% na tarifa de energia a partir de fevereiro.

A lei permite ao governo prorrogar, por até 30 anos, concessões de geração (usinas hidrelétricas e térmicas), transmissão e distribuição de energia que vencem entre 2015 e 2017. Em troca, esses concessionários tiveram que aceitar receber, já a partir de 2013, uma remuneração até 70% inferior pelo serviço prestado.

Uma parte da redução na conta de luz vem através dessa medida. A outra vem da eliminação, da conta de luz, de dois dos encargos setoriais incidentes: a Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) e a Reserva Geral de Reversão (RGR). Já a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) será reduzida a 25% de seu valor atual, e assume o custeio de programas contidos nos outros dois.

A energia produzida pelas usinas cujas concessões estão sendo prorrogadas, mais barata por conta do corte na remuneração desses agentes, será transformada em cotas e repartida entre todas as distribuidoras do país. Dessa maneira, segundo o plano do governo, o barateamento na conta de luz vai poder chegar a todos os brasileiros.

Vetos

O texto publicado nesta segunda-feira apresenta seis vetos em relação ao aprovado pelo Congresso. Os vetos dizem respeitos a assuntos técnicos, que não alteram as regras para o barateamento de energia.

Dois deles são relacionados à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O primeiro previa que a agência definisse padrões de saúde e segurança no trabalho e de respeito aos direitos e garantias dos consumidores a serem submetidos pelas operadoras. Outro previa que a Aneel definisse atividades acessórias que poderiam ser executadas com terceiros.

Segundo o governo, a razão do veto, nesses casos, ocorre porque os incisos pretendiam atribuir à Aneel "competência estranha à sua finalidade", além de os assuntos já serem tratados em outras legislações, como a trabalhista e a de defesa do consumidor.

Um terceiro veto é com relação à devolução, às operadoras, de montantes arrecadados com a Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica que não forem utilizados. Na opinião do governo, a devolução da taxa aos empreendedores "desvirtua a vinculação do produto da arrecadação da atividade que deu causa à sua instituição", contrariando a Constituição.

Briga

O plano do governo foi aceito por todas as concessionárias atingidas pela medida, com exceção de usinas hidrelétricas administradas pela Cesp, Cemig e Copel, empresas controladas, respectivamente, pelos governos de São Paulo, Minas Gerais e Paraná.

A recusa das três empresas levou o governo a anunciar, em dezembro, que a redução na conta de luz ficaria em 16,7%, menor que os 20,2% previstos anteriormente. E a acusações de que os governos desses estados, controlados pelo PSDB, partido que faz oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), haviam recusado a proposta para prejudicar o plano.

Cesp, Cemig e Copel negam que a decisão seja política. As empresas alegam que se recusaram a participar do plano porque as remunerações e indenizações oferecidas pelo governo para suas usinas eram muito baixas.

Mais tarde, representantes do governo federal informaram que medidas adicionais seriam adotadas para permitir a redução de 20,2% anunciada pela presidente Dilma.

Revisão e novos leilões

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hübner, disse nesta segunda que a revisão extraordinária das distribuidoras de energia, para aplicar a redução de 20,2% nas tarifas cobradas dos consumidores, será votada até o final de janeiro. Segundo ele, está confirmado o início da cobrança mais barata a partir de 5 de fevereiro.

Junto com a revisão extraordinária, disse Hübner, também será definida a cota de energia para cada uma das distribuidoras. Segundo o diretor, antes disso, porém, o governo precisa definir o aporte a ser feito pelo Tesouro para que o barateamento da conta de luz passe de 16,7% para 20,2%.

De acordo com a lei, as concessões que não foram prorrogadas serão licitadas novamente, sob as mesmas regras de agora, ou seja, com remuneração mais baixa pela prestação do serviço.

As atuais concessionárias poderão continuar a frente dos empreendimentos após o vencimento, até que a outra empresa, vencedora do novo leilão, assuma. Se não aceitarem, o governo pode contratar agentes para administrá-los durante a transição. 

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Tecnologia portuguesa permite economizar até 25% na fatura da eletricidade


Fonte: eficienciaenergetica.com - 03.01.2013
Portugal - O 'Cloogy' é uma ferramenta que permite controlar os custos de energia nas habitações e nos escritórios e fazer uma utilização mais racional dos equipamentos elétricos, além de aconselhar quais os melhores tarifários.

O 'Cloogy' funciona através de um sensor que se instala no contador da eletricidade e a informação sobre os consumos é dada em tempo real, facilitando o acesso a dados históricos e a previsões de custos mensais, através do computador, 'smartphone', 'tablet', 'iPhone', 'iPad' ou através de um monitor especialmente concebido pela empresa.

Os utilizadores podem ligar ou desligar remotamente os equipamentos de casa ou do escritório ou certificar-se se os aparelhos estão desligados. Desta forma, até é possível aquecer casas minutos antes de chegar.

De acordo com a empresa responsável, a portuguesa ISA - Intelligent Sensing Anywhere, este controle mais permanente dos gastos em eletricidade permite aos consumidores pouparem até 25 por cento na conta da luz.

O 'Cloogy' pode ser adquirido na loja online da empresa ou em lojas de distribuidores oficiais e custa no mínimo 99 euros para as residências e 529 euros para as empresas. 

ONU quer energia sustentável para todos até 2024



Fonte: Envolverde - 14.01.2013
Brasil – Antes do recesso em suas sessões, no final de dezembro, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) destacou o papel fundamental que deve ter a energia na agenda econômica internacional a partir de 2015, e declarou o período entre 2014 e 2024 como Década da Energia Sustentável para Todos.

A declaração, adotada por unanimidade pelos 193 Estados-membros, foi acompanhada de duras críticas: mais de 1,3 bilhão de pessoas em todo o mundo ainda não têm eletricidade, e mais de 2,6 bilhões dependem de biomassa para cozinhar e se aquecer. A Assembleia Geral também expressou preocupação pelo fato de que, “mesmo havendo serviço de energia disponível, milhões de pobres não poderem pagá-lo”.

Antes mesmo da adoção da resolução, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, havia alertado: “Não pode haver desenvolvimento sustentável sem energia sustentável”. Existe um crescente reconhecimento entre os líderes mundiais de que o acesso à energia é crucial para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), incluindo uma drástica redução da extrema pobreza e da fome até 2015, em relação aos níveis de 1990.

Este será um dos temas centrais da III Cúpula Mundial Sobre a Energia do Futuro, que acontece esta semana em Abu Dhabi, quando se analisará a importância de todas as formas de energia, como bioenergia, geotérmica, hidráulica, oceânica, solar e eólica. A cúpula é parte da Semana da Sustentabilidade de Abu Dhabi, que começou ontem e vai o dia 17, que, por sua vez, acontece paralelamente à Cúpula Internacional da Água.

Uchita de Zoysa, do Centro para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, disse à IPS que a energia na época moderna é vital para o bem-estar e a prosperidade, e já não deve ser considerada um luxo. “A energia necessariamente deve ser considerada um direito humano”, afirmou, acrescentando que as negociações internacionais sobre mudança climática deveriam incluir um debate sobre o consumo e a produção sustentável, bem como sobre o acesso igualitário à energia, ressaltou.

“Nenhuma negociação pode ter êxito se uma parte da humanidade for marginalizada de seu direito ao bem-estar e à prosperidade. Cada comunidade e cada indivíduo devem ter oportunidades iguais de progredir na vida”, afirmou Zoysa, também presidente da organização internacional Global Sustainability Solutions.

Por sua vez, Kaisa Kosonen, conselheira em políticas climáticas do Greenpeace Internacional, disse à IPS que mais de 84% das pessoas sem acesso à energia vivem em áreas rurais. Portanto, as soluções dependem principalmente da descentralização e do uso de fontes como eólica, solar e biogás, que também são benéficas do ponto de vista econômico, pontuou.

Segundo a Agência Internacional das Energias Renováveis, as fontes alternativas representam a solução mais econômica para a extensão dos serviços elétricos. Além disto, segundo Kosonen, seu aproveitamento protege os consumidores dos aumentos de preços associados ao mercado dos combustíveis fósseis. A conselheira explicou que o papel da ONU é manter sua atenção nas necessidades gerais dos pobres, e não nos interesses das grandes indústrias.

Isto significa, por exemplo, que não deve medir o êxito apenas pelo fato de haver energia “disponível” ou pelos quilowatts produzidos por hora, detalhou Kosonen. “A energia também deve ser acessível, e alcançar as pessoas que dela necessitam”, ressaltou. Seu argumento é que as soluções energéticas devem estar a serviço das sociedades locais e das metas ambientais, e nunca agravar a escassez de água, os níveis de contaminação e outros problemas. E acrescentou que os custos ocultos destes e de outros impactos devem ser considerados na hora de traçar planos e tomar decisões.

Zoysa afirmou que a “energia para todos” deve ser uma inquestionável meta de desenvolvimento sustentável para a agenda internacional a partir de 2015, quando vencem os ODM. A história demonstra que a energia com base no carbono constitui um grande obstáculo para o desenvolvimento sustentável e representa uma grande ameaça à existência da humanidade por meio da mudança climática, acrescentou. Portanto, a responsabilidade dos líderes, tanto locais como internacionais, é fornecer energia sustentável para todos, ressaltou, acrescentando que isto pode ser uma meta realista “somente se forem reformados radicalmente nossos padrões de produção e consumo”.

Consultada sobre o papel da ONU, a especialista disse que o fórum mundial deve assegurar que as soluções promovidas estejam em linha com outras metas de desenvolvimento. A energia precisa de soluções avaliadas como um todo, em lugar de se concentrar apenas na eletricidade, enfatizou. “E as Nações Unidas devem continuar desempenhando um papel importante, conectando diferentes ações, alinhando os esforços das instituições existentes com metas comuns, ajudando a mobilizar recursos financeiros e transferências de tecnologia, e assegurando a responsabilidade e a transparência”, concluiu Zoysa. 

Estudo mostra que país desperdiça energia equivalente ao consumo do RJ


Fonte: Portal Rio Capital da Energia - 09.01.2013
Brasil - Segundo estudo da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco), cerca de 10% dos 430 terawatt-hora (TWh) consumidos no país a cada ano são desperdiçados, volume superior ao consumido pelo total da população do estado do Rio de Janeiro, que alcança cerca de 36 TWh.

“O índice corresponde a mais do dobro do observado na Alemanha, que desperdiça, em média, 4% de toda a energia consumida. Além disso, com esse desperdício de energia, são jogados fora, no Brasil, aproximadamente R$ 15 bilhões ao ano”, disse o presidente da entidade, José Starosta.

Os maiores vilões, de acordo com Starosta, são processos industriais obsoletos e sistemas de refrigeração, aquecimento e iluminação inadequados, sem sistemas de automação que permitam, por exemplo, o desligamento automático quando não há pessoas presentes no local.

Para que o Brasil atinja um nível de eficiência energética com patamares comparáveis aos de países avançados nesse tema, como Japão e Alemanha, é preciso incentivar os grandes empreendimentos industriais e comerciais a modernizarem seus sistemas de utilização de energia para reduzir os desperdícios estruturais.

Ele lembrou que também são verificadas perdas de energia nas linhas de transmissão em funcionamento no país, mas, em sua avaliação, não se trata do maior problema, já que “são eventos fisicamente previstos”.

“As perdas nas linhas de transmissão são normais. Mesmo com manutenção modernizada, ela nunca acaba. O problema são os desperdícios que ocorrem nas plantas comerciais, como shoppings e hospitais, além das indústrias”, enfatizou. Segundo o presidente da Abesco, é “inaceitável” um percentual de desperdício tão elevado, principalmente em um momento em que se discute o risco de desabastecimento.

Para evitar novos apagões, José Starosta defende, além da ampliação da eficiência energética, uma maior diversificação da matriz de energia, com investimentos e popularização de fontes alternativas de geração, como a energia eólica e a solar fotovoltaica. Em relação à energia nuclear, ele ressaltou que, após o acidente na Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Japão, no ano passado, o “mundo ficou temeroso” em relação aos riscos desse tipo de geração.

Em março de 2011, um terremoto seguido por tsunami, que afetou principalmente o nordeste do país, provocou uma série de explosões e vazamentos na usina japonesa. Áreas inteiras foram esvaziadas e o consumo de produtos dessas regiões foi proibido.

Por causa da falta de chuvas no Brasil, os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste encontram-se, de acordo com a Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), no mais baixo nível para o mês de janeiro desde 2001, ano do último racionamento de energia elétrica no país.

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), os reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste operam hoje com 28,32% da capacidade; os do Nordeste, com 30,2%; os do Norte, com 39,88%; e os do Sul, com 43,4%.

O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, no entanto, garantiu que não há risco de apagão e que o sistema está operando dentro de um equilíbrio estrutural para o qual foi planejado. 

Empresa anuncia fabricação de combustível a partir de ar e água


Pesquisador da Air Fuel Synthesis observa o laboratório da empresa, onde um protótipo conseguiu produzir cinco litros de metanol desde Agosto.[Imagem: Air Fuel Synthesis]



Gasolina do ar
Uma empresa emergente inglesa anunciou ter desenvolvido uma tecnologia que permite produzir combustível a partir de ar e água.
Mais precisamente, a partir de hidrogênio e gás carbônico, a substância que costuma ser responsabilizada pelas mudanças climáticas.
O produto é o metanol, que pode ser processado para produzir combustíveis usados em motores de automóveis.
O princípio empregado pela Air Fuel Synthesis não é novo, embora nenhum grupo de pesquisas tenha conseguido fazê-lo funcionar de forma viável.
Apesar de estar sendo saudado pela imprensa como "gasolina feita de ar" - o próprio nome da empresa sugere isto - o processo está longe de ser eficiente, e nem mesmo compartilha de total entusiasmo dentro da comunidade científica que busca alternativas ao petróleo que sejam ambientalmente sustentáveis.
Estágio inicial
O protótipo fabricado pela empresa está em operação desde Agosto.
Funcionando em escala contínua, ele produziu cinco litros de combustível desde então.
O projeto agora é construir um reator maior, capaz de produzir uma tonelada de combustível por dia, o que dependerá de acordos com "potenciais parceiros tecnológicos e investidores", segundo a empresa.
A empresa afirma ser possível construir esse reator em escala piloto dentro de dois anos. Uma refinaria em escala comercial, contudo, deverá levar ainda 15 anos de novas pesquisas e aprimoramentos.
A produção de combustível líquido a partir de hidrogênio e CO2 seria uma alternativa para países sem reservas de petróleo, ainda que, no atual estágio, não seja possível estimar o custo do metanol produzido por essa via.
O avanço técnico alcançado pelos pesquisadores da empresa inglesa é significativo.
Mas algumas ressalvas são importantes justamente porque são resultados anunciados por uma empresa, e estarem sendo repassados pela grande imprensa como se a solução técnica já fosse um produto à disposição dos consumidores.
Carros sem poluição
Apesar de representar um conceito capaz de substituir o petróleo, o processo está longe de representar uma das melhores alternativas no campo das chamadas energias limpas.
Isso porque o hidrogênio necessário para a reação é produzido por eletrólise da água, o que consome uma grande quantidade de energia elétrica.
Se o objetivo for movimentar carros, faz mais sentido usar essa eletricidade, devidamente armazenada em baterias, para alimentar diretamente veículos elétricos, sem as perdas de conversão.
No final, os veículos elétricos não emitirão poluição, enquanto os automóveis movidos pela gasolina derivada da nova rota de síntese de combustível continuarão emitindo poluentes exatamente como os atuais.
Economia do hidrogênio
A produção do hidrogênio é um dos maiores gargalos para que a tecnologia possa viabilizar a chamada economia do hidrogênio.
Neste caso, o que se propõe é o uso do hidrogênio em células a combustível, que produzem eletricidade diretamente, emitindo apenas vapor d'água como subproduto.
Recentemente, uma equipe norte-americana demonstrou a viabilidade de um princípio similar, mas muito mais interessante de todos os pontos de vista.
O processo também usa CO2 e hidrogênio, mas o hidrogênio é produzido por energia solar. O produto final é o isobutanol.
Teoricamente, o hidrogênio produzido por energia solar pode ser usado na conversão do CO2 para sintetizar combustíveis líquidos com alta densidade de energia, o que também pode ser feito usando microrganismos geneticamente modificados.
Economia do CO2
A ideia de usar o CO2 para fabricar combustíveis, está sendo igualmente perseguida por várias vias.
Em 2010, uma equipe apresentou uma versão similar o conceito, baseado em um óxido de terras raras:
Duas outras pesquisas recentes merecem destaque nessa busca de transformar o CO2 de rejeito indesejado em energia útil: