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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Itaipu iniciará geração de energia a partir do hidrogênio


Foz do Iguaçu vai ganhar a primeira planta para a produção experimental de hidrogênio do Paraná e a segunda da região Sul do País. A estrutura começou a ser construída no início do mês, em uma área de 2 mil metros quadrados, dentro do Parque Tecnológico Itaipu (PTI). A expectativa é que a produção comece até o final do ano.
O projeto é uma parceria da Itaipu Binacional, Eletrobras e a Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI) e foi desenvolvido com apoio do Centro Nacional de Referência em Energia do Hidrogênio (CENEH) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Além da planta experimental, a parceria com a Eletrobras (assinada em outubro de 2011) já viabilizou a instalação do Núcleo de Pesquisa em Hidrogênio (NUPHI), também no PTI. Pesquisadores e bolsistas foram contratados para atuar no centro.
O coordenador brasileiro da Comissão Interna de Conservação de Energia (Cice), engenheiro Marcelo Miguel, da Itaipu, disse que os estudos vão possibilitar, no futuro, que a binacional aproveite a energia que hoje deixa de ser gerada pela água excedente do reservatório para abastecer uma grande central de produção de hidrogênio.
O mesmo modelo de produção poderá ser adotado por outras hidrelétricas do País, abrindo a possibilidade de novas unidades de negócio para o setor elétrico. “Com o hidrogênio, Itaipu evitaria o desperdício de água pelo vertedouro, poderia elevar em até 6% a sua eficiência energética e se tornar referência dentro sistema Eletrobras para a aplicação dessa tecnologia”, disse.
Os estudos desenvolvidos pelo Núcleo de Pesquisa em Hidrogênio (NUPHI) poderão ser testados na futura planta experimental – que terá 180 metros quadrados de construção. O principal equipamento da unidade, chamado de eletrolisador, foi comprado por meio de concorrência internacional e está em processo de fabricação pela empresa italiana H2Nitidor.
O equipamento permite produzir hidrogênio por meio da eletrólise, ou seja, a separação dos elementos químicos da água (hidrogênio e oxigênio). O coordenador do Núcleo de Pesquisas em Hidrogênio (NUPHI), Ricardo José Ferracin, disse que o principal objetivo do centro é investigar o ciclo de vida do hidrogênio, envolvendo as etapas de produção, purificação, compressão, armazenamento, controle de qualidade, transporte e uso final em células a combustível e outras aplicações. Outra frente de pesquisa é a produção de hidrogênio a partir da criação de algas.
O centro também pretende promover a interação do hidrogênio com o Programa Veículo Elétrico (VE) – para abastecer com células de hidrogênio parte da frota de veículos elétricos de Itaipu. “O hidrogênio tem a perspectiva de se inserir na matriz energética [do Brasil] até 2050, sobretudo na área do transporte”, explicou Ferracin, que também é o responsável pela planta de produção
experimental.
Além da H2Nitidor e da Hytron, empresa spin-off (termo utilizado para descrever uma empresa que nasceu a partir de um grupo de pesquisa) da Unicamp, o centro já fechou parcerias com instituições como a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Universidade Nacional de Missiones (UNAM), da Argentina.
O hidrogênio é um elemento abundante na natureza, com alta densidade energética e isento do carbono – um dos responsáveis pelo chamado efeito estufa. Ou seja, trata-se de uma alternativa economicamente viável e ambientalmente correta. O potencial de aplicação é amplo. Armazenado em grandes cilindros, em forma de gás, ou em pequenas células de combustível, o hidrogênio pode gerar energia para abastecer residências e indústrias, veículos elétricos ou até mesmo ser utilizado como bateria de telefones
celulares.
Fonte: Itaipu

domingo, 14 de julho de 2013

Procel fez o país economizar 9 bilhões de quilowatts-hora de energia em 2012


Fonte: Diário de Pernambuco - 09.07.2013
Brasil - O Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), criado em 1985 pelo governo federal e executado pela Eletrobras, obteve uma economia de energia para o país, no ano passado, de 9 bilhões de quilowatts-hora (kWh), de acordo com o Relatório de Resultados, divulgado pela estatal.

O gerente da Divisão de Planejamento e Fomento da Eletrobras, Emerson Salvador, disse que a economia representa 2% do consumo total brasileiro de energia elétrica durante 2012. “Para entender um pouco melhor o que isso representa, é o consumo anual de aproximadamente 5 milhões de residências brasileiras, durante um ano”, exemplificou.

O resultado registrado foi recorde da série da Eletrobras Procel e significou um aumento de 36% em termos de energia economizada em relação a 2011.

Salvador atribuiu o desempenho à série de ações desenvolvidas pelo programa que trabalham o conhecimento e a difusão da informação sobre hábitos eficientes. “A gente trabalha a mudança de comportamento e tem uma vertente mais tecnológica, de avaliar os produtos e conceder o Selo Procel Eletrobras aos mais eficientes, que gastam menos energia elétrica”.

A cada ano, a Eletrobras Procel vem intensificando a inclusão de novos equipamentos para avaliação e concessão do Selo de eficiência. Os primeiros produtos avaliados foram geladeiras e os motores elétricos usados nas indústrias. “Foi entrando uma série de equipamentos que hoje representam este resultado. O recorde expressivo é fruto desse trabalho”, declarou Salvador.

A Eletrobras Procel trabalha em parceria com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que é o órgão certificador brasileiro, e com associações de fabricantes, uma vez que a adesão ao Selo Procel Eletrobras é voluntária. A maioria das empresas, porém, entende que o selo é necessário, destacou Salvador. “A sociedade cobra isso, cobra sustentabilidade e baixo impacto ambiental. Tudo isso se traduz no Selo, que diz para o consumidor que aquele é o melhor equipamento que existe no mercado.”

Segundo o gerente da Divisão de Planejamento e Fomento, o Procel engloba atualmente 36 categorias de equipamentos que foram avaliados e receberam o Selo de eficiência energética no Brasil. ”Só no ano passado, 44 milhões de equipamentos foram vendidos no Brasil com o Selo Procel Eletrobras”.

Está no planejamento do programa a inclusão de mais equipamentos, entre os quais fornos micro-ondas e ferros de passar roupa. “A gente está trabalhando no nosso laboratório de pesquisa para que nos próximos anos eles sejam avaliados.” Também o chuveiro elétrico deverá ser analisado pela Eletrobras Procel. “O chuveiro elétrico é importante porque representa boa parte do consumo das residências, principalmente no inverno”, disse Salvador. “Está no rol dos nossos projetos futuros para poder estabelecer os parâmetros que a gente tem que avaliar. Os mais eficientes receberão o selo”.

Contabilizando os 25 anos de existência do Programa, a economia de energia elétrica atingiu 60 bilhões de kWh. O gerente ressaltou que grande parte da matriz energética nacional é limpa, sendo a maioria da produção feita por fonte hidráulica. Isso faz com que as emissões de gases poluentes não sejam elevadas. “Toda energia que não é gasta, ou seja, que é conservada, ela pode ser atrelada a um índice de emissão de gás carbônico evitada. No ano passado, foram 624 milhões de toneladas de gás carbônico que deixaram de ser emitidos na atmosfera”. Isso corresponde às emissões de mais de 200 mil veículos durante um ano.

Prefeitura começa instalação de lâmpadas de LED em postes de Santa Maria


Fonte: Diário de Santa Maria - 09.07.2013
Rio Grande do Sul - Algumas ruas de Santa Maria passarão a ser iluminadas com lâmpadas de LED a partir desta terça feira. Segundo o secretário de infraestrutura e serviço, Tubias Calil, cerca de 300 postes ganharão a nova tecnologia. Conforme os cálculos da secretaria, a medida pode gerar uma economia de 90% nos gastos com energia elétrica aos cofres públicos da cidade.

”A verba economizada será toda revertida para melhorias em Santa Maria e deve aliviar o bolso do consumidor, até porque este tipo de lâmpada dificilmente queima e praticamente não necessita de manutenção, além de a luminosidade ser melhor”, afirma o secretário.

As avenidas Presidente Vargas, Ângelo Bolson, Rio Branco, Valter Jobim e Fernando Ferrari e a Rua Do Acampamento serão as primeiras beneficiadas. Os trabalhos começam em frente ao Hospital de Caridade, ainda na tarde desta terça-feira.

Segundo o secretário, o investimento inicial é de R$ 420 mil. A ideia é que, até o final do ano, as lâmpadas possam ser instaladas em 600 postes.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Procel: Economia de energia chegou a 9,1 bi de kWh, ou 2% do consumo total, em 2012






Fonte: Portal Rio Capital da Energia -
Brasil - Os últimos resultados acumulados contabilizados pelo Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) apontam que as iniciativas do programa foram responsáveis por uma economia de 9,1 bilhões de kWh em 2012, o equivalente ao consumo anual de 4,8 milhões de residências ou a 2% do consumo total de energia no Brasil naquele ano.

O gerente do Departamento de Projetos de Eficiência Energética da Eletrobras, Fernando Perrone, mostrou os dados ontem durante palestra no seminário “Eficiência energética: projetos, determinações e investimentos”, realizado hoje (19) pela Câmara de Comércio Americana (Amcham Rio). De 1986, quando o programa foi criado, até 2012, a economia atingiu, segundo ele, 60 bilhões de kWh.

Um dos principais focos do programa, segundo explica Perrone, são as edificações comerciais, residenciais e do setor público que, juntas, respondem por 47% do consumo de energia elétrica brasileiro.

O Procel Edifica está voltado exatamente para edificações públicas e privadas, com o objetivo de contribuir para a política pública de expansão de moradias e aplicação de conceitos de eficiência energética, inclusive em empreendimentos do Programa Minha Casa, Minha Vida.

Além disso, o programa desenvolveu com o Inmetro um selo para ser concedido a edificações novas e já existentes, que tenham como pré-requisitos áreas mínimas de 500 metros quadrados e tensão igual ou superior a 2,3 kV. Esse selo, inicialmente voluntário, já foi concedido a 51 edificações públicas e 1442 residenciais.

Para o setor industrial, que responde sozinho por 41% do consumo de energia elétrica no Brasil, há o Procel Indústria, que tem como um dos principais mecanismos a capacitação da universidade para efeito multiplicador de conhecimento, em trabalho realizado em parceria com entidades empresariais.

Há ainda programas como o Procel Sanear, para a área de saneamento e o Procel GEM (Gestão Energética Municipal), que abrange os 5.560 municípios do País, não diretamente, mas através dos parceiros. O programa também prossegue com suas iniciativas mais conhecidas da população, como o Selo Procel, para indicação ao consumidor de produtos que consomem menos energia elétrica e o Procel Educação, voltado para educação básica e fundamental.

Biblioteca do Estado conta com usina de energia solar




Fonte: Diário Democrático - 17.04.2013
Rio de Janeiro - A Biblioteca Pública do Rio (BPE), localizada na Avenida Presidente Vargas, já conta com uma usina de geração fotovoltaica que irá garantir a eficiência energética do novo espaço.

A Light finaliza agora a instalação de um dispositivo de proteção na entrada da unidade para que, na sequência, a interligação da usina com a rede passe por testes. De acordo com a companhia de energia, as simulações devem ser concluídas em maio deste ano.

Também estão sendo instalados seis inversores que irão compor os equipamentos necessários para a transformação da energia gerada para uso no sistema elétrico da BPE. O empreendimento verde já apresenta 162 placas de energia solar em estrutura fixada na cobertura. Moderna e sustentável, a biblioteca produzirá anualmente 51,5 MWh. As medidas adotadas contribuirão para uma redução de até 30% do consumo.

Pequenos negócios apostam em ações sustentáveis

 
 
 
Pequenos negócios apostam em ações sustentáveis

Fonte: Em Rôndonia.com - 15.04.2013
Brasília - Antes encarado com certo receio por parte do empresariado, o desenvolvimento sustentável é uma realidade e já faz parte das estratégias dos pequenos negócios. O assunto será debatido na terceira edição do Seminário Sebrae de Sustentabilidade, nesta segunda-feira (15), na sede do Centro Sebrae de Sustentabilidade (CSS), em Cuiabá (MT). O evento marcará o terceiro ano de atividades do CSS, referência nacional no tema, que tem como missão gerar e disseminar conhecimento, informações e práticas para o atendimento de micro e pequenas empresas em todo o país.

Praticar a sustentabilidade na empresa reduz custos e pode torná-la mais competitiva no mercado. O empreendimento que possui sua imagem vinculada à sustentabilidade geralmente conquista uma maior fatia no mercado, além de ter um retorno considerável de clientes, da simpatia da opinião pública e boa reputação. A marca tende a ser valorizada no mercado, ganhando mais credibilidade e confiança.

Segundo diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, o empresário deve vislumbrar a sustentabilidade como investimento e não como mais um gasto para a empresa. “As boas práticas sustentáveis aumentam a competitividade do negócio, promovem a imagem positiva da empresa junto aos seus clientes e ainda atraem uma gama de consumidores conscientes”.

Atento a essa temática, o Sebrae tem incentivado a sustentabilidade nos pequenos negócios, dentre outros seis pontos (inovação, qualidade, propriedade intelectual, Tecnologia da Informação e Comunicação, design, produtividade), por meio do programa Sebraetec, iniciativa que conta com orçamento de R$ 165 milhões ao ano.

Confira algumas ações sustentáveis que resultam em mais clientes e lucros:

Destine corretamente os resíduos sólidos de sua empresa

O primeiro passo é consultar a prefeitura de sua cidade para saber se há alguma cooperativa ou empresa que colete ou receba resíduos. Faça a separação do lixo seco (papel, plásticos, vidros, metais) e do lixo úmido ou orgânico (restos de alimentos, guardanapos engordurados, cascas de frutas), depositando-os em recipientes diferentes.

Energia solar é muito mais econômica

Um aquecedor solar gasta R$ 0,0035 por litro de água aquecida, enquanto um aquecedor de gás R$ 0,64 e um chuveiro elétrico R$ 0,89. Reduza custos de sua empresa, utilizando sistemas de aquecimento solar para alimentar chuveiros e torneiras de água quente.

Faça parceria com cooperativas de recicladores e doe seus resíduos recicláveis

Os resíduos recicláveis de sua empresa (papéis, plásticos, eletrônicos em desuso, etc) são materiais valiosos para cooperativas de recicladores. Torne-se parceiro dessas entidades em sua cidade e doe os resíduos gerados no dia a dia para elas. Dessa forma estará reduzindo o volume de resíduos na coleta, lixões e aterros sanitários e, ainda, vai apoiar a atividade produtiva e remunerada dos recicladores de resíduos, que fornecem tais materiais para as indústrias de reciclagem.

Envolva e capacite todos os colaboradores rumo à sustentabilidade

Para se tornar uma empresa sustentável é necessário envolver e capacitar todos os colaboradores na nova postura do mercado sustentável. Os resultados da redução de consumo de energia, água, transporte, embalagens, entre outros, só serão alcançados a partir da mudança comportamental e adoção de novas atitudes pelos integrantes da(s) equipe (s), no dia a dia da empresa.

Substitua lâmpadas incandescentes por lâmpadas econômicas fluorescentes

Lâmpadas econômicas fluorescentes podem durar até dez vezes mais do que as lâmpadas comuns incandescentes; chegam a economizar em torno de 65% dos custos mensais de energia elétrica de sua empresa, além de reduzir a produção e descarte de resíduos (lixo).

Prefira equipamentos com o Selo Procel Eletrobras

O Selo Procel Eletrobras de Economia de Energia é a principal referência para consumidores e empresários, na hora da comprar equipamentos e eletrodomésticos. Ele aponta os níveis de eficiência energética, de acordo com cada categoria, garantindo economia na sua conta de energia. O objetivo do programa é incentivar a fabricação e comercialização de produtos mais eficazes, visando ao desenvolvimento tecnológico nacional e a preservação do meio ambiente.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Desperdício zero


Brasil - Revista Galileu elenca campeões de consumo de energia e dá dicas de como economizar mais ainda após corte na conta de energia

Brasil – A revista Galileu deste mês traz uma reportagem chamando a atenção para a redução na conta de energia anunciada pela presidente Dilma Rousseff e de que forma podemos reduzir mais ainda o preço da conta no final do mês.

Elencando entre a iluminação doméstica, eletrodomésticos e gadgets, a reportagem faz um levantamento do consumo mensal de cada aparelho e dá dicas de maneiras de economizar, como é o exemplo do uso do computador, aparelho cada dia mais presente nos lares brasileiros. Se considerarmos o uso diário de oito horas do aparelho, durante 30 dias no mês, teremos o consumo de 48 kWh/mês ou, segundo cálculos da revista, um consumo de R$ 21,60.

Clique no link abaixo e leia a reportagem na íntegra
Revista_Galileu_desperdício_zero_01-02-2013.pdf

Tecnologia promete energia solar 300% mais barata





Fonte: Jornal da Energia - 22.02.2013

Estados Unidos - Sediada na Califórnia, a V3 Solar foi a responsável pela pesquisa e o desenvolvimento do Spin Cell - espécie de painel fotovoltaico giratório, em formato de cone. Agora, a companhia norte-americana inicia o processo de comercialização da tecnologia, com a promessa de que ela possa produzir energia solar 300% mais barata do que a gerada pelos métodos convencionais.

Segundo a V3 Solar, o equipamento é mais eficiente no aproveitamento da luz do sol para a produção de energia. Ano passado, a companhia chegou a contratar a Design Nectar, empresa especializada no desenvolvimento de produtos para concluir o projeto de engenharia do V3Solar’s Spin Cell Technology. “A produção de energia renovável, instalada no ponto de consumo é um negócio viável", comentou Michael Neistat, CEO da V3Solar. O valor do kWh produzido com a célula spin seria de apenas US$ 0,8, o que a companhia afirma ser 66% mais barato do que o preço da eletricidade no varejo e 300% menor do que o preço de custo de outras tecnologias solares.

A californiana garante que testes preliminares comprovaram que a tecnologia é capaz de produzir 20 vezes mais eletricidade, durante o mesmo período e com o uso da mesma quantidade de células fotovoltaicas de placas e painéis estáticos. “A energia solar finalmente está fazendo sentido do ponto de vista econômico”, afirmou Neistat.

O Spin Cell funciona a partir de uma combinação entre as lentes de concentração, sendo a célula spin um cone dentro de um outro cone maior. A camada exterior da lente cobre uma área maior para concentrar a luz sobre o material fotovoltaico. A empresa descreve ainda que o equipamento também é constituído por um sistema de “eletrônica avançada”.

Pesquisadores de Belo Horizonte criam painéis solares de plástico




Fonte: Jornal Meio Ambiente - 26.02.2013

Belo Horizonte - Um grupo de pesquisadores de Belo Horizonte criou novos painéis solares feitos de plástico. Mais baratos e compactos do que os equipamentos convencionais, as placas de geração podem ser instaladas em fachadas de prédios, telhados de casas e até mesmo em ônibus e carros.

Ao contrário dos painéis tradicionais, feitos de silício, o novo dispositivo se parece com um rolo de filme-plástico transparente com faixas coloridas, nas quais se encontram as células fotovoltaicas. Fino e flexível, o material tem alta eficiência: um pedaço do plástico de dois metros por dois metros tem capacidade para abastecer uma lâmpada, uma televisão e parte do consumo de uma geladeira. Assim, quanto maior o tamanho do plástico, mais eletricidade é gerada.

De acordo com Tiago Maranhão Alves, coordenador do projeto, o dispositivo pode dar novo uso ao plástico e ainda reduzir desigualdades sociais no país. "Eu queria levar isso aqui no lombo de um burro para uma localidade isolada do Nordeste que nunca teve energia elétrica. Isso é fácil de transportar e você cola no telhado ou na fachada de uma casinha em qualquer lugar", disse o coordenador, que também considera a possibilidade de depositar grandes quantidades de plástico-filme nas águas dos reservatórios hidrelétricos já construídos no Brasil.

De acordo com Maranhão, o plástico pode gerar até 50% a mais de energia do que as placas de silício. Isso porque, enquanto as células solares tradicionais são mais vulneráveis às variações da luminosidade ao longo do dia, o rolo de filme-plástico produz mais eletricidade conforme a temperatura do ambiente aumenta.

A equipe de cientistas não forneceu detalhes sobre a construção dos painéis de plástico, porém o equipamento já foi aprovado em testes internacionais e as primeiras unidades estão prontas para serem comercializadas. Até o momento, o projeto de desenvolvimento demandou um investimento de R$ 20 milhões e foi executado com a verba da empresa montadora e da Fapemig (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais). Com informações do Valor Econômico. 

Aneel busca evitar que redução de tarifas incentive aumento no consumo de energia



Fonte: Portal Rio Capital da Energia - 14.02.2013

Brasil - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) quer evitar que a redução de até 32% na conta de luz incentive as pessoas a aumentarem o consumo de energia elétrica, como se estivessem aproveitando uma liquidação de ponta de estoque. Para o diretor-geral da Aneel, Nelson Hübner, é importante que o brasileiro aproveite a oportunidade para fazer com que essa economia no custo da energia seja ainda maior. “Basta que o consumo também seja reduzido”, sugere Hübner.

“Não é por a energia estar mais barata que os consumidores devem deixar de se preocupar em economizar. Uma coisa boa pode ficar ainda melhor”, disse ele à Agência Brasil. A redução nas tarifas está em vigor desde 24 de janeiro, mas só a partir do próximo dia 24 – após se completar o primeiro ciclo de cobrança com as novas tarifas – é que o desconto será repassado integralmente à conta de luz. Até então, o benefício é apenas proporcional aos dias contabilizados com os novos valores.

Os consumidores residenciais serão beneficiados com uma redução de 18% na tarifa. Para a indústria, o comércio, a agricultura e o setor de serviços, a redução chegará a até 32%.

Na opinião do diretor da Aneel, a possibilidade de a diminuição do custo da energia implicar em aumento do consumo não vai contra o discurso de sustentabilidade do governo federal. “Isso não é verdade porque o custo da tarifa é muito elevado no Brasil”, disse Hübner, ao defender os efeitos dessa redução para o custo Brasil.

A fim de apresentar algumas dicas para estimular a redução do consumo de energia elétrica, e evitar que a redução do preço acabe estimulando maior consumo, a Aneel lançou no dia 14, em seu site, a cartilha Use a Energia com Inteligência. 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Geração de energia solar em casa faz bem ao planeta e ao bolso


Fonte: Envolverde - 31.01.2013
Brasil - Em 2012, a Aneel aprovou as regras que regulamentam a geração de energia solar em casa. Agora, a eletricidade produzida por você mesmo pode diminuir o preço da conta de luz, zerar a tarifa e até mesmo render créditos com as distribuidoras.

As mudanças aprovadas pela agência reguladora servem como incentivo às energias alternativas que têm geração totalmente sustentável: a principal delas é a solar, a mais fácil de ser incorporada, não só nas grandes fazendas solares, mas também em prédios e casas das grandes cidades brasileiras. “É cada vez maior o número de interessados em produzir energia para uso doméstico, seja pelos benefícios ambientais, seja para suprir eventuais desligamentos da rede elétrica”, diz o site da empresa Minha Casa Solar, que comercializa sistemas de microgeração fotovoltaica no Brasil.

Uma residência que possui painéis solares deixa de utilizar a energia fornecida pelas distribuidoras, e, assim, reduz imediatamente a conta de luz. Isso porque, quando transformado em eletricidade, o sol alimenta os aparelhos ligados naquele momento. Se houver sobras de energia, as quantias serão lançadas na rede da companhia de distribuição, que retornará a quantidade excedente como crédito nas próximas tarifas a serem cobradas.

Se, num primeiro momento, a microgeração de energia solar demanda um investimento alto, a economia na conta de luz vira o jogo nos próximos meses: o investimento inicial gira em torno de R$ 15 mil a R$ 40 mil, dependendo do tamanho da residência e do padrão de consumo dos moradores. Entretanto, o cliente pode criar um sistema simples, formado por um ou dois painéis fotovoltaicos e, aos poucos, ir aumentando a quantidade de módulos. 

Eficiência energética no fogão a lenha

Equipamento criado por inventor catarinense aquece chuveiro em regiões serranas usando o calor que seria desperdiçado na chaminé. Próximo passo será “fogão-foguete” que reduz queima de lenha em 40%. 


José Alcino Alano, eletricista aposentado e inventorUm sistema inovador de aquecimento de água desenvolvido em Santa Catarina aumenta a eficiência energética dos fogões a lenha, presentes na maioria das residências das regiões serranas, onde o inverno é rigoroso. Barato, de fácil instalação e ambientalmente sustentável, o recuperador de calor está sendo testado em um projeto-piloto com 200 famílias de áreas rurais em 34 municípios, numa parceria entre Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), Secretaria de Agricultura do Estado e Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri). Os resultados preliminares superam as expectativas, com aumento do conforto, alívio no orçamento doméstico e potencial para reduzir a demanda de energia nos horários de pico. Criado pelo eletricista aposentado José Alcino Alano, o equipamento aproveita o calor que seria desperdiçado pela chaminé, sem aumentar o consumo de lenha.
“Tomar banho e lavar louça, pra nós, era um tormento”, conta Vera Lúcia Damas Claudiano, líder na comunidade quilombola de Rincão do Tigre, no município de São Joaquim – a 230 km da capital –, onde as temperaturas negativas no inverno fazem parte do cotidiano. A família de Vera foi uma das selecionadas para o teste, por atender ao critério de baixa renda e pela influência dela como multiplicadora para os vizinhos. “Antes, tínhamos que deixar a torneira aberta de noite para a água não congelar no cano”, conta a agricultora, enquanto acende o fogão para preparar o mate. “Agora temos água quente à vontade, dispensamos o chuveiro elétrico e a conta de luz caiu quase pela metade”.
A Celesc estima que a instalação do recuperador de calor nas 198 mil residências onde se usa fogão a lenha em Santa Catarina resultaria em uma economia anual de 193,6 mil MWh de eletricidade. Suficiente para abastecer uma cidade do tamanho de Florianópolis (421 mil habitantes) por três anos, ou toda a área de concessão da companhia, com 6,2 milhões de habitantes, por dois meses. O cálculo, feito segundo o Manual de Eficiência Energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), tomou como premissas a redução de 100% no uso de um chuveiro elétrico de 5.400W de potência, com um tempo médio de oito minutos de banho por pessoa. Não foi considerada a redução no uso de torneira elétrica. Se incluídas as residências rurais com fogão a lenha em regiões serranas do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo, a economia total seria ainda mais expressiva.
A instalação do equipamento se dá no âmbito do projeto Banho de Energia, uma das ações de Responsabilidade Social Empresarial (RSE) da companhia catarinense de eletricidade. “A Celesc não faz filantropia”, esclarece a assessora de RSE, Viviani Bleyer Remor. “Estamos levando conforto e qualidade de vida para os agricultores; ao mesmo tempo, consolidamos a marca da empresa junto a essa população e reduzimos a inadimplência”. Outra vantagem é a redução do consumo no horário de ponta – das 17h30 às 20h30 nos dias úteis, quando o sistema nacional de geração, transmissão e distribuição é sobrecarregado pelo aumento no número de equipamentos ligados à rede elétrica. No segundo semestre de 2013, haverá uma avaliação dos resultados nas 200 unidades instaladas e a empresa pretende ampliar o projeto.
José Alcino Alano, 61 anos, não se considera um inventor, mas o fato é que já saíram de sua prancheta diversas tecnologias sociais, como um leito hospitalar multifuncional de baixo custo para pessoas com paraplegia e tetraplegia, entre outras. Acompanhado da mulher, dona Lizete, ele passa parte do tempo viajando por Santa Catarina para supervisionar a instalação do aquecedor, cujo pedido de patente foi depositado em 2010 junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Desde 2006 o aposentado é parceiro da Celesc na difusão de um aquecedor solar feito com garrafas PET e caixas de leite.


Esse projeto de RSE – Energia do Futuro – levou à criação de uma cooperativa de trabalho no Morro da Queimada, comunidade de baixa renda na capital catarinense, e está sendo replicado na Costa do Marfim. Alano atua como voluntário. Ele explica que o grande diferencial do seu recuperador de calor em comparação com a tradicional serpentina de água é não retirar calor da câmara de combustão do fogão, e sim da chaminé, onde seria desperdiçado: “Assim o consumo de lenha permanece o mesmo”.
A pedido do Valor, o projeto foi avaliado pelo engenheiro Edson Bazzo, do Laboratório de Combustão e Energia de Sistemas Térmicos (LabCET), vinculado ao Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). “Os direcionadores de gases, de fato, representam uma inovação com perspectiva de patente”, afirma. Para o especialista, o maior mérito do trabalho está no resgate de uma tecnologia consolidada de domínio público, que funciona pelo princípio de termossifão (veja box), para reaplicação em propriedades rurais e nas cidades onde ainda são utilizados fogões a lenha: “A medida é evidentemente vantajosa, pois substitui total ou parcialmente a eletricidade consumida em chuveiros, com baixo ou nenhum impacto ambiental”, diz. “Indiretamente, está-se economizando combustíveis fósseis na geração de eletricidade. O único impacto ambiental estaria associado à fabricação, transporte e instalação do sistema, o que é insignificante a meu ver. É uma bela iniciativa”. Bazzo lembra que o dióxido de carbono (CO2) gerado pela queima da lenha é neutro, pois se supõe que ele vai ser absorvido pelo crescimento de novas árvores.

Detalhe. Fonte: pedido de patente ao INPI
Um elemento importante para a difusão da nova tecnologia tem sido a parceria com a Epagri, empresa pública com mais de 50 anos de fomento à agricultura familiar, modelo de 90% das propriedades agrícolas em Santa Catarina. “Temos contato próximo com as comissões de desenvolvimento municipal, que nos ajudam a identificar as famílias para o projeto-piloto”, diz o gerente estadual de Extensão Rural e Pesqueira, José Cezar Pereira. Oitenta por cento do custo total do equipamento, de cerca de R$ 1,8 mil, são subsidiados pela Celesc. Os agricultores pagam somente R$ 380, em cinco parcelas anuais financiadas pelo Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR). Graças ao subsídio e à facilidade de crédito, o dispositivo está sendo adotado por famílias como a de Orildo Giroto, oriundo do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), que vive no Assentamento Primeiro de Maio, em Curitibanos, a 300 km da capital. “Agora fica mais rápido pra fazer a polenta”, diz dona Luci, pegando água aquecida da torneira.
O recuperador de calor, com vida útil estimada em 20 anos, já teve cinco protótipos construídos e continua sendo aperfeiçoado. Alano não para de elaborar novas ideias: “Estou desenvolvendo um novo modelo de fogão a lenha baseado numa tecnologia existente há vários anos, o ‘fogão foguete’, que, pela queima perfeita dos gases, reduz em 40% o consumo de lenha e produz pouca fuligem, diminuindo os impactos ambientais”. Ele atribui a motivação para criar à sua origem humilde, na qual fazia parte da rotina a busca de soluções para a sobrevivência a partir de conhecimentos em diversas áreas. “Outra motivação é ter contato com realidades que clamam por ajuda imediata e saber que os meus problemas são infinitamente menores que os do meu próximo”.

Como funciona

O sistema. Fonte: pedido de patente ao INPIO sistema. Fonte: pedido de patente ao INPI
O recuperador de calor funciona por convecção térmica (termossifão), processo de transmissão de calor em que a energia térmica se propaga através do transporte de matéria, por causa da diferença de densidade e da ação da gravidade. Quando a água fria é aquecida em contato com a chaminé, fica menos densa, isto é, ocupa o mesmo espaço com peso inferior. Assim, sobe até o boiler, um reservatório que conserva a água quente até sua utilização.
O calor na chaminé dificilmente ultrapassa os 200°C, contra 500°C em média atingidos na câmara de combustão do fogão a lenha. Embora a rapidez e o volume da água aquecida sejam inferiores ao sistema tradicional por serpentina, são suficientes para atender as necessidades domésticas sem o uso de tubulação especial, o que barateia o sistema. Como não há serpentina com água circulando dentro da câmara, o consumo de lenha permanece o mesmo.
Uma versão condensada desta reportagem foi publicada originalmente no Valor Econômico, em 23/01/2013, com o título Fogão a lenha aquece água do chuveiro



Eletricidade mais barata: e o meio ambiente?


Fonte: Pequenas Empresas e Grandes Negócios - 30.01.2013
Brasil - Recentemente, a presidente Dilma Rousseff anunciou que a conta de luz ficaria mais barata para os brasileiros. É certo que essa iniciativa contribui positivamente para o desenvolvimento das pequenas e médias empresas, uma vez que a energia é um ponto crítico nos custos dos negócios.

A presidente também descartou a possibilidade de racionamento de energia e disse que o país está aumentando sua capacidade elétrica.

Queria aproveitar esse anúncio para alertar a sociedade sobre a importância da obtenção de energia por meios alternativos, uma vez que os ciclos das chuvas têm comprometido o fornecimento. O Brasil precisa ampliar sua matriz energética para garantir o desenvolvimento econômico e o fornecimento de energia do dia a dia em algumas regiões castigadas pela falta de água.

Já existe tecnologia disponível para a geração de energia de outras fontes que não a água, como o sol e o vento, tão abundantes em nosso país, mas tudo isso ainda parece muito distante de nossa realidade cotidiana.

Também entrará em vigor a partir do ano que vem um acréscimo na cobrança da energia elétrica para os que consomem mais eletricidade, sempre que os reservatórios estiverem em níveis críticos.

Para educar o cidadão, a partir de março de 2013 as contas trarão um quadro explicativo com as chamadas ”bandeiras tarifárias”. Quando os reservatórios estiverem cheios, a bandeira será de cor verde. O amarelo será utilizado para o estágio de atenção, e o vermelho quando os reservatórios estiverem em níveis preocupantes. Vale lembrar que atualmente todas as regiões do país se encontram em situação “vermelha”.

Não consigo enxergar outra cor a não ser essa quando se trata da utilização de recursos naturais. O planeta está no vermelho! Precisamos estar sempre alertas e não podemos “baixar a guarda” em relação à preservação do meio ambiente.

O estado de alerta quanto ao consumo de energia não deve ser entendido como apocalíptico e sim como uma oportunidade de elevarmos nossos padrões de consciência e abrir espaços para a inovação e a criatividade – em outras palavras, aprender a fazer mais com menos e harmonizar a operação dos negócios com a vida.

De toda forma, a redução da conta de luz ajuda o pequeno e o médio empresário, como a de qualquer outro custo inerente ao negócio. Mas o que ele realmente precisa é de uma imediata revisão fiscal. Isso sim daria um impulso fantástico ao empreendedorismo, à formalização dos negócios e à geração de renda.

A energia ficou mais barata, mas não é para usar mais. É para economizar sempre! 

Em fase de teste, bandeira tarifária permite planejar consumo


Fonte: O povo Online - 28.01.2013
Brasil - Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a partir de 2014, vai implantar um sistema no qual o consumidor vai saber, antecipadamente, se vai pagar mais caro ou mais barato pela energia elétrica que vai utilizar, a depender das condições de geração da eletricidade. É a Bandeira Tarifária, que já está em fase de teste, em caráter educativo, até o final de 2013.

Com a novidade, as contas de energia virão indicando as variações de preço com uma bandeira, que poderá ser verde, amarela ou vermelha. As distribuidoras de energia divulgarão, na fatura, a simulação da aplicação das bandeiras para o subsistema de cada região do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Atualmente, os custos da geração e as diferenças de demanda da energia já são repassados ao consumidor residencial, no entanto, é feito de uma vez só, no reajuste tarifário anual. Para a indústria, já há uma diferenciação, porém é feita por horário em um período fixo, explica José Starosta, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviço de Conservação de Energia (Abesco).

Para ele, a Bandeira Tarifária poderia ter sido implantada há mais tempo, como forma do consumidor se planejar para equilibrar o consumo, já que teria noção do custo da energia para o mês seguinte.

Apagão

"O Brasil consumia cerca de 430 terawaltt-hora por ano (TWh/ano) em 2011. A sociedade aprendeu a economizar no “apagão” de 2001, depois relaxou um pouco. Ao contrário do restante do mundo, estamos muito bem de potencial energético. Tem água no Sul e Sudeste. No Nordeste, tem um vento fantástico. Mas a eficiência energética é muito importante”, analisa Starosta.

Por causa da baixa nos reservatórios e o consequente uso da energia das termelétricas – que é mais cara -, a indicação apresentada seria a bandeira vermelha, o que significa que a tarifa estaria mais cara próximo mês. Conforme o consultor de energia da Federação das Indústrias do Ceará (Fiece), Jurandir Picanço, a alta não seria na mesma proporção do desconto dado pelo Governo Federal às contas de energia, mas certamente, reduziria o corte.

“Esse mecanismo é muito salutar. Na situação que estamos agora, seria a bandeira vermelha, que corresponde o valor da tarifa superior ao da normal. Se começar a chover muito, o preço vai cair e a bandeira mudar”, exemplifica Picanço.

O especialista afirma que o novo sistema é bom para a indústria, que pode se planejar para fazer um estoque no caso de energia mais barata ou reduzir a produção em caso de energia mais cara. “Se você tem que pagar, é melhor que você saiba que está pagando do que levar um susto depois. É uma alternativa inteligente, porque o consumidor participa mais efetivamente sua conta”.


ENTENDA A NOTÍCIA

Com a Bandeira Tarifária, as contas de energia irão detalhar o preço que o consumidor paga pela geração. O usuário saberá, por exemplo, se a energia é gerada por hidrelétricas (mais baratas) ou térmicas ( mais caras)

SERVIÇO
Cartilha da Aneel sobre como economizar energia:

Onde: Portal do ANEEL

Energia solar abastece 80% da demanda energética da PGM Sistemas de Uberlândia



Fonte: Jornal Nortão - 28.01.2013
Minas Gerais - A PGM Sistemas se tornou conhecida no mercado como a empresa de softwares verdes voltados a empreendimentos de pequeno e médio portes. O telhado do prédio de três andares de sua sede em Uberlândia (MG) justifica o diferencial. Nele há 28 placas captadoras de energia solar, que depois de transformada em elétrica abastece 80% das necessidades energéticas da empresa.

O empreendimento uberlandense é considerado pioneiro na implantação de sistema de energia fotovoltaica no setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) do país e, também, por estar ligado à rede de transmissão da companhia de energia elétrica local (Cemig). Utilizar energia solar é uma das práticas sustentáveis mais recomendadas por estudiosos e especialistas em sustentabilidade, pois se trata de fonte limpa e renovável.

A PGM Sistemas está no mercado há 20 anos, possui 1,2 mil clientes e 60 colaboradores. O foco da empresa são os pequenos e médios empreendimentos. Os softwares verdes desenvolvidos são customizados e destinados a lojas de autopeças, materiais de construção, produtos agropecuários, bares e restaurantes, confecções etc.

“Preferimos ter mil pequenos negócios como clientes do que cinco grandes empresas. Esse nicho de mercado é muito receptivo e estável”, afirma Vítor Arantes Moura, diretor administrativo da PGM. A empresa cresceu 25% em 2012. A meta para este ano é aumentar faturamento, estrutura e clientela em 30%, segundo Vítor.

A implantação do sistema de energia solar levou a PGM Sistemas a se inscrever no Prêmio Sebrae MG de Práticas Sustentáveis, no ano passado. A empresa disputou com dezenas de empreendimentos mineiros e foi um dos seis destaques finais da premiação.

O prêmio gerou ganho de imagem e credibilidade para a PGM, diz o empresário. “Obtivemos muita divulgação e nos tornamos referência para outras empresas. Esse é nosso objetivo: ser referência em sustentabilidade para o mercado”, salienta. Receber visitas interessadas em conhecer o sistema de energia fotovoltaica entrou na rotina do empreendimento.

Investimento solar

A decisão de implantar o sistema de energia fotovoltaica coube ao fundador da PGM Sistemas, Gilberto Santos de Moura, pai de Vítor, advogado, analista de sistemas e defensor da sustentabilidade. As obras para a instalação do sistema duraram nove meses (de janeiro a outubro/2012) e foram investidos R$ 90 mil. As 28 placas são norte-americanas e têm durabilidade de 25 anos. O inversor é norueguês. O retorno do investimento se dará em nove anos, calcula Vítor.

“Usamos 80% de energia solar e 20% de energia elétrica. Nos finais de semana, quando nosso consumo é zero, cada kilowatt gerado é vendido à Cemig. Somos uma minigeradora de energia”, informa orgulhoso. A opção por não armazenar o excedente em baterias se deve a preocupação com os possíveis impactos ambientais, esclarece o empresário.

Apesar da tecnologia solar, a empresa não descuida da eficiência energética. "Não é porque a energia vem do sol, que se pode gastar e desperdiçar à vontade”, enfatiza. Há recados como “apague a luz ao sair da sala”, entre outros, espalhados por todo o prédio.

Outras atitudes sustentáveis são praticadas pela PGM Sistemas, tais como doação de computadores usados para escolas e creches, coleta seletiva de resíduos, cursos para comunidades carentes, entre outros. “Sustentabilidade ainda não atrai novos negócios, mas com o tempo e a conscientização do mercado passará a ser realmente um grande diferencial”, prevê o empresário. 

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Cemig realiza cerimônia de premiação dos municípios que mais se destacaram utilizando metodologia Eletrobras Procel

Minas Gerais – Cemig realiza cerimônia de premiação dos municípios que mais se destacaram com ações de eficiência energética do projeto Plamge


Ivana Varela, para o Procel Info
Minas Gerais – O Plano Municipal de Gestão Energética ou popularmente conhecido como Projeto Plamge, é um projeto implementado pela Cemig, utilizando a metodologia da Eletrobras Procel – Ibam, que tem como objetivo principal transferir todo conhecimento sobre eficiência energética para os técnicos das administrações municipais, além de disseminar a cultura do uso eficiente de energia para a sociedade.

Através dessa metodologia, eles ficam aptos para organizar, gerenciar e planejar o consumo de energia elétrica nas unidades consumidoras publicas da cidade.

A parceria da Eletrobras Procel com a Cemig foi um processo construído aos poucos, com os interesses mútuos que as entidades vislumbravam para uma atuação sinérgica integrada. A Cemig desejava atender as prefeituras dentro da sua área de concessão com um projeto de eficiência energética e o Procel GEM apresentou e ofereceu as metodologias e ferramentas desenvolvidas por sua equipe para atender esse tipo de necessidade. A partir dessas iniciativas, várias ações foram desenvolvidas.

O responsável por este trabalho no âmbito do Procel GEM – Gestão Energética Municipal – Davi Miranda, conta que primeiramente, alguns integrantes da equipe da Cemig participaram de uma capacitação na metodologia de Plamges promovida pela Eletrobras Procel. Esse contato permitiu a evolução dos trabalhos e o acerto de outras propostas que se realizaram em seguida. “Fizemos uma apresentação das nossas metodologias à equipe CEMIG durante uma reunião de trabalho com todos os agentes de relacionamento com o poder público e logo depois promovemos um treinamento de como economizar energia elétrica nas prefeituras. Estiveram presentes mais de 100 técnicos de 60 prefeituras diferentes de Minas”, explica. Esse evento serviu como uma apresentação do trabalho que a Cemig viria a realizar, elaborando Plamges em 50 municípios, e que foi finalizado recentemente.

No mês de dezembro, o presidente da Companhia Energética de Minas Gerais, Cemig, Djalma Bastos de Morais, por meio do Programa Energia Inteligente, participou d a cerimônia de entrega da premiação aos municípios com maior eficiência energética do Estado. Foram três as cidades vencedoras do projeto, a capital Belo Horizonte junto às cidades de Araxá e Carandaí. As três cidades vencedoras receberam um vale eficiência energética, beneficiando-as com ações voltadas para comunidades de baixa renda e entidades sem fins lucrativos, além de uma placa de reconhecimento e um certificado.

Na cerimônia, Djalma aproveitou para firmar a parceria entre a Cemig, Governo de Minas Gerais, Eletrobras e Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM), para a capacitação de servidores de 50 municípios do Estado. Durante o evento o presidente da Cemig anunciou que a metodologia utilizada possibilitou não apenas estabelecer metas, objetivos e estratégias para a redução do consumo de energia elétrica dos órgãos públicos municipais. “Foi possível durante o curso, visualizar o consumo de energia do município e analisar a implicação técnica e econômica dos projetos eficientes”, disse.

Segundo Miranda, a parceria com a Cemig e o trabalho desenvolvido são de grande importância para o subprograma Procel GEM. “Foi interessante ver a metodologia ser implementada em tantos municípios simultaneamente. Pudemos ver os bons resultados que a metodologia e o software SIEM proporcionam, ajudando às equipes das prefeituras na gestão do uso eficiente de sua energia elétrica e gerando resultados efetivos e mensuráveis de economia de energia e recursos”, acrescenta.

Devido a atuação proativa dos agentes de relacionamento da Cemig e uma proximidade com as prefeituras, os trabalhos foram desenvolvidos com mais facilidade e as prefeituras se mantiveram motivadas durante todo o período. Certamente o projeto serviu para consolidar a metodologia Plamge da Eletrobras Procel como uma ótima opção de investimento de recursos do Programa de Eficiência Energética (PEE) da ANEEL pelas concessionárias distribuidoras de energia elétrica.

Para a Cemig, o empenho dos municípios no projeto resultou em uma economia de R$ 10 milhões para os cofres públicos.

Além das cidades premiadas participaram do Projeto Plamge os municípios de Almenara, Araguari, Betim, Carangola, Carmo do Cajuru, Carmópolis de Minas, Conceição das Alagoas, Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Conselheiro Pena, Cruzília, Curvelo, Diamantina, Frutal, Guanhães, Igarapé, Inhapim, Itabira, Itabirito, Itajubá, Ituiutaba, Janaúba, João Monlevade, José Raydan, Juiz de Fora, Ladainha, Lagoa Santa, Lavras, Mantena, Matozinhos, Muzambinho, Nazareno, Passos, Patos de Minas, Patrocínio, Pompeu, Sabará, Salinas, São Lourenço, Sete Lagoas, Teófilo Otoni, Timóteo, Três Corações, Três Marias, Várzea da Palma, Vespasiano e Viçosa.

Para a Cemig, o empenho dos municípios no projeto resultou em uma economia de R$ 10 milhões para os cofres públicos, através de aplicação dos conhecimentos adquiridos na capacitação e na elaboração de projetos eficientes. A mudança de cultura e os novos hábitos foram dois grandes aliados para o projeto se tornar realidade.

E para a Eletrobras Procel a parceria com a Cemig não termina por ai. “Temos ainda planos de implementar novos projetos como esse ou utilizando outras metodologias em breve. Os resultados já são excelentes e continuaremos acompanhando sua implementação por todo Brasil”, conclui Davi Miranda.

Temporada de calor aumenta risco de sobrecarga nacional


Fonte: Jornal Nacional - 22.01.2013
Brasil - Na temporada de calor do verão brasileiro quando a demanda por refrigeração de alimentos e de ambientes aumenta, existem formas de evitar que a conta de luz também dê um salto. O repórter Paulo Renato Soares, mostra algumas delas e também o perigo de uma sobrecarga na rede elétrica. Usar benjamins e filtro de linhas constantemente é correr risco duas vezes. Primeiro porque essa sobrecarga em uma tomada pode gerar curto circuito e até incêndios. Depois o risco é para bolso, fios superaquecidos geram mais consumo de energia.

Segundo Luiz Antônio Consenza, engenheiro do CREA, as pessoas não tinham tomada para ligar todos esses aparelhos novos que foram surgindo ao longo dos anos. “A carga aumentou e as pessoas compram os aparelhos sem saber se podem ligar naquela tomada ou não.”

A solução definitiva seria iniciar uma obra e abrir tomadas pela casa. Se não der agora o conselho de quem entende do assunto é desligar da tomada aparelhos de pouco uso e trocar os indispensáveis por modelos mais econômicos, gestos simples também ajudam. No caso do chuveiro elétrico, só em mudar a chave de inverno pra verão gera uma economia de 180 reais por ano. E ao trocar oito lâmpadas incandescentes por fluorescentes, o gasto fica 259 reais menor no ano.

O engenheiro eletricista da Eletrobras, Rafael David alerta: “Se seguirmos todas essas dicas, podemos ter uma economia anual de mais de 600 reais ou até 30% na conta de luz”. 

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Gestão energética tem boas opções de cursos



Fonte: Ambiente Energia - 21.01.2013
Brasil - O Centro de Treinamentos Corporativos (CTC Experts), especializado na capacitação profissional para a área de gestão energética, já definiu o programa de cursos para o primeiro semestre de 2013. De fevereiro até junho, serão promovidos, inicialmente, um total de oito cursos em São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas sobre temas como o uso da energia solar térmica no setor industrial, gestão energética com foco no emprego da IS0 50.001 e Medição & Verificação (M&V). Além dos cursos abertos, o CTC Experts promove cursos in company para o mercado de energia, grandes consumidores e entidades que precisam treinar profissionais para desenvolver e gerir projetos de eficiência energética.

Um dos cursos do programa do CTC Experts é o Energia Solar Térmica para Indústrias, que acontecerá no dia 20 de março, em São Paulo, e no dia 11 de junho, em Campinas. Com ênfase nos produtos disponíveis do mercado brasileiro, o curso abordará os princípios da energia solar térmica, eficiência e operação dos diversos tipos de coletores solares disponíveis, possibilidades de armazenamento de calor, controladores, determinação de carga térmica, integração de sistemas aos processos, desafios na distribuição do calor e análise básica de viabilidade técnica e financeira.

O curso será ministrado pelo professor Lúcio Mesquita, diretor-presidente da Thermosol Consulting, que tem experiência de 20 anos na área. Na bagagem, além do título de Ph.D. em Engenharia Mecânica na área de energia solar térmica, ele traz o desenvolvimento de mais de 200 projetos de médio e grande porte no Brasil, Estados Unidos e Canadá, incluindo projetos de aquecimento solar para edifícios residenciais, hotéis, hospitais, estabelecimentos de ensino e indústrias, como o sistema recentemente instalado na Companhia Brasileira de Bebidas Nobres (Belco).

Num momento de estabilidade no fornecimento de energia devido ao baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas, o curso Gestão da Energia, que acontecerá nos dias 21, 22 e 23 de maio, no Rio de Janeiro, merece destaque. O programa trata da gestão energética sobre os aspectos técnico, institucional e comportamental, abordando as várias fases do processo, do planejamento à manutenção. Além de abordar os temas da ISO 50.001, norma internacional que estabelece os procedimentos para a gestão energética, o curso discute questões práticas do dia a dia da implantação e manutenção do Sistema de Gestão da Energia (SGE).

Com carga horária de 32 horas, a próxima edição do curso M&V – Fundamentos de Medição e Verificação, ministrado pelo professor Agenor Garcia, diretor-técnico do CTC Experts, acontecerá nos dias 25, 26, 27 e 28 de fevereiro, em São Paulo. O curso vai oferecer conhecimentos e ferramentas para quem precisa definir e implementar um Plano de M&V para medir os resultados de um projeto ou ação de eficiência energética, baseado no PIMVP (Protocolo Internacional de Medição e Verificação de Performance). O curso prepara para obtenção do CMVP – Certified Measurement and Verification Professional, da EVO (Efficiency Valuation Organization).

Para conhecer toda a programação e ter mais informações, é só acessar o Portal do CTC Experts , e clicar na seção de Cursos.

Sobre o CTC Experts: O CTC Experts, criado em 2011, é um centro de treinamentos voltado para o desenvolvimento de capacitações em Gestão de Energia, Eficiência Energética e Ferramentas de Controle de Processos e do Uso de Utilidades. No Brasil, o CTC Experts é parceiro exclusivo da EVO (Efficiency Valuation Organization), responsável pelo desenvolvimento e manutenção do Protocolo e pela Certificação de profissionais – CMVP – Certified Measurement and Verification Professional. Outra parceira é a Econoler, consultoria canadense que atua no mercado de eficiência energética há 25 anos.

Entre em contato com o CTC Experts:

Telefone: (11) 3743-9666

E-mail: informacoes@expertsmkt.com.br 

Búzios, a primeira cidade inteligente da América Latina

Rio de Janeiro – Projeto de eficiência energética em Búzios visa racionalizar o consumo e reduzir os gastos com energia elétrica

Ivana Varela, para o Procel Info


Rio de Janeiro – Situada na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, Búzios é uma cidade moderna e turística, visitada por cerca de 700 mil estrangeiros por ano. Com uma beleza natural incrível, organização, badalação, ampla área de lazer, cultura e toda uma infraestrutura necessária, Búzios acaba de se tornar, com o apoio da Ampla, a primeira “cidade inteligente” de toda América Latina.

O termo “smart city” ou “cidade inteligente” é um projeto da Ampla, distribuidora de energia local, que tem como objetivo principal racionalizar o consumo e reduzir o desperdício com eletricidade em geral, transformando a cidade em sustentável, racional e eficiente. São diversos investimentos envolvidos para tornar essa realidade possível e fazer de Búzios uma das cidades mais inteligentes do mundo. O investimento total nas iniciativas foi calculado em média de R$ 40 milhões e deve finalizar em 2014.

Foram feitos investimentos em áreas como linhas de transmissão, instalação de medidores modernos nos quais moradores poderão acompanhar quanto consomem por dia de energia elétrica, distribuição de energia e geração de eletricidade de fontes mais sustentáveis, como eólica e solar. Além disso, foram instaladas lâmpadas de LED de baixo consumo em mais de 90 pontos diferentes da cidade, inclusive na Orla Bardot e na Rua das Pedras, que são os lugares mais badalados do balneário. Consumidores que tiverem placas fotovoltaicas e outras formas de geração de energia terão como vendê-las para a concessionária. Todas as medidas têm por objetivo reduzir o desperdício e aumentar a eficiência no consumo de energia.

Uma cidade inteligente, além de racionalizar energia elétrica, também pensa na redução de emissão de poluentes. E para alcançar este objetivo já foram colocados em funcionamento quatro carros elétricos e duas bicicletas na operação, e um eletroposto, que é onde podem ser carregados os carros. A idéia é que em breve mais cinco desses postos sejam instalados na cidade.

E os investimentos não pararam por aí, até os chuveiros estão se tornando eficientes. A bomba que succiona a água doce do subsolo para uma ducha depois do banho de mar é movida agora a energia solar. A placa fotovoltaica que está em cima movimenta, faz acionar a bomba. Sem ruídos ou poluição, só se ouve o som da água. A troca de lixo ou óleo de fritura por descontos na conta de luz também faz parte do projeto. Até com a reciclagem pode-se economizar em Búzios.

De acordo com o coordenador do “Cidade Inteligente”, Orestes Castañeda, Búzios foi escolhida como pioneira do projeto, por ter um circuito elétrico independente, um consumo de energia bastante significativo e claro, por ser uma cidade com excelente aceitação turística. “A cidade Búzios foi escolhida por ser uma cidade com grande visibilidade turística internacionalmente, com potencial para implantações de fontes de energias renováveis e geografia privilegiada para uso de veículos elétricos e redes elétricas automatizadas”, diz ele.

Castañeda aponta ainda que apesar da Ampla ganhar dinheiro com o fornecimento de energia, é preciso se preocupar com a eficiência energética desde já.
Apesar da Ampla ganhar dinheiro com o fornecimento de energia, é preciso se preocupar com a eficiência energética desde já.

“É preciso evitar que a demanda cresça de maneira explosiva, pois já existe o receio de problemas de abastecimento no país”, afirma ele.

A Ampla alocou um ponto principal do projeto, que é chamado de “Smart Grid” para dar informações aos consumidores quase que em tempo real, permitindo um melhor entendimento e organização do consumo de energia de cada morador.

Todo esse projeto também estimula a participação direta da comunidade. “Cidade inteligente representa também um turismo sustentável e nós esperamos que possa haver um suporte na transformação das pousadas para serem sustentáveis, autossustentáveis, com energia solar, eólica”, diz Janice Maria, representante das 400 pousadas de Búzios.

Além de toda fama com beleza, Búzios agora quer ser conhecida como uma das cidades mais inteligentes do mundo.

Software permite que empresas diminuam o consumo de energia


Fonte: Administradores.com - 08.01.2013
Brasil - A partir de um software, pequenas e médias empresas vão poder economizar água e energia. A Eletrobras, por meio do Procel Indústria, e o Sebrae lançaram o software Avalie, que faz o levantamento preliminar dos dados e informações sobre os níveis de eficiência no uso desses recursos.

O Avalie permite que os empresários planejem melhor os seus gastos e identifiquem potenciais de conservação de energia, o que aumentará a produtividade e a competitividade das empresas. O programa de computador é um dos produtos do convênio firmado entre o Sebrae-RJ e a Eletrobras, também por meio do Procel Indústria.

O objetivo do acordo, que vigorou entre 2007 e 2011, foi desenvolver ações para reduzir o desperdício e estimular o uso eficiente de energia elétrica e água em micro e pequenas empresas. O desenvolvimento do software levou cerca de um ano e recebeu investimentos de R$ 28 mil, sendo quase R$ 20 mil da Eletrobras.

Para obter o software, a empresa deve ser cadastrada no sistema Sebrae, informar o CPF do responsável e a senha de acesso.

Funcionamento

De acordo com o Sebrae, a autoavaliação do uso eficiente de energia é composta de duas partes:

A análise do comportamento praticado pela empresa em três áreas que influenciam o perfil de uso da energia e água: práticas de gestão, instalações e aspectos construtivos.

E a avaliação do estágio em que se encontra a empresa quanto ao uso da energia, apontando os pontos que podem ser melhorados.

Ao final, o sistema encaminha automaticamente as respostas do questionário para o Sebrae, pois, assim, a empresa poderá constar em um quadro geral do setor, sendo possível comparar o resultado com a média das outras empresas do segmento.

Em caso de dúvida, o serviço de apoio às micro e pequenas empresas disponibiliza informações para melhorar o processo de utilização de energia por meio do Balcão Sebrae mais próximo ou pelo telefone: 0800 570 0800.

Vantagens

Para a Eletrobras, esse tipo de iniciativa agrega valor ao produto oferecido à sociedade. "O uso eficiente de energia faz parte do DNA de nossa companhia desde sua criação, e foi reforçada com o início do Procel na década de 80. Acreditamos que o software Avalie vai trazer benefícios para os empresários, mas também para a sociedade, que terá mais energia disponível para o crescimento da economia", explica Marco Aurélio Moreira, gerente da Divisão de Eficiência Energética no Setor Privado da Eletrobras.

Neste sentido, conforme o Sebrae, a proposta da autoavaliação do uso eficiente de energia é a de ser um instrumento capaz de levantar dados e informações preliminares para orientar os empresários, principalmente de micro e pequeno porte, quanto ao aumento da eficiência no uso da energia, e também da água, em suas atividades.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

IEA pede por financiamento climático para eficiência energética


Fonte: Passei Aki -10.01.2013
Brasil - A Agência Internacional de Energia (AIE) publicou no último mês um relatório que analisa o papel dos fundos climáticos no financiamento de projetos de eficiência energética em países em desenvolvimento, bem como as possibilidades de direcionar recursos para esse setor.

A avaliação do Plugging the Energy Efficiency Gap with Climate Finance (Ligando a Lacuna em Eficiência Energética ao Financiamento Climático) é de que uma quantia muito pequena dos US$ 343 a 385 bilhões arrecadados anualmente para financiamento climático é destinada para projetos de eficiência energética. Para se ter uma ideia, no caso do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), apenas 1% da verba direcionada ao programa é repassada para esse setor.

Por isso, o documento pede que mais financiamento seja reservado para esse fim, principalmente nos países mais pobres, onde o investimento no setor é ainda menor do que nas nações emergentes, como China e Brasil. Isso porque os países mais pobres têm outras prioridades de investimento, como água, saneamento básico e acesso à energia.

E apesar de o investimento em energias renováveis ser visto como um meio mais eficaz de melhorar esse acesso, o aprimoramento da eficiência energética também poderia oferecer oportunidades nesse sentido, diz o relatório.

Ainda segundo o documento, melhorando a eficiência energética, a demanda de energia e as emissões de gases do efeito estufa (GEEs) poderiam diminuir, além de criar outros benefícios como melhoria da qualidade do ar, da competitividade econômica e da segurança energética.

Com uma eficiência energética mais aprimorada, também é possível melhorar os serviços que dependem dela, mesmo com fontes de energia limitadas. Prova disso são os dados do World Outlook Energy 450 ppm Scenario da AIE, que indicam que 71% do potencial de redução de emissões para 2020 provém de medidas de eficiência energética.

Em 2035, esse potencial seria menor, mas ainda significativo: 44%. No entanto, para que isso possa acontecer, os investimentos em eficiência energética teriam que ser da ordem de US$ 9,9 trilhões nesse período (2020-2035).

Além disso, precisariam ser flexibilizados critérios para a elegibilidade de projetos em eficiência energética, financiados programas e políticas para desenvolvimento, e dedicada parte dos fundos para novos projetos.

Outra sugestão do relatório é a criação de um novo mecanismo de mercado de carbono, que poderia ir além do MDL para permitir financiamento direto em apoio a políticas nacionais, e que o Fundo Climático Verde (GCF, em inglês) seja desenvolvido para apoiar medidas de eficiência energética com cobenefícios para a mitigação das mudanças climáticas e desenvolvimento das economias nacionais.

Ações

Um exemplo de país em desenvolvimento que já está investindo em eficiência energética é a China, cujo Instituto de Política Climática (CPI) estima que durante o 11º Plano Quinquenal (2006-2010), US$ 142 bilhões tenham sido destinados no país para melhorar a eficiência energética.

A África do Sul também é bom exemplo de país emergente que está mobilizando investimentos em eficiência energética. Em 2011, o governo sul-africano adotou um programa voluntário de economia de energia para os 24 maiores usuários do país, estabelecendo uma redução de 15% na demanda até 2015, e 12% de redução na intensidade energética para o mesmo período.

De acordo com o relatório, entretanto, para que esse investimento ocorra em todos os países, sobretudo nos mais pobres, muitas barreiras que limitam o financiamento a projetos de eficiência energética têm que ser quebradas, como mercados de capital e cadeias de suprimentos fracos e imaturos, preços de energia muito baixos, falta de informação e conscientização, custos de transação altos, capacidade de governança inadequada, falta de consenso sobre boas práticas e fragilidade institucional.

Por fim, o documento afirma que a eficiência energética deveria ser uma prioridade para o financiamento climático, em especial para o GCF, contribuindo para o desenvolvimento sustentável com custos relativamente baixos. E embora as economias emergentes estejam investindo cerca de US$ 44 bilhões anuais no setor, os países mais pobres ainda precisam priorizar o assunto.

“O GCF é uma oportunidade para desenvolver novas fontes de financiamento para medidas de eficiência energética em países em desenvolvimento sob o sistema da UNFCCC. As escolhas certas podem fazer do GCF um instrumento para superar algumas das barreiras de investimento [...] e para ter um papel valioso em coordenar o financiamento público internacional de eficiência energética. Algumas lições aprendidas das experiências do MDL […] em países em desenvolvimento podem ajudar a garantir que estes projetos sejam elegíveis e atrativos para o financiamento do GCF”, concluiu. 

Hotel em Sergipe aposta na sustentabilidade para atrair turistas



Fonte: G1 - 30.12.2012
Sergipe - Aracaju tem 35 km de orla marítima. Não é à toa que mais de 300 mil turistas visitaram Sergipe nos quatro primeiros meses do ano, de acordo com a Secretaria de Turismo do estado. A estimativa é que chegue a quase um milhão até este final de ano.

Empresas da rede hoteleira apostam num diferencial para manter e conservar este cenário, e atrair ainda mais clientes: a sustentabilidade.

O hotel do empresário Álvaro Rollemberg foi aberto em 1986. Com investimento inicial de R$ 500 mil, ele construiu sete chalés com capacidade para alojar 30 pessoas. Hoje, o alvo principal é investir em práticas ecológicas.

“Serviço de qualidade é um ponto crucial pra nós, mas a gente tem que aliar também a uma política sustentável”, diz o empresário.

Para melhorar o serviço, Rollemberg buscou qualificação. Ele participou do programa selo de qualidade, mantido pelo Sebrae e por outras instituições do setor turístico de Sergipe.

“Selo de qualidade do Sebrae é uma ferramenta que a gente utiliza para analisar os pontos fortes e os pontos fracos das empresas na área de qualidade em serviços”, diz Bianca de Farias, do Sebrae de Aracaju.

As empresas que participam do programa têm três compromissos: melhorar a qualificação dos funcionários; manter instalações e equipamentos limpos e perfeitos; e adotar normas de higiene e segurança alimentar. O prazo para atender às exigências é de 30 dias.

“O Sebrae sempre está trabalhando com a parte de ações específicas sobre a parte de sustentabilidade. Energias renováveis, a parte de aquecimento solar para poder preservar a natureza”, diz Bianca.

Hoje o hotel tem 64 apartamentos, onde se hospedam quase 20 mil pessoas por ano.

O sol na praia do Atalaia, tão festejado pelos hóspedes, também gera economia ao hotel. “Você reduz custo e muitos clientes sentem-se satisfeitos, [ao ver] você aplicando uma política dessas na empresa”, diz Rollemberg.

O uso de energia alternativa foi uma das ações adotadas por Álvaro Rollemberg. A água que é usada na maioria dos chuveiros e na cozinha é aquecida com 24 placas como aquelas. A economia de energia com a ação foi de 20%. O empresário tem outro projeto para reduzir em 120 mil litros por mês o uso da água que vem da rede pública, construindo um reservatório para aproveitar a água da chuva.

Algumas atitudes simples também reduzem o impacto ambiental do empreendimento. As descargas têm a opção de 3 e 6 litros, e os hóspedes são aconselhados a não trocar as toalhas sem necessidade, o que diminui o gasto de água na lavanderia.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Painel solar de vidro: sustentabilidade e qualidade de Vida


Fonte: Abividro - 16.01.2013
Brasil - Hoje em dia, o design contemporâneo desfruta da descoberta de novas tecnologias ecológicas, para elevar a qualidade de vida por meio de projetos inteligentes que visam maximizar a economia de energia. O meio ambiente agradece e a sustentabilidade ganha espaço!

Veja uma prática simples que irá contribuir para o desenvolvimento de um mundo melhor:

Energia fotovoltaica, ou simplesmente energia solar, é energia limpa que pode ser produzida através de placas de vidro.

Um processo que é construído em virtude da extração de luz solar, uma forma barata e sustentável de geração de energia, utilizando um painel de vidro fotovoltaico, cada um deles pode abrigar diversas células ligadas entre si.

Fios instalados no interior dos perfis de alumínio conduzem a energia elétrica de um painel para outro por meio da separação das cargas elétricas positivas das negativas do material. Estas cargas serão conduzidas a um local propício para se transformar em uma bateria fornecedora de eletricidade.